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J. bras. pneumol. vol.30 suppl.2

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Academic year: 2018

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Jornal Brasileiro de Pneum olog ia 3 0 (Supl 2 ) – Ag osto de 2 0 0 4

Os n ú meros são impression an t es: u m t erço da popu lação mu n dial adu lt a fu ma; a cada an o morrem n o mu n do cin co milhões de pessoas por doen -ças t abaco- relacion adas; n o Brasil, 200 mil in di-vídu os. A boa n ot ícia é qu e pesqu isas recen t es t êm demonst rado redu ção do t abagismo n o país, especialmen t e em homen s com maior grau de in s-t ru ção. A má n os-t ícia é qu e os adolescen s-t es e as mu lheres fu mam cada vez mais.

Em 1964, o mu n do foi sacu dido pelo relat ó-rio, hoje hist órico, do secret ário de Saú de dos Est ados Un idos da América do NorEst e, esEst abelecen -do claramen t e os malefícios -do t abagismo. Após 40 an os, há t rês meses, n ova edição dest e relat ó-rio, at u alizado periodicamen t e, demon st rou qu e os efeit os n ocivos do cigarro são ain da maiores do qu e an t es se considerava. Mais de 1.600 refe-rên cias são cit adas n est e docu men t o. Além dos efeit os bem con hecidos do cigarro, como os cân -ceres do pu lmão, boca e esôfago, o relat ório acres-cen t a a est a list a a leu cemia, as cat arat as e as pn eu mon ias em n ão port adores de DPOC, bem como os cân ceres do pân creas, colo u t erin o e de rim. O relat ório t ambém observa qu e os cigarros com baixos t eores de alcat rão e n icot in a n ão são mais segu ros do qu e os cigarros regu lares.

No n ú mero de 22 de ju n ho de 2004, u m art i-go hist órico para a Medicin a e a Pn eu mologia foi pu blicado n o Brit ish Medical J ou rn al por Doll e Pet o.

O art igo é in t it u lado: Mort alidade relacion ada ao t abagismo: observação de 50 an os n os médi-cos brit ân imédi-cos. Mais de 34.000 médimédi-cos foram se-g u id o s p o r 5 0 an o s. Nest e in t ervalo a m aio ria morreu . Nos fu man t es, met ade das mort es decor-reram de doen ças t abaco- relacion adas, especial-men t e cân cer de pu lmão e DPOC. A cessação do t abagismo n as idades de 60, 50, 40 e 30 an os resu lt ou em gan ho, respect ivamen t e, de 3, 6, 9 e 10 an os de expect at iva de vida. Est e n ot ável est u do est eve in ício em 1951 e várias pu blicações in -t ermediárias foram fei-t as ao lon go dos an os.

Em 1999, du ran t e a 52a Assembléia Mu n dial

da Saú de, a Organ ização Mu n dial da Saú de (OMS)

acordou ju n t o a seu s 192 Est ados- membros sobre o in ício de u m processo de elaboração da Con -ven ção- Qu adro para o Con t role do Tabaco – o primeiro t rat ado in t ern acion al de saú de pú blica da hist ória da hu man idade. A Con ven ção- Qu adro fixa p ad rõ es in t ern acio n ais p ara o co n t ro le d o t abaco, com providên cias relacion adas à propa-gan da e pat rocín io, à polít ica de impost os e pre-ços, à rot u lagem, ao comércio ilícit o e ao t aba-gismo passivo, den t re ou t ras medidas.

O objet ivo prin cipal da Con ven ção- Qu adro é p reservar as g eraçõ es, p resen t es e fu t u ras, d as d eva st a d o ra s co n seq ü ên cia s sa n it á ria s, so cia is, ambien t ais e econ ômicas do con su mo e da expo-sição à fu maça do t abaco.

Desde o in ício o Brasil t eve papel fu n damen -t al para qu e a Con ven ção- Qu adro fosse aprova-da, assu min do posições firmes. O Min ist ério da Saú de t em assu mido posições defin idas a favor da Con ven ção, qu e con t a t ambém com a colabo-ração at iva do presiden t e da n ossa Comissão de Tabagismo, Dr. Viegas.

A lu t a con t ra o t abagismo n o Brasil con t ou n os primeiros an os com algu n s qu ixot es expressi-vos da Pn eu mologia brasileira. Nos ú lt imos t em-pos diversos cen t ros de cessação de t abagismo t êm sido criados n o Brasil e con t am cada vez mais com pn eu mologist as. A capacit ação de t odos n ós n o assu n t o é essen cial, já qu e a deman da em consu l-t órios por pacien l-t es em busca de aju da para ces-sação do t abagismo é crescen t e. Os avan ços far-macológicos são eviden t es, porém a abordagem in t egral do fu man t e é u m gran de desafio. Fru t o dessa experiên cia, a SBPT lan ça agora u ma im-port an t e Diret riz sobre o Con t role de Tabagismo, o qu e demon st ra o gran de grau de con hecimen t o adqu irido por diversos colegas.

Paraben izamos e agradecemos à Comissão de Tabagismo da SBPT por est e import an t e docu -men t o, dest in ado n ão so-men t e aos pn eu mologis-t as, mas n a verdade de in mologis-t eresse de mologis-t odos os mé-dicos brasileiros.

CARLOS A. C. PEREIRA

Presid en t e d a SBPT

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