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A educação ambiental como tema transversal: uma análise a partir da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ignéz Massad Cola, em Guarapari - ES

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Academic year: 2023

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CAMPUS SANTA TERESA CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PABLO LUCCHI

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO TEMA TRANSVERSAL:

UMA ANÁLISE A PARTIR DA

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL IGNÉZ MASSAD COLA, EM GUARAPARI - ES

Santa Teresa 2022

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PABLO LUCCHI

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO TEMA TRANSVERSAL:

UMA ANÁLISE A PARTIR DA

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL IGNÉZ MASSAD COLA, EM GUARAPARI - ES

Projeto de trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenadoria do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Santa Teresa, como requisito parcial para a obtenção da aprovação na disciplina Monografia II.

Orientador: Prof. MSc. Antonio Elias Souza da Silva.

Santa Teresa 2022

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(Biblioteca Major Bley do Instituto Federal do Espírito Santo) L934e Lucchi, Pablo

A educação ambiental como tema transversal: uma análise a partir da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ignéz Massad Cola, em Guarapari – ES. / Pablo Lucchi. – 2022.

46f. : il. ; 30 cm.

Orientador: Prof. Msc. Antônio Elias Souza da Silva.

Monografia (graduação em Ciência Biológicas) – Instituto Federal do Espírito Santo, Coordenadoria do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Santa Teresa, 2022.

Inclui bibliografias.

1. Educação ambiental. 2. Ensino fundamental. 3.

Abordagem interdisciplinar do conhecimento. 4. Prática

pedagógica. 5. Transversalidade. I. Silva, Antônio Elias Souza da. II. Instituto Federal do Espírito Santo. III. Título.

CDD 23 – 370.71

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“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.”

(ARTIGO 225 DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988).

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O presente trabalho teve como objetivo verificar se a Educação Ambiental está presente na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ignéz Massad Cola, localizada na cidade de Guarapari – ES. A pesquisa qualitativa de coleta de dados ocorreu em três etapas distintas, sendo a primeira uma análise documental, a segunda aplicação de questionários semiestruturados aos professores, a terceira etapa consentiu numa reflexão entre o pesquisador e os professores participantes da pesquisa. A investigação apontou que a Educação Ambiental está institucionalizada na escola por meio do Projeto Político Pedagógico e se apresenta no formato de projetos. A análise de dados coletados, permitiu verificar práticas interdisciplinares correlacionada a Educação Ambiental dentro do processo de ensino-aprendizagem. Além de apresentar como a Educação Ambiental está presente no contexto da escola. A interlocução com os professores, questionou sobre o papel que a Educação Ambiental deveria ocupar na Base Curricular Nacional, o pensamento coletivo dos docentes, que de modo geral, acreditam que a Educação Ambiental deve se tornar uma disciplina obrigatória, sem alterar sua característica de tema transversal. Esse trabalho demonstrou como o tema transversal da Educação Ambiental está presente no contexto da escola e suas práticas pedagógicas correlacionadas a sua interdisciplinaridade. Neste caso, a Educação Ambiental tornar o processo ensino- aprendizagem muito mais interessantes para os discentes ao problematizar situações do cotidiano, com práticas educativas voltadas para a formação do cidadão de pensamento crítico em observância as questões socioambientais que circundam a humanidade.

Palavras-chave: Educação ambiental. Ensino fundamental. Abordagem interdisciplinar do conhecimento. Prática pedagógica. Transversalidade.

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ABSTRACT

The present work had as objective to verify if the Environmental Education is present in the Municipal Elementary School Ignéz Massad Cola, located in the city of Guarapari - ES. The qualitative data collection research took place in three different stages, the first being a documental analysis, the second application of semi-structured questionnaires to the teachers, the third stage consenting to a reflection between the researcher and the teachers participating in the research. The investigation pointed out that Environmental Education is institutionalized in the school through the Pedagogical Political Project and is presented in the form of projects. The analysis of collected data allowed verifying interdisciplinary practices correlated to Environmental Education within the teaching-learning process. In addition to presenting how Environmental Education is present in the context of the school. Interlocution with teachers questioned the role that Environmental Education should play in the National Curriculum Base, the collective thinking of teachers, who generally believe that Environmental Education should become a mandatory subject, without changing its theme characteristic transverse. This work demonstrated how the transversal theme of Environmental Education is present in the context of the school and its pedagogical practices correlated to its interdisciplinarity. In this case, Environmental Education makes the teaching-learning process much more interesting for students by problematizing everyday situations, with educational practices aimed at forming citizens with critical thinking in compliance with the socio-environmental issues that surround humanity.

Keywords: Environmental education. Elementary School. Interdisciplinary approach to knowledge. Pedagogical practice. Transversality.

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AGRADECIMENTO

Agradeço, primeiramente a minha família. Sem eles não estaria aqui hoje, a completar mais esta etapa de minha vida.

Aos meus pais, em especial, o meu Pai Antonio João Lucchi, que sempre acreditou em mim e nunca poupou esforços para a realização dos meus sonhos.

Com carinho, dedico a minha companheira Jiulianna Santiago Andrade, que sempre incentivou e apoiou nos momentos mais importante e decisivos em minha graduação.

Aos meus filhos Vittória, Amanda, Giulia e Antonio João, que sempre foram fontes inesgotáveis de inspiração para minha vida.

Ao meu Orientador Prof. MSc. Antônio Elias Souza da Silva, por primeiramente ter aceito me orientar nesta etapa da minha formação acadêmica, que tanto acrescentou como sua imensa experiência de docência acadêmica.

Aos membros da banca examinadora Prof. DSc. Fabiano de Carvalho e Prof. MSc.

Frederico César Ribeiro Marques, por terem aceito o meu convite e por tudo que agregaram para realização deste trabalho.

E a todos aqueles que de forma direta ou indireta contribuíram para a minha formação.

Gratidão Eterna!

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados dos docentes de português participantes...21

Tabela 2 - Dados dos docentes de matemática participantes...22

Tabela 3 - Dados dos docentes de história participantes...22

Tabela 4 - Dados dos participantes docentes de ciências...23

Tabela 5 - Dados dos participantes docentes de Inglês...23

Tabela 6 - Dados do participante docente de geografia...24

Tabela 7 - Dados do participante docente de artes...24

Tabela 8 - Dados do participante docentes de educação física...24

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 DESENVOLVIMENTO ... 12

2.1 REVISÃO DE LITERATURA ... 12

2.1.1 A educação ambiental no ensino formal e a formação do cidadão ... 12

2.1.2 Práticas pedagógicas e temas geradores ... 15

2.1.3 Transversalidade e interdisciplinaridade ... 16

2.2 METODOLOGIA ... 17

2.2.1 Área de estudo e público participante ... 17

2.2.2 Coleta de dados ... 17

2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 18

3 CONCLUSÃO ... 36

REFERÊNCIAS ... 38

APÊNDICES...42

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1 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental surge com o propósito de promover um novo pensamento na relação do homem com o meio ambiente tendo o intuído de minimizar os impactos causados de natureza antrópica na exploração dos recursos naturais através de mudanças no comportamento social e cultural.

A Educação Ambiental se apresenta como ferramenta para a sensibilização humana no enfrentamento dos desafios ambientais que a sociedade moderna deve superar rumo a sustentabilidade, ao promover dentro do processo de ensino- aprendizagem uma conscientização que contribui na formação do cidadão de pensamento crítico, cada vez mais atento para as questões pertinentes ao meio ambiente.

Atualmente a Educação Ambiental está presente no ensino fundamental através do currículo de modo indireto como tema transversal a ser trabalhado interdisciplinarmente. Apesar de sua importância e o crescente destaque dado pelos meios de comunicações aos temas ambientais, quando institucionalizada no contexto escolar, na maioria das vezes é representada por projetos no Projeto Político Pedagógico.

A prática pedagógica do professor tem que direcionar suas ações para que ao aluno adquira novas competências, a partir das relações uns com os outros em seu contexto social e histórico. Sendo planejada e dinâmica, visa despertar os alunos para realidade socioeconômica e compreender como ele está inserido nesse contexto, como parte ativa do processo.

Temas ambientais são capazes de transpor as rotinas maçantes das aulas, na utilização de ferramentas que servem de alicerce para o desenvolvimento do pensamento crítico e de caráter emancipatório. Nesse sentido, a introdução de práticas pedagógicas corrobora com a compreensão de matérias mais complexas, ao atrair o interesse dos discentes na busca por novos conhecimentos.

Um grande desafio a respeito dos temas geradores, são a sistematização de ideias, juntamente sobre a caráter metodológico das práticas pedagógicas propostas pelos professores, aqui Educação Ambiental pode lança mão de suas principais

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características de tema gerador universal, transversal e a interdisciplinar de grande versatilidade na prática docente.

A importância do professor com a interdisciplinaridade, para que na integração dos conhecimentos deva superar a segregação da ciência em disciplinas distintas para a ideia do conhecimento entendido de modo unitário e um processo de ensino- aprendizagem voltado para formação do caráter do cidadão consciente e ético para sua vida adulta.

Nesse sentido, este trabalho verificou como a Educação Ambiental está presente na EMEF Ignéz Massad Cola na cidade de Guarapari-ES. E ainda, observou que o tema transversal da Educação Ambiental está institucionalizado na escola através de seu Projeto Político Pedagógico. Identificou práticas pedagógicas desenvolvidas pelos docentes, sobre a temática de modo interdisciplinar. Analisou como está presente a Educação Ambiental no contexto escolar. Refletiu com os docentes sobre qual o verdadeiro papel que a Educação Ambiental deve assumir na Base Curricular Nacional, dado sua relevância na formação do cidadão atento aos desafios da humanidade na preservação do meio ambiente e nos seus aspectos socioculturais.

A pesquisa se justificou pela importância e a necessidade da Educação Ambiental estar inserida como tema transversal e interdisciplinar no contexto educacional do ensino fundamental.

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2 DESENVOLVIMENTO 2.1 REVISÃO DE LITERATURA

2.1.1 A educação ambiental no ensino formal e a formação do cidadão

Nas últimas décadas, para Tozoni-Reis (2008), a sensibilização humana vem em crescente aumento para os desafios ambientais da sociedade moderna, impulsionado pela Educação Ambiental como estratégia para promover a construção de uma sociedade mais responsável ambientalmente.

Nessa perspectiva, Jacobi (2004), aborda a importância das relações sociais, as condições de vida da população e os impactos ambientais no entorno, no âmbito dos projetos de educação ambiental. Para o autor, o conceito de educação ambiental, tem servido de ponto de partida para os debates ao redor do mundo. Todavia, os países devem desenvolver as pautas tangentes à questão do desenvolvimento sustentável, visto que educação ambiental é um instrumento que transforma as realidades locais.

Para Medina (2000), a Educação Ambiental deve estar intimamente ligada com os processos educacionais e a realidade, com suas atividades voltadas para problematizar os desafios da vida cotidiana, de modo a proporcionar maior qualidade de vida para a população aliada a conservação do meio ambiente, baseada em princípios éticos. O autor destaca ainda a primeira Conferência Internacional em Educação Ambiental, em Tbilisi (Geórgia, antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), no ano de 1977, sendo base do marco teórico da Educação Ambiental no Brasil, onde o meio ambiente não é mais visto somente como um meio físico e biótico, mas também agora como um meio social e cultural, capaz de relacionar os impactos ambientais de origem antrópica ao modelo econômico contemporâneo.

Desde a promulgação da Constituição de 1988, a Educação Ambiental é obrigatória, em todos os níveis de ensino, com temas baseados nos objetivos e princípios de Tbilisi, que foram inseridos nos Parâmetros Nacionais Curriculares (OLIVEIRA e NEINAM, 2020).

Sobre esse aspecto, Loureiro (2004), observa que o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), aprovado em 2004, fez com que a educação ambiental fosse protagonizada pelos profissionais da educação, outrora sob

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responsabilidade dos profissionais da área ambiental. O autor aponta o papel ocupado pelo Brasil junto à comunidade internacional na relação de experiências em educação ambiental.

Neto (2017) destaca, que a Política Nacional de Educação Ambiental prevê a Educação Ambiental como tema transversal e deve ser inserida no contexto escolar por meio de propostas integradas interdisciplinares, e não de maneira disciplinar. A criação de disciplinas específicas para a Educação Ambiental ocorre apenas em cursos de formação de professores, como em licenciaturas ou cursos de especialização.

Para Lamosa e Loureiro (2011), a educação ambiental tem se tornado relevante nas escolas brasileiras. Estas são dependentes, majoritariamente, das iniciativas de professores e alunos, com limitações financeiras e materiais. Isso decorre do pouco prestígio que a educação ambiental tem no tocante às políticas educacionais, onde esta é inserida indiretamente no currículo, com temas transversais, sob a alegação de interdisciplinaridade.

Oliveira e Neiman (2020) apontam, que na proposta da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), apresentada pelo Governo Federal entre 2017 e 2018, os temas transversais não foram claramente explicados, seja para o ensino fundamental, seja para o ensino médio. Sendo assim, a inclusão da Educação Ambiental ocorre no contexto do Projeto Político Pedagógico (PPP) quando, entre os membros da comunidade escolar, existe uma compreensão da relevância de institucionalizar as atividades de Educação Ambiental, ainda que na maioria das vezes, esteja presente na forma de projetos.

A Educação Ambiental atualmente está presente nas diferentes fases do ensino como importante ferramenta de transformação social. Os professores participam do processo de construção dos saberes naturais e suas dinâmicas, sendo esta de relevante responsabilidade para formação dos alunos (CARVALHO, 2004).

Lopes (2015) observa que a educação ambiental, na esfera internacional, entrou permanentemente na agenda das conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) e organizações conexas, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). De acordo com o autor, em 2012, houve uma campanha para que os países participantes considerassem a Educação Ambiental, enquanto Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS), onde a

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aprendizagem ocupa o papel principal nas discussões, junto aos governos, para que estes desenvolvessem ações para integrar a Educação para o Desenvolvimento Sustentável nas estratégias educativas.

A UNESCO, disseminou o documento “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. Este consiste num plano de ação com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, visando promover vida com dignidade para todos, em observância aos limites naturais do planeta. A Educação para o Desenvolvimento Sustentável pode desenvolver competências-chave transversais para a sustentabilidade. (UNESCO, 2017, p.14).

Neste aspecto, Reigota (2012) faz referência a educação ambiental unida aos aspectos ecológicos e bióticos, sem abordar por vezes os problemas sociais e políticos, o que ocorre geralmente na esfera ambiental voltada à preservação dos recursos naturais, com papel importante ao atuar como pano de fundo para discussão sobre a Educação Ambiental no ambiente escolar. Segundo o autor a educação ambiental pode ser definida como um pensamento crítico, o compromisso político de intervir e participar constantemente na transformação social ao colocar a perspectiva ambiental em evidência.

Pereira (2007), pontua ainda que a Educação Ambiental é um processo contínuo de aprendizado do indivíduo, que busca a convivência harmônica entre a sociedade e meio ambiente, baseada em princípios éticos, consequentemente, a melhora na qualidade de vida. Dessa forma a Educação Ambiental, corrobora com a educação permanentemente do indivíduo, em perspectivas, desafios e soluções para as mudanças necessárias à sociedade, rumo a um estilo de vida sustentável.

Em Medeiros (2011), a discussão dialoga entre a Educação Formal e a Educação Ambiental, ao compreender que os professores devem buscar melhorar a vida no planeta, mediante a melhoria da qualidade de vida, por melhores condições ambientais por meio da Educação Ambiental como ferramenta. O autor entende que a Educação Ambiental pode auxiliar na mudança de velhos hábitos, superar os desafios ambientais modernos e promover uma melhora na qualidade de vida da humanidade. Para isso, o uso da Educação Ambiental como tema gerador nas práticas pedagógicas no Ensino Fundamental tem que ser visto como protagonista na formação de alunos, para que indivíduo se sinta responsável, tanto como parte ativa do problema quanto peça chave da solução para conter o avanço da degradação

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ambiental.

Assim para Giroux (1997, p. 65) “trabalhar em sala de aula significa aprender a viver em grupo. Aliado aos valores predominantes do sistema educacional, isso tem implicações profundas para a educação estabelecida nas escolas.”

2.1.2 Práticas pedagógicas e temas geradores

Para Freire (1987), o uso de práticas pedagógicas com temas geradores, são considerados pelo autor, um ponto de partida para o processo educativo simultaneamente a ações de caráter libertador. Ainda para autor, os temas geradores de natureza macroestrutural são aqueles que abrangem temas universais e contemporâneos, entre si, englobam unidades e subunidades, como realidades continentais, nacionais, regionais e locais. Os temas geradores denominados microestruturais são aqueles que abarcam temas de caráter particular, em ressonância à realidade local dos alunos. Temas geradores macro e microestruturais, ambos são dimensões significativas, como partes da interação, analisadas e percebidas, pelos alunos em sua totalidade (FREIRE, 1987).

Segundo Nascimento e Araújo (2014), os temas tangentes ao meio ambiente têm sido frequentemente discutidos pelos meios de comunicação, jornais revistas e internet. Tal realidade proporciona um ambiente favorável ao debate atual e a problematização das temáticas ambientais, pelos professores em sala de aula, ao propiciar que o aluno faça associação da realidade com desenvolvimento científico.

Saviani (2008), defende que a renovação do método educativo, tem como base a valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social, onde o centro da educação não é o professor, ou os conteúdos, e sim, o aluno. A prática pedagógica possui a finalidade de colaborar com os alunos, para construção do conhecimento teórico, iluminar seu fazer prático cotidiano e refletir a respeito dos seus atos.

Macedo (2010) disserta sobre a importante contribuição relacionada ao tema gerador e sua utilização. Para o autor, ao desenvolver práticas pedagógicas engajadoras que promovem interações dentro do processo de ensino-aprendizagem, as partes são envolvidas em relações e tornam o processo uma intensa experiencia de imersão na participação política emancipatória.

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2.1.3 Transversalidade e interdisciplinaridade

Presente no currículo educacional, a transversalidade bem como a interdisciplinaridade devem ser consideradas estratégias didáticas no desenvolvimento de temas sociais. Segundo as propostas dos Plano Curricular Nacional, interdisciplinaridade discorre nas diferentes áreas do conhecimento ao apresentar uma visão segregada das relações entre as disciplinas. Já a transversalidade permite que no processo de ensino-aprendizagem a prática educativa seja contextualizada, inseri o conhecimento sistematizado no contexto do aluno. (BRASIL, 1997).

O Conselho Nacional de Educação (CNE/CEB, 2010, p. 24), abordou amplamente sobre a transversalidade a necessidade de se instituir, na prática educativa, na relação entre aprender conhecimentos teoricamente e as questões da vida real a partir de uma compreensão interdisciplinar, sendo essa uma proposta didática.

Os Temas Transversais nominados são: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo, esses não compõem novas campos do conhecimento e nem competem a uma disciplina exclusiva, mas devem transcorrer nos conteúdos curriculares obrigatórios, bem como deve estar inserido em todas as etapas do ensino básico. Para prática de temas transversais no meio educacional é importante que os alunos conheçam o contexto social que estão inseridos e os problemas que afligem a sociedade atual (OLIVEIRA, 2018).

Cavalcante (2014) assegura que a transversalidade e a interdisciplinaridade se parecem quando são adotadas como base para a realidade, sugere uma harmonia sem obrigatoriedade, ao promover o conhecimento livre, por não serem disciplinas obrigatórias, sendo dadas como conectadas aos componentes curriculares.

Sendo assim, na prática pedagógica no contexto escolar, a interdisciplinaridade e a transversalidade proporciona uma relação mutua, quanto as questões pertinentes aos temas transversais, expõe a inter-relação entre os princípios do conhecimento. Não é aceitável que a transversalidade seja abordada pela perspectiva de uma disciplinar rígida, ao se relacionar com a interdisciplinaridade.

Ao se completarem em suas devidas finalidades e compreensões na prática de ensino-aprendizagem, ambas assumem um caráter social na construção da

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cidadania (CAVALCANTE, 2014).

2.2 METODOLOGIA

A pesquisa adotou a metodologia segundo os princípios de Gil (2002) sendo classificada quanto aos objetivos, em pesquisa exploratória e qualitativa. A pesquisa exploratória possibilita maior familiaridade com a problemática, de modo a torná-la mais evidente ou levantar hipóteses. Ainda pode-se dizer que este tipo de pesquisa tem como objetivo central o aperfeiçoamento de ideias. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao tema da pesquisa.

2.2.1 Área de estudo e público participante

A pesquisa foi realizada com base em informações coletadas na Escolas Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) “Ignéz Massad Cola “, situada no município de Guarapari – ES.

Os participantes dessa pesquisa foram quinze (15) professores regentes do turno matutino de disciplinas distintas, da EMEF Ignéz Massad Cola. Os docentes foram questionados a fim de responder os objetivos dessa pesquisa.

2.2.2 Coleta de dados

Com característica qualitativa, a coleta dos dados ocorreu em três etapas com momentos distintos, sendo a primeira etapa uma análise documental, na segunda a aplicação de questionários semiestruturado aos professores regentes e a terceira e última etapa consistiu em uma reflexão entre o pesquisador e os professores participantes da pesquisa.

A primeira etapa da coleta de dados foi análise documental, investigou no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e verificou como está presente a Educação Ambiental. Após a análise do Projeto Político Pedagógico, o pesquisado constatou a presença de quatro projetos voltados a práticas pedagógicas de Educação Ambiental, sendo esses institucionalizados na escola através de projetos distintos para cada ano do ensino fundamental II e suas respectivas culminâncias.

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Na fase de coleta de dados através de questionários semiestruturados aplicados aos professores. Foi fornecido primeiramente do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE para os participantes assinarem e posteriormente foi fornecido o questionário (Apêndice), para os participantes responderem.

Com perguntas abertas no formato físico, os questionários foram aplicados “in loco”, para quinzes (15) professores regentes do turno matutino que responderam os questionários de modo ordenado por disciplina, sendo esses quatro de português, dois de matemática, dois de história, dois de ciências, dois de inglês, um de geografia, um de artes e um de educação física. Esses foram questionados em seus respectivos dias de planejamentos, na sala dos professores.

Para Moreira e Caleffe (2006), a aplicação do questionário geralmente é a forma mais eficiente de coletar dados, pois proporciona uma alta taxa de retorno, usa questões direcionadas ao público-alvo e na otimização do tempo de resposta, além de favorecer o anonimato do respondente.

O questionário foi composto por sete questões pertinentes que levaram a atingir os objetivos da pesquisa, com questões abertas semiestruturadas. Na elaboração do questionário, o pesquisador contou com a participação da pedagoga da escola, que se mostrou ser de grande valor, tanto pelo conhecimento da área de estudo dessa pesquisa, quanto pela sua vivência de docente.

A terceira e última fase da coleta de dados, percebeu se a partir do diálogo entre o pesquisador e os participantes da pesquisa, como a Educação Ambiental está atualmente presente no currículo escolar. Tal diálogo proporcionou uma reflexão sobre o real papel que a Educação Ambiental deveria assumir na Base Curricular Nacional.

2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados foram analisados e os resultados obtidos foram interpretados semelhanças, diferenças e relações entre as respostas.

A análise documental, referente a primeira etapa, permitiu saber que o Projeto Político Pedagógico contempla a Educação Ambiental de modo institucional na escola.

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O Projeto Político Pedagógico (2016), traz para as turmas dos 6º anos o projeto

“Velhas Memórias", que a partir da pergunta chave sobre a temática, “O que as pessoas de mais idade têm a nos ensinar?”, remete a uma problematização entre os estudantes sobre a atenção que a sociedade dá aos idosos e aos seus saberes.

O projeto, propõe, a realização de um vídeo com as memórias de familiares, ou pessoas próximas aos educandos, já na terceira idade. E traz como justificativa a valorização da população de idosos e seus saberes com um olhar inclusivo, é fundamental para a formação do indivíduo atento a princípios éticos e solidários. O projeto privilegia ainda a cultura local, contribuindo para a educação das relações sócio afetivas.

Nas turmas dos 7º anos o projeto proposto é o “Tempo de Repensar”, que visa construir uma reflexão sobre os impactos dos resíduos produzido pelo consumo humano no meio ambiente, através métodos para identificação de fontes de desperdício vivenciadas pelos próprios educandos. A proposta consiste em elaborar um Plano de Ação para redução do uso de papel na escola.

A justificativa apresentada do projeto, se dá na produção de objetos que implicam o consumo de recursos naturais. Daí a importância de, desde cedo, os alunos compreenderem a importância do consumo consciente.

Em concordância ao referencial teórico, o projeto aborda a questão do consumo e seus impactos na natureza. Além proporcionar uma reflexão ao aluno através dos impactos de suas próprias ações ao meio ambiente, relacionada ao descarte de resíduos produzidos pelo mesmo.

Conforme a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA (Lei 9.795/1999), a Educação Ambiental é “um processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos e habilidades, atitudes e competências voltadas para conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL,1999).

Já nas turmas dos 8º anos o projeto presente é o “Escrevendo minha história”

desenvolve-se a partir dessa questão e pretende apresentar para os educandos a valorização das histórias pessoais de cada indivíduo e a diversidade étnica e cultural

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de nosso país. A partir da produção um livreto, os alunos devem descrever algumas histórias, como a dos seus antepassados, da origem, etnia e das culturas tradicionais.

O projeto se justifica em despertar nos alunos apreço pelo patrimônio sociocultural a partir de nossa pluralidade étnica. Os educandos têm a oportunidade de reconhecer, através de suas narrativas pessoais, conexões com grupos sociais específicos. Além disso, é fundamental para o desenvolvimento das identidades, compreensão do indivíduo com a sua história e as relações socioculturais.

Para as turmas dos 9º Anos o Projeto “Olhar Fotográfico”, problematiza com a pergunta chave “De que forma a fotografia nos ajuda a registrar e conhecer o mundo?”

e com a pergunta condutora será explorada ao longo do projeto e pretende estimular os educandos a ter uma relação mais crítica e sensível com a imagem fotográfica. O projeto sugere a confecção de um arquivo fotográfico que represente um pouco da diversidade das crianças brasileiras, seus hábitos e costumes a partir da comunidade em que estão inseridas.

Como justificativa do Projeto, a proposta traz a linguagem fotográfica que deve ser o meio artístico utilizado para abordar a valorização da diversidade, a empatia, o senso estético e a importância de reconhecer cada história como pessoal e intransferível, fortalecendo o protagonismo da criança nos processos educativos e sociais. Proporciona também, ao aluno conhecer a diversidade cultural, respeitar e valorizar as características particulares de cada indivíduo.

A Educação Ambiental tem um compromisso político social com a justiça sociocultural. Os autores SATO; SILVA; JABER (2018), defendem que a Educação Ambiental envolve o processo político de resistência contra as desigualdades sociais e práticas educativas dominantes e não inclusivas.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental – Resolução CNE/CP 2/2012 - reiteram a perspectiva emancipatória, crítica e interdisciplinar ao abordarem diretamente as interconexões entre Educação Ambiental, gênero e etnia.

Na segunda etapa, a análise dos questionários, que foram composto por sete perguntas abertas permitiu identificar práticas pedagógicas interdisciplinares relacionadas ao tema transversal da Educação Ambiental está presente no ensino

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fundamental II. Possibilitou analisar também, a partir da perspectiva docente como a Educação Ambiental está presente no contexto da escola. Os perfis de cada um dos participantes da pesquisa foram detalhados em tabelas.

Os docentes de português foram definidos como sujeitos da pesquisa P.1, P.2, P.3. e P.4. (Tabela 1).

Tabela 1: Dados dos docentes de português participantes.

Docente Formação

Acadêmica Especialização Tempo que

Lecionam Anos P1

P2

P3

P4

Licenciatura em Português/Litera tura

Licenciatura em Letras Inglês/Português

Licenciatura em Letras Inglês/Pedagogia

Licenciatura em Letras/Inglês/Português

Não possui

Não possui

Não possui

Não possui

8 meses 22 anos

23 anos

26 anos

6º e 7º ano do Ensino Fundamental II

8º e 9º ano do Ensino Fundamental II

6º,7º, 8º e 9º ano do Ensino Fundamental II 6º e 7º ano do

Ensino Fundamental II Fonte: Autor (2022).

(24)

Os docentes de matemática foram definidos como sujeitos da pesquisa M.1.

e M.2. (Tabela 2).

Tabela 2: Dados dos docentes de matemática participantes.

Docente Formação

Acadêmica Especialização Tempo que

leciona Anos M1

M2

Licenciatura em Matemática

Licenciatura em Matemática

Não possui

Não possui

20 anos

22 anos

6º e 7º ano do Ensino Fundamental II

8º e 9º ano do Ensino Fundamental II Fonte: Autor (2022).

Os docentes de história foram definidos como sujeitos da pesquisa em H.1. e H.2. (Tabela 3).

Tabela 3: Dados dos docentes de história participantes.

Docente Formação

Acadêmica Especialização Tempo que

leciona Anos H1

H2

Licenciatura em História

Bacharel em Direito

Não possui

Pós-graduação em História

8 anos

1 ano

6º e 7º ano do Ensino Fundamental II

8º e 9º ano do Ensino Fundamental II Fonte: Autor (2022).

(25)

Os docentes de ciências foram definidos como sujeitos da pesquisa em C.1.

e C.2. (Tabela 4).

Tabela 4: Dados dos participantes docentes de ciências.

Docente Formação

Acadêmica Especialização Tempo que

leciona Anos C1

C2

Licenciatura em Ciências

Licenciatura em Ciências

Pós-graduação em Educação

Ambiental Não possui

21 anos

23 anos

6º e 7º ano do Ensino Fundamental II

8º e 9º ano do Ensino Fundamental II Fonte: Autor (2022).

Os docentes de inglês foram definidos como sujeitos da pesquisa em I.1. e I.2.

(Tabela 5).

Tabela 5: Dados dos participantes docentes de Inglês.

Docente Formação

Acadêmica Especialização Tempo que

leciona Anos I1

I2

Licenciatura em Letras/Inglês Licenciatura em

Letras/Inglês

Não possui

Não possui

21 anos

24 anos

6º e 7º ano do Ensino Fundamental II

8º e 9º ano do Ensino Fundamental II Fonte: Autor (2022).

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O docente de geografia foi definido como sujeito da pesquisa G.1. (Tabela 6).

Tabela 6: Dados do participante docente de geografia.

Docente Formação

Acadêmica Especialização Tempo que

leciona Anos G1 Licenciatura em

Geografia/Pedagogia Mestrado em

História 21 anos 6º e 7º ano do Ensino Fundamental II

Fonte: Autor (2022).

O docente de artes foi definido como sujeito da pesquisa A.1. (Tabela 7).

Tabela 7: Dados do participante docente de arte.

Fonte: Autor (2022).

O docente educação física foi definido como sujeito da pesquisa E.1. (Tabela 8).

Tabela 8: Dados do participante docentes de educação física.

Fonte: Autor (2022).

Docente Formação

Acadêmica Especialização Tempo que

leciona Anos A1 Licenciatura em

Artes

Não possui 3 anos 6º e 7º ano do Ensino Fundamental II

Docente Formação

Acadêmica Especialização Tempo que

leciona Anos E1 Licenciatura em

Educação Física

Não possui 14 anos 8º e 9º ano do Ensino Fundamental II

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A questão 1 do questionário buscou verificar se durante a formação dos participantes tiveram alguma disciplina relacionada a Educação Ambiental. Observou que apenas o docente H.2, teve durante sua formação disciplina relacionada a Educação Ambiental.

Tal realidade verificada pela questão apresentou desconformidade ao artigo 11 da Lei nº 9795 que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental, que menciona à formação inicial e continuada do professor: “A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas”(BRASIL,1999).

Na questão 2 os docentes foram questionados se desenvolvem atividades relacionadas a Educação Ambiental em suas aulas e a metodologia utilizadas.

Observou que os participantes P.1 e P.4 responderam que não abordaram o tema transversal da Educação Ambiental em sala de aula. Segue abaixo a transcrição das respostas dos professores participantes e suas respectivas análises:

O participante P.2 respondeu: “Sim. Já trabalhei com interpretação de texto e consequentemente debatemos sobre o assunto. E fiz um trabalho com maquete (com caixa de sapato) onde utilizamos apenas matérias reciclados.” Nota-se que o docente demonstra claramente abordar em sala de aula temáticas pertinentes da Educação Ambiental, quando problematiza o tema na interpretação de textos e em debates. Mas por outro lado, quando faz referência em construção de maquetes com caixa de sapato, o conceito de reciclagem foi abordado de forma equivocada, onde o termo correto seria reutilização dos materiais.

Relatou o participante P.3 que: “Sim. Participamos do projeto junto com a professora de ciências. O projeto “Gente que cuida do Meio Ambiente envolveu os alunos dos 8º anos.” O relato do docente reafirma a discussão iniciada na introdução deste trabalho, em que a Educação Ambiental deve estar presente no currículo escolar de modo interdisciplinar como tema transversal. O trabalho com projetos, possibilita aos estudantes vivenciar diversos aspectos do meio no qual está inserido, além de potencializar a articulação entre os saberes das diversas áreas de conhecimento e das relações com o cotidiano (PRADO, 2005).

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O docente M.1 respondeu: “Sim. Cálculo de desperdício de água. Cálculo para economia de energia elétrica.” Tal relato, possibilitou identificar a presença de práticas pedagógicas relacionada a Educação Ambiental quando o docente aborda o uso racional da água e energia, possibilita a conscientização dos discentes na relação de consumo consciente dos recursos naturais. A partir dessas informações, o docente pode problematizar questões acerca do desperdício e promover ações na escola com a finalidade de sensibilizar os atores envolvidos sobre a necessidade de economizar água e energia não só no ambiente escolar.

O participante da pesquisa M.2 escreveu: “Sim. Análise de gráficos cálculos de porcentagem de área desmatada, como na Amazônia. Na geometria falei de áreas e perímetros de matas preservadas e desmatadas.” O professor M.2 aborda as diversas questões relacionadas ao desmatamento e preservação dos biomas e utiliza metodologias diversificadas. Neste sentido, a Educação Ambiental permite adotar metodologias que considerem o contexto local, no qual os estudantes e a escola estão inseridas.

Já H.1 relatou: “Sim. Mas somente entre explicações no contexto ligando passado e presente.” O professor H.1 correlaciona os desafios presentes relacionados ao meio ambiente com eventos do passado, que possibilita uma reflexão sobre o futuro da humanidade na relação com os recursos naturais. Além de, contribuir na formação do cidadão socioambientalmente responsável.

O docente H.2 afirmou: “Diretamente não, porém, como tratamos e abordamos as guerras, sempre que oportuno é citado os impactos sócios ambientais desses conflitos.” O sujeito da pesquisa H.2 demonstrou trabalhar de modo transversal a temática desta pesquisa, na abordagem dos impactos socioambientais decorrente dos conflitos históricos da humanidade.

O participante C.1. escreveu: “Sim. Em diversas situações relacionadas aos conteúdos, abordando exemplos do cotidiano, em especial da cidade. Também sempre é trabalhado com ênfase na semana do meio ambiente. Já o participante C.1 demonstra abordar metodologias relacionadas a temática ambiental de modo

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transversal de contexto local, relatou também trabalhar em projetos de modo interdisciplinar em datas comemorativas.

Já C.2: “Sim. Em projeto especifico na semana do meio ambiente. E no conteúdo específico.” A resposta do professor reafirma a interdisciplinaridade da Educação Ambiental no trabalho em projeto específico sobre a semana do meio ambiente.

Para I.1: “A escola desenvolveu projeto, porém não participei.” O sujeito da pesquisa apesar de não abordar a temática em aula, relata que existem projetos voltados para Educação Ambiental de iniciativa da escola.

A resposta de I.2, relatou : “Não. Somente com textos dissertativos com argumentação e debate sobre o tema.” O docente respondeu de forma controversa de modo negativo em relação a sua explicativa, quando responde à questão, quando afirma trabalhar o tema em textos dissertativos com argumentações e debates com os alunos. Confirma assim, que apesar de controversa a resposta demonstrou presentes práticas pedagógicas que abordam a Educação Ambiental.

Para G.1: “Sempre abordos a questão de Educação Ambiental dentro do contexto da disciplina de geografia. Nos aspectos naturais, aspectos físicos da região, país, lugar, continente e etc.” Sobre o docente G.1 na questão 2, reafirma a transversalidade do tema, ao relatar trabalhar em sua disciplina com os discentes os aspectos naturais de modo escalonado, partindo da realidade local, para a regional, nacional, continental até a escala global.

Já o participante da pesquisa A.1, relatou: “De forma indireta, abordando a relação entre a materialidade dos trabalhos artísticos e o ambiente, assim como os materiais utilizados e sua extração. Também a linguagem artística que permite a relação entre nós e o ambiente natural, levantando questões sobre o tema.”

E.1 escreveu: “Sim. Fizemos um seminário com várias temáticas, inclusive:

desmatamento, poluição, entre outros. Dentro das temáticas falamos como o impacto ambiental afeta tudo, inclusive os esportes.”

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Os docentes A.1 e E.1 demonstram metodologicamente como a Educação Ambiental deve ser abordada independentemente da área do conhecimento do docente. Correlacionando respectivamente a Educação Ambiental em seus conteúdos, seja na influência do meio nas expressões artísticas ou pelo impacto que o meio tem sobre o mundo esportivo.

Na questão 3, questionou-se sobre desenvolvimento de atividades pedagógicas envolvendo a Educação Ambiental em conjunto com outro docentes da escola. Os participantes, P.1, P.4, M.1, H.1, H.2, C.2, I.2, G.1, A.1 e E.1 relataram que não desenvolveram atividades relacionadas ao tema com outros professores da escola.

Já o participante P.2 relatou já ter trabalhado de modo interdisciplinar a temática em conjunto com o professor de arte. Apesar do participante A.1 ter respondido negativamente à questão 2, isso não necessariamente descredibiliza a respeito da resposta do participante P.2, pela existência de variáveis, como a de outro docente de artes na escola que não participou desta pesquisa.

O docente P.3 afirmou ter participado de modo interdisciplinar sobre o tema no projeto descrito na resposta da questão 2, no projeto da professora de ciências “Gente que cuida de Meio Ambiente”.

O participante M.1 respondeu positivamente à questão, exemplificou o projeto que participou em conjunto com outro(s) docente(s), “Projeto da importância de economia da água para o meio ambiente e para economia na conta de água”. Porém não especificou com qual docente desenvolveu a atividade descrita.

O docente C.1 afirmou positivamente sobre a questão e especificou a atividade descrita como “visitas externas”.

Já o sujeito da pesquisa I.1 respondeu positivamente e descreveu: “Foi desenvolvido em conjunto, recursos práticos com os alunos”, não especificou a atividade nem com a qual o docente(s) participou em conjunto na atividade.

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Na questão 4, buscou-se averiguar com os docentes sobre a presença de atividades na escola voltadas a Educação Ambiental como seminários, minicursos, palestras, oficinas, feiras, eventos ou outros. E também, que citasse quais dentro dessas atividades já participaram na escola. Segue abaixo as respostas dos professores:

Os professores P.1, P.3, P.4, M.1, H.1, H.2 e A.1 afirmaram que não participaram de atividades na escola voltadas a Educação Ambiental, o professor G.1 respondeu que não participou na escola, porém, por conta própria fora do contexto escolar. O que corrobora com o pouco prestígio dado a temática apesar de sua relevância. Além de carência de fomento pelo poder público, na formação continuada dos professores, com ênfase em Educação Ambiental.

O professor P.2 respondeu: “Sim. Atividades ofertadas pela secretaria de meio ambiente e trabalhos desenvolvidos pelos professores de ciências e geografia na escola”. O que demonstra a presença de atividades na escola voltadas a Educação Ambiental como seminários, minicursos, palestras, oficinas, feiras, eventos ou outros.

Apesar do docente não especificar qual foi a atividade desenvolvida.

O docente M.2 relatou por escrito que já participou de atividades na escola voltadas a Educação Ambiental como seminários, minicursos, palestras, oficinas, feiras, eventos ou outros. Porém, não descreveu qual foi a atividade, mas escreveu:

“Sim. Professora de ciências, abordou o tema, proposta muito boa.” O que confirma a presença de atividades na escola voltadas a Educação Ambiental como seminários, minicursos, palestras, oficinas, feiras, eventos ou outros.

Os participantes C.1, C.2, I.1, I.2 e E.1 afirmaram ter participado de atividades na escola voltadas a Educação Ambiental como seminários, minicursos, palestras, oficinas, feiras, eventos ou outros. E também especificaram quanto o tipo da(s) atividade(s) participaram na escola respectivamente em seminário, palestras e feira do meio ambiente; seminário, minicursos e palestras; I.1 e I.2 afirmaram ambos terem participados de palestras, feiras e eventos; seminário relatado anteriormente em sua resposta na questão 2.

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Análise da questão permitiu constar a presença de atividades na escola voltadas a Educação Ambiental na escola como seminários, minicursos, palestras, oficinas, feiras, eventos pela resposta de sete dos docentes. Apesar oito dos docentes não haver participado de nenhuma das atividades descritas pelos colegas de docência na escola.

Neste sentido, é preciso que haja interesse dos responsáveis pelo processo educacional quanto a oferta ou viabilização de meios, para a realização de debates, seminários e cursos, para que assim, os docentes saibam relacionar o conteúdo das disciplinas com as situações do dia a dia, principalmente as relacionadas às questões ambientais (VIANA e OLIVEIRA, 2006).

A questão 5 buscou analisar se os professores já abordaram com os alunos temas relacionados a transversalidade da Educação Ambiental, ao tratar de aspectos que partem da realidade local até a esfera global.

Os participantes P.1 e A.1 responderam ambos negativamente a questão. Os participantes P.3, M.2, H.1, H.2, C.1, I.1 e G.1 apesar de responderem “Sim”, a análise de suas explicativas das respostas não demonstrou o uso da transversalidade da temática.

P.4 relatou a experiência quando foi regente em outra disciplina. Analisada sua resposta foi classificada por semelhança como a dos participantes P.1 e A.1 que responderam negativamente a referida questão.

Já o participante E.1 reportou mais uma vez sua resposta dada na questão 2.

Na referida questão relatou uma experiência com seminário sobre a temática.

O docente P.2 escreveu: “Sim. Já trabalhei um texto sobre a devastação na Amazônia e sobre a poluição do ar”. Permitiu verificar a transversalidade quando abordar o aspecto nacional das questões relacionada a Educação Ambiental quando descreve a floresta amazônica e o aspecto global relacionado a poluição atmosférica.

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O professor M.1 escreveu: “Sim. Qual a importância de não poluir nossas praias já que estamos em uma cidade turística.” Aspectos locais foram observados na resposta que promove uma reflexão a partir da problematização, possibilitado pela a Educação Ambiental através da transversalidade.

O docente C.2 relatou que: “Sim. Visitamos a lagoa próximo a escola”. Apesar de não descrever o conteúdo abordado, constatou o aspecto local pela visita a lagoa no entorno da escola, onde um corpo de água abre a possibilidade para diferentes abordagens pela perspectiva da Educação Ambiental.

Já I.2 relatou uma abordagem sobre temática através da poluição ambiental da área litorânea, pelo aspecto local, uma característica marcante no município de Guarapari sendo esse o mais frequentado balneário do litoral capixaba e por isso sofre grande pressão antrópica nas áreas de restingas.

Segundo Libâneo (2006), o conteúdo abordado em sala de aula, deve ser significativo, ou seja, interessante e expressivo, incluindo elementos da vida do aluno, para ser absorvido de forma ativa e consciente.

O processo ensino-aprendizagem se dá de forma eficaz quando existe motivação e interesse por parte do aluno, essa é uma opinião praticamente unânime entre os educadores. Se o aluno não encontra significado no trabalho que tem a realizar, se não vê perspectiva futura nessa aprendizagem, provavelmente não terá interesse em aprender (BINI e PABIS, 2008).

De acordo com Hernandes (1998), para a maioria dos professores, a motivação e a relação dos conteúdos com o cotidiano dos alunos para a aprendizagem são o centro das atenções no processo educacional. Aquilo que se aprende deve ter relação com a vida.

A forma como os professores escolhem e trabalham os conteúdos em sala de aula, reflete no aprendizado do aluno. Há diversos motivos que desmotivam os alunos em um determinado assunto, como: conteúdos que não permitem contextualização com o mundo do aluno; a adoção de estratégias que deixam o aluno em um segundo

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plano de importância na aula; o uso de materiais de difícil acesso e compreensão por boa parte dos alunos (SOUZA et al 2016).

Neste sentido, o interesse é uma variável de muita importância nas tarefas escolares e na aprendizagem em geral. Quando as pessoas se interessam por um assunto, tendem a aprendê-lo mais rapidamente e com maior profundidade (ARAUJO e CHADWICK, 2002).

Na questão 6, buscou-se verificar se os docentes sentem falta ou necessidade de algum material alternativo e/ou complementar sobre a Educação Ambiental contextualizado com a realidade local, da cidade de Guarapari.

O docente E.1 respondeu afirmativamente que: “Não! As escolas fazem um bom trabalho neste eixo”. Os docentes P.1, P,4, H.1, I.1 e I.2 responderam simplesmente: “Sim”. Porém, não especificaram qual seria tipo de material didático alternativos. O que permitiu concluir que sentem falta de algum(s) material didático com abordagem local referente a Educação Ambiental.

O participante C.2, relatou: “Transporte para visitação”. Por semelhança, permitiu concluir o participante em questão não sente falta de algum(s) material didático com abordagem local referente a Educação Ambiental. Mas sim, conforme relatado, o transporte para visitas técnicas é de grande valor para os docentes planejarem metodologias de ensino que vão além das aulas tradicionais. A literatura apresenta diversos trabalhos sobre a visita técnica como recurso didático que pode ser utilizado em aula fora do espaço formal de ensino.

Neste sentido, é importante a utilização de novos métodos de ensino pelo educador, para que haja uma interação maior entre o educando e o conhecimento a ser construído. Trabalhar de forma dinâmica atrai a atenção dos educandos, até mesmos dos mais dispersos durante as aulas (SOARES, 2015).

Ainda segundo Soares (2015), o ensino dos conteúdos nas escolas geralmente estão baseados na exposição de aulas teóricas e no uso limitado de materiais didáticos, tornando as aulas nesta disciplina desinteressantes e fazendo com que os

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educandos fiquem desmotivados para o estudo. É tarefa de todos os educadores o encontro de novos métodos de ensino que despertem o interesse de seus alunos.

Métodos esses que busquem unir a teoria com a prática. Podendo assim, despertar neles a curiosidade e o questionamento, de forma que ocorra a construção do conhecimento, facilitando assim o processo de ensino aprendizagem.

As respostas dos participantes P.2, P.3, M.1, M.2, H.2, C.1, G.1 e A.1, além de responderem positivamente à questão, especificaram também quais são os materiais auxiliar que sentem falta. Foram citados, materiais sobre a Educação Ambiental em Guarapari; palestras e debates sobre a preservação do manguezal; aulas práticas e visitas externas na cidade, como em praias; parques; estação de tratamento de água;

manguezal; material de formação de docente para a Educação Ambiental a partir da realidade local.

Em Rubio (2010), relata as dificuldades em implementar a Educação Ambiental nas escolas como a sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos, principalmente na continuidade dos mesmos. O autor enfatiza, a importância da apresentação de cartilhas ambientais, que abordem o contexto do aluno, para promover o conhecimento, atitudes e habilidades necessárias à preservação e consequentemente a melhoria do meio ambiental.

Na questão 7, questionou os docentes sobre como a Educação Ambiental está presente na escola, de modo interdisciplinar. Além de permitir aos docentes apontarem os pontos facilitadores, tanto da parte da escola e como da secretaria de educação municipal, para que a Educação Ambiental esteja cada vez mais presente interdisciplinarmente dentro do processo de ensino aprendizagem no ensino fundamental II na EMEF Ignéz Massad Cola.

Os participantes C.2 e H.2 respondeu negativamente à questão. Concluiu que que Educação Ambiental não está presente na escola de modo interdisciplinar e não apontou nem um ponto facilitador para que a Educação Ambiental esteja presente interdisciplinarmente dentro do processo de ensino aprendizagem no ensino fundamental II, no contexto da escola.

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Os docentes M.2, I.1 e E.1 apesar de responderam positivamente à questão, porém não apontaram nem um ponto facilitador para que a Educação Ambiental esteja presente interdisciplinarmente dentro do processo de ensino aprendizagem no ensino fundamental II no contexto da escola.

Os outros dez (10) docentes participantes da pesquisa, P.1, P.2, P.3, P.4, M.1, H.1, C.1, I.2, G.1 e A.1, responderam positivamente à questão. Verificou que a Educação Ambiental está presente na escola de modo interdisciplinar no contexto da escola. Além de pontuarem, tanto da parte da escola como da Secretaria de Educação Municipal, para que a Educação Ambiental esteja cada vez mais presente interdisciplinarmente dentro do processo de ensino-aprendizagem no ensino fundamental II.

Foram descritas pelos professores pontos facilitadores para Educação Ambiental como, fomento de projetos de Educação Ambiental da parte da Secretaria de Educação Municipal; vistas técnicas a projetos de preservação ambiental; passeios ecológicos; proposição dos projetos de Educação Ambiental no início do ano letivo;

formação continuada sobre o tema; pesquisa de campo guiada por especialistas na temática.

O docente C.1 respondeu de modo pertinente quando escreveu: “É necessário que os projetos de educação estejam ligados ao plano de escola, para que todas as disciplinas se envolvam”.

Na terceira etapa, a análise de dados a partir diálogo entre o pesquisador com os professores participantes da pesquisa, culminou na reflexão de como a Educação Ambiental está inserida atualmente no contexto da escola, sobre o verdadeiro papel que a Educação Ambiental deveria assumir dentro da Base Curricular Nacional.

Salvaguardo o docente P.3 todos os demais docentes participantes desta pesquisa, externaram acreditar que a Educação Ambiental deve ser inserida na Base Curricular Nacional como disciplina obrigatória no ensino fundamental em seus anos- finais, sem deixar de ser abordada como tema transversal pelas as demais disciplinas do currículo, ou seja, que a mesma possa ser trabalhada concomitantemente e

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interdisciplinarmente por todas as áreas do conhecimento, além de ser tornar disciplina obrigatória.

Atualmente, tramita no Senado o Projeto de Lei 221/2015, que altera a Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, que “dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências”, para incluir como objetivo fundamental da Educação Ambiental o estímulo as ações que promovam o uso sustentável dos recursos naturais e a Educação Ambiental como disciplina específica no ensino fundamental e médio, e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que fixa as Diretrizes e Bases da Educação, para tornar a Educação Ambiental disciplina obrigatória (PL 221/2015).

O participante P.3 relatou na ocasião, que tornar a Educação Ambiental em uma disciplina Ensino Fundamental, faria que a mesma perdesse sua principal característica de tema transversal. Tendo está seu conteúdo compartimentado seria destoante ao princípio previsto aos temas tranversais, que por definição deve ser trabalhado de maneira integrada e interdisciplinar no curriculo dentro das disciplinas obrigatórias no Ensino Fundamental.

A proposta do PL 221/2015 é dissonante das orientações até então vigentes, e até mesmo os Parâmetros Curriculares Nacionais, que tratam a temática ambiental no formato de tema transversal às disciplinas obrigatórias (NETO; KAWASAKI, 2015).

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3 CONCLUSÃO

A presente pesquisa proporcionou verificar de que forma a Educação Ambiental está presente no Ensino Fundamental em seus anos finais, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ignéz Massad Cola, na cidade de Guarapari.

Constato-se que a Educação Ambiental se apresenta institucionalizada no contexto da escola, através do documento norteador das práticas educativas. O Projeto Político Pedagógico, descreve no formato de projetos ações pedagógicas abordado o tema transversal e contempla de maneira específica cada ano do ensino fundamental nos anos finais.

Neste sentido, a pesquisa identificou práticas docentes interdisciplinares correlacionadas a Educação Ambiental. Entretanto, se pode constatar que alguns docentes participantes da pesquisa não utilizam o tema transversal em suas disciplinas. O que demonstra a necessidade por parte dos docentes de aprofundarem seus conhecimentos sobre a Educação Ambiental.

Outro aspecto encontrado é que muitas atividades interdisciplinares, referente ao tema, ocorrem atreladas às datas comemorativas. Sabe-se que é importante desenvolver atividades em datas comemorativas. Porém, é necessário, que o tema transversal da Educação Ambiental seja trabalhado de forma contínua e interrúpta dentro do processo de ensino-aprendizagem, aprofundado seus conceitos e princípios gradualmente para que os educandos desenvolvam conhecimentos e atitudes socioambientalmente responsáveis.

Pela mesma perspectiva, verificou-se a presença da Educação Ambiental no contexto da escola, que permitiu constatar como a Educação Ambiental faz parte do processo de ensino-aprendizagem, seja em formato de projetos específicos ou pelas práticas pedagógicas desenvolvidas por parte dos docentes. Verificou-se também, práticas pedagógicas no aspecto da transversalidade, a partir do contexto local até a escala global.

A reflexão sobre o papel da Educação Ambiental na Base Curricular Nacional, possibilitou perceber a importância dada ao tema por parte dos docentes, ao

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externarem que a Educação Ambiental deva ser considerada uma disciplina obrigatória no currículo, sem abrir mão da característica de tema transversal, ou seja, nessa percepção seria trabalhada concomitantemente pelas as demais disciplinas obrigatórias do Ensino Fundamental anos finais, além de assumir o carater obrigatório como disciplina no currículo.

Nessa perspectiva, concordado com o pensamento, que a Educação não muda o mundo, mas muda as pessoas que vão mudar o mundo (FREIRE, 2012, p. 29).

Assim, a Educação Ambiental deve contribuir para modificar o atual modelo econômico imposto, que negligência o equilibrio natural ao visar somente lucro, enquanto a humanidade poderia estar voltada em buscar alternativas econômicas sustentáveis em prol da coexistencia harmônica entre as éspecies e seu planeta.

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