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COMBATE E PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E PÂNICOS

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Academic year: 2022

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U N I D A D E 4

ELAINE CHRISTINE PESSOA DELGADO E GISELLY SANTOS MENDES

COMBATE E PREVENÇÃO DE

INCÊNDIOS E PÂNICOS

(2)

Unidade 4| Introdução

Nesta unidade iremos compreender como é

tramitação do projeto de incêndios e pânicos, o

plano de abandono e de emergência, quem são

os brigadistas, o que é a vistoria e como proceder

aos primeiros socorros em situações de incêndios

e pânicos.

(3)

Unidade 4| Objetivos

1. Discutir a tramitação de projetos de prevenção de incêndios e pânicos.

2. Aplicar as instruções em casos de emergência e plano de atendimento a emergências.

3. Capacitar a brigada de combate a incêndio e pânicos e compreender as vistorias de segurança aplicáveis.

4. Aplicar os procedimentos de primeiros socorros a vítimas de incêndios.

(4)

Trâmite de Projetos de Prevenção de Incêndios e Pânicos

De acordo com Seito et al (2008), os objetivos do projeto de segurança contra incêndio devem ser estabelecidos de forma clara nas primeiras etapas do projeto, pois a proteção à vida sempre será o primeiro objetivo a ser atingido.

Contudo, as consequências financeiras de um incêndio

sobre o negócio, como decorrência direta das perdas da

propriedade e da produção, também deverão ser levados

em consideração como importantes.

(5)

• O PPCI é o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e pode ser elaborado apenas por profissionais habilitados (engenheiros civis e arquitetos), fiscalizado e aprovado pelo Corpo de Bombeiros, mediante vistorias e concessão de alvarás, sendo exigido por órgãos públicos para qualquer imóvel, a fim de proporcionar maior segurança às pessoas. É obrigatório para todas as edificações existentes, mesmo aquelas que se encontram em situação de construção ou reforma com ampliação de área superior a 10% da sua área total (Gomes, 2014, p. 29).

• Carvalho Júnior (2019) afirma que além de atender às Instruções Técnicas Estaduais e, em algumas situações, às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o projeto de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco deverá ser apresentado ao Corpo de Bombeiros para a devida análise.

• Os objetivos da segurança contra incêndio que caracteristicamente fazem parte de um estudo de engenharia de segurança contra incêndio são a segurança da vida, o controle das perdas e o impacto ambiental, informam Seito et al (2008).

• Fernandes (2010) informa que deverá ser avaliado pelo Corpo de Bombeiros o projeto

arquitetônico, para os casos de construção, reforma ou ampliação de obras que possuam área

igual ou superior a 100 m², exceto residências unifamiliares, para que seja atribuído o Alvará

de Construção pela Prefeitura Municipal, logo após a análise prévia.

(6)

O Corpo de Bombeiros emitirá:

• Informação sobre o tipo de Sistema Preventivo que deverá ser seguido.

• Análise arquitetônica dos projetos quanto às vias de abandono, escadas, necessidade e localização das centrais de gases combustíveis.

• Visto nos projetos, desde que realizadas às exigências do Código de Prevenção contra

Incêndios.

(7)

Medidas de segurança contra incêndio

Para Carvalho Junior (2019), as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco devem ser apresentadas ao Corpo de Bombeiros para análise por meio de: Projeto Técnico (PT); Projeto Técnico Simplificado (PTS);

Projeto Técnico para Instalação Temporária (PTIOT);

Projeto Técnico para Ocupação Temporária em

Edificação Permanente (PTOTEP).

(8)

• O projeto técnico (PT), segundo a Instrução Técnica 01/2019, envolve procedimentos administrativos. Deve ser empregado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio de edificações e áreas de risco com área de construção acima de 750 m

2

ou com altura acima de três pavimentos, excluindo-se os que se estão compreendidos nas regras para Projeto Técnico Simplificado, Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária e Projeto Técnico para Ocupação Temporária em Edificação Permanente.

• O Projeto Técnico Simplificado abrange as edificações com até 750 m² de área construída com, no máximo, três pavimentos ou até 1.500 m² de área construída com, no máximo, 6 m de altura, conforme descreve a Instrução Técnica nº 42/2020 – Projeto Técnico Simplificado (PTS).

• O Projeto Técnico de Ocupação e Instalação Temporária (PTIOT) envolve projetos elaborados para

instalações temporárias ao ar livre como circos, parques de diversão, shows artísticos, entre

outros. Devem ser desmontadas e transferidas para outros locais após o prazo máximo de seis

meses (prorrogável uma vez pelo mesmo período). Após esse prazo, a edificação e as áreas de

risco passam a ser regidas pelas regras do Projeto Técnico, esclarece Carvalho Júnior (2019).

(9)

• Já o Projeto Técnico para Ocupação Temporária em Edificação Permanente é, conforme Carvalho Júnior (2019), o procedimento seguido para evento temporário em edificação e área de risco permanente. Pereira (2015) lembra que, analisado o projeto, provido das condições indispensáveis, não existindo exigências ou cumpridas as estabelecidas, faz-se a vistoria do Corpo de Bombeiros no local, por meio da solicitação do proprietário, do responsável pelo uso ou do responsável técnico.

• A IT 01/2019 traz também o memorial descritivo do sistema fixo de gases para combate a

incêndio, o qual deve compreender a norma seguida, o tipo de sistema fixo, o agente extintor

utilizado, a forma de acionamento (seja manual ou automático); e o memorial descritivo da carga

de incêndio dos materiais existentes na edificação ou área de risco, que apresenta o

dimensionamento da carga de incêndio nas edificações e áreas de risco.

(10)

Instruções e Plano de Atendimento a Emergência

Seito et al (2008) explicam que um dos fatores

decisivos em uma situação de incêndio é a

informação disponível associada ao tempo, pelo

recebimento tardio do aviso de incêndio, quando

as ocorrências de fogo e fumaça estão mais

rigorosas, para se procurar uma resposta.

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• O entendimento sobre a gravidade do incêndio, qual direção seguir, muitas vezes em ambiente com fumaça, tende a provocar muita tensão. Deste modo, as circunstâncias que podem dificultar o controle emocional provêm da demora da disponibilidade de informações sobre o que está acontecendo, qual a severidade do caso, atraso na divulgação de um incêndio e como agir e utilizar saídas protegidas, analisam Seito et al (2008).

• A Instrução Técnica nº 16/2018 – Plano de Emergência determina responsabilidades e procedimentos para organizações e indivíduos com a finalidade de cumprirem ações específicas, de acordo com o local e o tempo em que venha a acontecer uma emergência ou um desastre.

• Dentre os procedimentos a serem executados quando acontece um incêndio,

compreendem-se correta visão, alcance e acionamento do sistema de alarme, acionamento

do Corpo de Bombeiros, desligamento de equipamentos e medidas preliminares de

combate ao incêndio, esclarece Pereira (2015).

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O que é uma brigada de abandono?

Seito et al (2008) entendem a brigadas de abandono

como sendo aquelas designadas para efetuar a

remoção da população das edificações. São formadas

por funcionários com treinamento específico para o

abandono de local. Não fazem parte da brigada de

incêndio porque, em uma ocorrência de emergência,

devem abandonar o ambiente junto com a população

do prédio.

(13)

• A NBR 15.219:2015 regula o plano de emergência contra incêndio e seus requisitos estabelecendo condições mínimas para organizar, implantar, conservar e revisar um Plano de Emergência Contra Incêndio (PECI). Conforme essa norma, todo e qualquer ambiente em que estão localizadas uma ou mais edificações ou áreas para serem empregadas para determinados eventos ou ocupação deverá ter seu Plano de Emergência Contra Incêndio, informam Seito et al (2008).

• A norma também prevê que o Plano de Emergência contra Incêndio deve ser preparado por profissional habilitado, isto é, alguém que tenha produzido planos de emergência nos últimos cinco anos, ou por profissional cuja formação tenha contidas cargas horárias dependendo dos níveis (baixo, médio ou alto) de risco da ocupação.

• Para Godoy (2020), um plano de emergência deve conter: procedimentos do supervisor;

procedimentos da brigada de incêndio; procedimentos dos ocupantes do prédio; planta do edifício; localização do equipamento de combate a incêndio; localização das vias de fuga; ponto de reunião fora do edifício.

• Conforme a Instrução Técnica nº 16/2018, o plano de emergência contra incêndio deverá ser

elaborado por escrito, levando em consideração: localização, construção, ocupação, população

total e por setor ou área e andar, características de funcionamento, pessoas portadoras de

necessidades especiais, recursos humanos e materiais existentes, e riscos inerentes à atividade.

(14)

• Os projetos de arquitetura das edificações precisam analisar a movimentação de fumaça dentro

dos ambientes em caso de incêndio e proporcionar barreiras arquitetônicas e sistemas de saída

de gases, além dos sistemas de proteção e combate. As rotas de fuga devem levar a saídas de

emergência apropriadas para a população prevista para o ambiente, explanam Seito et al

(2008).

(15)

Brigada de Incêndios e Pânicos e as Vistorias de Segurança

Conforme Seito et al (2008), as brigadas de

incêndios são aquelas com o propósito de combater

os princípios de incêndio nas edificações. São

formadas por funcionários treinados de vários

setores (ou de diversos andares) da empresa para a

extinção dos focos de incêndio.

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• Para Godoy (2020), as brigadas de incêndios são grupos de pessoas que foram treinadas de forma prévia, organizadas e capacitadas dentro de uma organização, empresa ou um estabelecimento para efetuar atendimento em casos de emergência. Geralmente, estão treinadas para agir em prevenção e combate de incêndios, prestação de primeiros socorros e desocupação do ambiente.

• As ações de prevenção envolvem análise dos riscos existentes durante as reuniões da brigada de incêndio, notificação ao setor competente da empresa ou da edificação das eventuais irregularidades encontradas no tocante a prevenção e proteção contra incêndios, a orientação à população fixa e flutuante, a participação nos exercícios simulados, e conhecer o plano de emergência da edificação, informa a Instrução Técnica 17/2014.

• As ações de emergência envolvem identificação da situação, alarme e abandono de área,

acionamento do Corpo de Bombeiros e ajuda externa, corte de energia, primeiros socorros,

combate ao princípio de incêndio, recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros, conforme

estabelece a Instrução Técnica 17/2014.

(17)

Vistorias de Segurança

Auto de vistoria é o documento disponibilizado

pelo poder público estadual, mais precisamente

pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar,

garantindo que na data da vistoria a edificação

estava de acordo com as normas de segurança

contra incêndio, explica Godoy (2020).

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• Pereira (2015) lembra que depois da realização da vistoria na edificação e sua aprovação pelo vistoriador, deve ser emitido pelo Serviço de Segurança Contra Incêndio o respectivo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Godoy (2020) esclarece que para cada edificação há uma pessoa física legalmente responsável pelo uso do imóvel, com o dever de conservar as condições de segurança identificadas na vistoria.

• Em 2014, houve uma alteração significativa na Instrução Técnica 42/2011 com a criação do CLCB, que é um mecanismo de otimização para a conquista do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), tornando-o mais simplificado e não dependendo de vistoria imediata do Corpo de Bombeiros aplicado às edificações classificadas como Projeto Técnico Simplificado, informa Carvalho Junior (2019).

• Conforme a Instrução Técnica 42/2019, o Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB) é o “documento emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar, após apresentação dos documentos comprobatórios, certificando que a edificação ou área de risco atende às exigências quanto às medidas de segurança contra incêndio” .

• Pereira (2015) lembra que o funcionamento de estabelecimento ou ocupação de edificação

sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros poderá ocasionar o não licenciamento da

obra, multa ou embargo pela Prefeitura relacionada, pois essa documentação faz parte do

processo de licenciamento do imóvel, como também em situações em que o AVCB tiver sido

revogado ou após expirado seu prazo de validade.

(19)

Primeiros Socorros Aplicados a Vítimas de Incêndios

Rossete (2014, p. 129) leva em consideração a definição dada pela Cruz Vermelha Brasileira de que

“os primeiros socorros são a prestação de assistência

médica imediata a uma pessoa doente ou ferida até a

chegada de ajuda profissional” .

(20)

• Para Szabó Junior (2018), os primeiros socorros são procedimentos simples, podendo ser efetivados por qualquer pessoa que tenha os devidos conhecimentos para oferecer o primeiro atendimento a alguém que esteja acidentado ou em crise de saúde até a chegada do atendimento especializado.

• Os primeiros passos e o acompanhamento das ações são indispensáveis, pois o tempo que

se deve ter em mente é de quatro minutos, dos quais não se pode abrir mão, sendo esse o

tempo que o cérebro de uma pessoa acometida por lesões leva para começar a perder a

estabilidade sistêmica, informa Sousa (2018).

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Conhecimento dos Métodos de Suporte Básico da Vida

Camilo Junior (2019) descreve como é de suma

importância que o socorrista conheça e saiba

pôr em prática o apoio básico da vida, pois

saber fazer o certo na hora certa pode constituir

a diferença entre a vida e diminuir o risco de

lesão para um acidentado.

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O conhecimento dos métodos de suporte básico da vida possibilitará que o socorrista perceba o

que existe de errado com a vítima, saiba como levantá-la ou movimentá-la quando isso for

preciso, sem ocasionar lesões secundárias e, finalmente, transportá-la e comunicar informações

sobre seu estado ao médico, que se responsabilizará pela continuação do seu tratamento,

explicita Camilo Junior (2019).

(23)

Obrigada!

Referências

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