Farmacoterapia aplicada em grupos alvo
Profa. Fernanda Datti
Fatores associados com variação na resposta farmacológica
• Idade
• Gravidez
• Doença
Idade
• Recém-nascidos: menos de 1 mês
• Bebês: 1 mês a 1 ano.
• Crianças: entre 1 e 12 anos
Recém-nascidos e lactentes
• Pele + fina e permeável
• BHE imatura
• Proteínas plasmáticas < quantidade e capacidade de ligação
F
F F
F F
Proteína
F F
F F F
F F F
Proteína
F F
F F F
F F F
Proteína
F F
F F F
F F F
F F
F F F
F F F F F
F
F
F
Recém-nascidos - excreção renal
• taxa de filtração glomerular e função tubular
Recém-nascidos - metabolismo
• < atividade oxidase microssômica hepática, glicuronil-transferase, acetiltransferase e esterases plasmáticas 8 semanas ou +
– Cloranfenicol “recém-nascido cinzento”
– Morfina depressão respiratória prolongada
Recém-nascidos - metabolismo
Criança
• > atividade dos sistemas enzimáticos hepáticos
– Teofilina
Idosos
• débito cardíaco
• da H
2O corporal total
• massa magra/Kg de peso
Idosos
• albumina sérica
– AAS
– Warfarina
F
F F
F F
Albumina
F F
F F F
F F F
Albumina
F F
F F F
F F F
Albumina
F F
F F F
F F F
F F
F F F
F F F F F
F
F
F
Idosos - excreção renal
• Taxa filtração glomerular
-0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Idade
Taxa filtração glomerular
Idosos – excreção renal
Idosos – excreção renal
Idosos – metabolismo
• da atividade das enzimas microssômicas
hepáticas
Idosos – metabolismo
Gravidez
• Grupo de risco
– Estudos retrospectivos e relatos de caso, poucos estudos prospectivos
• Benefício materno > que risco para o feto
Gravidez
• Alteração em parâmetros fisiológicos
– Esvaziamento gástrico lento – da motilidade intestinal – proteínas plasmáticas – metabolismo hepático – clearance renal
– débito cardíaco é aumentado
Gravidez
• Moléculas lipofílicas atravessam com facilidade a
“barreira placentária”
• Circulação materno-placentária-fetal
– Sg fetal – 50 – 100% da quantidade sg materno – Feto
• níveis de albumina sérica
• metabolismo lento
• BHE pouco desenvolvida
• excreção renal lenta – líquido amniótico
– Recirculação
• “Barreira placentária” – heparinas de PM
Classificação do risco na gestação FDA
– A – estudos adequados em gestantes não demonstraram risco para o feto
– B – estudos em animais não demonstraram risco para o feto, mas não há estudos adequados em gestantes; ou estudos com animais mostraram efeitos adversos, mas estudos adequados em gestantes não demonstraram riscos
– C – um possível risco, geralmente porque não foram realizados estudos com animais ou estes indicaram efeitos adversos, e não há estudos com seres humanos. Essas drogas podem ser usadas quando os possíveis benefícios superam os
possíveis riscos
Classificação do risco na gestação FDA
– D – há evidências de risco fetal humano, mas os possíveis benefícios para a mãe
podem ser aceitáveis apesar do possível risco
– X – estudos com animais ou seres humanos ou relatos de reações adversas, ou ambos,
demonstraram anormalidades fetais; o risco de uso em uma gestante é claramente maior do que qualquer benefício possível
Gravidez – variáveis relacionadas com ocorrência
e gravidade de efeitos adversos
• Natureza do fármaco
– PM, solubilidade, afinidade por tecidos, ligação a proteínas plasmáticas
• Acessibilidade de receptores fetais
• Período de gestação
• Constituição genética e susceptibilidade individual do feto
• Saúde e alimentação da mãe
Gravidez - Estágios
• Pré –embrionário Até 17º dia pós- concepção
• Embrionário 18º - 56º dias pós-concepção
organogênese
• Fetal 8ª - 38ª semanas pós-concepção
maturação e crescimento
Período de exposição
• Período pré-concepcional Fármacos atuam nos gametas causando danos cromossômicos
• Pré-embrionário Efeito tudo ou nada
• Embrionário > risco de interferência na
formação dos órgãos. Evitar o uso de fármacos no primeiro trimestre
Gravidez - 1º trimestre
• Talidomida anomalias congênitas,
malformação membros, intestino e coração
• Ácido valproico Espinha bífida, hidrocefalia, distúrbios tubo neural
• Isotretinoina aborto e mal formações congênitas
• Hormônios androgênicos Masculinização de fetos femininos
• Antineoplásicos Malformações congênitas
Gravidez – 2º e 3º trimestre
• IECAs e antagonistas dos receptores de angiotensina
• Alterações observadas no feto/recém-nascido – Má formação cardíaca
– Insuficiência respiratória
– Retardo do crescimento intrauterino – Insuficiência renal
– Hemorragia intraventricular – do fluido amniótico
– Contratura dos membros – Insuficiência pulmonar
– Morte no período neonatal
Gravidez – 3º trimestre
• AINEs
– Disfunção renal
– Alterações da coagulação
– Retardo do trabalho de parto
• Tiazídicos
– Trombocitopenia
• das plaquetas
• do tempo de coagulação
• Sulfonamidas
– Hemólise
Insuficiência renal
• Fatores de risco para insuficiência renal
– Paciente diabético – Paciente hipertenso
– Paciente insuficiência cardíaca – Drogas nefrotóxicas
Insuficiência renal
• Insuficiência renal aguda
– pode ocorrer em qualquer doença com
comprometimento do fluxo sanguíneo ou da função renal
• Insuficiência renal crônica
– geralmente causada por doenças que destroem o tecido renal
Acúmulo de drogas e efeitos adversos
Insuficiência renal
• Monitorização da função renal débito urinário, níveis de ureia e creatinina
• Consumo adequado de líquidos
• Seleção da droga
– Ibuprofeno, aminoglicosídeos, lítio
• dosagem
– Aminoglicosídeos, cefalosporinas, digoxina
Insuficiência hepática
• Metabolismo hepático depende
– Fluxo sanguíneo e da atividade de enzimas no fígado
– Ligação às proteínas plasmáticas
• Fatores de risco
– Cirrose ou hepatite – Insuficiência cardíaca
– Cirurgia de grande porte – Drogas hepatotóxicas
Insuficiência hepática
• Monitorização de sinais e sintomas
– náusea, vômito, icterícia e hepatomegalia
• Seleção da droga
– Paracetamol – Álcool
– Adrenalina e outras drogas vasoconstritoras
• Dosagem
• Provas de função hepática
– bilirrubina, tempo de protrombina, albumina sérica