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Academic year: 2022

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INCIDÊNCIA DE FERRUGEM E CERCOSPORIOSE EM GENÓTIPOS DE CAFEEIRO ARÁBICA*

PL Maia

1

, DHS Nadaleti

1

, CE Botelho

2

, GR Carvalho

2

, DMS Botelho

3

, PC Moreira

1

1

Universidade Federal de Lavras – UFLA,

2

Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG,

3

INCT Café.

*Trabalho financiado por: Consórcio Pesquisa Café, FAPEMIG, CNPq e CAPES.

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, constituindo essa atividade uma expressiva força econômica e social para o país no decorrer de sua história. Um dos desafios que cerceiam a expansão da cultura, é a incidência de doenças. Dentre essas, destaca-se a ferrugem, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, e a cercosporiose, causada pelo fungo Cercospora coffeicola com prejuízos que variam com a sua intensidade (incidência e severidade) da doença. Diante desse contexto, os programas de melhoramento genético do cafeeiro visam desenvolver genótipos resistentes/tolerantes às doenças aliado a outras características fundamentais a essa atividade agrícola, o que resulta em benefícios tanto econômicos quanto ambientais para o cafeicultor e consequentemente colabora para o desenvolvimento de uma cafeicultura sustentável. Diante ao exposto, objetivou-se com o trabalho avaliar a área abaixo da curva de progresso da doença para incidência de ferrugem e cercosporiose em diferentes genótipos de cafeeiro. O experimento foi conduzido na área experimental do setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), sendo implantado em dezembro de 2005 e submetido à poda do tipo esqueletamento em agosto de 2014 e em agosto de 2016.

Foram avaliadas 10 progênies em geração F

5

, descendentes de “Híbrido de Timor” (cruzamento de Catuaí Vermelho e Amarelo com “Híbrido de Timor”), como também duas cultivares comerciais como testemunhas (Tupi IAC 1669-33 e Obatã IAC 1669-20).

Tabela 1. Relação das 10 progênies e 2 cultivares avaliadas no experimento conduzido na Universidade Federal de Lavras.

Genótipos Genótipos

1 H516-2-1-1-18-1-1 7 H419-3-4-5-2-1-2

2 H516-2-1-1-18-1-2 8 H419-3-4-5-2-1-3

3 H516-2-1-1-18-1-3 9 H419-3-4-5-2-1-4

4 H516-2-1-1-18-1-4 10 H419-3-4-5-2-1-5

5 H516-2-1-1-18-1-5 11 Tupi IAC 1669-33

6 H419-3-4-5-2-1-1 12 Obatã IAC 1669-20

O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados (DBC) com três repetições, sendo 12 tratamentos (10 progênies e 2 cultivares) totalizando 36 parcelas experimentais constituídas por 15 plantas cada. Por se tratar de um experimento visando a seleção de materiais resistentes, não foi realizado controle químico para as doenças avaliadas. Para determinação da incidência da ferrugem e cercosporiose, foram realizadas amostragens foliares quinzenais entre 03/05/18 e 14/06/18. As coletas foram no terço médio das plantas, entre o 3º e o 4º par de folhas dos ramos plagiotrópicos nos 2 lados da planta, totalizando 30 folhas por parcela. A quantificação da incidência, foi estimada pela contagem do número de folhas com sintomas da ferrugem e cercosporiose, respectivamente, dividido pelo número total de folhas da amostra. Após a obtenção dos resultados de incidência, foi determinada a área abaixo da curva de progresso para incidência da ferrugem (AACPIF) e a área abaixo da curva de progresso da incidência da cercospriose (AACPIC). Os dados foram submetidos a análise de variância pelo software SISVAR versão 5.6 e aplicado o teste de Scott-Knott para comparação das médias à 5% de probabilidade.

Resultados e Conclusões

Figura 1. Área abaixo da curva de progresso da incidência da ferrugem (AACPIF) em genótipos de cafeeiro arábica.

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (P≤0,05).

Os genótipos avaliados apresentaram diferença significativa para incidência da ferrugem e cercosporiose (Figuras 1 e 2). Para AACPIF observou-se a formação de três grupos, sendo que os genótipos 4, 10, 11 e 12 apresentaram os menores valores de incidência da doença (Figura 1). Os genótipos 4 e 10 apresentaram-se com grande

d

c

b a

b c

b c

c

a

a a

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

AA CP IF

Genótipos

AACPIF

(2)

potencial para compor cultivares com resistência à ferrugem, pois foram agrupados com as duas cultivares utilizadas como testemunha (genótipos 11 e 12), as quais são registradas como resistentes a ferrugem do cafeeiro.

Figura 2. Área abaixo da curva de progresso da incidência da cercosporiose (AACPIC) em genótipos de cafeeiro arábica.

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (P≤0,05).

Para a AACPIC, houve a formação de dois grupos, sendo o primeiro deles composto por 7 genótipos com os menores valores de incidência da doença (Figura 2). Os genótipos em destque (4,5,6,7,8,9 e 10), possivelmente são mais eficientes na absorção de nutrientes e a água disponível no solo, uma vez que a intensidade da cercosporiose do cafeeiro é favorecida por uma nutrição deficiente e desequilibrada. Pode-se concluir que os genótipos 4 e 10, são promissores para resistência a ferrugem, como também apresentam uma menor incidência de cercosporiose.

b

b b

a a a a a a

a b

b

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

AA CP IC

Genótipos

AACPIC

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