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GUIA PRÁTICO PARA A REALIZAÇÃO DE TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO ORAL

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Psicologia da Comunicação

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO 2014/2015

GUIA PRÁTICO PARA A REALIZAÇÃO DE TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO ORAL

Definição geral

As apresentações orais são apresentações breves seguidas de discussão de um tema a um grupo de ouvintes, com a finalidade de transmitir conhecimentos ou estimular a discussão. Seguem a mesma estrutura de trabalho escritos com uma introdução, corpo principal e a conclusão.

A capacidade de fazer apresentações orais é uma competência aprendida que é cada vez mais solicitada em diversos no locais de trabalho.

Um exercício deste tipo representa ainda uma oportunidade para apresentar as aprendizagens teóricas e capacidades daí derivadas de forma a podem ser passíveis de avaliação, reflexão e ensaio de aplicação.

Regras e condições gerais

C ONDIÇÕES DE REALIZAÇÃO

As apresentações orais deverão ser realizadas respeitando as seguintes condições:

1. As apresentações orais são realizadas por grupos de 3 ou 4 alunos

1

alunos;

2. O tema a abordar é escolhido pelo grupo, devendo, contudo, ser tido em conta que:

a. Os temas dos trabalhos deverão ser enquadráveis na temática global da UC;

b. Não poderão ser escolhidas temáticas específicas que façam parte dos conteúdos programáticos da UC;

1

Excepcionalmente poderão ser aceites grupos com 5 alunos, desde que se verifique uma

razão fundamentada que o justifique. O docente reserva-se, contudo, o direito de julgar a

pertinência e admissibilidade dos argumentos apresentados pelos alunos.

(2)

c. A mesma temática não poderá ser abordada por grupos diferentes

2

.

C ONDIÇÕES DA APRESENTAÇÃO ORAL

1. A realização deste trabalho deverá envolver necessariamente duas componentes:

a. Uma componente de apresentação oral em que o grupo desenvolve o tema perante a audiência, e

b. Uma componente de discussão geral em que o grupo se disponibilizará para responder a questões e discutir opiniões ou comentários

apresentados pelos colegas ou docente da unidade curricular.

2. Cada grupo dispõe de um máximo de 50 minutos para a realização do seu trabalho em ambas as suas componentes, podendo gerir este tempo da forma que parecer mais adequada à consecução dos seus objectivos.

Recomendações

P REPARAÇÃO

A preparação é o elemento chave para uma apresentação bem conseguida e para controlar o nervosismo habitual nestas situações. Por isso, deve preparar-se de forma a dominar bem os tópicos que vai apresentar

3

. Cada aluno/a deverá considerar-se um/a especialista sobre o tema que vai apresentar naquele momento na sala de aula.

Esta atitude, aliada a uma boa preparação, aumentarão a auto-confiança e reduzirão o nervosismo.

Durante a fase de pesquisa é possível que chegue à conclusão que sabe muito mais sobre o tema do que vai poder apresentar dentro do tempo de que dispõe. Isso é uma coisa boa, pois vai-lhe permitir realizar um exercício fundamental de síntese,

seleccionando os pontos principais e as noções mais importantes que precisam ser introduzidas, o que tornará muito mais clara e dinâmica a relação com a temática a apresentar.

Assim:

 Conheça bem o seu tema, torne-se perito nesse assunto;

 Tente aprender sobre o seu tema tanto quanto puder para aumentar a sua auto- confiança;

 Poderá também ser interessante conversar com os seus colegas da turma acerca do tema que vai apresentar. É importante ter uma idéia de qual o interesse e motivação da turma para ouvir falar desse assunto assim como o conhecimento

2

Uma execepção a esta regra pode acontecer quando, em presença de uma temática com um âmbito vasto, dois grupos decidam abordar dois aspectos, níveis, ou áreas diferentes do mesmo tema.

3

Muitos alunos justificam as suas más prestações nas apresentações orais com o nervosismo

resultante da presença da audiência. Contudo, a investigação em Psicologia Social sobre o

efeito do observador sobre a realização de uma tarefa mostra que esse efeito só é negativo

quando a tarefa não está bem aprendida e que, no casos de tarefas bem aprendidas, a

presença de observadores pode mesmo ter um efeito positivo sobre o desempenho.

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que eles têm do mesmo, pois assim saberá a quantidade de detalhe que poderá introduzir e os conceitos que terá que definir;

 Prepare um esquema da sua apresentação, fazendo uma lista dos tópicos que vai abordar. Quem se sentir demasiado inseguro pode escrever um texto com a sua apresentação (uma intervenção de mais ou menos 8 minutos, que é o tempo que provavelmente terá cada elemento, equivale a 4 folhas A

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, escritas com espaço duplo num tipo de 12 pontos) mas… ATENÇÃO!!! Esse texto não poderá em

circunstância alguma ser lido durante a apresentação oral devendo unicamente ser utilizado para ajudar a preparar a apresentação.

 Os ingleses têm o seguinte ditado “Practice makes perfect” que sublinha a

importância do treino na qualidade do desempenho de qualquer tarefa. Neste caso não é diferente… a única forma de realizar uma apresentação oral de qualidade é treinar até ao ponto de se sentir totalmente à vontade com o tema que vai

abordar. Faça a apresentação para si próprio em voz alta e utilizando os auxiliares visuais tendo o cuidade de tomar nota do tempo, pois é imperativo que respeite os limites temporais. O docente tem consciência de que você provavelmente sabe mais acerca do assunto do que você vai ter tempo de falar, por isso, preocupe-se mais em respeitar o tempo de que dispõe do que em dizer tudo o que sabe.

A PRESENTAÇÃO

Estrutura

Como foi dito atrás, a apresentação oral de um tema tem normalmente uma estrutura constituída por três partes principais: - Introdução, corpo e conclusão.

I

NTRODUÇÃO

A introdução da apresentação define o âmbito do que virá a seguir. Os oradores apresentam-se a si próprios e depois o tema do seu trabalho indicando os seus objectivos e uma síntese breve com os pontos principais a serem aboradados. Isso ajuda a orientar a audiência e dá sentido ao trabalho.

C

ORPO DA APRESENTAÇÃO

Esta é a parte do trabalho na qual a maior parte do tema é apresentada. O corpo de uma apresentação longa deve ser separado em módulos menores, facilmente

assimiláveis. Cada módulo ou sub-secção deve conter um único ponto ou transmitir uma idéia. Estas sub-secções podem, dependendo da sua dimensão, ter cada uma delas a sua própria introdução, corpo e conclusão.

C

ONCLUSÃO

A apresentação termina com uma síntese conclusiva. Esta parte deve ser muito breve e simples. Representa uma oportunidade para reforçar o tema central e o propósito da apresentação. Brevemente, enfatize os pontos-chave e idéias principais de seu trabalho nesta seção. Há um velho axioma que diz... "Diga-lhes que você lhes irá dizer, diga-lhes o que tem a dizer e, no fim, diga-lhes o que você lhes disse."

Organização do tempo

Apesar de o grupo poder dispor dos 50 minutos que tem para realizar o seu trabalho

como entender, recomenda-se que use 30 a 35 minutos para a apresentação oral e 15

a 20 minutos para a discussão.

(4)

Todos os elementos do grupo deverão intervir na apresentação oral, devendo o grupo organizar-se de forma a distribuir o tempo disponível pelos seus elementos de forma equilibrada e equitativa. É também importante que todos os elementos do grupo intervenham na discussão.

Apesar de cada elemento do grupo poder naturalmente intervir mais do que uma vez, deverão, contudo, ser evitadas apresentações tipo jogral em que em que cada

elemento diz apenas algumas frases, de cada vez. Acima de tudo deverá ser facilitada a avaliação individual pelo que se recomenda que o grupo divida o seu tema em grandes blocos temáticos apresentados por cada um dos seus elementos.

Auxiliares visuais

Poderão ser utilizados auxiliares visuais (mapas, fotos, clipes de filme, gráficos, diagramas e gráficos) para melhorar a apresentação. Deverá contudo ter em conta que os auxiliares visuais são isso mesmo, - auxiliares e não devem ser utilizados para substituir a apresentação oral. Quer dizer, os auxiliares visuais não podem em caso algum conter a totalidade do conteúdo da apresentação nem a apresentação oral se pode limitar à leitura do conteúdo dos auxiliares visuais.

Para serem eficazes os auxiliares visuais devem ser atraentes e fáceis de ler. Algumas regras básicas são:

 usar tipos de letra grandes e imagens bem perceptíveis;

 cada página só deve conter um ponto chave ou exemplo;

 usar títulos e listas com guias em detrimento de linhas de texto;

 usar cores fortes e contrastantes, mas não demasiadas cores na mesma página;

 usar gráficos simples e de fácil leitura (evitar gráficos com efeitos 3D);

 não sobrecarregue cada página de informação, use 30 e 50 palavras por página;

Handouts

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Os handouts são perfeitamente facultativos. O grupo deve decidir a sua utilização somente se tiver informação que gostaria de passar para a audiência que não seja possível ou conveniente passar via oral. Podem fornecer referências de materiais suplementares, um glossário de termos e servir como um registo da apresentação.

Realização da apresentação oral

Para fazer a sua apresentação terá que superar o seu nervosismo e lidar com as condições da sala de aula o que pode eventualmente significar ter que solicitar a atenção dos colegas mais distraídos... Uma boa preparação pode aliviar a maior parte do seu nervosismo; perceber que é normal sentir-se nervoso antes de uma

apresentação também deve ajudar. A sua apresentação nunca vai correr exactamente como você previu, muitas vezes até pode correr melhor do que o esperado. No entanto, se você estiver usando qualquer tipo de tecnologia

(retroprojector ou PowerPoint) esteja preparado para se algo não funcionar tendo sempre um plano de recurso.

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Handouts são documentos, normalmente em formato de folheto distribuídos pela audiência

contendo vários elementos da apresentação oral.

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Eis aqui algumas dicas acerca de comportamentos concretos que poderão melhorar significativamente o seu desempenho durante a apresentação oral:

 Comece sua apresentação informando a audiência sobre o qual é o seu tema e como vai ser abordado. As audiências gostam de ter uma linha orientadora.

 Em caso algum deverá ler as suas notas ou qualquer outro tipo de texto seja no papel ou na apresentação visual

5

.

 Fale em uma voz clara e audível, sem gritar, mas suficientemente alto para ser ouvido claramente na fila de trás

6

.

 Adopte uma postura correcta, mantendo-se de pé sem se inclinar ou apoiar em peças do mobiliário. Não tenha medo de se movimentar na sala, porque isso normalmente faz com que a audiência preste atenção.

 No se abane nem bamboleie apoiando-se alternadamente num pé e noutro. Não brinque com lápis, ou apontadores nem faça nada que possa distrair a audiência e fazer com que deixe de prestar atenção ao conteúdo da sua apresentação.

 Nunca peça desculpas à audiência pelo eventual fraco conhecimento do tema ou o seu grau de preparação. A audiência deverá ter confiança em você que é a

autoridade na matéria, por isso não faça nada para minar essa autoridade.

 Nunca mencione qualquer coisa que poderia ter estado na sua apresentação, mas foi deixado de fora

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.

 Mantenha frequente contacto visual com a sua audiência. Olhe realmente para as pessoas quando estiver a falar para elas. Envolver as pessoas directamente com o seu olhar transfere um pouco da sua energia para elas e vai ajudar a mantê-las focalizadas no seu conteúdo. Para além disso, o olhar passa uma mensagem não-verbal importante signifcando que você naquele momento é responsável pelo que se está a passar na sala e é isso que você pretende.

 Se você usar qualquer tipo de auxilares visuais deve evitar a tendência para falar para o ecrã em vez de falar para a audiência. Você deverá conhecer bem os seus auxiliares visuais de forma a ter que olhar para eles somente quando pretende apontar algo.

 Nunca vire as costas para a audiência e evite andar na frente do projector.

 Respeite rigorosamente o seu limite de tempo. Organize os seus tópicos principais e o ritmo da sua fala para que não ultrpasse os seus oito minutos. Vai ver que o tempo passa mais depressa do que pensa.

 No final da apresentação pode solicitar perguntas ou comentários. Incentive perguntas com seus olhos e sua linguagem corporal. Responda a perguntas educadamente, com uma aitude bem humorada e brevemente. Se precisar pode fazer um breve silêncio para organizar os seus pensamentos antes de responder.

5

Uma excepção a esta regra pode acontecer quando na apresentação visual aparecerem definições de conceitos. Estas definições podem ser lidas pelo orador se não forem demasiado extensas (2 ou 3 linhas). Caso contrário deve dar-se tempo à audiência para ler a definição antes de se iniciar a abordagem oral do conceito.

6

Em caso de dúvida sobre qual o nível de voz adequado, pode fazer um teste pedindo a um dos seus colegas de grupo que se coloque na última fila e lhe dê feedback sobre a qualidade da audição.

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Excepto, claro, se se trata de um elemento importante que por qualquer razão fora do seu

controlo teve que ser deixado de fora. Aqui, como em tudo o resto, deve predominar a regra

do bom senso.

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 No final de sua apresentação, resuma os principais pontos e termine com uma frase conclusiva forte que reforce e valorize o seu tema.

 Mostre-se entusiasmado e motivado surante a sua apresentação.

E QUIPAMENTOS E MATERIAIS AUXILIARES

Um aspecto que muitas vezes os alunos descuram, talvez resultado do optimismo próprio da juventude, é que algo pode correr mal com os materiais e equipamentos que vão ser utilizados. Por isso, é importante tomar algumas precauções para evitar surpresas de última hora.

 Informe-se com antecedência e assegure-se de que sabe trabalhar com o equipamento de que vai dispor para fazer a sua apresentação.

 Se usar Powerpoint guarde sempre uma cópia de segurança dos ficheiros com que trabalhar.

 As redes e internet têm o desagradável hábito de não funcionar, ou funcionar lentamente quando mais precisamos delas… por isso, se desejar mostrar websites ou outro tipo de material a partir da internet, guarde cópias desses websites ou materiais num disco para poder utilizá-los offline, se for necessário.

 Se pretender utilizar o seu portátil com o datashow da ESEC, verifique primeiro as questões de compatibilidade.

O papel da audiência

Uma apresentação oral envolve tanto um orador como uma audiência por isso é importante termos uma noção do papel da audiência. Esse papel é tão importante que muitas vezes o sucesso de uma apresentação está dependente do

comportamento da audiência.

O papel da audiência normalmente consiste em:

 Ouvir, educadamente, prestando atenção e evitando ruído desnecessário.

 Manter contactos oculares ocasionais com o orador.

 Tomar notas ou anotar factos interessantes.

 Controlar expressões faciais negativas.

 Controlar eventuais sinais não-verbais de aborrecimento.

 Controlar o impulso de olhar constantemente para o relógio.

 Esperar um período de perguntas & respostas como parte da apresentação.

 Participar no período de perguntas & respostas, seja escutando seja colocando uma questão.

 Prepare-se para manter-se atento durante todo o período de perguntas &

respostas até que o orador dê a apresentação por terminada.

É óbvio que o orador tem uma limitada capacidade para influenciar o comportamento da audiência, contudo pareceu-nos importante referir este aspecto aqui porque um orador hoje vai ser um membro da audiência amanhã e vice versa. Por isso, a melhor forma de contribuir para ter uma boa audiência quando for orador talvez seja

comportar-se como um bom ouvinte.

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Avaliação

A sua apresentação oral irá naturalmente ser avaliada pelo docente e contribuir para a sua avalição de frequência nos termos do exposto na ficha desta unidade

curricular.

É importante que esteja a par dos critérios e instrumentos de avaliação usados pelo docente para assim poder preparar a sua apresentação. Assim, deverá obter na webpage da UC a ficha que irá ser utilizada pelo docente para avaliação das

componentes grupal e individual do trabalho de apresentação oral. Estude esta ficha com atenção pois isso dar-lhe-à indicações preciosas sobre o que fazer para realizar uma apresentação oral de qualidade.

Gostaria de terminar este guia desejando-lhe as maiores felicidades para o seu trabalho.

Faro, 1 de setembro de 2014

O docente responsável pela UC:

Referências

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