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Ambiente Virtual de Aprendizagem: estudo sobre a utilização do AVA por discentes do curso de Odontologia

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Ambiente Virtual de Aprendizagem:

estudo sobre a utilização do AVA por discentes do curso de Odontologia

Cosmo Helder Ferreira da SILVA1 Zila Daniere Dutra dos SANTOS2 Ana Paula Vasconcelos de Oliveira TAHIM3 Flávio Muniz CHAVES4

Resumo: A utilização e difusão dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem é crescente, à medida que essa tecnologia vem sendo utilizada cada vez mais como ferramenta de colaboração aos processos de ensino-aprendizagem na educação superior. O estudo objetivou apresentar a percepção dos estudantes sobre a utilização do Ambiente Virtual de Aprendizagem em disciplinas presenciais do Curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá-CE. Trata-se de um estudo qualitativo, transversal, descritivo e quantitativo. Os dados obtidos foram analisados pelo programa SPSS Statistics 20.0. Os 121 participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e responderam um questionário estruturado com perguntas objetivas. Sobre o uso das tecnologias digitais nas disciplinas, 72,7% (n=88) dos alunos afirmaram que foi excelente. O professor tem o papel de propor uma didática para gerenciamento dos processos de ensino e aprendizagem, ou seja, dirigir a atividade para que os alunos se tornem sujeitos ativos da própria aprendizagem.

Palavras-chave: Formação Profissional. EaD. AVA.

1 Cosmo Helder Ferreira da Silva. Doutorando em Ciências da Saúde pelo Centro Universitário Saúde ABC (FMABC). Mestre em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB). Bacharel em Odontologia pelo Centro Universitário Católica de Quixadá (UNICATÓLICA). Docente do Curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá (UNICATÓLICA). E-mail: <helderferreira@unicatolicaquixada.edu.br>.

2 Zila Daniere Dutra dos Santos. Bacharel em Odontologia pelo Centro Universitário Católica de Quixadá (UNICATÓLICA). Residente em Saúde da Família e Comunidade pela Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (RIS-ESP/CE). E-mail: <zila.ufc@gmail.com>.

3 Ana Paula Vasconcelos de Oliveira Tahim. Doutora e Mestra em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Coordenadora e professora do curso de Pedagogia da Faculdade Cearense (FaC). E-mail: <anapaula_tahim@yahoo.com.br>.

4 Flávio Muniz Chaves. Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: <flavioufc2@gmail.com>.

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Virtual Learning Environment: study on the use of AVA by dental students

Cosmo Helder Ferreira da SILVA Zila Daniere Dutra dos SANTOS Ana Paula Vasconcelos de Oliveira TAHIM Flávio Muniz CHAVES

Abstract: The adoption and dissemination of Learning Virtual Environments is growing, as this technology has been utilized more and more as a support tool to teaching-learning processes in higher education. The study aims to ascertain the students’ assessment of the utilization of the Virtual Learning Environment in regular courses of the Odontology major in the Catholic University Center in Quixadá – CE. This is a qualitative, cross-sectional, descriptive and quantitative study. The data obtained were analyzed aided by the software SPSS Statistics 20.0. The 121 participants signed a Term of Informed Consent and answered a structured questionnaire with objective questions. About the use of digital technologies the students affirmed that it was excellent 72,7% (n=88). The professor has the role of elaborating didactics to manage the processes of teaching and learning, which means, to direct the activity so that the students become active subjects of their own knowledge acquisition.

Keywords: Odontology. Virtual Learning Environment. Students.

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1. INTRODUÇÃO

Diferentemente do que ocorre no ensino tradicional, em que há apenas o contato físico, no ensino a distância, o professor/tu- tor tem a possibilidade de ter os dois momentos com os alunos, tanto presencial como a distância, sendo que estudante e professor podem compartilhar o mesmo Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). No Ensino a Distância (EAD), também chamado de ensino virtual, o professor normalmente utiliza o AVA para implementar suas práticas educativas e para interagir com os discentes. Nessa modalidade de ensino, o professor deve adotar uma postura ativa e mediadora para que a interação existente no AVA possa se constituir numa construção de conhecimentos no processo educativo (FEY, 2012).

No processo ensino-aprendizagem, a comunicação é essen- cial (TENÓRIO; SOUTO; TENÓRIO, 2014), para proporcionar a professores e alunos meios de acesso à informação e à comunicação com uso das tecnologias, uma vez que essa nova didática parece ser um modo de modernizar e ampliar as relações entre universidade e sociedade (KUNTZ, 2010).

Os ambientes virtuais de aprendizagem surgiram para me- diar a comunicação dos diversos usuários a fim de auxiliar no pro- cesso de aprendizagem de alunos e professores, desconsiderando as distâncias físicas entre estes, não sendo utilizados apenas por cursos totalmente a distância, mas também no contexto educacio- nal presencial. Dentre os mais utilizados está o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), um software li- vre personalizado, desenvolvido para servir como apoio ao ensino físico-presencial, auxiliando professores a gerenciarem com facili- dade o ensino e aprendizagem dos alunos. Ele vem sendo utilizado, atualmente, por diversas instituições de ensino brasileiras (RODRI- GUES et al., 2014).

O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é um softwa- re baseado na web que se destina ao gerenciamento eletrônico de cursos e aprendizagens de atividades virtuais. O ambiente permite a usabilidade de técnicas típicas das salas de aula, a elaboração de

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atividades lúdicas, o aprimoramento de estratégias de aprendiza- gem, entre outros, permitindo que o professor interaja com o estu- dante de forma a se tornar um estimulador cognitivo do processo de ensino e aprendizagem (TORI, 2010).

O presente estudo tem como objetivo geral apresentar a per- cepção dos estudantes sobre a utilização do Ambiente Virtual de Aprendizagem em disciplinas presenciais do curso de Odontologia do Centro Universitário Católica de Quixadá – UNICATÓLICA e como objetivos específicos discutir sobre o nível de dificuldade dos estudantes na utilização do AVA entre as disciplinas do Curso de Odontologia; verificar o grau de motivação dos alunos em realizar as atividades propostas no Ambiente Virtual de Aprendizagem e mensurar a percepção do aluno sobre a disciplina com atividades no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo qualitativo de natureza transversal com abordagem descritiva e quantitativa realizado de março a maio de 2017 com 121 alunos do Curso de Odontologia da UNICATÓ- LICA. A seleção da amostra foi de caráter não probabilístico por conveniência.

Os critérios de inclusão foram alunos devidamente matri- culados nas disciplinas de Saúde Coletiva I, Saúde Coletiva IV e Deontologia. Todos os participantes assinaram o Termo de Con- sentimento Livre e Esclarecido e, em seguida, responderam um questionário estruturado com perguntas objetivas sobre o grau de dificuldade na realização das atividades no Ambiente Virtual de Aprendizagem, o nível de satisfação em relação às atividades, bem como avaliação do aluno sobre o uso dessas tecnologias digitais nas respectivas disciplinas matriculadas.

Os dados obtidos foram analisados de forma descritiva, ca- tegorizados e dicotomizados, através do programa SPSS Statistics 20.0, permitindo a geração de gráficos e tabelas. O presente estu- do foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro

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Universitário Católica de Quixadá – UNICATÓLICA e aprovado CAAE: 65784016.0.0000.5046.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram do estudo 121 estudantes do Curso de Odonto- logia do Centro Universitário Católica de Quixadá, sendo 65,3%

(n=79) do sexo feminino e 34,7% (n=42) do sexo masculino. Des- tes, 30,6% (n=37) eram matriculados na disciplina de Saúde Bucal Coletiva I; 41,3% (n=50) em Saúde Bucal Coletiva IV; e 28,1%

(n=34) em Deontologia.

A Saúde Bucal Coletiva é um campo de conhecimentos e prá- ticas que integram um conjunto mais amplo identificado como Saú- de Coletiva e que, a um só tempo, compreende também o campo da Odontologia, incorporando-o e redefinindo-o e, por esta razão, necessariamente transcendendo-o (NARVAI; FRAZÃO, 2006).

Como profissão de saúde, a Odontologia tem um papel muito im- portante no processo de transformação das políticas públicas de saúde no Brasil (ALMEIDA; ALVES; LEITE, 2010).

Assim como o estudo da ética profissional ou deontologia, que é historicamente relacionada ao exercício das profissões libe- rais, tem um conteúdo prescritivo e um corpo de normas ou deveres inerentes ao exercício da profissão. O conjunto de prescrições ba- seadas na noção de respeito ao dever e nas obrigações identificadas socialmente à profissão apresenta-se tradicionalmente na forma de código de ética odontológico (PYRRHO et al., 2009).

Dificuldade no uso do AVA

A interface do Moodle contribui para a compreensão, mesmo para o usuário pouco habitual na internet, o que favorece a apre- ensão por parte dos participantes e o rápido envolvimento com os conteúdos disponibilizados e com as atividades propostas. Contu- do, há aqueles alunos que relatam dificuldade em utilizar o sistema, como mostra o Gráfico I.

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Gráfico I. Nível de dificuldade dos estudantes de Odontologia na utilização do AVA.

Fonte: elaborado pelos autores (2017).

Quando os estudantes foram questionados sobre o nível de dificuldade na utilização do AVA, 43,8% (n=53) responderam não ter nenhuma dificuldade; 19,8% (n=24), pouca dificuldade; 19%

(n=23), razoável; 9,9% (n=12), dificuldade; e 7,4% (n=9), muita dificuldade (Gráfico I).

No estudo realizado por Tenório, Laudelino e Tenório (2015), os dados coletados mostraram que 38 alunos (76%) declararam não ter dificuldades em manipular o AVA. Outros 12 (24%) reportaram dificuldades variadas. Entretanto, poucos mencionaram dúvidas nos encontros presenciais ou virtuais. Grande parte das dificulda- des reconhecidas nas respostas ao questionário envolvia a utiliza- ção de ferramentas de comunicação e o design do AVA. Alguns alunos já haviam relatado, em encontros virtuais, empecilhos no uso das videoconferências, devido à conexão de internet lenta. Para Tenório et al. (2014), a falta de qualidade na conexão de internet pode desestimular, ou mesmo inviabilizar, o uso de algumas Tecno- logias de Informação e Comunicação (TIC).

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Realização do fórum

O Moodle possui inúmeros recursos educacionais, como os fóruns, chats, wiki, entre outros, os quais possibilitam a troca de arquivos e o intercâmbio de conhecimentos entre estudantes e professores. O fórum de discussões é um recurso de comunicação assíncrona, em que os comentários do professor e dos estudantes são publicados em um local em que todos os integrantes daquele grupo têm acesso. O objetivo é promover a interação coletiva entre os participantes do ambiente virtual, pois novos tópicos podem ser criados tanto pelo professor como pelos estudantes. O professor pode pressupor a leitura de um texto ou simplesmente propor um tema para debate, como também os alunos podem fazer perguntas e, inclusive, responder às dúvidas dos colegas.

Gráfico II. Conceito do aluno atribuído a atividades de “fórum de discussões”.

Fonte: elaborado pelos autores (2017).

O conceito dos alunos atribuído à realização de atividades de fórum de discussões foi de 0,8% (n=1) péssimo, 0,8% (n=1) ruim, 11,6% (n=14) regular, 28,9% (n=35) bom e 57,9% (n=70) exce- lente (Gráfico II). Para Almeida (2011), a realização de atividades no AVA com base no diálogo implica o encontro com o outro (pro- fessor e estudantes), a incorporação da ideia do outro às próprias

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ideias, a reconstrução de conceitos e a reelaboração das representa- ções expressas pela escrita.

Uso das tecnologias digitais

O uso das tecnologias digitais da informação e da comuni- cação (TDIC) nos processos de ensino e de aprendizagem exige o planejamento e a organização de recursos e atividades de forma a tornar o estudo mais flexível, despertando nos estudantes interesse pela aprendizagem e promovendo a internalização dos conceitos construídos.

Gráfico III. Conceito dos alunos sobre o uso das tecnologias digi- tais nas disciplinas.

Fonte: elaborado pelos autores (2017).

Em relação ao uso das tecnologias digitais nas disciplinas presenciais, os alunos do Curso de Odontologia afirmaram que esse uso foi péssimo 0,8% (n=1), ruim 0,8% (n=1), regular 6,6% (n=8), bom 19% (n=23), excelente 72,7% (n=88) (Gráfico III).

Para Oliveira, Cortimiglia e Longhi (2015), a expectativa de esforço é definida como a percepção do nível de facilidade de uso

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das tecnologias digitais. Essa construção está intimamente relacio- nada com a complexidade dos sistemas que são utilizados. A Teoria Unificada de Aceitação e Uso da Tecnologia (UTAUT) sugere que, quanto mais simples for o sistema, menor será a expectativa de es- forço, logo, maior será a intenção de uso da tecnologia.

Empregar esses recursos no contexto educacional promove mudanças no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista que as novas gerações de educandos não necessitam mais de um educa- dor somente para intermediar saberes, mas, sim, para orientar e me- diar a construção do conhecimento (BELLONI, 2005; BÉVORT;

BELLONI, 2009; SOUSA; MOITA; CARVALHO, 2011; TENÓ- RIO; SOUTO; TENÓRIO, 2014; MENDES et al., 2015).

Realização das atividades no AVA

A realização das atividades no AVA propicia ao aluno um saber novo e a interação com os diversos tipos de conhecimentos como resultado de uma colaboração coletiva e trocas de informação entre os participantes. Para tanto, é necessário que o aluno esteja motivado com o tema em discussão e assim deseje realizar a ativi- dade, como mostra o Gráfico IV (Próxima página).

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Gráfico IV. Motivação dos alunos de Odontologia para realizar as atividades no AVA.

Fonte: elaborado pelos autores (2017).

Para os estudantes de Odontologia, a motivação em realizar as atividades no AVA foi: 3,3% (n=4) ruim, 5,0% (n=6) regular, 27,3% (n=33) bom e 64,5% (n=78) excelente (Gráfico IV).

No processo de Educação, a mediação do professor aplica-se ao papel principal de intervenção educacional, e a esta se aplica o conceito de mediação pedagógica, definido como relação profes- sor-aluno, surgido no contexto da Pedagogia progressista, na qual os alunos são chamados a serem participativos do processo de ensi- no (MENEZES; SANTOS, 2002).

Contudo, para Marques e Caetano (2014), é possível perce- ber a mudança do papel do professor na concepção de utilização do AVA como ferramenta na docência. O professor deve preparar atividades que incentivem os estudantes à reflexão, ao hábito da leitura, o que é um complemento do referencial apresentado em sala de aula.

A formação dos profissionais da área da saúde tem sido pau- tada no uso de metodologias tradicionais, sob forte influência do mecanicismo de inspiração cartesiana-newtoniana, fragmentado e

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reducionista. Separou-se o corpo da mente, a razão do sentimento, a ciência da ética, compartimentalizando-se, consequentemente, o conhecimento em áreas altamente especializadas em busca da efi- ciência técnica (CAPRA, 2006).

Como evolução da EaD no Brasil, podemos citar a Portaria 4.059/04, do Ministério da Educação, que permite a adoção parcial da EaD em cursos de graduação superior, independentemente de credenciamento pela União (SEBASTIÃO; ANDRADE, 2013).

Nos últimos anos, é notório que a modalidade de EaD vem crescendo vertiginosamente em todo o mundo. O desenvolvimento dos recursos tecnológicos e digitais, fato indispensável à afirmação da era da informação, vem ao encontro das necessidades de uso e expansão desta recente modalidade. As mais conceituadas universi- dades de todo o mundo utilizam-se dos recursos do ensino a distân- cia para promoverem os mais variados tipos de conhecimento, tais como: cursos de extensão, graduação, pós-graduação, certificação e treinamento (BARIN et al., 2012).

Com isso, os processos de adoção e difusão dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem são crescentes, à medida que essa meto- dologia tecnológica vem sendo utilizada cada vez mais como ferra- menta de apoio aos processos de ensino-aprendizagem na educação superior presencial no Brasil (OLIVEIRA; CORTIMIGLIA; LON- GHI, 2015).

O Moodle é um dos ambientes de aprendizagem virtuais mais utilizados pelas Instituições de Ensino Superior no Brasil. Nessa plataforma, é possível simular várias situações da sala de aula, como também fazer o gerenciamento dos participantes, relatórios de acesso e atividades, promover e otimizar a interação entre dis- centes e docentes, permitindo, assim, maior autonomia e aquisi- ção de novas habilidades (SEBASTIÃO; ANDRADE, 2013). Ele foi criado em 2001 por Martin Dougiamas, educador e cientista computacional. Atualmente, esse software livre e gratuito é um dos mais utilizados pelas Instituições de Ensino Superior do Brasil que oferecem cursos a distância e também é bastante utilizado como apoio ao ensino presencial (CARLINI; TARCIA, 2010).

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As configurações do Ambiente Virtual Moodle permitem constituí-lo num sistema de gerenciamento de cursos, desenvolvido na filosofia do código livre, ou seja, tem seu código fonte disponi- bilizado gratuitamente, e pode ser adaptado, estendido e personali- zado, permitindo aos educadores e educandos o uso de um conjunto de ferramentas, de recursos educacionais e de atividades por estes escolhidos. A diversidade de recursos disponíveis oferecidos pelo Moodle possibilita uma imensa flexibilidade no momento de pla- nejar as aulas no ambiente virtual de aprendizagem (SANTOS et al., 2016).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sobre as dificuldades na utilização do AVA, pode-se observar que a grande maioria dos participantes do presente estudo não tem nenhuma dificuldade. A participação nos fóruns de discussão, uso das tecnologias digitais nas disciplinas presenciais e a motivação em realizar as atividades no AVA foram considerados bom e exce- lentes pelos estudantes.

Ao utilizar o AVA no curso de Odontologia, podemos consi- derar que o docente tem o papel de elaborar uma prática pedagógica para acompanhar os processos de ensino e aprendizagem, ou seja, dirigir a atividade para que os alunos se tornem sujeitos ativos da própria aprendizagem. Contudo, os estudantes devem ser aptos não apenas para as atividades de sala, mas também preparados para a vida. O ensino deve ser direcionado, principalmente, para desen- volver o pensamento crítico, realizado com objetivo de fortalecer o papel do professor como mediador do conhecimento. O ensino impulsiona e desenvolve competência e habilidade cognitiva.

O estudo contribuiu para percebermos que a utilização do AVA como ferramenta de suporte às atividades de disciplinas pre- senciais é avaliada de forma positiva pela maioria dos alunos e que o principal obstáculo encontrado para a sua utilização pode dar-se pela falta de conhecimento para o manuseio dessa ferramenta.

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REFERÊNCIAS

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