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3º ciclo/doutoramento em Estudos Feministas FACULDADE DE LETRAS UNIVERSIDADE DE COIMBRA

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Academic year: 2021

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3º ciclo/Doutoramento em Estudos Feministas

FACULDADE DE LETRAS

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

2010-2013

Requisitos prévios: mestrado ou equivalente em qualquer área de estudos ou licenciatura em qualquer área de estudos mais currículo relevante para esta área de saber.

Organização do programa (6 semestres=180 ECTS):

1º ano (2010-2011) - 3 seminários por semestre (cada um com 10 ECTS) Seminário anual obrigatório (20 ECTS):

Seminário de Investigação e Discussão 1º semestre:

Seminários semestrais opcionais:

“Metodologias” –Teresa Tavares

“Ficção, Memória e História” - Adriana Bebiano

“Feminismo e Linguística” - Clara Keating

“As Mulheres e a Escrita” - Isabel Pedro

2º semestre:

Seminários semestrais opcionais:

“Teorias do Feminismo” – Maria Irene Ramalho

“Imaginário e poder” – Maria do Rosário Ferreira

“Mulheres na História: dos discursos à realidade” – Maria Antónia Lopes

“Estudos Feministas dos Media” – Maria João Silveirinha

3º - 6º semestre:

Seminário de Investigação e Discussão (5 ECTS) Seminário de orientação (10 ECTS)

Tese (45 ECTS)

Coordenadora científica: Maria Irene Ramalho de Sousa Santos (irsantos@wisc.edu)

Coordenadora executiva: Adriana Bebiano (adrianabebiano@gmail.com)

Gabinete de Pós-Graduação: saaepg@fl.uc.pt

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SEMINÁRIOS – CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Seminário anual obrigatório:

Seminário de Investigação e Discussão (1º semestre: Adriana Bebiano, Isabel Caldeira, Maria do Rosário Ferreira; 2º semestre: Maria Irene Ramalho, Adriana Bebiano, Isabel Caldeira)

Obedecendo a uma planificação anual, com este seminário pretende-se, em primeiro lugar, expor os/as alunos/as à reflexão e investigação de ponta que vêem sendo feitas em Portugal e no estrangeiro em Estudos Feministas, reforçando assim os quadros teóricos e metodológicos que irão escorar os projectos individuais de cada aluno/a. Neste primeiro ano, privilegiar-se-á a exposição dos/as estudantes ao debate de ideias. Nesse sentido, serão convidados/as especialistas externos, nacionais e estrangeiros, de reconhecido mérito com trabalho na área de Estudos Feministas, para orientar seminários.

Nos anos seguintes, dar-se-á especial ênfase à apresentação e discussão de trabalhos recentemente publicados, escolhidos e apresentados por alunos do programa, para discussão alargada das suas implicações teóricas e metodológicas, e à apresentação e discussão de trabalhos elaborados pelos próprios alunos, com vista à participação em congressos e/ou publicação.

Seminários semestrais opcionais:

1º semestre:

“Metodologias” –Teresa Tavares

Disciplina de introdução a diversos tipos de abordagem teórica e crítica dos fenómenos literários e culturais, com ênfase nas suas metodologias específicas. São caracterizadas e historicamente contextualizadas diversas teorias e respectivos métodos, incluindo variedades de formalismo, de estruturalismo, pós- estruturalismo, marxismo e feminismo, que são objecto de aplicação prática em cada sessão. Uma parte da unidade curricular é ainda dedicada a métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos académicos.

Indica-se alguns títulos essenciais:

Barry, Peter. Beginning Theory: An Introduction to Literary and Cultural Theory. 2

nd

ed. Manchester UP, 2002.

Tong, Rosemarie. Feminist Thought: A More Comprehensive Introduction. 3

rd

ed.

Westview Press, 2008.

Tyson, Lois. Critical Theory Today: A User-Friendly Guide, Second Edition. Routledge, 2006.

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“Ficção, Memória e História” - Adriana Bebiano

A ausência de mulheres, em número significativo, no arquivo ocidental é uma realidade incontornável. A historiografia feminista – tanto na sua vertente estritamente académica como na vertente de “divulgação” – tem vindo a procurar preencher essas lacunas e, dessa forma, combater a invisibilidade e o silenciamento de que foram objecto as mulheres. Se à historiografia se reconhece limites, impostos pelas parcas fontes existentes, por outro lado, a ficção, com a liberdade que se lhe reconhece, permite figurações sem constrangimentos. Um grande número de romancistas contemporâneas têm vindo a criar uma genealogia feminina através da (re)invenção de vidas que sabemos de existência histórica real, mas das quais pouco ficou registado. Seguindo metodologias diversas, historiografia e ficção funcionam como narrativas emancipatórias, conducentes a mudanças nas práticas sociais e culturais.

Neste seminário partiremos de alguns exemplos da historiografia contemporânea e de um conjunto de romances históricos contemporâneos que problematizam as identidades sexuais nas figurações de “feminino” – e de “masculino” – que oferecem.

Será dada ênfase à forma como a escrita sobre o passado reflecte, antes de tudo, debates e lutas do presente.

Em articulação com a discussão em torno do conceito de “memória” será dada ainda atenção às “histórias de vida”, narrativas que procuram fazer sentido da experiência presente e importantes para “memória futura”.

A bibliografia de referência inclui A. S. Byatt, Ana Barradas, Ana Gabriela Macedo e Ana Luísa Amaral, Anne McClintock, bell hooks, Hayden White, Margaret Mac Curtain, Margaret Ward, Maria Irene Ramalho, Mary Layoun e Stephen Greenblatt.

“Feminismo e Linguística” - Clara Keating

Neste curso pretende-se tomar consciência de que “as línguas nos usam, tanto quanto nós usamos as línguas” (Robin Lakoff). Em primeiro lugar, apresentam-se alguns instrumentos de análise linguística e discursiva que permitam situar, a partir da experiência pessoal, saberes intuitivos de estruturas, usos, meios, modos e materialidades linguísticos quotidianos, principalmente aqueles relacionados com o género gramatical, a construção da diferença sexual, o sexismo, o sexo e as sexualidades. Em segundo lugar, reflecte-se sobre o modo como a própria disciplina da Linguística aborda a relação entre linguagem e sexo e contribui – ou não – para a reflexão teórica feminista.

O curso cobrirá as seguintes áreas de reflexão linguística feminista: a) a língua:

estruturas verbais e representações sexistas; b) usos linguísticos em contexto:

géneros, registos e estilos discursivos, espaços de uso e socialização sexualmente diferenciados; c) discurso, poder, subjectividades e representações de identidades sexuais: feminilidades, masculinidades e outras; d) linguagem como prática social:

corpo e materialidades, práticas, discursos e participações. Sem descurar o

reportório verbal d@s participantes neste curso, as línguas de trabalho e análise

serão o português e o inglês.

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“As Mulheres e a Escrita” - Isabel Pedro

Analisar-se-ão as formas como, em diferentes épocas históricas, é entendida a escrita de mulheres, tanto na perspectiva do público e da instituição literária como na das próprias autoras. Aceite-se ou não a existência de uma escrita “feminina”, ou de mulheres, numa sociedade falogocêntrica, que dita que a palavra e a capacidade criativa são pertença dos homens, as mulheres que escrevem contradizem e subvertem a definição de si como entidades silenciosas, ausentes e “inexistentes” – ou existentes como objecto representado e não como sujeitos de representação.

Trabalharemos com base na articulação de textos “primários”, cobrindo uma série de géneros e épocas, e da produção crítica mais relevante sobre o tema.

Estudaremos, entre outras autoras e temas, Margaret Cavendish, Virginia Woolf, M.

Nourbese Philip, as propostas francesas de écriture féminine, exemplos da escrita autobiográfica pós-moderna e pós-colonial e algumas das posições da teoria e critica literárias feministas actuais.

2º semestre:

“Teorias do Feminismo” – Maria Irene Ramalho

O objectivo deste seminário é estudar algumas perspectivas teóricas do feminismo contemporâneo em diferentes partes do mundo. A problemática do ocidental/não- ocidental acompanhar-nos-á ao longo do curso. Merecerão particular atenção textos de teóricas e activistas como Sheila Rowbotham, Luce Irigaray e Rosi Braidotti (Europa), bell hooks e Judith Butler (USA), Oyèrónké Oyewùmí (Nigéria), Chandra Mohanty e Gayatri Spivak (India), Genevieve Lloyd (Austrália), Virginia Vargas (Peru) e ainda textos recolhidos do número especial da revista mexicana Debate Feminista, Año 7, vol. 13, Abril de 1996 (“Otredad”).

“Imaginário e poder” – Maria do Rosário Ferreira

Este seminário pretende dar uma panorâmica dos padrões em que, ao longo dos tempos, o imaginário humano foi articulando os princípios do feminino e do masculino e conceptualizando a respectiva preeminência. O ponto de partida será o conflito entre os sistemas de crenças dependentes de um panteão centrado num deus celeste masculino associado em vários graus aos poderes legislativo e guerreiro, típicos dos povos indo-europeus, ou as religiões abraânicas de origem semita, e o culto arcaico de uma divindade cosmogónica feminina marcada em maior ou menor grau por traços de androginia arquetípica. Diferentes modalidades de articulação resultantes desse conflito serão postas em relação com outros produtos do imaginário (artefactos arqueológicos, testemunhos das artes plásticas e das actividades da escrita) e cotejadas com os dados da antropologia e da história, de modo a elucidar em que medida e de que forma as configurações imagéticas das relações de poder entre os sexos se terão manifestado na realidade das vivências sociais e culturais dos grupos humanos.

Esta panorâmica deverá deter-se na Europa do séc. XIII, quando cristalizam os

parâmetros da ordem material e espiritual formatada no masculino sobre a qual

assenta o falocentrismo ocidental .

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“Mulheres na História: dos discursos à realidade” – Maria Antónia Lopes

Recorrendo à metodologia da investigação histórica e centrando-se nas mulheres europeias dos séculos XVII, XVIII e XIX, procura mostrar a divergência entre um estereótipo reproduzido nos discursos masculinos e a pluralidade de comportamentos encontrados quando se exploram documentos quase sempre negligenciados enquanto fontes para o estudo dos quotidianos femininos.

“Estudos Feministas dos Media” – Maria João Silveirinha

Este seminário procurará estudar a natureza de género nas representações

mediáticas, abordando os quadros conceptuais e teóricos que facilitam um

entendimento da produção e a recepção de representações de feminilidade,

masculinidade e sexualidade. A primeira parte concentrar-se-á em questões-chave

feministas e dos estudos dos media, focando especificamente os conceitos de género

e representação e as abordagens à sua aplicação nos media. A segunda parte

considera estas construções teóricas dentro do quadro de vários estudos de caso

centrados nos media: jornalismo, publicidade e revistas.

Referências

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