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PRAÇAS HISTÓRICAS E SEU PAPEL NA CONSTRUÇÃO DA PAISAGEM URBANA NA CIDADE CONTEMPORÂNEA: apontamentos sobre Araxá, Uberaba, Uberlândia e Araguari

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PRAÇAS HISTÓRICAS E SEU PAPEL NA CONSTRUÇÃO DA PAISAGEM URBANA NA CIDADE CONTEMPORÂNEA:

apontamentos sobre Araxá, Uberaba, Uberlândia e Araguari

VALE, MARÍLIA M. B. T. (1); CUNHA, CLAUDIA DOS R. (2); COCOZZA, GLAUCO DE P. (3)

1. Universidade Federal de Uberlândia. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design.

Av. João Naves de Ávila, 2121, Campus Sta. Mônica, Bloco I, Sala 203 – 38 408.100 – Uberlândia, MG mariliabtvale@yahoo.com

2. Universidade Federal de Uberlândia. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design.

Av. João Naves de Ávila, 2121, Campus Sta. Mônica, Bloco I, Sala 204 – 38 408.100 – Uberlândia, MG.

glauco_cocozza@yahoo.com.br

3. Universidade Federal de Uberlândia. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design.

Av. João Naves de Ávila, 2121, Campus Sta. Mônica, Bloco I, Sala 205 – 38 408.100 – Uberlândia, MG claudiasreis@faued.ufu.br

RESUMO

O trabalho aborda as principais praças históricas das cidades Araxá, Uberaba, Uberlândia e Araguari, que se constituem no elemento gerador do primeiro ordenamento urbano. Até meados do SéculoXX, com raras exceções, essas praças se mantiveram como os centros focais das respectivas localidades, desempenhando papel de grande importância nas práticas sociais e na construção da identidade coletiva daquelas cidades. No entanto, a expansão urbana acentuada a partir da década de 1960, deu início a um processo de transformação desses espaços que tem se acelerado nos últimos anos. A pesquisa realizada aponta sua fragilidade no sentido em que, como bens públicos, sofrem constantes alterações, passando por períodos de descaso e abandono seguidos por remodelações e reconstruções que, em geral, atendem aos interesses imediatos da administração e ou/grupos políticos influentes. Embora as dimensões e as características morfológicas sejam menos sujeitas a alterações substanciais, verifica-se uma sucessão de soluções de traçados e tratamentos paisagísticos, que alteram seus modos de uso, apropriação, reconhecimento e valorização pela população. Neste contexto, o trabalho se propõe a refletir sobre as contribuições que o conceito de paisagem cultural oferece na busca de novas possibilidades de valorização e estratégias de intervenção, que cooperem para a sua efetiva preservação enquanto patrimônio cultural.

Palavras-chave: praças históricas; intervenção; preservação.

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Introdução

A investigação sobre a origem das cidades das atuais regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, no extremo oeste do Estado de Minas Gerais, aponta a adoção de um mesmo padrão na escolha do sítio para sua implantação, revelando uma forma específica de leitura, entendimento e apropriação da natureza para o estabelecimento desses núcleos urbanos. A região apresenta as características típicas do cerrado central brasileiro, com a predominância de um relevo plano ou suavemente ondulado, formado de planaltos, platôs e chapadões, e a presença abundante de cursos d’água. Invariavelmente, os primeiros núcleos foram estabelecidos nos topos ou meias-encostas de um vale, onde a proximidade de rio ou riacho garantia o abastecimento de água para a população; nenhum ocupou as margens dos rios de grande ou médio porte presentes na região, preferindo, antes, seus afluentes.

Nenhum desses primeiros núcleos contou, em sua origem, com um planejamento prévio, um traçado que direcionasse ou organizasse a implantação de seu espaço e seu posterior crescimento. Entretanto, embora não se possa falar de um planejamento urbano propriamente dito, a observação de algumas constantes no agenciamento desses espaços – assim como na escolha dos sítios – nos permitem supor a consciência, por parte dos povoadores, de alguns padrões de organização espacial que se mantiveram válidos para todo o século XIX.

Independentemente de sua origem local de garimpo, pouso ou rancho, registro ou o estabelecimento de fazendas

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– o núcleo urbano sempre apresenta como elemento gerador e ordenador do seu espaço, a construção de uma igreja e seu adro; o patrimônio religioso, formalmente documentado ou não, foi uma regra constante na constituição dos primeiros povoados. A capela, que mais tarde poderia ser erigida em matriz, era construída sempre situada na parte mais alta da encosta, com a fachada frontal voltada para o fundo do vale. À sua frente e/ou ao seu redor, a presença do adro, sempre com um formato regular, garantia o local do sepultamento, um dos aspectos fundamentais da religiosidade da época. Ao redor desse espaço, eram construídas as primeiras casas – aforadas pela Fábrica da igreja – e dele partiam as primeiras vias, que se converteriam depois nas ruas principais.

1 Na região apenas cinco núcleos surgiram comprovadamente em função do garimpo do ouro e pedras preciosas:

o Desemboque, atual distrito de Sacramento, em 1750; Estrela do Sul e Monte Carmelo, por volta de 1840;

Conceição das Alagoas, aproximadamente, em 1850 e Água Suja, atual Romaria, por volta de 1860. Os demais arraiais têm suas origens vinculadas ao estabelecimento de fazendas de criação de gado. Mesmo nos casos como de Ibiá, cuja origem é tradicionalmente relacionada ao estabelecimento do Registro de São Pedro de Alcântara, ou de Indianópolis e Cascalho Rico, que se originaram de antigos aldeamentos indígenas, a formação do núcleo urbano se relaciona com o estabelecimento de fazendas em suas proximidades. A formação de arraiais na região, a partir de pousos ou ranchos para o abastecimento de transeuntes é uma possibilidade que ainda não pode ser efetivamente verificada.

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À medida que o povoado se adensava novas ruas surgiam, constituindo uma trama ortogonal de ruas e quarteirões – não necessariamente com dimensões iguais, porém muito semelhantes. A construção de outras capelas filiais, embora criassem novos núcleos de interesse, permaneciam como áreas secundárias. Em geral, além da matriz, a capela mais comum foi aquela dedicada à N.Sra do Rosário, cuja construção pôde ser verificada em 24, das 38 localidades que se constituíram ao longo do século XIX na região, mas alguns núcleos contaram com até cinco templos. No entanto, a matriz e seu adro permaneciam como o ponto central, simbólica e espacialmente a área mais importante dos povoados. Com poucas exceções, ao seu redor, foram instalados os outros edifícios de importância, como as Casas de Câmara e Cadeia, quando era elevado à vila, e as famílias mais abastadas construíam suas residências, usufruindo e reforçando seu prestígio.

A partir de meados do século XIX, a proibição do sepultamento nos adros e dentro das igrejas consolida-se na região, e a construção de novos cemitérios, faz com os adros paulatinamente assumam novas características e funções. No entanto, mesmo perdendo esta função, até o início do século XX, permaneceriam como os principais centros dos espaços urbanos.

Quando, no início do século XX, a região começou a se desenvolver de forma mais acelerada, os antigos núcleos passaram a receber melhorias urbanas, tais como: pavimentação das ruas, fornecimento de energia elétrica e água canalizada, e sofreram um processo de adensamento. A tendência geral de expansão do território urbano foi a ocupação da parte mais alta do vale, o que acarretou em muitos casos, um deslocamento do antigo espaço central, determinado pela matriz e seu adro, para a nova área. É nesse período que se verifica a demolição e reconstrução das antigas igrejas, muitas das quais foram transferidas para novas localizações, acompanhando a orientação de expansão espacial, como, por exemplo, em Araxá e Uberlândia. Observa-se que neste momento também os patrimônios religiosos são formalmente suprimidos, como a venda ou transferência de seus terrenos ao poder público. Deste modo, claramente o território perde seus vínculos com a sua origem religiosa e adquire novas funções sob a responsabilidade da administração municipal.

Destituídos de suas atribuições originais, os antigos adros passam a serem vistos como áreas

livres; alguns permanecem por longo tempo como simples espaços abertos, acolhendo festas

e comemorações, sejam de caráter religioso ou civil. Mas aos poucos, passam a ser alvo das

atenções públicas, que implantam os primeiros espaços tratados como praças e/ou jardins,

com arborização, passeios, canteiros e equipamentos para uso da população.

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Ao longo dos anos, esses espaços sofreram constantes alterações, passando por períodos de abandono e descaso, seguidos por remodelações e reconstruções acompanhando os modismos e as aspirações das elites políticas locais, atendendo aos interesses da administração e ou/grupos políticos influentes. Estas alterações atingem também seu entorno, que sofre mudanças dos padrões de construção e de usos.

No entanto, nos últimos anos, a perda de sua importância física e simbólica em favor da valorização de novas áreas urbanas ou de projetos que intervenções que rompem radicalmente com suas características originais, têm colocado em risco a preservação destes espaços e de sua memória.

É neste contexto que o presente trabalho se coloca, propondo-se a refletir sobre as possibilidades que o conceito de paisagem cultural pode oferecer para ampliar a compreensão e orientar medidas de preservação desses espaços, visando sua conservação como importante referência da memória coletiva.

O trabalho se insere no contexto de uma pesquisa mais ampla, que conta com o apoio da FAPEMIG, cujo interesse é, a partir do conhecimento dos processos históricos que engendraram tanto a configuração como as transformações dos espaços públicos ao longo do tempo, contribuir para a compreensão e análise dos problemas e das qualidades presentes na cidade contemporânea.

As praças de Araxá, Uberaba, Uberlândia e Araguari

A ocupação das terras da região de Araxá tem início a partir de fins do século XVIII, com o

estabelecimento de fazendeiros atraídos pela salinidade de suas águas. O povoado surgido

ao redor da Capela de São Domingos teve crescimento rápido, sendo constituído em paróquia

em 1791; em vila, em 1831 e, em cidade, em 1866. A igreja matriz, com seu cemitério ao

fundo e um amplo largo na área frontal, configurava-se ponto central do ordenamento

espacial, articulando as demais áreas de destaque de seu arruamento: na direção nordeste,

localizava-se o Largo da Capela de Santa Rita (atual Praça Maria Aparecida Carneiro),

próximo ao Córrego das Galinhas (atual Avenida Dâmaso Drumond); neste local onde teria

sido foi construída a primeira capela do arraial, posteriormente transferida para uma área mais

ampla e elevada, que daria origem ao novo largo); a nordeste, localizava-se o Largo da

Capela de São Francisco e São Sebastião (atual Igreja de São Sebastião); a sudeste, o Largo

da Capela de N. Sra. do Rosário e, na direção sudoeste, o Largo da Capela de N. Sra. da

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Abadia; na direção leste, ainda havia uma pequeníssima capela dedicada a N. Sra. da Conceição, localizada entre as casas, em frente a um amplo espaço. Ao redor do Largo da Matriz seriam construídas as casas das famílias mais importantes e, em meados do século XIX, a Casa da Câmara.

Em 1914, a Estação de Energia Elétrica para abastecimento da cidade foi construída no centro do largo da antiga matriz, que permanecia um espaço vazio, sem qualquer tratamento.

Em 1917, teve início o longo processo de construção de uma nova igreja matriz, no Largo da Capela de N. Sra. da Abadia, que não chegara a ser concluída. A nova igreja foi inaugurada em 1927, ainda inconclusa e, em 1930, a antiga matriz foi demolida.

Para a obtenção de recursos para a construção da nova matriz, a Igreja demoliu as antigas capelas então existentes, com exceção da Igreja de São Sebastião, e se desfez de parte de seu patrimônio; os terrenos dos templos foram transferidos para o município e passaram por uma remodelação urbana, com intervenções de regularização e embelezamento.

Em 1918, o antigo Largo da Matriz, que passaria a se chamar Praça Col. Adolpho, recebeu

tratamento paisagístico, com canteiros delimitados por caminhos sinuosos, movimentos de

terraplanagem criando pequenos volumes, plantas arbustivas exóticas, árvores de médio

porte e um coreto com gradil metálico e cobertura arrematada por lambrequins. Este

tratamento se estendia pela antiga Avenida da Abadia (atual Av. Governador Valadares),

totalmente reconstruída com um canteiro central convertido em jardim, apresentando certa

pretensão de monumentalidade. O maior destaque, no entanto, seria a Praça da Conceição,

também urbanizada nessa mesma época, com a introdução de equipamentos para esporte e

lazer, uma inovação presente nos parques públicos das grandes cidades do país. Além do

tradicional coreto com trabalho de arte rústica e caminhos sinuosos com planta exóticas, a

praça também recebeu uma gruta com a Imagem de N. Sra. de Lourdes, um rinque de

patinação e quadra de tênis para uso público.

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Figura 1: Acima: Praça Cel. Adolpho, década 1920; Centro: Praça Cel. Adolpho e Av. Governador Valadares, década 1960; abaixo: Praça Conceição, em 1924.

Fonte: Arquivo da Fundação Calmon Barreto, Araxá.

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A expansão do núcleo urbano em direção ao sul, onde se localiza a estação hidrotermal do Barreiro, fez com que a região mais antiga da cidade, aos poucos, perdesse prestígio. A construção da estação rodoviária na parte mais elevada da Praça Cel. Adolpho, no lado sudoeste do antigo Largo, com a frente voltada para a Av. Governador Valadares, dava as costas para aquela área que permaneceria praticamente abandonada até a década de 1960, quando foi ocupada com a construção de um mercado municipal, demolido em 2008. A importância histórica do antigo largo, no entanto, se mantinha concretamente pela presença do edifício da Câmara e Prefeitura e outros poucos casarões de arquitetura tradicional ou ecléticos. O canteiro central da Av. Governador Valadares continuaria a sofrer alterações ao longo dos anos, relacionados principalmente à substituição do coreto de características arte déco construído, provavelmente, na década de 1940, por uma fonte luminosa, e modificações na pavimentação e arborização.

Em 1942, a antiga Praça da Conceição, foi totalmente remodelada, com projeto do engenheiro Agostinho Carlos Cattela, que fazia parte da comissão de construção do novo hotel do Barreiro, introduzindo uma nova linguagem. O desenho se organizava a partir de regras geométricas e estruturais, prevendo canteiros radiais cortados por caminhos retilíneos simétricos, com um pergolado em volta do centro que, no entanto não foi executado.

Posteriormente, ao centro, foi construído um obelisco com a estátua de Benedito Valadares, que daria novo nome à praça. O novo tratamento paisagístico foi reconhecido como um signo inovação e, a despeito do novo nome, por muito tempo seria identificada pela população por

“Jardim Novo”.

Uberaba, um dos núcleos mais antigos e de maior importância no séculoXIX, tem sua origem

vinculada ao estabelecimento de povoadores oriundos do antigo arraial do Desemboque que,

atraídos pelas terras férteis para a criação de gado e a agricultura, deram início a um pequeno

povoado nas cabeceiras do Ribeirão Lajeado, onde, por volta de 1807, construíram uma

capela dedicada a São Sebastião e Santo Antônio. Esse local inicial foi posteriormente

transferido para as margens do Córrego das Lages, onde uma nova capela foi construída,

passando a abrigar os santos que antes ocupavam a capela do Ribeirão Lajeado. Esta

primeira capela, que foi erigida em paróquia em 1820, localizava-se na área mais alta do

morro de São Benedito, hoje onde se encontra a Praça Frei Eugênio, e ocupava o centro do

adro que era utilizado para o sepultamento dos mortos. Por volta de 1837, teve início a

construção de um novo templo, pouco abaixo do primitivo local, que passou a funcionar por

volta de 1853. A antiga capela e seu adro foram mantidos e usados como cemitério até 1856,

quando foram demolidos para dar lugar a um novo cemitério, que, por sua vez seria demolido

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em 1900. Deste modo, a nova matriz de Uberaba foi a primeira sede de paróquia a ser construída sem o cemitério ao seu redor, mantendo, no entanto, um amplo espaço à sua frente, identificado como Largo da Matriz e que daria origem a atual Praça Rui Barbosa, sendo este, portanto, o seu mais antigo espaço público.

Ao redor do Largo foram construídas as principais residências do povoado e, aos poucos, foram sendo edificados os mais importantes edifícios públicos da cidade, como a Casa de Câmara e Cadeia, atual Câmara Municipal, e o primeiro teatro, inaugurado em 1864, confirmando sua importância de centralidade e representatividade, um forte valor simbólico, onde a imagem da praça muitas vezes se confunde com a imagem da própria cidade. É, portanto, o espaço que tradicionalmente sempre recebeu grande atenção do poder público, passando por diversas remodelações ao longo de sua história.

O Largo permaneceu sem pavimentação, arborização ou qualquer tipo de tratamento durante praticamente todo o séculoXIX, período no qual a maior parte da população passava a semana na zona rural, vindo à cidade apenas aos finais de semana e feriados, para celebrações religiosas. Houve uma tentativa, em 1837, de nele se instalar um chafariz, mas a precariedade de materiais e tecnologia disponíveis o fez fracassar. Novo chafariz só foi construído em 1885, permanecendo como único equipamento no espaço nesse período.

O final do séculoXIX é um período de intensas mudanças, marcado principalmente pela chegada da Estrada de Ferro Mogiana, em 1889, que estimulou o comércio e o desenvolvimento econômico da cidade. A maior presença da população no espaço urbano leva ao melhoramento dos espaços públicos. Nesse período cresce a preocupação com o aspecto das vias, das construções, dos largos e praças. O espaço da cidade busca refletir os novos tempos da república recém-instaurada. Nesse movimento, a preocupação em dar tratamento ao Largo da Matriz se intensifica nos anos 1890.

Um dos primeiros melhoramentos da cidade após a Proclamação da República foi a

construção de um jardim fechado no Largo da Matriz, inaugurado em 1893, custeado pelo

Capitão Lannes José Bernardes. Com a construção do jardim fechado o espaço, até então

chamado de Praça da Matriz ou Praça da Matriz Nova, passa a chamar-se Praça Afonso

Pena, indicando a aproximação com as atividades civis para além do uso religioso. É o

primeiro espaço público ajardinado de Uberaba e da região, sua construção objetivou

embelezar a cidade, aproximando sua imagem à das grandes cidades do país que já

possuíam jardins públicos. A implantação do jardim no espaço do Largo alterou sua relação

com o entorno: pela primeira vez o espaço da praça é demarcado claramente, e se diferencia

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em relação ao espaço da rua. Novos equipamentos, como bancos e um coreto, são instalados, criando espaços de estar em meio à vegetação cuidadosamente podada.

A criação do jardim significou, além da mudança espacial, uma mudança de uso. Antes as pessoas o utilizavam para questões funcionais do cotidiano, como o comércio e/ou para atividades religiosas. Com o novo projeto paisagístico, a praça se torna um local de lazer, as pessoas se deslocam até ela para conviver e contemplar, seguindo os novos modelos de jardins difundidos durante o ecletismo. No entanto, a falta de manutenção fez com que em breve tempo o espaço ele se encontrasse degradado, gerando manifestações por parte da população, que ficaram registradas em crônicas publicadas no jornal local.

Ao longo da primeira década do séculoXX, a Praça e seu entorno sofreria modificações pontuais, como a substituição de bancos e de novas espécies vegetais em seu paisagismo e do acréscimo dos postes de iluminação pública, instalados com a chegada da energia elétrica em Uberaba

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. Talvez a transformação mais visível nesse início de séculoXX tenha sido a paulatina substituição dos antigos casarões de taipa ou adobe por construções de alvenaria, em estilo neoclássico ou eclético em seu entorno. A própria Matriz foi substituída por uma nova igreja em estilo neogótico, assim como o Paço Municipal, reformado e reinaugurado em 1920, e o edifício do Cine Theatro São Luiz, em 1931.

No arranjo espacial da praça propriamente dita, a grande mudança se deu no ano de 1916, momento em que o nome foi modificado para Praça Rui Barbosa e sofreu uma reforma total: o fechamento de arame é retirado, toda vegetação trocada e os monumentos substituídos.

Apesar da manutenção do eixo principal de circulação no centro, promovendo a ligação do eixo da Rua do Comércio – atual Rua Artur Machado - e a entrada principal da Matriz, fileiras de palmeiras imperiais nas laterais da praça marcavam os limites do espaço, agora sem cercamento. Dois canteiros centrais possuem vegetação de médio e pequeno porte, separados das palmeiras por largas passarelas. Nesse jardim percebe-se a poda ornamental de algumas espécies e a presença de espécies exóticas como o pinheiro.

O monumento de Cristo foi erguido no local da antiga fonte d’água, que se tornara obsoleta com o advento da água encanada. Um novo coreto é construído, indicando que o objeto continua sendo de uso frequente, tanto para a apresentação de bandas quanto para discursos políticos.

2 Obviamente, a Praça foi o local escolhido para a realização da festa de inauguração da energia, em 1905.

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Durante a Era Vargas, nova reformulação do paisagismo da Praça ocorre, transformando radicalmente sua feição. Novamente, toda vegetação anterior é substituída, o coreto removido, permanecendo apenas o monumento de Cristo, alinhado ao qual foi instalado, no centro da Praça, um obelisco em homenagem ao então governador Benedito Valadares.

No final dos anos 1960, a Rui Barbosa foi transformada em estacionamento de automóveis, com a retirada do monumento de Cristo, descaracterizando-a totalmente em relação ao seu tradicional uso de espaço público de estar; nas décadas seguintes, o uso residencial de seu entorno seria definitivamente substituído por atividades de comércio e prestação de serviço, com a demolição ou descaracterização de grande parte de seus antigos casarões. Na década de 1980, de estacionamento de automóveis, o espaço passou a ser terminal de ônibus coletivos, junto ao qual se instalaram inúmeros vendedores ambulantes. Em novembro de 1990, o terminal foi desativado e a Praça voltou a funcionar como estacionamento de automóveis. Somente em 1992 esse espaço retornaria à sua função original de praça, com a implantação do projeto do arquiteto e paisagista Ricardo Ney Ururahy. O espaço foi rearborizado e novos passeios foram executados em pedra portuguesa preta e branca. Os monumentos existentes foram retirados e foram construídos coreto, fonte, lanchonete, banca de revistas e sanitários públicos. Este projeto, no entanto, desconsiderou o eixo visual que se estabelecia entre a Rua Artur Machado e a Catedral que perdeu parte de sua visibilidade, reduzindo a potencialidade de marco urbano da igreja e a sua relação de origem como Largo da Matriz.

A Praça Rui Barbosa abrigou diversos usos ao longo de sua existência, sejam eles civis ou religiosos, coletivos ou individuais, cotidianos ou esporádicos. Foi palco das atividades religiosas e comerciais quando a população era basicamente rural e a cidade realizava-se basicamente nessas funções. Em períodos de efervescência política acolheu as manifestações desse cunho. Tradicionalmente abrigou as festividades cívicas e religiosas, como o carnaval e as festas juninas. Cotidianamente propiciou o lazer, o encontro e o ócio.

Através da concentração de atividades, a Praça Rui Barbosa afirmou-se também como

centralidade física do espaço urbano que se expandiu em seu entorno, na medida em que os

outros espaços da cidade se estruturaram, até recentemente, a partir da relação com a praça,

dado o privilégio de se estabelecer mais próximo e mais conectado com esse centro de

atividades. Quando, entre 1967 e 1992, a praça foi transformada para abrigar um

estacionamento de automóveis, ocupando inclusive o espaço vazio em frente à Câmara

Municipal, na parte mais baixa da praça, ficam comprometidas as diversas atividades sociais

que tradicionalmente nela se realizavam. Não havendo mais possibilidade de a população se

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manifestar, quer religiosa, política e culturalmente nesse espaço, a Praça perdeu grande parte da sua importância social e simbólica, sendo preterida por outros espaços livres urbanos

Figura 2: Vista parcial da Praça Rui Barbosa em 1910 e na década de 1960.

Fonte: Arquivo Público de Uberaba.

A principal característica que tornou a Praça Rui Barbosa o espaço público mais importante da cidade de Uberaba foi a multifuncionalidade. Portanto, quando por mais de duas décadas a Praça deixa de abrigar as várias e principais atividades populares dando lugar à monofuncionalidade de um estacionamento de automóveis, sua importância de concentração e centralidade é perdida, sendo recuperada com muita dificuldade.

Constituída em meados do séculoXIX, Uberlândia manteve o padrão dos núcleos urbanos da

região, com a construção da capela e seu adro em uma meia encosta, tendo sua fachada

principal voltada para um rio secundário, o Córrego São Pedro, afluente do Rio Uberabinha,

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atualmente envolvido pela malha urbana. As ruas estreitas, as quadras regulares e as praças são elementos da forma urbana que ainda hoje caracterizam a paisagem do Bairro Fundinho, ponto de origem da cidade.

O antigo Largo da Matriz, hoje Praça Cícero Macedo, é uma praça com desenho contemporâneo, com pouca referência ao seu caráter simbólico de local de fundação da cidade. Na década de 1940, a antiga Igreja Matriz foi demolida e em seu lugar foi construída a estação rodoviária que, por sua vez, foi desativada na década de 1970; após adaptações o edifício passou a abrigar a Biblioteca Municipal. A nova Praça Cícero Macedo se compõe em duas áreas com características distintas, separadas pela Biblioteca e pela Rua XV de Novembro que, atualmente, se constitui no principal eixo viário do Bairro Fundinho.

Historicamente esse eixo estruturou parte do traçado urbano, pois conectava os principais espaços livres urbanos da pequena vila, com funções e significados diversos, configurando uma trama urbana com muitas praças: de um lado, o antigo Largo das Cavalhadas, atual Praça Coronel Carneiro; no outro extremo, o Largo do Comércio, atual Praça Dr. Duarte, e o largo do Cemitério, atual Praça Clarimundo Carneiro, tendo ao centro do percurso, o Largo da Matriz.

O antigo cemitério deu lugar a atual Praça Clarimundo Carneiro. Situado na parte mais alta do antigo povoado, o local sempre se caracterizou pela generosidade espacial. No início do SéculoXX, o plano urbano que ligou o Fundinho à Estação Ferroviária (1895), conectou o antigo traçado exatamente pelos caminhos que circundavam o cemitério, transformando-o em um importante espaço público onde seria construída a Câmara Municipal .

Coube a Cipriano Del Fávero o projeto da nova Praça, que organizou o traçado em função do edifício da Câmara, que definiu o desenho em duas áreas: uma no seu entorno com maior presença de canteiros ajardinados, e outra, em frente à sua entrada, mais aberta, com um coreto demarcando a paisagem. O desenho eclético dos canteiros também definiram a paisagem da praça, que preserva praticamente a mesma estrutura até os dias atuais.

Mesmo com a transferência da Câmara para um novo paço municipal, a praça não perdeu

suas características principais, tornando-se o principal exemplo eclético no espaço urbano, já

que as demais praças centrais sofreram remodelações no decorrer do séculoXX adotando

princípios modernos. O rápido crescimento urbano, o processo de verticalização da área

central, e o aumento no número de veículos na região central, alteraram significativamente o

papel da Clarimundo Carneiro no contexto local.

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Figura 3: Foto da Praça Clarimundo Carneiro década de 1950. O edifício da prefeitura no centro da praça define a sua espacialidade. A vegetação topiada marca a paisagem da época.

Fonte: Arquvio Público Municipal de Uberlândia

Atualmente a Praça está cercada por vias de alto fluxo urbano, tanto de automóveis, quanto de ônibus, o que altera a sua dinâmica urbana. O casario que emoldurava a praça deu lugar a edifícios verticais. A arborização cresceu e hoje proporciona lugares sombreados onde a população pode se refugiar da agitação da área central. O antigo Paço, agora Museu Municipal, ainda marca a paisagem local e preserva a memória da evolução urbana uberlandense.

Araguari seguiu o modelo de outros povoados da região, tendo sua formação em decorrência da constituição de um patrimônio religioso. A pequena capela primitiva foi erigida seguindo a tradição: na porção mais alta de uma encosta, na proximidade de um curso d’água. Defronte a ela, um amplo espaço retangular foi deixado livre, constituindo o Largo da Matriz, ao redor do qual tem início o arruamento da vila. Em torno do Largo da Matriz foram construídos os principais edifícios da cidade: a Câmara e a Cadeia, em 1884, e o Fórum, em 1892, além das residências das famílias mais abastadas. O Largo da Matriz certamente era o principal espaço para a sociabilidade local, tendo em vista as festas e celebrações religiosas, além de festejos populares e de natureza política, a despeito da pobreza de seus equipamentos, que à época contava apenas com um coreto, destinado a apresentações de retretas aos domingos e feriados.

Porém, outra praça vai adquirindo o papel de destaque na cidade de Araguari, constituindo-se

num ponto focal: a Praça Manoel Bonito, conhecida no início do séculoXX como Largo dos

Protestantes, dada a presença da Igreja Presbiteriana, instalada em frente à Praça em 1908.

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Figura 4: A antiga Praça Francisco Salles, antigo Largo dos Protestantes, na década de 1930.

Fonte: Arquivo Publico Municipal Dr. Calil Porto, Araguari-MG.

A Praça Manoel Bonito foi palco de apropriações de cunho social e servindo de referência para comércios e residências mais nobres. Apesar de seu papel estruturador do núcleo urbano, o Largo da Matriz cede o posto de centralidade urbana em Araguari, deixando espaço para a Praça Manoel Bonito, que se transforma no local dos grandes acontecimentos urbanos.

A Praça da Matriz perde importância com relação à Manoel Bonito, o que pode ser notado pelo diferente tratamento que os dois espaços públicos recebem: enquanto a Manoel Bonito é alvo das atenções do poder público, recebendo diversos projetos de intervenção e remodelação ao longo dos anos, a Matriz permanece naquele cenário desolador, sem nenhum tipo de tratamento urbano e paisagístico.

As praças como paisagem cultural: considerações finais

A pesquisa desenvolvida sobre as praças históricas das cidades do Triângulo Mineiro e Alto

Paranaíba teve como objetivo a investigação sobre os processos históricos que engendraram

tanto a configuração como as transformações dos espaços públicos ao longo do tempo –

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neste caso específico, as praças – buscando contribuir para a compreensão e análise dos problemas e das qualidades presentes na cidade contemporânea. Um dos grandes desafios que se coloca é a constatação de que poucas destas áreas, apesar do reconhecimento de sua importância histórica, contam com formas de proteção eficazes. A recente intervenção realizada pela municipalidade na região do Largo da antiga Igreja Matriz de Araxá – Praça Cel Adolpho, ou o projeto de construção de dois terminais de transbordo de ônibus urbano no entorno imediato da Praça Clarimundo Carneiro, em Uberlândia - esta ultima protegida como conjunto urbanístico em nível municipal - apontam que as medidas de proteção existentes nem sempre são suficientes para garantir a preservação de áreas de valor cultural mesmo quando contam com mecanismos de proteção legal, como nestes casos específicos.

A implantação do ICMS Cultural em Minas Gerais, sem dúvida trouxe uma ampla alteração no tratamento do patrimônio cultural no Estado, divulgando e estimulando a participação dos municípios no estabelecimento e desenvolvimento de ações de preservação. Até então, a preocupação com a preservação do acervo cultural das cidades do interior mineiro – à parte daquelas ligadas ao ciclo minerador e que receberam desde logo a atenção do IPHAN - era praticamente inexistente, salvo o tombamento da Igreja de Santa Rita em Uberaba pela IPHAN, em 1948, e alguns poucos tombamentos realizados pelas câmaras de vereadores locais. A partir da década de 1980, verifica-se a mobilização dos municípios para se estruturarem com o aparato necessário ao concurso do ICMS Cultural. No entanto, o debate sobre a seleção e as justificativas de aplicação de medidas protecionistas, nem sempre se pautam em uma discussão mais aprofundada e, quase sempre os objetivos das políticas e ações implementadas se limitam à obtenção dos pontos necessários à máxima pontuação possível. Os conceitos e o debate sobre critérios e metodologias são lentamente absorvidos pelos órgãos gestores ou pelos conselhos municipais de proteção do patrimônio cultural, a despeito dos esforços do IEPHA/MG em prestar assessorias, realizar cursos e treinamento. A introdução de políticas de preservação do patrimônio imaterial abriu novas possibilidades, mas, em muitos casos, significou o abandono das políticas de proteção dos bens de “caráter material”, potencialmente mais conflitivos, reforçando a dicotomia entre material e imaterial.

De modo similar, o registro dos bens imateriais frequentemente se vê engessado pelas

dinâmicas locais, que vão desde a falta de recursos à falta de pessoal qualificado para o

desenvolvimento dos trabalhos. Se os índices de adesão ao Programa são positivos, faz-se

necessário também avaliar sua eficácia em âmbito local e buscar mecanismos para seu

aprimoramento.

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Assim, constata-se que no âmbito regional, prevalece a visão dicotômica entre o patrimônio construído e o patrimônio natural, com predominância de tombamentos individuais; os conjuntos urbanos, em geral, são compreendidos como a soma de elementos arquitetônicos.

A preservação da natureza se faz através do tombamento de algumas áreas verdes, como parques e pequenas reservas urbanas, mas a paisagem ainda é tema distante dos procedimentos adotados. Os espaços públicos permanecem à margem da proteção, salvo raras exceções.

Em nenhuma das cidades da região, a idéia de estabelecimento de uma área ou centro histórico foi eficaz, seja no estabelecimento de uma legislação específica ou em planos urbanos. Mesmo que algumas áreas sejam formalmente reconhecidas como áreas de interesse de preservação, seja pelas leis orgânicas dos municípios, seus planos diretores ou algum outro tipo de zoneamento urbano, não contam com uma legislação específica que garanta sua preservação, o que significou diversas intervenções que desconsideraram suas características e valores. O desinteresse das administrações municipais em abordar o tema se pauta no entendimento ainda prevalente da preservação do patrimônio como um entrave ou impedimento ao desenvolvimento local, e dos desgastes políticos e administrativos que o tema traz.

Das praças elencadas para o estudo, apenas as Praça Getúlio Vargas, de Araxá, conta com proteção legal. Contribuiu para isto o fato de ter sido preservada com as características próximas ao projeto original, enfatizando a aplicação dos critérios tradicionais de preservação.

A Praça Clarimundo Carneiro, de Uberlândia, conta com proteção como conjunto urbano, congregando os elementos arquitetônicos, mas a praça, em si, é considerada apenas como o elemento de agregação dos elementos arquitetônicos. Pesou para a definição do conjunto a maior pontuação no ICMS Cultural. A sua importância histórica e cultural não foi considerada quando da proposta de construção em seu entorno imediato de duas estações de ônibus de transbordo e as considerações a respeito são vistas como um entrave ao dinamismo da cidade.

Conforme RIBEIRO (2010, p. 4105), o conceito de paisagem cultural tem sido adotado mais

frequentemente a sítios rurais, ligados às sociedades tradicionais ou ainda associados ao

paisagismo e jardins. O autor aponta, ainda, a dificuldade dentro da própria UNESCO de uma

interpretação mais ampla da categoria paisagem cultural, que permitiria a inclusão de áreas

urbanas. A mesma dificuldade parece ser encontrada na regulamentação brasileira sobre o

tema.

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GARZEDIN (2011, p. 175) indica que “A influência da cultura na constituição, leitura, percepção e reprodução da paisagem tem sido cada vez mais reconhecida e o conceito de paisagem cultural implica em caminhos teóricos e metodológicos de abordagem da paisagem cada vez mais amplos, envolvendo diversos campos disciplinares e correntes teóricas, de forma mais integrada ou não, sem necessariamente obedecer a uma única lógica”, esclarecendo que “a cultura deve ser situada no universo do sentido, de escolhas e opções que respondem a uma problemática e diz respeito não a necessidades abstratas, puras, mas formuladas em simbiose com valores inseridos num circuito de vida social historicamente criado”.

O estudo realizado aponta que, a despeito do grande valor que têm, seja como elemento gerador e ordenador dos núcleos urbanos onde se inserem, seja pela riqueza social e cultural de que são portadoras, tendo em vista seus usos e apropriações ao longo dos anos, as praças mostram-se vulneráveis a intervenções que comprometem sua preservação como bem cultural. Nesse sentido, o conceito de paisagem cultural abre a possiblidade de superação da concepção bipartida entre as esferas natural e cultural ou material e imaterial, entendendo esses espaços como unidade e não como somatório. A chancela de paisagem cultural, conforme proposto pelo IPHAN, parece oferecer uma possibilidade de proteção mais eficaz dado que pautada em um conjunto mais amplo e diversificado de instrumentos, além da possibilidade de gestão compartilhada entre o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada.

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