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MELO, Danyelly Fernanda 1 CARMO, Nelba Salmar 2 RODRIGUES, Robson Rangel 3 MIRANDA, Maicon Marvila 4

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A INTERAÇÃO ENTRE ANTIMICROBIANOS E ANTICONCEPCIONAIS OS EFEITOS COLATERAIS DESTA COMBINAÇÃO MEDICAMENTOSA NO

ORGANISMO DA MULHER

THE INTERACTION BETWEEN ANTIMICROBIAL AGENTS AND CONTRACEPTIVES THE COLLATERAL EFFECTS OF THIS MEDICINAL

COMBINATION IN THE WOMAN'S ORGANISM

MELO, Danyelly Fernanda

1

CARMO, Nelba Salmar

2

RODRIGUES, Robson Rangel

3

MIRANDA, Maicon Marvila

4

RESUMO

Os antibióticos antimicrobianos e os contraceptivos orais estão entre os medicamentos mais utilizados pela população mundial devido ao seu baixo custo, seu alto índice de prescrição e a facilidade de obtenção. Porém o uso concomitante destes fármacos pode vir a acarretar efeitos indesejáveis no organismo de algumas usuárias, a interação medicamentosa pode ocorrer entre, medicamento-medicamento, medicamento-alimento ou medicamento-drogas (álcool, cigarro e drogas ilícitas). Na automedicação os riscos de ocorrer estas interações se tornam mais frequentes, sem a prescrição médica adequada, uma importante interação que devemos destacar é o uso concomitante de antimicrobianos e contraceptivos orais. No Brasil

a taxa de mulheres que usavam os contraceptivos no ano de 2015 foi de 79 % que utilizavam esse método, sendo que em relação as primeiras escolhas, foram optadas pela maioria das mulheres o método de evitar a contracepção. O trabalho cientifico consiste numa revisão bibliográfica simples, . O paciente quando se automedica com antimicrobianos sem a orientação de um profissional adequado, pode favorecer, além de interações medicamentosas de vários antimicrobianos, agem de forma descompensadas na microbiota intestinal residente, isso resulta na supressão de reações enzimáticas necessárias para a hidrólise do estrogênio e produção da forma ativa. Assim, há diminuição de sua reabsorção pela circulação entero-hepática, inibindo o efeito do anticoncepcional. O objetivo deste trabalho é identificar os riscos que, as

1

Graduanda do Curso de FARMÁCIA do Centro Universitário São Camilo-ES – Danyelly_f@hotmail.com.

2

Graduanda do Curso de FARMÁCIA do Centro Universitário São Camilo-ES – salmardocarmonelba@gmail.com.

3

Graduando do Curso de FARMÁCIA do Centro Universitário São Camilo-ES – robsonrangelrodrigues7@gmail.com.

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Professor orintador. Mestre. Centro Universitário São Camilo-ES – maiconmiranda@saocamilo-es.br.

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usuárias dos medicamentos enfrentam, fazendo o uso associados. Isso por não ter a orientação correta do profissional. Ao realizar esta revisão bibliográfica sobre os efeitos que a associação de anticoncepcepcionais e antimicrobianos podem ocasionar, identificamos que a maioria dos relatos coletados, não tinha conhecimento dos riscos na qual estavam enfrentando de acordo com esses dados expressam que a maioria dos profissionais não costumavam informar as suas pacientes acerca dos perigos sinergismo entre os fármacos (antibióticos e contraceptivos) não temos uma porcentagem definida ou aproximada de quantas mulheres engravidaram, ou sofreram outras reações colaterais devido ao uso entres os fármacos.

Palavras-chave: Antimicrobianos, contraceptivos, reações adversas, interações medicamentosas.

ABSTRACT

Drug interaction is the change in the response of a drug to a food or drug. In self- medication the risks of these interactions become more frequent without proper medical prescription, an important interaction that we should highlight is the

concomitant use of antimicrobials and oral contraceptives. In Brazil the rate of women who used in the year 2015 was 79% who used the contraceptive method, and in relation to the methods is one of the first choices women as a method to avoid contraception. The scientific work consists of a simple bibliographic review.

The patient when self-medicated with antimicrobials without the advice of a suitable professional may favor in addition to drug interactions. Several antimicrobials for their antimicrobial function act resident intestinal microbiota this results in the suppression of enzymatic reactions necessary for the hydrolysis of estrogen and the production of the active form. Thus, there is a decrease in its resorption by the hepatic circulation, inhibiting the effect of the contraceptive. The objective of this scientific article is to carry out a bibliographic review on the effects that the association of contraceptives and antimicrobials can cause.

Keywords: Antimicrobial agents, contraceptives, adverse reactions, drug interactions.

Formatado: Espaçamento entre linhas: simples

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INTRODUÇÃO

A interação medicamentosa é a mudança na resposta de um medicamento por causa de um alimento ou de um outro fármaco. Estas interações são transformações físico-químicas que resultam consequentemente na perda da atividade dos fármacos administrados (AMADO et al.,2011).

Na automedicação os riscos de ocorrer estas interações se tornam mais frequentes, sem a prescrição médica adequada, uma importante interação que devemos destacar é o uso concomitante de antimicrobianos e contraceptivos orais, gerando a perca do medicamento e assim uma possível gravidez não desejada (AMADO et al.,2011).

Sendo que os anticoncepcionais orais são formas de grande efetividade e milhões de mulheres no mundo fazem uso, a perda da eficácia do seu efeito farmacológico faz -se por meio do uso contraceptivo junto a antimicrobianos através de dois mecanismos (HOEFLER, 2009).

Como primeiro mecanismo, os antimicrobianos podem interferir nos agentes da flora gastrointestinal, sendo a flora gastrointestinal ela pode aumentar o ciclo entérico hepático dos estrogênios, os antimicrobianos que interferem no seu mecanismo reduzem os níveis de gás carbônico, causando a perda da eficácia dos anticoncepcionais (HOEFLER, 2009).

Como segundo mecanismo temos a administração de inibidores de metabolismo microssomal hepático, como antimicrobiano rifampicina aumentam a quebra dos hormônios estrogênio e progesterona, fazendo que que a meia vida e a eficácia veiam a redução (HOEFLER, 2009).

O resultado da interação medicamentosa dos dois fármacos se dá então após a absorção, e caem na corrente sanguínea, indo parar no fígado, onde é o principal local de ação dos antimicrobianos (TASCA et al.,2018).

O objetivo deste artigo cientifico é realizar uma revisão bibliográfica sobre os efeitos que a associação de anticoncepcionais e antimicrobianos podem ocasionar.

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Formatado: Espaço Depois de: 8 pt

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METODOLOGIA

O trabalho científico consiste numa revisão bibliográfica simples . Para a elaboração da pesquisa, utilizaram-se como base artigos científicos, sendo todas as buscas realizadas entre fevereiro de 2019 e maio de 2019. A seleção dos artigos foram feitas de acordo com o assunto da revisão solicitado, e as bases de dados pesquisadas foram: SciELO e LILACS (Scientific Electronic Library Online e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) Nesse processo, foram encontrados 40 artigos sobre o tema abordado. Os artigos excluídos foram aqueles cujo ano de publicação era muito inferior a 2010 ou aqueles que não abordavam de forma sucinta sobre o tema, e incluidos todos artigos de lingua proximo ou superior a 2010, cuja a base de dados continham as informaçoes necessárias para a produção. Foram utilizados somente os artigos que aprofundou especificamente sobre o tema proposto. Os termos de pesquisa (descritores e delimitadores) foram utilizados em várias combinações ANTIMICROBIANOS

1

) ANTICONCEPCIONAIS

2

) AUTOMEDICAÇÃO

3

) ANTICONCEPCIONAIS E INTERAÇÕES .

RESULTADOS E DISCUSSÃO

1 ANTICONCEPCIONAIS

Quando se fala de anticoncepção entendemos que o método que tem por objetivo principal evitar uma gravidez ao qual o casal não deseja, nos dias atuais podemos surgiu uma maior variedade de métodos contraceptivos um deles é o anticoncepcional (ALMEIDA et al.,2017).

O anticoncepcional oral são medicamentos com o objetivo de evitar gravidez indesejada ao qual a mulher não deseja ter, segundo a pesquisa do IBGE é a melhor forma para contracepção reversível e o índice de gestação menor que 1 % desde que utilizado corretamente (BRANDT et al.,2018). A pílula anticoncepcional chegou ao mercado nos anos 1960 e revolucionou a saúde e o comportamento. Muito mais eficiente para evitar a gravidez, impactou a autonomia das mulheres sobre o próprio corpo e possibilitou a tomada de

Comentado [MMM1]: Pq ta em letra maiúscula e com números sobrescritos?

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decisão, por parte delas e das famílias, a respeito de querer ter filhos, além de quando e quantos. Desencadeou, assim, uma mudança comportamental importante na relação das mulheres com o sexo, sobretudo do sexo fora do casamento, e é, por isso, frequentemente indicada como estopim da Revolução Sexual. O medicamento se tornou, desde então, um dos métodos contraceptivos mais utilizados por mulheres do mundo inteiro, as pesquisas médicas que resultaram na criação da pílula tiveram início nos anos 1950, nos EUA. A invenção da pílula contraceptiva é comumente atribuída ao cientista americano Gregory Pincus. O trabalho de Pincus, ao lado do ginecologista John Rock, foi precedido pela atuação de uma enfermeira, educadora sexual, escritora e ativista do controle de natalidade, a americana Margaret Sanger. Desde 1873, quando foi aprovada a Lei de Comstock nos EUA, o acesso a qualquer tipo de contracepção ou informação sobre contraceptivos era proibido no país. Sanger atuou praticamente sozinha e na contramão das políticas de sua época. Abriu a primeira clínica de controle de natalidade americana em 1916, em Nova York.

Logo depois, foi presa. Paga a fiança, após seria presa novamente pouco depois junto com Ethel Byrne, sua irmã. Sanger também criou a American Birth Control League (Liga de controle de natalidade, em tradução livre), organização predecessora da Planned Parenthood que atua até hoje na área de saúde reprodutiva e do planejamento familiar. Sanger ainda influenciou ativamente o desenvolvimento da pílula anticoncepcional. Em 1950, ela “convenceu” a bióloga, sufragista e rica filantropa Katherine McCormick a financiar a pesquisa de Pincus e Rock. Os dois cientistas iniciaram os testes do uso de progesterona/progestina para contracepção, segundo a biografia “Margaret Sanger: A Life of Passion”, escrito pela historiadora Jean Baker (REFERÊNCIA??)

No Brasil a taxa de mulheres que utilizaram o método de uso da pílula anticoncepcional ano de 2015, foi aproximadamente de 79 %. Sendo que esse foi o primeiro método para evitar a contracepção (RIBEIRO et al.,2017).

O medicamento bloqueia a ovulação, quando a mulher toma o

anticoncepcional os ovários são bloqueados e ficam "adormecidos" para a

função da ovulação. "Eles deixam de eclodir óvulos, mas seguem ativos para

outras funções, como a produção de hormônios que não estão na composição

da pílula, e altera as condições do útero. Esse tipo de medicamento consiste na

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formulação combinada de um estrogênio e um progestogênio (RIBEIRO et al.,2017).

O contraceptivo hormonal oral pode ser classificado de acordo com a composição hormonal, dosagem e tipo do hormônio. Quanto à composição hormonal, pode ser dividido em método combinado, contendo neste um estrógeno e uma progesterona, e método isolado, contendo apenas a progesterona, e classificam-se em combinadas e apenas com progestogênio ou minipílulas; as primeiras compõem-se de um estrogênio associado a um progestogênio, enquanto a minipílula é constituída por progestogênio isolado. As combinadas dividem-se ainda em monofásicas, bifásicas e trifásicas. Nas monofásicas, a dose dos esteroides é constante nos 21 ou 22 comprimidos da cartela. As bifásicas contêm dois contêm três tipos de comprimidos com os mesmos hormônios em proporções diferentes. (ALANO et al.,2016).

Os anticoncepcionais podem ter como efeitos adversos alterações imunológicas, metabólicas, hepatobilares, renais e urinárias, distúrbios do Sistema Nervoso Central (SNC) e do Sistema Reprodutor (ALMEIDA et al.,2017).

Os anticoncepcionais orais podem causar como efeitos colaterais aumento de peso decorrente do ganho exagerado de apetite, depressão, exaustão, cansaço, queda da libido, aparecimento de cravos e espinhas, crescimento das mamas (ALMEIDA et al.,2017).

A interação medicamentosa que acontece entre o uso concomitante de antimicrobianos e anticoncepcionais orais, podemos destacar a perda do efeito do método contraceptivo (RODRIGUES et al.; 2017).

2 ANTIMICROBIANOS

Os antimicrobianos são definidos como compostos de natureza que pode ser sintética ou de compostos naturais e tem função principal matar os fungos e as bactérias, tem como classificação bactericidas causando a morte propriamente dito da bactéria e podem provocar a inibição do microrganismo bacteriostáticos, quando promovem a inibição do crescimento microbiano (SILVA; 2018).

Tem como classificação 5 categorias os inibidores da síntese proteica, a

segunda classe inibição da síntese da parede celular; e terceira classe são

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desestabilizadores da membrana da célula bacteriana, temos como classe os que interferem na síntese de ácido nucleico e os inibidores da síntese de folato (XAVIER et al.; 2016).

Entre os antimicrobianos Inibidores da síntese da parede celular bacteriana temos os β-lactâmicos que inibem a síntese da parede celular. Já os Inibidores da Síntese Proteica Bacteriana atuam sobre os ribossomos bacterianos dificultando o processo de síntese de proteínas (XAVIER et al.;

2016).

Os desestabilizadores da membrana da célula bacteriana agem sobre estas membranas removendo moléculas de cálcio e magnésio que dão estabilidade a membrana. Os antimicrobianos que inibem a síntese de ácidos nucleicos que atua inibindo a RNA polimerase, que é responsável pelo processo de transcrição (COSTA et al.; 2016).

Os inibidores da síntese de folato diversas espécies de bactérias necessitam sintetizar folatos, as sulfonamidas constituem a classe de antimicrobianos que atuam inibindo a síntese de folato (XAVIER et al.; 2016).

Mas o uso exacerbado de antimicrobianos pode provocar a resistência a eles e proporcionar interações medicamentosas, as medidas para uso racional de antimicrobianos, sendo que umas das medidas adotadas trata-se da Portaria RDC 44, de 26 de outubro de 2010, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária outorga o Regulamento técnico sobre a dispensação e controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica (JEREMIAS et.al.; 2017 ) .

Segundo pesquisa mais 50% das prescrições de antimicrobianos se mostram inapropriadas, dois terços dos antimicrobianos são usados sem prescrição médica, em muitos países isso favorece maior risco de interações medicamentosas (MARINHO et.al.; 2017).

Vários antimicrobianos por sua função antimicrobiana agem microbiota intestinal residente isso resulta na supressão de reações enzimáticas necessárias para a hidrólise do estrogênio e produção da forma ativa. Assim, há diminuição de sua reabsorção pela circulação êntero-hepática, inibindo o efeito do anticoncepcional (SOUZA et.al.; 2019).

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3 AUTOMEDICAÇÃO

A prática da automedicação é uma caracterizada pela iniciativa de um doente em utilizar um medicamento e utilizar um produto que ao qual o paciente acredita em trazer benefícios, ou seja, é a prática de ingerir medicamentos sem o aconselhamento de um profissional farmacêutico (MATOS et al.; 2018).

Segundo a OMS (organização mundial de saúde) a automedicação seria uma seleção do uso de medicamentos para sintomas agudos ou crônicos sem aconselho de um profissional de saúde segunda ela etapa que se chama autocuidado (DOMINGUES et al.;2017).

A automedicação tem como os fatores para essa prática a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, a limitação de vários profissionais da saúde não poderem prescrever e principalmente a recomendação de medicamentos por balconistas de farmácias (MATOS et al.; 2018).

Os atos da automedicação podem proporcionar ao indivíduo como por exemplo altos gastos com medicamentos, favorecem o atraso da farmacoterapia adequada possibilitando que as reações adversas e possíveis intoxicações aconteçam, pondo em risco a população em geral (DOMINGUES et al.; 2017).

O paciente quando se automedica com antimicrobianos sem a aconselhamento de um profissional adequado podem favorecer além de interações medicamentosas como favorecer a resistência microbiana (MELO et al.;2012).

O farmacêutico tem como papel fundamental do aconselhamento do paciente no uso correto de medicamentos pois para o paciente a farmácia primeira opção por cuidados médicos, e na orientação do uso racional de medicamentos, sempre orientado a não realização da automedicação (FERREIRA et al.; 2018).

4 EFEITOS ENTRE A INTERAÇÃO ANTIMICROBIANOS E ANTICONCEPCIONAIS

Cerca de 70,0% das mulheres Brasileiras utilizam o método contraceptivo

oral, sendo que essa interação de antimicrobianos e anticoncepcionais, tem

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como dois mecanismos, a potencialização ou inibição do medicamento (SOUZA et.al.; 2019).

Com o passar das décadas o planejamento familiar passou a ser um fator importante na sociedade. E com o tempo vários métodos para contracepção foram sendo criados permitindo a população adesão e fácil acesso sendo o de anticoncepcionais hormonais orais mais utilizados e sujeitos a interações (SILVA et al.;2017).

A interação medicamentosa é um evento clínico em que o efeito de um fármaco é alterado pela presença de outro fármaco, ocorre o sinergismo, no sentido de potencializar, ou como antagonismo, inibindo a ação do medicamento (SILVA et al.;2017).

As interações medicamentosas podem ser classificadas de três formas em interação farmacêutica quando há incompatibilidade físico química antes da sua administração, em interação farmacocinética quando há mudanças nas fases como absorção e administração e farmacodinâmicas que pode ser pelo sinergismo ou antagonismo do fármaco (SOUZA et.al.; 2019).

Um dos principais mecanismos que podemos destacar seriam a redução da circulação êntero hepática devido a diminuição da microbiota intestinal, sendo que possui função a estabilidade dos níveis plasmáticos constantes do contraceptivo oral e também o aumento da sua a sua degradação enzimática no fígado processo (RODRIGUES et al.; 2017).

Um dos principais antimicrobianos causadores da destruição da flora intestinal é interagir contraceptivo com rifampicina antibiótico semi-sintético (principalmente Clostridia sp) que vai comprometer a hidrólise dos conjugados estrogênios a qual gera o estrogênio ativo assim o ciclo, entero-hepático do estrógeno é reduzido com consequente diminuição dos níveis plasmáticos de estrógeno ativo como representado na figura 1 (RODRIGUES et al.; 2017).

Figura 1: Metabolismo do anticoncepcional e interação com antimicrobiano

Antimicrobiano induz

Fígado conjugados

Bile

sangue

Estrógeno Antimicrobiano

inibe

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Fonte: (SOUZA et.al.; 2019).

Outro mecanismo pelo qual os antimicrobianos parecem reduzir os níveis plasmáticos hormonais é a indução das enzimas micros somais citocromo P450 no fígado, acelerando o metabolismo dos contraceptivos orais também (SILVA et al.;2017).

O uso de anticoncepcionais orais com antimicrobianos como cloranfenicol, neomicina, nitrofurantoína, rifabutina, amoxicilina, azitromicina, eritromicina, ampicilina, penicilina, tetraciclina e metronidazol também podem produzir mesmo efeito que a (SOUZA et.al.; 2019).

Em 1975 Dossetor, evidenciou 3 pacientes usuárias de anticoncepcional oral que engravidaram durante o tratamento com ampicilina. Também aos longos dos anos observou que a tetraciclinas induziram a alteração microssomal hepático e alteração da flora intestinal bacteriana (SILVA et al.;2017).

Tabela 1 – Quantidade de pessoas entrevistas com idade 18 a 25 anos e de 26 a 46 anos e suas respectivas respostas frentes a utilização ou não de medicamentos antimicrobianos, contraceptivos orais e contraceptivos injetáveis.

18-25 anos 26 -46 anos Total Associam 135 152 287

Não associam 56 53 109 Efeito

contraceptivo

Intestino hidrólise (flora bacteriana)

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Fonte: (RODRIGUES et al.; 2017).

De acordo com a pesquisa realizada por Rodrigues e autores representado na tabela 1 é possível verificar respostas relatadas e das referidas faixa etária, pode-se dizer que, 47,0% das mulheres entrevistadas entre 18-25 anos entre 26- 46 anos ( 53,0% ) relataram fazer uso de antimicrobiano em associação com contraceptivo, evidenciando uma possível interação medicamentosa, a importância da pesquisa e buscar alternativas para melhorar os aprimoramentos dos conhecimentos referentes à interações medicamentosas, uso de medicamentos anticoncepcionais utilizados juntamente com antibióticos a importância relações médico-paciente e farmacêutico- paciente, como um aspecto chave para a melhoria da qualidade do serviço de saúde, conscientizar os médicos que os pacientes necessitam de orientação clara sobre os riscos da administração concomitante de vários fármacos, evitando assim as interações medicamentosas (RODRIGUES et al.; 2017).

5 CONSIDERAÇOES FINAIS

Por meio dessa revisão bibliográfica podemos concluir que tanto o antimicrobiano ou tanto anticoncepcional possuem interações entre eles quando usados em conjunto, fazendo que tenha dois efeitos ou que reduza o efeito do anticoncepcional oral, sendo o profissional farmacêutico que deve orientar a interação medicamentosa, sempre evitando a automedicação sem prescrição médica, ou orientação necessária de um profissional de saúde.

Pois o uso de antimicrobianos destrói a flora da microbiota intestinal e estas

são responsáveis pela hidrólise das substancias conjugados estrogênios, que

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são destituídas de atividade contraceptiva, os conjugados estrogênicos. Isso vai possibilitar que haja um prejuízo no ciclo, entero-hepático (Fígado/ Bile/ Trato Gastrointestinal) pois há diminuição do estrógeno ativo.

A ação dos anticoncepcionais é de forma efetiva e se usados de forma correta, pela paciente, tem grandes chances de evitar uma gravidez. Mas os anticoncepcionais orais, a paciente tem que estar ciente que eles estarão passiveis a sofrer interações com outros anticoncepcionais, com os aspectos do mecanismo de ação e com os aspectos farmacodinâmicos e farmacocinéticos.

Podemos observar que os antimicrobianos que conhecemos como a penicilinas e rifampicina tem como potencial efeito inibidor do anticoncepcional, diminuindo a eficácia do mesmo.

Portanto é necessário a orientação junto ao profissional farmacêutico, sobre o uso correto para evitar.

Através da criação do folheto informativo criado como produto final deste artigo conscientizando o público feminino a não combinação desses medicamentos é uma forma de mostrar a não automedicação pelos pacientes garantindo a farmacoterapia correta. pois cabe ao farmacêutico, praticar a atenção e assistência ao paciente sugerindo o uso racional de medicamentos

6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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