Hipóteses Rios (Wallace 1852)
Refúgios (Haffer 1969)
Gradientes (Endler 1977; 1982)
Distúrbio-vicariância (Colinvaux 1987, Bush 1994)
Rios-refúgios (Ayres e Clutton-Brock 1992)
Museu (Fjeldsa 1994)
Paleogeografia (Rasanen et al 1990; Hoorn et al 1995; Campbell et al 2006)
soerguimento dos Andes eustasia
formação de lagos
Formação da paisagem Amazônica
Variação global no nível do mar
Miller et al 2005
Miller et al 2005 último episódio de
nivel do mar alto: 50m cerca de 5 Ma
tendência de diminuição do nível do mar durante o Plioceno (esfriamento) Ciclos glaciais
“Despite episodic marine incursions in the early/middle Miocene there is no further support of transgressive events affecting
Origem da drenagem moderna: Padrões de sedimentação
Wesselingh e Salo 2006
34-23 Ma 23-17 Ma
17-9 Ma 8 Ma
Lundberg 1998 11.8 a 10 mya
Lundberg 1998 10 - 8 mya
Conexão com o mar pelo oeste
interrompida: "Lago Pebas"
Hoorn 2006, Sci.Amer. Origem da drenagem moderna:
(Hoorn, 1995)
Conexão com o oceano atlântico: Fluxo para o leste
15-10 mya Mioceno:
Origem da drenagem
no Mioceno
Implicação: terra firme no oeste da Amazônia desde 8/10 myr
11.8-10.0 Ma (Lundberg et al. 1998) 15.97-11.6 Ma 11.8-11.3 Ma river Figueiredo et al. 2009 Geology
Os rios são muito antigos e estáveis pra explicar a origem das espécies Amazônicas durante o Plio-Pleistoceno...
Ucayali
Magdalena valley
San Juan del Oro Iça
Ceara rise drenagem
drenagem
Lago Amazonas
Sistema interconectado de grandes corpos de água, que mudavam conforme a deposição de sedimentos nas bacias
O Lago Amazonas existiu até o desenvolvimento do sistema atual de drenagem do Rio Amazonas há 2,5mya
Terras baixas Amazônicas até cerca de 2,5mya:
vasto complexo de grandes lagos rasos cercados por regiões pantanosas, que ficavam inundadas por vários meses
Estabelecimento do Rio Amazonas moderno Antes: final do Mioceno
Proposta: final do Plioceno
Lago Amazonas e o estabelecimento da drenagem atual
Espaçamento dos maiores tributários do Rio Amazonas atualmente sugere que a drenagem do Lago Amazonas ocorreu ao longo de um período de tempo razoável.
Estudos para caracterizar a proveniência de sedimentos ao longo da bacia:
Idade dos sedimentos determina se vieram dos Andes ou dos planaltos - direção das paleocorrentes
Hoorn e Campbell: estudos concentrados no extremo oeste da bacia
evidências de sedimentos provenientes do leste na bacia do Solimões
Grupo de Análise de Bacias Sedimentares da Amazônia Grupo de Análise de Bacias Sedimentares da Amazônia
Fluxo transcontinental de leste para oeste
Soerguimento dos Andes durante o Mioceno Estágio intermediário - bacia dividida em duas: porção leste drenando para leste, e porção oeste alimentada pelos Andes e pelo alto estratigráfico correspondente ao arco de Purus
Drenagem transcontinental para leste estabelecida gradualmente entre Plio e Pleistoceno - efeito ainda do soerguimento dos Andes
Bacia do Solimões no final do Mioceno
A drenagem Amazônica na sua configuração atual não surgiu antes do Plioceno
Os rios Amazônicos são dinâmicos e seu curso atual pode ter sido estabelecido em tempos muito recentes
Desenvolvimento da drenagem moderna:
Fim do Mioceno: 8 mya (Hoorn et al 1995)
Fim do Plioceno: 2.5mya (Rossetti et al. 2005, Campbell et al. 2006, Nogueira 2008)
Hipótese da “tricotomia basal”
Espécies de várzea
Espécies de Terra Firme
cerca de 80 ciclos
períodos glaciais: mais longos, mais frios, nível do mar mais baixo, menor concentração de CO2 na atmosfera
Refúgios
(Haffer 1969, Vanzolini e Williams 1970)Variação na precipitação e padrões de endemismo como fatores principais
Principal efeito: alternância de períodos secos e úmidos com mudanças correspondentes na distribuição de
vegetação florestal e aberta
precipitação:
acima de 2000mm: floresta tropical
entre 2000mm e 1500mm: mais espécies decíduas
- maior diversidade genética nas áreas onde houve estabilidade ambiental histórica
- expansão populacional recente nas áreas instáveis, gerando homogeneidade genética
- padrões congruentes sobrepostos
- diversificação durante o Quaternário
Teoria dos refúgios:
- eventos cíclicos causando vicariância: vários eventos de especiação
Será que as florestas são mesmo vulneráveis `as alterações na temperatura e precipitação?
Será que a duração dos ciclos seria suficiente para causar especiação?
(tamanho das populações isoladas)
Alterações tão drásticas na distribuição das áreas florestais não causaria muita extinção?
Extinções no Quaternário:
- Diversidade de plantas se desenvolveu principalmente durante o Terciário
diversidade no Mioceno parece maior que no Holoceno
- Diminuição da temperatura causou extinções nas terras baixas, e permitiu a
expansão da vegetação associada a climas mais frios
- Tanto extinção quanto especiação em isolamento sob stress relacionado `a
temperatura e precipitação podem ter ocorrido nos refúgios
(van der Hammen e Hooghiemstra 2000)
há ou não evidências de extensas áreas de savanas na Amazônia durante o Quaternário?
-savana seca em Katira (Rondônia) -savana em Carajás
- savana nas Guianas e Suriname
-campos de dunas na região do baixo Rio Negro e Rio Branco e nos Llanos da
Refúgios
Precipitação total / ano
Amazônia atual
Precipitação média: 2 a 5,9 m/yr - limita a resposta ambiental a mudanças na precipitação
Corredor seco: entre Belém e Santarém com precipitação anual abaixo de 1,75 m/yr
4 centros de alta precipitação:
- NW Amazônia: mais de 3,6 m/yr - Andes - Central, 5ºS: 2,4 m/yr
- NE, perto de Belém: 2,8 m/yr - convergência noturna - W/SW, base dos Andes
Corredor Seco NW Amazonia Central W / SW Amazonia trade winds NE do Corredor Seco
Amazônia durante o LGM
-fragmentada em refúgios ou manteve sua área estável?
- composição florística influenciada por conexões com florestas Andinas ou Atlânticas?
A floresta era diferente do que é hoje
Diferenças nas expressão do ‘sinal climático’ entre o oeste e o leste da Bacia
Amazônia durante o LGM
indicação clara de um clima mais frio: 5ºC a menos
‘O ponto de vista de que a floresta não foi substituída por savanna não é mais suportado pelos dados”
‘O limite da floresta Amazônica no hemisfério norte estava
cerca de 200km mais ao sul, e o limite no hemisfério sul estava cerca de 300km para o norte.’
SST reconstructions: Pólen:
Diminuição na precipitação:
30% a 40% Belém, Santarém, Uaupés 20% Manaus, Porto Velho, Cuiabá
Reconstrução dos padrões de precipitação durante o LGM Reconstrução da paleovegetação
Área de floresta úmida reduzida em 54%
Meio do Holoceno (6.000 anos atrás) LGM - diminuição de 20% na precipitação (21.000 anos atrás) Mayle et al 2004 Bacia Amazônica predominantemente coberta por floresta no
LGM
floresta sazonal (decídua)
temperaturas mais baixas compensam parte do efeito da diminuição na
precipitação
diferenças ecológicas em relação `a floresta atual
Modelo: produção primária e biomassa inferidas com base em temperatura, precipitação e concentração de CO2
apesar de de taxas mais baixas de CO2 e maior aridez durante o LGM, Amazônia continua predominantemente coberta por floresta
porcentagem de floresta
(não distingue tipo de floresta) porcentagem de gramíneas
Cowling et al 2004, PRSL Modelo: temperatura, precipitação, fluxo de calor (CO2)
Alterações climáticas têm sido estudadas pro LGM, e informações sobre elas têm sido incorporadas em estudos de filogeografia
Está claro que afetaram a organização da diversidade que vemos hoje “dentro” de espécies “biológicas”
ou seja, afetaram a diversificação recente, ou a distribuição espacial de uma diversidade pré-existente
um erro de interpretação taxonômica pode dar a impressão de uma biota Amazônica antiga e de uma menor importância dos ciclos
climáticos do Pleistoceno como geradores de
Localidades
Localidades de de coletacoleta
Dados
Dados ecológicosecológicos
Predição daPredição da distribuição distribuição nono presente presente
Projeção para
Projeção para o o passadopassado LGM e último interglacial LGM e último interglacial
Modelagem Climática
Modelagem Climática
Algoritmo
Algoritmo
Distribuição potencial
Distribuição potencial nono presente presente
Campephilus rubricollis Campephilus rubricollis Formicarius colma Formicarius colma Phylidor pyrrhodes Phylidor pyrrhodes Automolus infuscatus Automolus infuscatus Pipra coronata Pipra coronata Tangara mexicana Tangara mexicana
Distribuição de espécies de aves Amazônicas
Espécies usadas:
(atualmente são distribuídas em toda a bacia)
Haffer
Haffer’’s Refugias Refugia
Bonaccorso et al 2006 Distribuição potencial no LGM
Áreas historicamente estáveis na Mata Atlântica (Carnaval e Moritz 2008)