Relatório de Estágio apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Arqueologia realizado sob a orientação científica de
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao professor André por ter aceite a orientação da componente não lectiva. À Raquel, ao Nuno e ao Paulo que, além de se terem dedicado inteiramente e de forma incansável ao acompanhamento, apoio e ensino durante todo o tempo de estágio, me abriram as portas à grande família Neoépica. A esta deixo igualmente um enorme agradecimento não só pelas aprendizagens a nível da Arqueologia como por cada momento de riso, aventura, histórias partilhadas e, sobretudo, pela amizade criada e com que fui recebida.
Aos meus pais por me mostrarem que o passado pode ser consertado com o presente. Ao meu pai pelos intervalos de café e palavras de apoio nos momentos de maior aperto.
Aos meus avós, que desde o primeiro dia não exigiram nada mais que o melhor que eu pudesse ser e as oportunidades em que o pudesse dar.
Aos meus irmãos, que mesmo sem verdadeiramente darem conta foram, são e sempre serão uma das minhas maiores bases de força e motivação.
Ao meu eterno irmão e companheiro de guerra Gabriel que desde o primeiro momento se assegurou que no fim de cada dia me relembrasse do meu verdadeiro propósito e valor e que estes se sobrepunham a qualquer coisa.
À Sara e à Leo que ao longo dos anos me ajudaram a pensar “fora da caixa” e a acreditar que uma “caneca partida pode sempre voltar a estar inteira”.
Ao professor Adriaan que mesmo partindo para longe se manteve sempre presente e aqui deixo um agradecimento não só como professor ao longo do percurso académico como pela amizade que permaneceu.
À GRANDE família de Arqueologia, que tornou toda esta etapa uma aventura tão completa e inesquecível e sem a qual qualquer conquista se teria deparado com um caminho bastante mais complicado. E à restante família FCSH que me acompanhou durante estes últimos anos e sempre me depositou amizade, apoio e confiança em cada passo deste percurso. “Parto” de coração cheio.
E claro, à sempre presente família das terras alentejanas que me apoiou ao ver-me partir e em cada mover-mento desta jornada, relembrando-ver-me sempre da minha obrigação de mostrar “aquilo que é feita a raça alentejana”.
A praxis empresarial em Arqueologia Urbana e os seus enquadramentos metodológicos e normativos: as práticas arqueológicas da Neoépica na cidade de
Lisboa
Helena Isabel Pinheiro Soares
Resumo Palavras-chave:
Neoépica, Lda.; Arqueologia; Enquadramento regulamentar; Lisboa; Acção preventiva; Prática empresarial
O presente relatório refere-se ao estágio realizado na empresa de Arqueologia Neoépica, Lda., no âmbito da componente não-lectiva de Mestrado em Arqueologia na FCSH-UNL. Este teve como principal objectivo a consolidação e desenvolvimento de conhecimentos a nível de metodologias de trabalho no que se refere às práticas em campo e posteriormente em gabinete. A realização do respectivo relatório pressupôs um maior entendimento das actuações arqueológicas através de um genérico enquadramento legislativo e metodológico de cada actividade realizada no decorrer do estágio.
Procedeu-se igualmente a uma sucinta referenciação de algumas questões, quando oportunas, acerca da evolução e fragilidades dos referidos enquadramentos, as quais caracterizam, de um modo geral, a actual prática arqueológica em meio urbano. Procurou-se, deste modo, não só e primeiramente a apresentação e descrição das diversas actividades desenvolvidas ao longo da componente não-lectiva como também uma sucinta contextualização e maior percepção do estado actual e das formas de actuação a nível de mercado de trabalho e da prática arqueológica propriamente dita, através da realização de uma pesquisa bibliográfica nas referidas temáticas.
A partir da realização deste estágio procurou-se igualmente a experenciação pessoal de uma diferente prática arqueológica da realizada até então. Esta foi desenvolvida maioritariamente em meio urbano, nomeadamente na cidade Lisboa, num âmbito de acção preventiva por meio empresarial.
Enterprise praxis in Urban Archaeology, methodological and normative frameworks: Neoépica's archaeological practices in Lisbon
Helena Isabel Pinheiro Soares
Abstract Key words:
Neoépica, Lda.; Archaeology; Regulatory framework; Lisbon; Preventive activity; Enterprise practice
The following report is the result of the internship at the Archaeology company Neoépica, Lda., according to the non-teaching component of the Archaeology master's degree at FCSH-UNL. This internship and its report had as its main goal the consolidation and development of knowledge about working methodology towards field practice and the information analysis that follows it, as regarding to the doctrinaire work from a general legislative and methodological framework of each activity performed during the internship.
When relevant, some issues will also be appointed about the progress and vulnerabilities of this subjects which, in general, currently characterize Urban Archaeology practice. It seeks not only the presentation and description of several activities performed during the non-teaching component as well as a brief contextualization and further understanding of the current state and procedure methods when it comes to the labor market and on the archaeological practice itself, supported by a bibliographic research.
The development of this internship also intended to archive a new and different personal experience on a dissimilar archaeological practice from the performed until then, that took place in an urban environment, specifically in Lisbon, on preventive archaeology in an enterprise context.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ………. 1 - 4
2. A INSTITUIÇÃO DE ESTÁGIO: NEOÉPICA – ARQUEOLOGIA E PATRIMÓNIO, LDA ……….………. 5 - 9
3. AS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS ………..……… 10 - 46
3.1. Acompanhamento arqueológico
Acompanhamento arqueológico na Calçada do Carmo, edifícios ns.º 39-43, Lisboa ……….. 10 - 14
3.2. Sondagens arqueológicas
3.2.1. Palácio Conde Barão de Alvito, edifícios ns.º 43-47A, Lisboa ……… 15 - 23 3.2.2. Avenida da Liberdade, edifício n.º 12, Pátio do Tronco, edifício n.º
2-2D e Rua das Portas de Santo Antão, edifício n.º 137, Lisboa ……… 24 - 28 3.2.3. Rua dos Bacalhoeiros, edifícios ns.º 93-115A, Lisboa
……… 29 - 34
3.3. Trabalho de gabinete
3.3.1. Lavagem e acondicionamento de material
……… 35 – 36
3.3.2. Inventário dos materiais da intervenção arqueológica na Rua Azeredo Perdigão, em Peniche (2007-2008)
……… 36 - 41 3.3.3. Auxílio no inventário dos materiais da intervenção arqueológica no
Palácio Conde Barão de Alvito, edifícios ns.º 43-47A, Lisboa ………..…..….… 42 - 43 3.3.4. Auxílio na redacção de relatórios de trabalhos arqueológicos
………....………. 43 - 45
3.4. Outras actividades ……….…...……... 45 - 46
4. O ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO E NORMATIVO DAS PRÁTICAS ARQUEOLÓGICAS ………..……….. 47 - 80
4.1. O acompanhamento arqueológico ………....……….. 47 - 56 4.2. A sondagem de diagnóstico manual ………...…….. 56 - 69 4.3. O tratamento de material ………...…..……… 70 - 75 4.4. O relatório técnico-científico ………...….……….. 75 - 80 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ………....……… 80 - 84 6. BIBLIOGRAFIA ……….………..….…… 85 - 102 7. ANEXOS ………...….... 103 - 175 I) Calendarização de estágio
II) Modelo de fichas específicas de campo (Neoépica, Lda.) III) Imagens ilustrativas das actividades realizadas
LISTA DE ABREVIATURAS
ARU – Área de Reabilitação Urbana de Lisboa AU – Arqueologia Urbana
CAL – Centro de Arqueologia de Lisboa CML – Câmara Municipal de Lisboa
DGPC – Direcção-Geral do Património Cultural DPC – Departamento do Património Cultural EIA – Estudo de Impacte Ambiental
FCSH - UNL – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa
GAU – Gabinete de Arqueologia Urbana da Câmara Municipal do Porto IPA – Instituto Português de Arqueologia
IPM - Instituto Português de Museus MNA – Museu Nacional de Arqueologia
PATA – Pedido de Autorização para Trabalho Arqueológicos PDM – Plano Director Municipal
PDML – Plano Director Municipal de Lisboa PVC – Policroreto de Vinil
RTA – Regulamento de Trabalhos Arqueológicos SIG - Sistema de Informação Geográfica
U.E. – Unidade Estratigráfica
U.E.A. – Unidade Estratigráfica Arqueológica ZEP - Zona Especial de Protecção
