FRATURAS
MANUAL
Rui Nunes
colaboração de
Nelson Carvalho
de
10,7mmRui Nunes
13,5cm x 21cm 13,5cm x 21cm 8cm x 21cm 8cm x 21cmFRA
TURAS
MANUAL DE
Grupo LIDEL
Líder em edições
de medicina
4cm x 21cm ISBN 978-989-752-616-9 www .lidel.ptwww.lidel.pt
MANUAL
de
FRATURAS
Coleção
MANUAL LIDEL
Diagnóstico e Tratamento
FRA
TURAS
Manual de
Diagnóstico e Tratamento
Diagnóstico e
Tratamento
9 789897 526169Diagnóstico e T
ratamento
Os traumatismos do aparelho locomotor são uma causa importante de morbilidade, e o seu tratamento exige a utilização de importantes recursos humanos e materiais pelo sistema de saúde. É expectável que a relevância desta patologia, muito relacionada com o envelhecimento populacional e com a sinistralidade rodoviária e laboral, se mantenha ou cresça nas próximas décadas.
Este manual sintetiza os principais conceitos relacionados com fraturas, fornecendo aos seus leitores noções que permitem uma primeira aborda-gem da traumatologia do membro superior, do membro inferior e da coluna vertebral:
A epidemiologia;
Os mecanismos de produção; Os métodos de diagnóstico; A classificação;
Os princípios de tratamento atuais.
O livro dirige-se a todos os médicos que se iniciam no campo da traumatologia ortopédica, sejam ortopedistas, fisiatras ou de Medicina Geral e Familiar, assim como aos profissionais de Enfermagem e de Fisioterapia com interesse nesta área.
Rui Nunes:
Assistente Hospitalar Graduado de Ortopedia do Centro de Traumatologia Ortopédica do Hospital de São José do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE.
Princípios gerais do diagnóstico e da osteossíntese
Fraturas do esqueleto apendicular
Fraturas da coluna vertebral
Conceitos Gerais
Diagnóstico das Fraturas Princípios da Osteossíntese
Membro Superior – Ombro, Braço e Cotovelo
Fraturas da Clavícula e Luxações Acromioclaviculares Fraturas da Omoplata
Fraturas da Extremidade Superior do Úmero Fraturas da Diáfise do Úmero
Fraturas da Extremidade Inferior do Úmero Fraturas da Tacícula Radial
Fraturas do Olecrânio
Membro Superior – Antebraço, Punho e Mão
Fraturas das Diáfises dos Ossos do Antebraço Fraturas da Extremidade Inferior do Rádio Fraturas do Escafoide
Fraturas dos Metacárpicos
Membro Inferior – Bacia e Anca
Fraturas do Anel Pélvico Fraturas do Acetábulo Fraturas da Cabeça do Fémur
Fraturas do Colo do Fémur, Fraturas Intertrocantéricas e Fraturas Subtrocantéricas
Membro Inferior – Coxa e Joelho
Fraturas da Diáfise do Fémur
Fraturas da Extremidade Inferior do Fémur Fraturas da Rótula
Fraturas dos Planaltos Tibiais
Membro Inferior – Perna, Tornozelo e Pé
Fraturas da Diáfise da Tíbia Fraturas do Pilão Tibial Fraturas dos Maléolos Fraturas do Astrágalo Fraturas do Calcâneo Fraturas dos Metatársicos
Coluna Vertebral
Fraturas e Luxações da Coluna Cervical
Fraturas e Luxações da Coluna Dorsal e da Coluna Lombar
Anexo – Remoção de Materiais de Osteossíntese I II III IV V VI VII
..
..
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C M Y CM MY CY CMY KManual de Fraturas
Diagnóstico e Tratamento
Autor:
Rui Nunes
Com a colaboração de:
Nelson Carvalho
Lidel – Edições Técnicas, Lda www.lidel.pt
EdiçãoE distribuição
Lidel – Edições Técnicas, Lda.
Rua D. Estefânia, 183, r/c Dto. – 1049-057 Lisboa Tel: +351 213 511 448
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Projetos de edição: editoriais@lidel.pt www.lidel.pt
Livraria
Av. Praia da Vitória, 14A – 1000-247 Lisboa Tel.: +351 213 511 448
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Copyright © 2021, Lidel – Edições Técnicas, Lda. ISBN edição Lidel: 978-989-752-616-9 1.ª edição impressa: maio de 2021 Paginação: Mónica Gonçalves
Impressão e acabamento: Tipografia Lousanense, Lda. – Lousã Dep. Legal n.º 483718/21
Capa: José Manuel Reis
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Índice
Autor ... V Prefácios………... ... VIIRosa Valente de Matos; João Varandas Fernandes
Sobre o Livro.……… ... IX Siglas, Abreviaturas e Acrónimos ... XI
I. C
onCeitosG
erais1. Diagnóstico das Fraturas ... 3
2. Princípios da Osteossíntese ... 7
II. M
eMbros
uperior– o
Mbro, b
raçoeC
otovelo 3. Fraturas da Clavícula e Luxações Acromioclaviculares ... 134. Fraturas da Omoplata ... 21
5. Fraturas da Extremidade Superior do Úmero ... 25
6. Fraturas da Diáfise do Úmero ... 35
7. Fraturas da Extremidade Inferior do Úmero ... 39
8. Fraturas da Tacícula Radial ... 45
9. Fraturas do Olecrânio ... 51
III. M
eMbros
uperior– a
ntebraço, p
unhoeM
ão 10. Fraturas das Diáfises dos Ossos do Antebraço ... 5711. Fraturas da Extremidade Inferior do Rádio ... 63
12. Fraturas do Escafoide ... 73
13. Fraturas dos Metacárpicos ... 77
Iv. M
eMbroi
nferior– b
aCiaea
nCa 14. Fraturas do Anel Pélvico ... 8515. Fraturas do Acetábulo ... 91
16. Fraturas da Cabeça do Fémur ... 97
17. Fraturas do Colo do Fémur, Fraturas Intertrocantéricas e Fraturas Subtrocantéricas ... 101
Manual de Fraturas IV
v. M
eMbroi
nferior– C
oxaeJ
oelho18. Fraturas da Diáfise do Fémur ... 113
19. Fraturas da Extremidade Inferior do Fémur ... 121
20. Fraturas da Rótula ... 127
21. Fraturas dos Planaltos Tibiais ... 131
vI. M
eMbroi
nferior– p
erna, t
ornozeloep
é 22. Fraturas da Diáfise da Tíbia ... 13923. Fraturas do Pilão Tibial ... 145
24. Fraturas dos Maléolos ... 149
25. Fraturas do Astrágalo ... 155
26. Fraturas do Calcâneo ... 159
27. Fraturas dos Metatársicos ... 165
vII. C
olunav
ertebral 28. Fraturas e Luxações da Coluna Cervical ... 171Nelson Carvalho 29. Fraturas e Luxações da Coluna Dorsal e da Coluna Lombar ... 183
Nelson Carvalho
a
nexo– r
eMoçãodeM
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steossíntese ... 191© Lidel – edições técnicas
AUTOR
Rui Nunes
Assistente Hospitalar Graduado de Ortopedia do Centro de Traumatologia Ortopédica do Hos-pital de São José do Centro HosHos-pitalar Universitário de Lisboa Central, EPE.
COLABORADOR
Nelson Carvalho
Assistente Hospitalar Graduado de Ortopedia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE, onde é Coordenador da Unidade de Deformidades da Coluna e Colaborador da Unidade Vértebro-Medular; Secretário-Geral da Sociedade Portuguesa da Patologia da Colu na Vertebral (2021-2022); Chairman da AO SPINE Portugal (2018-2020); Coordenador da Secção da Coluna da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (2017-2018); Scoliosis
Research Society Active Member.
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Prefácios
A promoção da investigação e do conhecimento é fundamental para assegurar a necessária inovação nos modelos de prestação de cuidados, fazendo evoluir a or ganização e as práticas clínicas em função das necessidades em saúde da popula ção. Todos os hospitais do país, e com maior responsabilidade os hospitais univer sitários, devem desenvolver estas atividades de forma estruturada e sustentada, procurando a melhoria contínua dos seus processos e a obtenção de elevados pa tamares de qualidade e de satisfação dos profissionais e dos utentes que servem. Este Manual de Fraturas – Diagnóstico e Tratamento é um excelente exemplo da atitude construtiva que os serviços hospitalares devem adotar neste caminho de aprendizagem, de partilha do saber e de procura da excelência clínica, assente na colaboração com diferentes parceiros, desde a Academia à sociedade civil. Trata -se de uma iniciativa que orgulha os profissionais de saúde desta instituição hospi talar e que honra a sua história de quatro séculos, construída com base num forte componente de ensino universitário, aliada à valiosa herança de diferenciação téc nica e científica dos Hospitais Civis de Lisboa.
É um contributo decisivo para o sucesso do Centro de Responsabilidade Integrado de Traumatologia Ortopédica (CRITO) que foi recentemente criado no nosso Centro Hospitalar, fruto da iniciativa dos profissionais e da sua vontade de dar início a um novo ciclo de organização e gestão dos serviços, assente numa visão mais flexível, mais autónoma e responsável, com capacidade de ajustamento à dinâmica das necessidades em saúde da população, com reforço da abordagem centrada no utente, na personalização dos cuidados e no seu envolvimento no processo de rea bilitação física e social.
É esta cultura de procura diária do conhecimento e da inovação que nos diferencia e que nos permite continuar a encarar com fundado otimismo os desafios do presente e do futuro.
Rosa Valente de Matos
Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE
Manual de Fraturas VIII
O presente manual transmite noções técnico-científicas na área da traumatologia ortopédica que interessam fundamentalmente a todos os médicos dedicados a esta especialidade e, em particular, aos das gerações mais novas.
Este contributo para a literatura médica nacional, que era absolutamente necessá rio, apresenta-se bem estruturado e com muita qualidade. O Dr. Rui Nunes e o Dr. Nelson Carvalho revelam, num período particularmente conturbado pela pande mia por SARS-CoV-2, uma capacidade de estudo e de exposição que é de louvar. Todas as mudanças no sistema de saúde são feitas com o propósito de servir o bem comum. A implementação, no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE, do Centro de Responsabilidade Integrado de Traumatologia Ortopé dica (CRITO) traduz, no fundo, um desejo de mudança. As suas normas de atuação ficam expressas ao longo destas páginas.
João Varandas Fernandes
Coordenador do Centro de Responsabilidade Integrado de Traumatologia Ortopédica (CRITO) do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE
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Sobre o Livro
Os traumatismos musculoesqueléticos constituem um dos motivos mais frequen tes de recurso aos serviços de urgência hospitalares. Considerados em conjunto, representam uma causa relevante de morbilidade e o seu tratamento é gerador de elevados gastos em saúde.
O presente manual foi redigido com o objetivo de oferecer aos seus leitores uma síntese atualizada do diagnóstico e do tratamento das fraturas.
O texto encontrase estruturado em sete partes.
A Parte I é dedicada à exposição de conceitos gerais e as Partes II a VII tratam sucessivamente das fraturas do membro superior, do membro inferior e da co luna vertebral. Em cada capítulo, descrevemse a epidemiologia, o mecanismo, os métodos de diagnóstico por imagem e a classificação das lesões, após o que se apresentam as correspondentes normas de tratamento. Para o estabelecimento destas normas, que seguem as evidências científicas mais modernas, os autores basearam-se na sua experiência profissional e procederam a uma revisão da lite ratura científica recente.
Inclui-se um anexo sobre a remoção de materiais de osteossíntese.
Toda a iconografia foi extraída do arquivo clínico do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE.
Este livro dirigese principalmente aos médicos que se iniciam no tratamento dos traumatismos do aparelho locomotor. Esperamos que possa ser útil também a estudantes de Medicina e a profissionais de Enfermagem que exercem a sua ativi dade em blocos operatórios de Ortopedia.
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INTRODUÇÃO
Define‑sefraturacomosendotodaequalquerinterrupçãobrusca(completaou incompleta)dacontinuidadedeumossooucartilagem. Asfraturastêmcomoconsequênciaaalteraçãodasfunçõespuramentemecâni‑ casdoosso:perdadacapacidadedesuportarcarga,desustentaraspartesmoles envolventesoudetransmitiraaçãodasforçasmusculares. Amaioriadasfraturasresultadetraumatismo,ouseja,daaplicaçãosúbitade forçaexcessiva.Otraumatismodiz‑sedireto,quandoaforçaéaplicadaaníveldo localondeseproduzafratura,eindireto,quandoaplicadaàdistânciadestelocal. Algumas fraturas ocorrem na ausência de traumatismo desencadeante ou são causadasportraumatismomínimo,emossopreviamentealterado(fraturas patoló gicasou,quandoafragilidadeósseaéresultantededoençametabólica,fraturas de insuficiência).Asfraturaspodemainda,masraramente,ocorrerpelaaplicaçãodesobrecargade formarepetidaaolongodotempo(fraturas de fadigaoude stress).
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Osquadrosclínicospresentesnosdoentesquesofremfraturassãomuitodiversos. “Desde uma ligeira diminuição funcional e dor na região lesada até à situação extremamentegravedeumesfaceloechoquetraumáticocomperigodemorte iminente,tudoépossível.”[1]. Ossintomaseossinaisseguintessãocaracterísticosedevemlevarsempreàsus‑ peitadapresençadefratura: Dor–esteéumsintomaconstante,masdeintensidademuitovariável.Ador
agrava‑se com a mobilização ativa ou passiva da zona afetada e quando se efetuaapalpaçãodamesma; Impotência funcional–consistenalimitaçãodamobilidadeativae,nocasodas fraturasdomembroinferior,naincapacidadedesustentaropesodocorpo; Deformidade–adeformidadedosegmentoósseofraturadopodedever‑sea
desvio entre os topos ósseos ou a tumefação das partes moles envolventes causadapelapresençadeedemaoudehematoma;
Mobilidade anormal–consistenapresençademobilidadeemsegmentosnor‑
malmente rígidos, sendo uma consequência da interrupção da continuidade óssea.Amobilidadeentreostoposósseosfraturáriospodemanifestar‑sepor crepitação.
Algumasfraturasassociam‑seaalterações a nível da pele suprajacente,deque sãoexemplosasequimoseseasferidas.Nasfraturas expostas,aferidacolocaem comunicaçãoofocodefraturacomomeioexterior.
Finalmente,emcertaslesões,aposição do membro ouaatitude do doentesão muitosugestivasdodiagnóstico.Éocasodasfraturasdaextremidadesuperiordo
Diagnóstico das Fraturas
Manual de Fraturas 4 fémur,emqueomembroinferiorfraturadoseapresentaencurtadoerodadoexter‑ namente,edasfraturasouluxaçõesdacinturaescapular,emqueodoente,para alíviodador,seapresentasuportandoomembrolesadocomamãodoladooposto.
DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO
R
adiogRafiasconvencionais Oestudoimagiológico,emcasodesuspeitadefratura,inicia‑secomarealização deradiografiasconvencionais(radiografiassimplesouraiosX).Estasefetuam‑se em,pelomenos,duasincidências,quesãohabitualmenteaântero‑posterioreade perfil(doisplanosperpendiculares).Asarticulaçõesadjacentesaoossofraturado devemseravaliadasradiograficamente,comoobjetivodediagnosticarumafratura ouumaluxaçãoquesepossamencontrarassociadasàlesãoprimária.Assim,em casodefraturadadiáfisedofémur,porexemplo,asarticulaçõesdaancaedojoe‑ lhodevemserradiografadas. Asfraturasmanifestam‑segeralmentenosexamesradiográficoscomoumalinha deradiolucência,demaioroumenorlarguraconsoanteoafastamentoentreos toposósseos.Outrossinaisradiográficosapesquisarsãoosseguintes:irregulari‑ dadedocontornodacortical;alteraçõesdotrabeculadodoossoesponjoso(inter‑ rupçãodastrabéculasouaumentodadensidadedoossoesponjosodevidoacom‑ pressão das trabéculas); e alterações a nível das partes moles (por exemplo, edemadostecidosmolesouderramearticular).Embora,namaioriadoscasos,odiagnósticoradiográficodasfraturasnãocoloque dificuldades,emalgumassituações,afraturapodenãoserfacilmenteaparenteou ser visível apenas numa das incidências ou com ampliação da imagem. Como regrageral,énecessárioprocedersempreàavaliaçãocuidadosadasradiografias. Aaparentenormalidadedasradiografiasconvencionaisnãoexclui,emabsoluto,a presençadefratura,peloquesepodejustificarprosseguirainvestigaçãodiagnós‑ ticacomrecursoaoutrosexamesdeimagem. Asradiografiasdevempermitircaracterizarafraturanoquesereferea: Localização–porexemplo,fraturadadiáfise,dametáfise,intra‑articular; Direçãodotraçodefratura–traçotransversal,oblíquo,helicoidaloulongitudi‑ nal; Tipodefratura–porexemplo,completaouincompleta,simplesoucominutiva (istoé,commaisdedoisfragmentos),segmentar(ouseja,comdivisãodadiá‑ fiseemváriosfragmentosporpresençademúltiplostraçostransversaisdefra‑ tura),impactada,comdepressãodasuperfíciearticular,porcompressãoepor avulsão; Alinhamentodostoposósseos–porexemplo,fraturaalinhada,comdesviono planofrontal,comdesvionoplanosagital,comangulação,comdesviorotacio‑ nal,comencurtamento,comdiástase. Naavaliaçãodealgumaslesões(ecomoserádescritonosrespetivoscapítulos destemanual),énecessáriorecorreraradiografiasadicionaisàsrealizadasnas duasincidênciasmencionadas,comosejam: Incidênciasespeciais–porexemplo,oblíquas,axilardoombro; Radiografiasrealizadassobstressouemcarga–destinadasaavaliaraestabi‑ lidadedasarticulaçõeseaintegridadeligamentar;
Manual de Fraturas 16 Arealizaçãoderadiografiasobstress (efetuadacomtraçãosobreomembrosupe‑ rior)nãoérecomendada. AslesõesdotipoIVdeRockwood(consultarasecçãoseguinte,“Classificação”)são maisbemdemonstradasnaradiografiadoombroemincidênciaaxilar.
c
lassificação AclassificaçãomaisutilizadadasluxaçõesacromioclaviculareséadeRockwood. Estaclassificação,quecompreendeseistiposdelesão,foipublicadaem1984e expandeaclassificaçãooriginaldeTossy,de1963,quecompreendiaapenastrês tipos.AclassificaçãodeRockwoodbaseia‑senadireçãoenamagnitudedodesvio entreaclavículaeoacrómio,bemcomonograudelesãodosligamentosacromio‑ claviculares e coracoclaviculares[9]. Os seis tipos de lesão da classificação deRockwoodsão: Tipo I–nãoexistedesviodaclavícula; Tipo II–observa‑sedesviosuperiorligeirodaclavículaemrelaçãoaoacrómio. Oespaçocoracoclavicularnãoseencontraaumentado,comparativamentecom ocontralateral; Tipo III–aclavículadesvia‑setambémemdireçãosuperior,ficandoasuaextre‑ midadedistalposicionadacompletamenteacimadobordosuperiordoacrómio. Oespaçocoracoclavicularencontra‑seaumentadoaté100%,emcomparação comocontralateral; Tipo IV–odesviodaclavículaéposterior; Tipo V–odesviodaclavículaésuperior,comacentuadoafastamentoemrela‑ çãoaoacrómio.Oespaçocoracoclavicularapresenta‑seaumentadoentre100‑ ‑300%,comparativamentecomocontralateral(Figura3.2);
Tipo VI – o desvio da clavícula é inferior, encontrando‑se a sua extremidade
distalemposiçãosubacromialousubcoracoideia.
AslesõesdostiposI,IIeIIIsãoasmaisfrequentes.AsdostiposIVeVIsãomuito raras.
Figura 3.2 Luxação acromioclavicular (tipo V de Rockwood).
Fraturas da Clavícula e Luxações Acromioclaviculares 17 © Lidel – edições técnicas
Tabela 3.1 Classificação de Rockwood das luxações acromioclaviculares.
Tipo Desvio acromioclavicularesLigamentos coracoclavicularesLigamentos I Nenhum Roturaparcial Intactos
II Superior,mínimo Roturacompleta Roturaparcial III Superior,comaumentodoespaçocoracoclavi‑
cularaté100% Roturacompleta Roturacompleta IV Posterior Roturacompleta Roturaparcialoucompleta V Superior,comaumentodoespaçocoracoclavi‑
cularentre100‑300% Roturacompleta Roturacompleta VI Inferior Roturacompleta Intactosoucomroturaparcialoucompleta
T
RaTamenTo AslesõesdostiposIeIItêmindicaçãoparatratamentoconservador,queconsiste naimobilizaçãodomembrosuperiorcomrecursoasuspensãobraquialdurante 2‑3semanas.Podeserefetuadaumainjeçãointra‑articulardecorticoideeanesté‑ sicolocalparaobtençãodealíviosintomáticoimediato.Amobilizaçãodoombro inicia‑seprogressivamenteapósoperíodomencionado,deacordocomatolerân‑ ciadodoente. OtratamentodalesãodotipoIIIécontroverso.Muitoscasospodemsertratados conservadoramente,semseefetuarumatentativadereduçãodaluxação.Noen‑ tanto,emalgumassituações,énecessárioconsiderarotratamentocirúrgico[10]. Aindicaçãoparacirurgiadeveserdiscutidacomodoente,tendoemconsideração que: Adeformidaderesultantedaluxaçãonãoéhabitualmentecorrigívelcomtrata‑ mentoconservador; Osresultadosfuncionaisobtidosalongoprazosãosobreponíveis,quandose comparaotratamentoconservadorcomocirúrgico.Noentanto,podeexistirdi‑ ferença(favorávelaotratamentocirúrgico)emdoentescomelevadasexigên‑ ciasfuncionais; Otratamentocirúrgicodaseventuaissequelas,noscasossubmetidosatrata‑ mentoconservador,émaisdifícildoqueotratamentocirúrgicodalesãoaguda. Assimsendo,aopçãopelotratamentocirúrgicoemfaseagudadeveserindividua‑ lizadaecoloca‑senosseguintescasos: Emdoentesquepretendemgarantirumafunçãodacinturaescapularomais aproximadapossíveldafunçãopreexistenteàlesãoouquenãoaceitamadefor‑ midadecosméticaresultantedamesma[10]; Emdoentesnosquais,após3‑6semanasdetratamentoconservador,persiste dorouseobservadiscinesiadaomoplata[11]. Finalmente,aslesõesdostiposIV,VeVIdevemsertratadascirurgicamente.Manual de Fraturas 60 Tipo IV–luxaçãoanteriordatacícula,comfraturadadiáfisedorádioassociada àfraturadocúbito.Coexistem,nestecaso,fraturasdasdiáfisesdeambosos ossosdoantebraço,queocorremaomesmonível(terçosuperiordasdiáfises). Afraturadocúbitoapresenta,emtodosostipos,angulação,cujovérticeacompa‑ nhaadireçãoemqueatacícularadialseencontraluxada(porexemplo,notipoI ocorreangulaçãoanteriordafratura). AslesõesdotipoIsãoasmaisfrequentes(60%doscasos),seguidasdasdotipoII (15%). AslesõesdotipoIIassociam‑se,comfrequência,afraturasdatacícularadialeda apófisecoronoidedocúbito,apresentandopiorprognósticonoqueserefereàre‑ cuperaçãofuncional.Estaslesõessãoclassificadasemquatrosubtipos,segundo onívelaqueocorreafraturacubital(classificaçãodeJupiterecolaboradores,em 1991[5]): Tipo IIA–fraturadocúbitoaoníveldabasedoolecrânio; Tipo IIB–fraturadocúbitoaoníveldajunçãodametáfiseproximalcomadiá‑ fise,distalmenteàapófisecoronoide; Tipo IIC–fraturadocúbitoaoníveldadiáfise; Tipo IID–fraturadocúbitocominutiva,envolvendooterçosuperiordadiáfisea múltiplosníveisepodendoestender‑seatéàpartemédiadadiáfise. Otratamentodafratura‑luxaçãodeMonteggiaécirúrgico.Afraturacubitaléabor‑ dadaporviaposterior,nointervaloentreosmúsculosflexor carpi ulnaris eancóneo. Aosteossínteseefetua‑secomplacamoldadaaocontornoposteriordoolecrânioou complacaretadecompressãodinâmica,dependendodoníveldafratura.NotipoIV deBado,realiza‑setambémaosteossíntesedafraturadadiáfisedorádio.
Areduçãodafraturadocúbitopermitehabitualmenteobterareduçãodaluxação datacícularadial.Noscasos,poucofrequentes,emquepersisteluxaçãodatací‑ cula (devido a interposição de partes moles ou de fragmentos ósseos), deve proceder‑seàsuareduçãoporviaaberta,utilizandoumaviadeacessoexterna(via de Kocherouvia de Kaplan). AslesõesdeMonteggiaqueocorrememassociaçãocomfraturasdatacícula,com fraturasdaapófisecoronoideoucomoutraslesõesaoníveldocotovelosãodeno‑ minadasvariantes de Monteggia(Figura10.2). NasvariantesdeMonteggia,énecessárioprocederadicionalmenteàosteossín‑ tese do cúbito e ao tratamento das fraturas associadas da tacícula radial e da apófisecoronoide[6,7].Afraturadatacículaétratadaporosteossínteseouporsubs‑
tituiçãoprotésica,segundooscritériosmencionadosnoCapítulo8.Atacículapode serabordadapelaviadeacessocirúrgicoaocúbito,efetuando‑seodescolamento domúsculoancóneodasuainserçãoolecraniana(via de Boyd),ouporumavia externaseparada(via de Kocherouvia de Kaplan).
Afixaçãodafraturadaapófisecoronoideérealizada,quandoadimensãodosfrag‑ mentosósseosopermite,comparafusos.Estafixaçãopodeserefetuadaatravés daplacautilizadaparaaosteossíntesedocúbitoou,independentementedaplaca, obtendo‑seoacessocirúrgicoàcoronoideatravésdeumaviainterna(via de Ho tchkiss).Asfraturasqueocorremaoníveldapontadacoronoidesãofixadaspor reinserçãodacápsulaanteriordocotovelonocúbito,comrecursoaâncoraoua suturastransósseas(Figura10.3).
Fraturas das Diáfises dos Ossos do Antebraço 61 © Lidel – edições técnicas
Figura 10.2 Fratura ‑luxação de Monteggia do tipo IIB de Jupiter, variante de Monteg‑ gia (TC, reconstrução tridimensional).
Figura 10.3 Mesmo caso da Figura 10.2 – osteossíntese da fratura do cúbito com placa, fixação da apófise coronoide com âncora, artroplastia da tacícula radial e rein‑ serção do ligamento lateral externo do cotovelo com âncora.
Fratura de Galeazzi
AfraturadeGaleazzidefine‑secomofraturadadiáfisedorádioassociadaalesão daarticulaçãoradiocubitaldistalerepresentaaté7%dasfraturasdosossosdo antebraço.
Manual de Fraturas 86 ÆFraturaposteriordaasadoilíaco,adjacenteàarticulaçãosacroilíaca(fratura emcrescente). LC III–lesãodostiposLCIouLCIIassociadaarotaçãoexternadahemipelve contralateral; VS: ÆDisrupçãodasínfisepúbicaoufraturaderamospúbicos;
ÆDisrupção do anel pélvico posterior, com deslocamento vertical da hemi‑ pelve. Lesõescombinadas–combinaçãodospadrõesanteriores.
TRATAMENTO
Aslesõesdoanelpélvicoabrangemumespectroamplodeentidades,degravidade muitovariável.Oscasosmaisseveroscolocamemriscoavidadodoenteesão objetodetratamentodeemergência.T
RaTamenTo deemeRgência Osdoentescomlesãodoanelpélvicoqueseapresentamcominstabilidadehemo‑ dinâmicadevemsersubmetidosatratamentoemergente.Oprotocolodediagnós‑ ticoetratamentoquerecomendamoséoseguinte: 1. Inícioimediatodemedidasdereposiçãodavolemia. 2. Estabilizaçãoprovisóriadoanelpélvicocomcintapélvica. 3. AvaliaçãoporTCabdominopélvica(comadministraçãodecontrasteendoveno‑ so),aquesesegueoprotocolodaFigura14.1. Doentecomlesãodevísceraabdominal Laparotomiaexploradora Mantém‑seinstabilidade hemodinâmicaouestá presentehematomapélvico Doentecominstabilidadedoanel pélvico,semlesãodevíscera abdominal Compressãodoanelpélvicocomfixador externoouC ‑clamp ou Tamponamentopélvicoextraperitoneal Mantém‑seinstabilidade hemodinâmica Angiografia/angio‑TCeembolização DoentecomlesãoarterialpélvicaFigura 14.1 Tratamento de emergência das lesões do anel pélvico em doentes com instabilidade hemodinâmica.
T
RaTamenTo pRogRamadoAslesõesdostiposAPCIeLCIsãoconsideradasestáveisetratam‑seconservado‑ ramente,comrestriçãodecargapor6‑8semanas.
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EPIDEMIOLOGIA E MECANISMO
Asfraturasdaextremidadesuperiordofémursãomuitofrequentes,representando aproximadamente12%detodasasfraturas.Cercade90%doscasosocorremem doentescommaisde65anoscomossoosteoporótico,commaiorincidênciano sexofeminino.Asfraturasintertrocantéricas,querepresentamcercademetade doscasosdefraturasdofémurproximal,ocorremglobalmenteemidadesmais avançadasdoqueasfraturasdocolo. Nosidosos,asfraturasdofémurproximalocorremgeralmentepormecanismode baixaenergia:quedadodoenteapartirdasuaprópriaaltura(oudealturamenor), com impacto direto sobre a região da anca, o que constitui o mecanismo mais comum;ourotaçãoexternadaanca,precedenteàqueda(nestecaso,afratura produz‑seporimpactodafaceposteriordocolodofémurcontraoacetábulo).Em doentes jovens, estas fraturas resultam habitualmente de traumatismo de alta energia(porexemplo,acidentedeviaçãoouquedaapartirdealturaelevada).Em algunscasos,poucofrequentes,asfraturasdocolodofémurdevem‑seameca‑ nismodestress[1].DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO
Odiagnósticoérealizadocomradiografiadabaciaemincidênciaântero‑posterior eradiografiasdaancanasincidênciasântero‑posterioredeperfil. Aradiografiadaancaemincidênciaântero‑posteriorefetuadasobtraçãoerodando internamenteaancaentre15‑20º(incidênciaântero‑posteriorverdadeira)permite, aoeliminaraanteversãodocolodofémuremrelaçãoaotuboderaiosX,uma avaliaçãomaisprecisadopadrãodefratura. Emdoentescomsuspeitaclínicadefraturaecujasradiografiassãoinconclusivas, procede‑seàavaliaçãodaancaporTCouRM.ARMéoexamemaissensívelpara odiagnósticodefraturasocultas[2].CLASSIFICAÇÃO
f
RaTuRasdocolodo fémuRNasfraturas do colo do fémur,otraçodefraturaestende‑sedesdeumpontoex‑ terno,localizadologoabaixodacabeçadofémur,atéaumpontointerno,locali‑ zadonocolofemoral,aumaalturavariável.
AclassificaçãodeGarden,publicadaem1961[3],permaneceamaisdivulgada,não
obstanteapresentaraltavariabilidadeentreobservadoreseanalisarafraturaso‑ mente no plano frontal (na radiografia ântero‑posterior). Esta classificação des‑ crevequatrotipos:
Tipo I–fraturaincompletaou,maisfrequentemente,completa,masimpactada
(afraturanãoapresentadesvio,masastrabéculasprincipaisdacabeçafemo‑ raldesviam‑seemvalgo);
Fraturas do Colo do Fémur, Fraturas
Intertrocantéricas e Fraturas Subtrocantéricas
Manual de Fraturas 102 Tipo II–fraturacompletasemdesvio,mantendo‑seoalinhamentodastrabécu‑ lasdacabeçafemoral; Tipo III–fraturacomdesvioetranslaçãoproximalmínimadadiáfisedofémur (Figura17.1); Tipo IV–fraturacomdesvioetranslaçãoproximaldadiáfisedofémur.Ocorre
perdatotal decontacto entreostopos ósseos,a cabeçafemoralrealinha‑se comoacetábuloeasrespetivastrabéculastambémserealinham(Figura17.2). AsfraturasdostiposIIIeIVdeGardensãoasmaisfrequentes,representando, emconjunto,70‑80%doscasos.
Figura 17.1 Fratura do colo do fémur tipo III de Garden.
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Fraturas e Luxações da Coluna Dorsal e da Coluna Lombar
OF 3–deformaçãocomenvolvimentodaparedeposteriorsuperioraumquinto, afetandoapenasumpratovertebral; OF 4–envolvimentodetodoocorpovertebral,compreendendotrêssubtipos: ÆFraturastipoburstcompletas,comperdadamolduradocorpovertebral; ÆFraturascomcolapsodocorpovertebral; ÆFraturastiposplitouempinça. OF 5–lesõescomdistraçãoourotação,porfalênciadacolunaanterioreda colunaósseaoudabandadetensãoposterior. AsOF1eOF2tratam‑seapenascomanalgesiaerepouso. NasOF3,podemosterinicialmenteumaatitudeconservadora,aplicandoopcional‑ menteumaortótese(cintalombarnasfraturaslombaresbaixasatéL2ecoletede JewettnasfraturasatéT6)evigiarnas6semanasseguintesquantoàevolução clínicaeeventualcolapso. AsOF4eOF5têmindicaçãocirúrgica. Atécnicacirúrgicamaisutilizadaéavertebroplastiapercutânea,havendopreferên‑ ciadealgunscentrospelacifoplastiacombalão.Estaúltimatécnicarepõeparcial‑ menteaalturadocorpovertebralediminuioriscodeextravasamentodocimento, poresteserinjetadoparaumacavidade,masésignificativamentemaisonerosa. Finalmente,noscolapsosvertebraissuperioresa50%,nasfraturascomrecuodo muroposteriorsuperiora50%equandoseverificaumacifosesuperiora30º,me‑ didapeloângulodeCobb,autilizaçãodeparafusospedicularescimentadosnas vértebrasadjacentespermiteacorreçãodadeformidade,podendoavértebrafra‑ turadaserpreenchidacomcimento(Figura29.2).
Figura 29.2 Fratura L1, OF 4 tipo split. Doente já anteriormente submetida a verte‑ broplastia em L3 e L4 por fraturas do tipo OF 3. Foi realizada instrumentação com parafusos pediculares cimentados nas vértebras adjacentes. A L1 não foi preenchida com cimento devido a risco de extravasamento.
FRATURAS
MANUAL
Rui Nunes
colaboração de
Nelson Carvalho
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10,7mmRui Nunes
13,5cm x 21cm 13,5cm x 21cm 8cm x 21cm 8cm x 21cmFRA
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de medicina
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FRATURAS
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MANUAL LIDEL
Diagnóstico e Tratamento
FRA
TURAS
Manual de
Diagnóstico e Tratamento
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Tratamento
9 789897 526169Diagnóstico e T
ratamento
Os traumatismos do aparelho locomotor são uma causa importante de morbilidade, e o seu tratamento exige a utilização de importantes recursos humanos e materiais pelo sistema de saúde. É expectável que a relevância desta patologia, muito relacionada com o envelhecimento populacional e com a sinistralidade rodoviária e laboral, se mantenha ou cresça nas próximas décadas.
Este manual sintetiza os principais conceitos relacionados com fraturas, fornecendo aos seus leitores noções que permitem uma primeira aborda-gem da traumatologia do membro superior, do membro inferior e da coluna vertebral:
A epidemiologia;
Os mecanismos de produção; Os métodos de diagnóstico; A classificação;
Os princípios de tratamento atuais.
O livro dirige-se a todos os médicos que se iniciam no campo da traumatologia ortopédica, sejam ortopedistas, fisiatras ou de Medicina Geral e Familiar, assim como aos profissionais de Enfermagem e de Fisioterapia com interesse nesta área.
Rui Nunes:
Assistente Hospitalar Graduado de Ortopedia do Centro de Traumatologia Ortopédica do Hospital de São José do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE.
Princípios gerais do diagnóstico e da osteossíntese
Fraturas do esqueleto apendicular
Fraturas da coluna vertebral
Conceitos Gerais
Diagnóstico das Fraturas Princípios da Osteossíntese
Membro Superior – Ombro, Braço e Cotovelo
Fraturas da Clavícula e Luxações Acromioclaviculares Fraturas da Omoplata
Fraturas da Extremidade Superior do Úmero Fraturas da Diáfise do Úmero
Fraturas da Extremidade Inferior do Úmero Fraturas da Tacícula Radial
Fraturas do Olecrânio
Membro Superior – Antebraço, Punho e Mão
Fraturas das Diáfises dos Ossos do Antebraço Fraturas da Extremidade Inferior do Rádio Fraturas do Escafoide
Fraturas dos Metacárpicos
Membro Inferior – Bacia e Anca
Fraturas do Anel Pélvico Fraturas do Acetábulo Fraturas da Cabeça do Fémur
Fraturas do Colo do Fémur, Fraturas Intertrocantéricas e Fraturas Subtrocantéricas
Membro Inferior – Coxa e Joelho
Fraturas da Diáfise do Fémur
Fraturas da Extremidade Inferior do Fémur Fraturas da Rótula
Fraturas dos Planaltos Tibiais
Membro Inferior – Perna, Tornozelo e Pé
Fraturas da Diáfise da Tíbia Fraturas do Pilão Tibial Fraturas dos Maléolos Fraturas do Astrágalo Fraturas do Calcâneo Fraturas dos Metatársicos
Coluna Vertebral
Fraturas e Luxações da Coluna Cervical
Fraturas e Luxações da Coluna Dorsal e da Coluna Lombar
Anexo – Remoção de Materiais de Osteossíntese I II III IV V VI VII