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RESOLUÇÃO Nº 2929 DE 18 DE JANEIRO DE 2002

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RESOLUÇÃO Nº 2929 DE 18 DE JANEIRO DE 2002

O CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - CEPRAM, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o que consta no processo n° 2001-006680/TEC/NT-1874. Resolve: Art. 1º - Aprova a Norma Técnica - NT, que dispõe sobre o processo de AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL, para os empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio-ambiente, para os empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente, cuja redação com esta se publica; Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente a NT-003/99, aprovada pela Resolução CEPRAM n° 2195 de 26/11/99; Art. 3º - Os casos omissos nesta Norma serão resolvidos pelo CEPRAM. LUIZ CARREIRA - Presidente

NORMA TÉCNICA Nº 001/02 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL - AIA

1. OBJETIVO

Esta Norma estabelece critérios e procedimentos para subsidiar o processo de AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL - AIA, para os empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente, bem como as demais atividades passíveis de estudos ambientais, quando couber, que venham se instalar no Estado da Bahia.

2. APLICAÇÃO

Esta norma se aplica ao processo de licenciamento ambiental para os empreendimentos e atividades sujeitos a AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL - AIA. 3. SUPORTE LEGAL

Esta Norma tem como suporte legal o Art. 170 do Regulamento da Lei Estadual nº 7.799/01, aprovado pelo Decreto nº 7.967 de 05/06/01.

4. LEGISLAÇÃO FUNDAMENTAL

Deverão ser cumpridas as legislações a seguir, bem como as demais pertinentes ao assunto:

4.1. Constituição Federal - Capítulo VI - DO MEIO AMBIENTE – Inciso IV, parágrafo 1º, art. 225, dispõe sobre a exigência de Estudo de Impacto Ambiental;

4.2. Lei Federal 6.938, de 31/08 /81 - Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente; 4.3. Lei Federal nº 7.661, de 16/03/88 - Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e versa sobre o licenciamento para parcelamento e remembramento do solo, construção, instalação, funcionamento e ampliação de atividades, com alteração das características naturais da Zona Costeira;

4.4. Lei Federal nº 9.985, de 18/07/00 - Dispõe que nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório – EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral;

4.5. Decreto Federal nº 95.733, de 12/03/88 - Dispõe sobre a inclusão no orçamento dos projetos e obras federais, de recursos destinados a prevenir ou corrigir os prejuízos de natureza ambiental;

4.6. Decreto Federal nº 99.274, de 06/06/90 - Licenciamento ambiental de atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como dos empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental;

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4.7. Resolução CONAMA nº 001, de 23/01/86 - Dispõe sobre o estabelecimento de critérios básicos e diretrizes gerais para o RIMA;

4.8. Resolução CONAMA 006/87, de 16/09/87 - Estabelece regras gerais para o licenciamento ambiental de obras de grande porte de interesse relevante da união;

4.9. Resolução CONAMA nº 009, de 03/12/87 - Dispõe sobre a regulamentação de Audiências Públicas;

4.10. Resolução CONAMA 005/88, de 15/06/88 - Dispõe sobre licenciamento das obras de saneamento para as quais seja possível identificar modificações ambientais significativas;

4.11. Resolução CONAMA nº 237, de 19/12/97 - Estabelece revisões no sistema de Licenciamento Ambiental, regulamenta aspectos do Licenciamento Ambiental estabelecidos na Política Estadual de Meio-Ambiente, estabelece critérios para exercício de competência para o licenciamento a que se refere o art. 10 da Lei nº 6.938 e diretrizes gerais para integração dos órgãos do SISNAMA;

4.12. Constituição Estadual - Capítulo VIII do Título VI - DO MEIO AMBIENTE

4.13. Lei Estadual 7799 de 07/02/01 - Institui a Política Estadual de Administração dos Recursos Ambientais;

4.14. Decreto Estadual nº 7967 de 06/06/01 - Aprova o regulamento da Lei nº 7.799 de 07/02/01;

5.0 – DEFINIÇÕES

Os seguintes termos utilizados nesta Norma significam:

5.1 – Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais – SEARA: destinado a promover, dentro da política de desenvolvimento integral do Estado, a conservação, preservação, defesa e melhoria do ambiente;

5.2 – Conselho Estadual de Meio Ambiente – CEPRAM: Órgão de caráter consultivo, normativo, deliberativo e recursal do SEARA;

5.3 – Centro de Recursos Ambientais – CRA: Órgão coordenador, executor e secretaria executiva do CEPRAM;

5.4 – Órgãos Setoriais: São todos os órgãos centralizados e entidades descentralizadas da administração estadual, responsáveis pelo planejamento, aprovação, execução, coordenação ou implementação de políticas, planos, programas e projetos, total ou parcialmente associados ao uso dos recursos naturais ou à conservação, defesa e melhoria do ambiente;

5.5 – Empreendedor: Pessoa física ou jurídica, proprietário, diretor ou sócio, representante legalmente constituído, responsável pela atividade econômica;

5.6 – Licença Ambiental: Ato administrativo pelo qual o CRA ou o CEPRAM avalia o empreendimento e estabelecem as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, para localizar, instalar, alterar e operar empreendimento ou atividades efetivas ou potencialmente poluidoras;

5.7 – Autorização Ambiental: Ato administrativo pelo qual o CRA, estabelece as condições para a realização ou operação de empreendimentos, atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário ou para a execução de obras que não impliquem em instalações permanentes;

5.8 – Manifestação Prévia: Opinativo técnico emanado do CRA, com caráter de orientação, referente à consulta feita pelo interessado sobre os aspectos técnicos e formais relativos à implantação, operação, alteração ou regularização de um determinado empreendimento ou atividade;

5.9 – Anuência Prévia: Ato administrativo pelo qual o órgão administrador da Unidade de Conservação, estabelece as condições para a realização ou operação de empreendimentos e atividades localizados na mesma;

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5.10- Parecer Técnico: Documento elaborado pelo CRA ou pelo Órgão Setorial, para concluir sobre o potencial de impacto ambiental da atividade em análise, devendo ser considerado para tanto: análise de toda a documentação apresentada pela empresa; verificações durante as inspeções realizadas das atividades degradantes do meio ambiente; análise dos sistemas de controle ambiental propostos; conclusões do diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento;

5.11 - Impacto Ambiental : Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas e sócio-econômicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde , a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos naturais;

5.12 - Impacto Ambiental Nacional ou Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente a área de influência do projeto, no todo ou em parte, o território de dois ou mais estados, o mar territorial, a plataforma continental, a zona econômica exclusiva, as terras indígenas, as unidades de conservação de domínio da União, as regiões de fronteira internacional e as Bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica;

5.13 - Impacto Ambiental Local: é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente a área de influência do projeto, no todo ou em parte, em um ou mais municípios, em unidades de conservação de domínio estadual e os desenvolvidos em áreas de preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965;

5.14 – Impacto Significativo: Potenciais alterações, adversas ou benéficas, de relevância ambiental, identificadas durante o processo de análise;

5.15 – Avaliação de Impacto Ambiental – AIA: É o instrumento que possibilita, antecipadamente, diagnosticar, avaliar e prognosticar as conseqüências ambientais relacionadas à localização, instalação, construção, operação, ampliação, interrupção ou ao encerramento de uma atividade ou empreendimento proposto;

5.16 – Avaliação Ambiental Estratégica – AAE: É um processo sistemático para se avaliar as conseqüências ambientais de políticas, planos e programas – PPPs, de forma a assegurar que as mesmas sejam incluídas e apropriadamente consideradas no estágio inicial do processo de tomada de decisão, juntamente com os aspectos sócio-econômicos;

5.17 - Estudo de Impacto Ambiental - EIA: É o estudo técnico-científico realizado por equipe multidisciplinar habilitada, às expensas do empreendedor, com vistas a identificar previamente as modificações relevantes nas diversas características biofísicas e sócio-econômicas do meio ambiente, que podem resultar de uma atividade ou empreendimento proposto, estudando as diversas alternativas tecnológicas e locacionais, que possam servir de subsídio para a análise de licença ou autorização requerida.

5.18 - Relatório de Impacto Ambiental - RIMA: É o resumo conclusivo do Estudo de Impacto Ambiental - EIA, apresentado de forma objetiva, em linguagem acessível ao público, ilustrado, com mapas em escala adequada, quadros e demais técnicas de comunicação visual, de modo que as possíveis conseqüências ambientais do projeto possam ser perfeitamente compreensíveis pelas diversas partes interessadas, devendo ficar disponível às mesmas;

5.19 - Audiência Pública: Reunião pública com a finalidade de apresentar e discutir com a comunidade presente o projeto e os impactos associados, identificados através do estudo de impacto ambiental, dirimindo dúvidas e recolhendo as críticas e sugestões a respeito do referido projeto;

5.20 - Audiência Prévia: Reunião prévia com a comunidade na área de influência do empreendimento, tendo como finalidade apresentar o escopo básico do projeto,

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metodologia a ser adotada no desenvolvimento dos estudos, bem como colher subsídios para a elaboração do termo de referência do estudo de impacto ambiental e/ou estudos ambientais;

5.21 - Termo de Referência: É o instrumento orientador, elaborado pelo órgão ambiental com a participação do empreendedor, que tem como finalidade estabelecer as diretrizes para a elaboração e conteúdo de estudos ambientais (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA, Relatório de Controle Ambiental - RCA, Plano de Controle Ambiental - PCA, Plano de Controle de Área Degradada - PRAD, Análise Preliminar de Risco - APR, Auto-Avaliação para o Licenciamento Ambiental - ALA, Diagnóstico Ambiental, Plano de Manejo);

5.22. – Participação: Mecanismo pelo qual o CRA faculta ao(s) empreendedor(es) e a(s) comunidade(s) o envolvimento nas etapas do processo de Avaliação de Impacto Ambiental, através de realização de reuniões técnicas, inspeção de campo conjunta, elaboração de Termo de Referência, realização de Audiências Prévias e Públicas e discussão dos condicionantes da licença.

6.0 - DISPOSIÇÕES GERAIS

6.1 - DAS COMPETÊNCIAS DO LICENCIAMENTO

6.1.1 - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), órgão executor do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades, com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional;

6.1.2 - Compete ao Centro de Recursos Ambientais (CRA), órgão executor do Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais (SEARA), o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local desenvolvidos no território do Estado e daqueles que lhe forem delegadas pela União, por instrumento legal ou convênio.

6.1.3 - Compete ao órgão ambiental municipal, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local desenvolvidos no território do município e daqueles que lhe forem delegadas pelo Estado, por instrumento legal ou convênio.

6.2 - DO TERMO DE REFERÊNCIA PARA EIA/RIMA

6.2.1 - Caracterizada a possibilidade de impacto significativo decorrente da atividade licenciada, o CRA com a participação do empreendedor, definirá o Termo de Referência do Estudo de Impacto Ambiental - EIA, contemplando os aspectos físico, biótico e sócio-econômico e todas as etapas básicas do EIA, compreendendo diagnóstico, prognóstico, tecnologias propostas e suas alternativas locacionais, avaliação dos impactos, medidas mitigadoras e compensatórias e programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais;

6.2.2 - Identificada a necessidade por parte do CRA, considerando as manifestações da comunidade interessada, será realizada Audiência Prévia, na área do empreendimento, para subsidiar a elaboração do Termo de Referência;

6.2.3 - Para a elaboração do Termo de Referência, o CRA contemplará as sugestões cabíveis dos interessados, as considerações resultantes da Audiência Prévia, o conteúdo mínimo previsto no art. 5º da Resolução CONAMA 001/86, as diretrizes peculiares do projeto e as características ambientais da área do empreendimento, julgadas necessárias; 6.2.4 - O Termo de Referência será encaminhado ao CEPRAM para apreciação e deliberação final;

6.3 - DA AUDIÊNCIA PRÉVIA

6.3.1 - Identificada a necessidade da realização de Audiência Prévia, o CRA comunicará ao empreendedor que deverá tomar as providências operacionais cabíveis, quanto a:

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I – Definir o município e o local que sediará a referida Audiência Prévia, levando-se em consideração a área de influência do empreendimento, a facilidade de acesso da comunidade interessada, bem como a adequabilidade das instalações;

II – Visitar previamente o município escolhido e contatar os órgãos municipais competentes, a exemplo de: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Conselho Municipal de Meio Ambiente, Câmara de Vereadores, Ministério Público Estadual, dentre outros, com vistas a integração Projeto/Município;

III - Convocar os interessados através dos meios de comunicação disponíveis, para a realização da Audiência Prévia em local, data e horário acessíveis, conforme acordado com o CRA, propiciando o deslocamento das comunidades, quando necessário;

6.3.2 – O CRA convocará os interessados, através do Diário Oficial e em jornal de grande circulação, para a realização de Audiência Prévia, conforme modelo do Anexo I;

6.3.3 - A Audiência Prévia deverá ser presidida pelo Coordenador da equipe do CRA, responsável pela análise do projeto, com a participação do empreendedor e da equipe técnica habilitada para a realização do EIA/RIMA;

6.3.4 - A Audiência Prévia deverá ter uma duração média de 2 (duas) horas, obedecendo a seguinte pauta:

I Apresentação das competências do CRA no processo de Licenciamento Ambiental -15 minutos;

II - Apresentação do escopo básico do Projeto e metodologia a ser adotada no desenvolvimento dos estudos pelo empreendedor ou equipe técnica - 45 minutos;

III - Discussão e considerações pela comunidade - 1 (uma) hora, podendo ser prorrogada por mais 1 (uma) hora, a critério do CRA;

6.3.5 - Ficará a cargo do empreendedor, sob a supervisão do CRA, recolher as assinaturas dos presentes e elaborar a ATA sucinta, contendo as considerações da comunidade, visando subsidiar o Termo de Referência do EIA/RIMA;

6.3.6 - A ATA deverá ser entregue ao CRA logo após a realização da Audiência Prévia, devidamente assinada pela Comissão formada pelos diversos segmentos da sociedade, presentes na Audiência.

6.4 – DA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

6.4.1 – O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) serão realizados por equipe multidisciplinar habilitada, às expensas do empreendedor;

6.4.2 - O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) deverá conter o Curriculum vitae resumido e a assinatura de todos os profissionais envolvidos nos estudos acompanhadas dos respectivos registros nos Conselhos de Classe e o detalhamento de todas as atividades realizadas, por profissional. Os profissionais que subscreverem os estudos serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais;

6.4.3 – Correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e custos referentes à realização do Estudo de Impacto Ambiental, tais como: coleta de informações, trabalho e inspeções de campo, análises de laboratório, estudos técnico-científicos, monitoramento ambiental bem como o fornecimento de 6 (seis) cópias do EIA/RIMA, sendo 1 (uma) em meio magnético;

6.4.4 – Durante o processo de elaboração do EIA/RIMA poderão acontecer reuniões periódicas entre a equipe técnica do CRA e a equipe responsável pela elaboração do EIA/RIMA, para acompanhamento do processo;

6.4.5 - O RIMA deverá ser apresentado conforme o preceituado no art. 9º da Resolução CONAMA 001 de 23/01/86, contendo todas as informações técnicas descritas no EIA, de maneira objetiva e concisa, em linguagem acessível ao público, ilustradas por mapas com escalas adequadas, quadros e demais técnicas de comunicação visual de modo que se

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possa entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como as conseqüências ambientais de sua implantação;

6.4.6 - O Estudo de Impacto Ambiental será avaliado pela equipe técnica do CRA que encaminhará ao CEPRAM o seu parecer final quanto: ao atendimento do Termo de Referência, à aceitação do estudo e finalmente quanto à licença requerida;

6.5 – DO RECEBIMENTO E DIVULGAÇÃO DO EIA/RIMA

6.5.1 – Quando do recebimento do EIA/RIMA, o CRA adotará de imediato os seguintes procedimentos:

I – Fixação em edital, através do Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação, que o RIMA encontra-se à disposição da comunidade interessada em locais acessíveis, tais como: Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Bibliotecas, Secretaria Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente, Ministério Público entre outros, conforme modelo do anexo II;

II – Comunicação de abertura do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para a solicitação da Audiência Pública por parte de Entidade Civil, Ministério Público ou por 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos, conforme modelo do anexo II;

III – Manifestação sobre a conformidade do EIA/RIMA apresentado, de acordo com os requisitos técnicos e legais estabelecidos, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias;

6.6 DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

6.6.1 – O CRA, após o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias estabelecido no inciso II do item 6.5.1, convocará os interessados, através do Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação, para a realização da Audiência Pública, conforme modelo do anexo III; 6.6.2 - As Audiências Públicas serão realizadas sempre no município ou na área de influência em que o projeto, o plano ou o programa estiverem previstos para serem implantados, tendo prioridade para escolha o município onde os impactos ambientais forem mais significativos;

6.6.3 – Em função da localização geográfica do empreendimento e da complexidade do tema, poderá haver mais de uma audiência pública sobre o mesmo projeto;

6.6.4 – A Audiência Pública será presidida pelo Diretor do CRA ou representante legal, que após a exposição do projeto apresentada pelo empreendedor, abrirá as discussões com os interessados presentes;

6.6.5 – Ficará a cargo do empreendedor, sob a supervisão do CRA, a elaboração da ATA, que será anexada ao processo de licenciamento juntamente com toda a documentação gerada na respectiva Audiência;

6.6.6 - O local, com condições adequadas de infra-estrutura e de acesso público que resguardem a independência da reunião, o horário e demais providências para a realização das Audiências Públicas serão determinados pelo empreendedor com a anuência do CRA;

6.6.7 - O CEPRAM e/ou CRA podem, a qualquer momento e mediante deliberação específica, determinar a realização de Audiências Públicas para analisar projetos, planos e programas que possam vir a causar degradação ambiental;

6.7DO PARECER TÉCNICO

6.7.1 - O Parecer Técnico do CRA conterá no mínimo:

I – Dados do proponente, objetivos do empreendimento e sua relação com os programas , planos e projetos setoriais;

II – Caracterização detalhada do empreendimento, englobando propostas, tecnologia (s) a ser (em) adotada (s), as ações necessárias à sua implantação e operação, de forma a permitir a avaliação do seu potencial de impacto;

III- Análise do diagnóstico e caracterização ambiental da área de influência do empreendimento apresentada;

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IV –Análise da adequabilidade do prognóstico apresentado no EIA quanto aos impactos ambientais associados à proposta;

V - Análise da adequabilidade da tecnologia proposta, das medidas propostas quanto à prevenção da poluição, minimização, controle e compensação dos impactos ambientais negativos, seguindo a seguinte ordem de prioridade: prevenir, controlar e compensar os possíveis danos. Observação de aspectos de eco-eficiência e produção limpa propostos pelo projeto;

VI - Análise da adequabilidade dos programas propostos para o monitoramento e acompanhamento dos impactos e da qualidade ambiental futura;

VII - Parecer conclusivo quanto à proposta do empreendimento. 7.0 – DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS

7.1 – DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA)

7.1.1 – O Estudo de Impacto Ambiental, engloba o diagnóstico ambiental, o prognóstico, a identificação, a previsão, a interpretação e quantificação dos impactos ambientais, a proposição de medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias e de programas de monitoramento, e sem prejuízo de outras informações que vierem a ser exigidas, deverá conter no mínimo:

I – Dados do proponente, objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais e legislação ambiental vigente;

II – Caracterização detalhada da concepção do empreendimento, suas alternativas locacionais e tecnológicas, descrevendo as ações necessárias à sua implantação e operação, de forma a permitir a identificação e análise dos impactos ambientais decorrentes;

III – Diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento, suas alternativas locacionais e tecnológicas, descrevendo as ações necessárias à sua implantação e operação, de forma a permitir a identificação e análise dos impactos ambientais decorrentes;

IV – Prognóstico e avaliação dos impactos ambientais do empreendimento e de cada uma das suas alternativas, utilizando-se metodologia adequada, que permita mostrar, de maneira clara e objetiva, as vantagens e desvantagens do projeto através da identificação e análise dos efeitos do empreendimento nos meios físico, biológico e antrópico, caracterizando-os quanto `a sua natureza, importância, magnitude, duração, reversibilidade e abrangência, considerando ainda suas propriedades cumulativas e sinérgicas e a distribuição dos ônus e benefícios sociais;

V – Definição das medidas que objetivem prevenir, eliminar ou reduzir os impactos adversos, compensar aqueles que não poderão ser evitados e ainda maximizar os efeitos positivos do empreendimento;

VI - Definição de ações que possam garantir a sustentabilidade ambiental da proposta; VII – Definição do programa de acompanhamento dos impactos previstos;

7.2 – DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA)

7.2.1 – O Relatório do Impacto Ambiental – RIMA é o documento contendo a síntese do Estudo de Impacto Ambiental – EIA, e conterá no mínimo:

I – Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais;

II – A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação, a área de influência, as matérias-primas, mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnicas operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos e perdas de energia, a possibilidade de controle na fonte e prevenção da poluição e os empregos diretos e indiretos a serem gerados;

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III- A síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;

IV – O prognóstico com a breve descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, a tecnologia proposta quanto aos aspectos de prevenção da poluição e eco-eficiência, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;

V- A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas tecnológicas indicando se há possibilidade de ações de controle na fonte e tecnologias limpas, bem como com a hipótese de sua não realização da proposta;

VI – A descrição do efeito esperado das medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias previstas em relação aos impactos, mencionando aqueles que não puderem ser evitados, e o grau de alteração esperado;

VII – O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos, com parâmetros a serem utilizados, responsabilidades e compromisso com a divulgação das informações geradas pelos mesmos para as partes interessadas;

VIII – Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral);

7.3 – DA AUDÊNCIA PÚBLICA

7.3.1 – Caberá ao empreendedor a responsabilidade pela infra-estrutura operacional necessária para a realização da Audiência Pública, tais como: organização do local, sonorização, gravação em som e vídeo, elaboração da ATA, controle da lista de presença e recepção aos presentes. Fica proibida a utilização de quaisquer meios capazes de influenciar os presentes quanto ao acolhimento ou rejeição do Projeto;

7.3.2 - Serão formalmente convidados pelo empreendedor para participar das Audiências Públicas:

a) Os prefeitos e as Câmaras de Vereadores dos municípios da área de influência do empreendimento;

b) Os membros titulares e suplentes do CEPRAM;

c) As entidades ambientalistas que atuam área de influência do empreendimento; d) Os representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário, Federal e Estadual,

que atuam na área de jurisdição do empreendimento;

e) O(s) órgão(s), a(s) entidade(s) ou o(s) representante(s) do conjunto dos cidadãos que tiverem solicitado a Audiência Pública.

7.3.3 – A Audiência Pública será constituída por uma Mesa Diretora, presidida pelo Diretor do CRA ou seu representante legal, e pelo Plenário;

7.3.4 – A Mesa Diretora da Audiência Pública terá a seguinte composição:

I – Presidente: Diretor do Centro de Recursos Ambientais, ou seu representante; II – Coordenador: Procurador Jurídico do CRA, ou seu representante;

III- Autoridade representativas, escolhidas pelo Presidente da Mesa Diretora;

7.3.5 – Deverão ser reservados lugares de destaque no plenário para os representante dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, conselheiros do CEPRAM, equipe técnica responsável pela elaboração do EIA/RIMA, representante legal do empreendedor; equipe técnica do CRA e demais autoridades presentes;

7.3.6 – A Audiência Pública terá início com a formação da Mesa Diretora, no horário previsto no edital;

7.3.6.1 – A Audiência Pública transcorrerá no período de 4 (quatro) horas, podendo ser prorrogada, a critério do Presidente da Mesa Diretora, por mais 1 (uma) hora;

7.3.7 – No início da sessão, o Presidente da Mesa Diretora exporá as normas, segundo as quais se processará a Audiência Pública;

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7.3.8 – As inscrições serão feitas por ordem de solicitação, garantindo ao inscrito conhecer a ordem do seu pronunciamento, e serão encerradas 30 (trinta) minutos antes do final da Audiência;

7.3.9 A Audiência Pública deverá ter a seguinte organização:

1ª Parte – Abertura pelo Presidente da Mesa – 15 (quinze) minutos; 2 ªParte – Exposição:

I – empreendedor - 15 (quinze) minutos, prorrogável por igual período;

II – equipe responsável pela elaboração do EIA/RIMA - 30 (trinta) minutos, prorrogável por igual período;

3ª parte – Manifestação das entidades da sociedade civil e demais presentes - 5 (cinco) minutos para cada exposição;

4ª parte – Réplicas - 10 (dez) minutos para cada exposição do empreendedor ou equipe técnica responsável pela elaboração do EIA/RIMA;

5ª parte - Encerramento, realizado pelo Presidente da Mesa Diretora.

7.3.10 - A critério do Presidente da Mesa Diretora, os representantes dos órgãos do Poder Público poderão ser convidados a prestar esclarecimentos sobre o assunto objeto da Audiência Pública;

7.3.11 - As exposições de que tratam a 2ª parte do item 7.3.9 devem ser esclarecedoras, organizadas didaticamente e usar linguagem compreensível para qualquer participante, evitando-se ou traduzindo-se os termos técnicos;

7.4 – DA ATA E DOCUMENTOS DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

7.4.1 – Da ATA: Durante a Audiência Pública, será constituída uma comissão voluntária, visando assinatura e legitimação da ATA, logo ao término da referida Audiência;

7.4.2 – Todo os materiais de áudio e vídeo produzidos na Audiência Pública, deverão ser encaminhados ao CRA, pelo empreendedor, no prazo máximo de 10 (dez) dias após a realização da mesma;

7.4.3 - Os interessados poderão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da data de realização da Audiência Pública, apresentar documentos relativos ao assunto objeto da Audiência, a serem entregues diretamente no protocolo do CRA ou através de carta registrada;

7.4.4 – Todos os documentos produzidos durante a Audiência Pública e apresentados até o quinto útil de realização da mesma, quando couber, serão anexados ao processo de licenciamento do empreendimento.

8.0 DA CONCLUSÃO

8.1 – O CRA emitirá o Parecer Técnico conclusivo e encaminhará o processo ao CEPRAM, acompanhado do EIA/RIMA e demais documentação pertinente;

8.2 O CEPRAM julgará o processo, fazendo publicar a respectiva decisão no Diário Oficial do Estado

9.0 DO ACOMPANHAMENTO

No caso de aprovação do projeto, o acompanhamento dos impactos previstos no EIA/RIMA se dará através dos diversos agentes de acordo com as responsabilidades que forem estabelecidas no parecer técnico final do CRA e nos condicionamentos da licença. As informações referentes aos impactos reais ocorridos serão colocadas à disposição para análise pelas partes interessadas de forma a contribuir para a melhoria contínua do próprio processo de AIA e a redução da incerteza científica quanto aos impactos previstos.

ANEXO I

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CONVOCAÇÃO – AUDIÊNCIA PRÉVIA

O Centro de Recursos Ambientais – CRA, atendendo o disposto na Resolução CEPRAM nº e no Regulamento da Lei Estadual nº 7.799/01, aprovado pelo Decreto Estadual n° 7.967/01, comunica que será realizada AUDIÊNCIA PRÉVIA, visando instruir a elaboração do Termo de Referência referente ao Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA do (nome e local do empreendimento), no dia ..../..../...., às ....horas, no (local), localizado à (endereço, município), para a qual convoca a comunidade interessada.

Salvador, ....de...de... Centro de Recursos Ambientais – CRA

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ANEXO II

MODELO DE EDITAL PARA DIVULGAÇÃO DO RIMA E COMUNICAÇÃO DO PRAZO PARA SOLICITAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

COMUNICADO

O Centro de Recursos Ambientais – CRA, atendendo o disposto na Resolução CEPRAM nº e nas resoluções CONAMA nºs 001/86 e 009/87, comunica que o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, do (nome e local do empreendimento) encontra-se à disposição da comunidade interessada a partir de ..../..../...., nos seguintes locais:

1. Prefeitura(s) Municipal(ais); 2. Câmara(s) de Vereadores; 3. Biblioteca(s) Municipal(is);

4. Secretaria Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente; 5. Ministério Público, entre outros.

Outrossim, comunica a abertura de prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, para solicitação de Audiência Pública por parte de Entidade Civil, Ministério Público ou por 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos, junto ao CRA.

Salvador, ...de...de... Centro de Recursos Ambientais – CRA

Secretaria do Planejamento , Ciência e Tecnologia – SEPLANTEC ANEXO III

MODELO DE EDITAL PARA CONVOCAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

CONVOCAÇÃO – AUDIÊNCIA PÚBLICA

O Centro de Recursos Ambientais – CRA, atendendo o disposto na Resolução CEPRAM nº e nas Resoluções CONAMA nºs 001/86 e 009/87, comunica que será realizada AUDIÊNCIA PÚBLICA, referente ao Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA do (nome e local do empreendimento), no dia ..../..../...., às ....horas, no (local), localizado à (endereço, município), para a qual convoca a comunidade interessada.

Salvador, ....de...de... Centro de Recursos Ambientais – CRA

Referências

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