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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Bacharelado em Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Bacharelado

em Educação Física

Trabalho de Conclusão de Curso

Comparação e correlação de diferentes tipos de treinos da modalidade

CrossFit® utilizando o método da PSE da sessão como parâmetro de

avaliação de carga interna.

Autores: Larissa Ribeiro Machado;

Rafael dos Santos Oliveira.

Brasília - DF

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Larissa Ribeiro Machado Rafael dos Santos Oliveira

Comparação e correlação de diferentes tipos de treinos da

modalidade CrossFit® utilizando o método da PSE da sessão

como parâmetro de avaliação de carga interna.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a graduação em EDUCAÇÃO FÍSICA da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel.

Orientador: Prof. Dr. Jonato Prestes.

Assinatura do orientando

Assinatura do orientando

Assinatura do orientador

Brasília DF 2018

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RESUMO

O presente estudo teve como objetivo comparar e relacionar os dados de dois diferentes tipos de treinamento da modalidade CrossFit®, utilizando o método da PSE da sessão e correlacionando as respostas com outros marcadores fisiológicos como frequência cardíaca e concentração de lactato. A amostra foi composta por 13 atletas amadores da modalidade em questão e os dados foram coletados no BOX PIER CrossFit®, localizado na Academia Companhia Athletica Brasília. Na metodologia utilizou-se o método de Edwards através do TRIMP para quantificação da carga interna pela frequência cardíaca através do tempo em que o praticante permanece nas zonas de treino. E o método da PSE da sessão proposto por Carl Foster, onde o praticante é questionado 30 minutos após a sessão de treino “como foi sua sessão de treinamento?”. Os dados são apresentados em média e desvio padrão, foram utilizados os testes Shapiro-Wilk, testes não paramétricos, teste-t pareado, teste Wilcoxon, teste de medidas repetidas não paramétricas, correlação de Spearmen e convenção de Cohen. Os resultados obtidos mostram que a carga de treinamento, calculada pelo índice TRIMP, foi significativamente superior (p ≤ 0,05) durante a sessão de FGB (77,7 ± 4,9) do que a Fran (19,8 ± 8,4) Quando as sessões de exercício foram comparadas, a PSE imediatamente após a sessão FGB (9,6 ± 0,5) foi significativamente superior à sessão Fran (8,7 ± 0,8). Não foram observadas outras diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) entre as sessões de exercício para a PSE. A PSEs durante todos os momentos de avaliação após a FGB foi significativamente superior (p ≤ 0,05) do que a sessão Fran.

PALAVRAS CHAVE: (CROSSFIT; PSE; CARGA INTERNA). 1. INTRODUÇÃO

O CrossFit® é um modelo de condicionamento extremo e apresenta boa aderência pelos seus praticantes. Este tipo de treinamento foi criado por Greg Glessman, ex-atleta de ginástica competitiva e ficou conhecido pela exigência das capacidades físicas com rápidos resultados em seus praticantes (SABINO et al. 2016). É caracterizado pela realização de exercícios do levantamento olímpico (LPO), da ginástica e de exercícios funcionais (TIBANA; ALMEIDA; PRESTES,

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Esse tipo de treinamento tem como objetivo principal desenvolver ao máximo as três vias metabólicas, o sistema ATP-CP (adenosina trifosfato/fosfogênio), glicolítico láctico e o sistema aeróbio (VO2), como também 10 habilidades motoras: velocidade, flexibilidade, agilidade, precisão, equilíbrio, resistência cardiorrespiratória, resistência muscular, força, potência e coordenação (GLESSMAN, 2015). Isso ocorre quase que simultaneamente no CrossFit® em consequência da variedade de estímulos aplicados (SABINO et al. 2016).

Os treinos de condicionamento extremo promovem adaptações desejadas e aumento do desempenho em decorrência do estresse imposto ao corpo, denominada carga interna de treinamento, a magnitude da carga interna é determinada pelo treinamento prescrito (carga externa treinamento). O sucesso do processo de treinamento depende do monitoramento preciso da carga interna e está relacionada à qualidade, à quantidade e a periodização do treinamento (IMPELLIZERI et al. 2005), afim também de evitar o Overreaching e Overtraining. Alguns parâmetros podem ser utilizados para avaliar a sobrecarga interna, como o perfil hormonal, concentração de metabólitos, frequência cardíaca (FC) e percepção subjetiva do esforço (PSE) (NAKAMURA; MOREIRA; AOKI, 2010).

A resposta instintiva da maioria dos atletas e treinadores aos resultados de treinamentos e competições é aumentar o esforço das sessões de treino, trazendo uma diminuição temporária do desempenho, esses aumentos de carga associado com insuficientes intervalos de recuperação são inadequados e levam ao

overreaching (NAKAMURA; MOREIRA; AOKI, 2010), caracterizado pelo aumento do

volume ou intensidade do treinamento, que ocasiona diminuição crônica do desempenho, e após um período adequado de recuperação, ocorre melhora no desempenho novamente (TIBANA; SOUSA; PRESTES, 2017).

O excesso de treinamento conhecido como, Overtraining, é uma condição complexa caracterizada por uma variedade de sintomas e anormalidades fisiopatológicas que levam a incompetência de desempenho nos ciclos de regeneração normal do indivíduo. Esse processo está relacionado com o treinamento de alta intensidade e alto volume, particularmente quando associado com outros estressores da vida pessoal (viagens, rotina familiar, sono inadequado, etc) (FOSTER, 1998).

Tendo em vista a influência da carga interna de treinamento sobre o surgimento das adaptações desejadas, torna-se inquestionável a importância do

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acompanhamento das respostas bioquímicas, fisiológicas e perceptuais (carga interna) durante o treinamento. A PSE é explicada por Borg (1982), como a integração de sinais periféricos (músculo e articulações) e centrais (ventilação) que, interpretados pelo córtex sensorial, produzem a percepção geral ou local do empenho para a realização da tarefa. Segundo este modelo, a PSE seria gerada a partir da interpretação de estímulos sensoriais, por meio do mecanismo de retroalimentação (feedback) (NAKAMURA; MOREIRA; AOKI, 2010).

Esse método tem sido considerado como uma das principais técnicas para quantificar a carga interna de treinamento, destacando-se principalmente pelo baixo custo financeiro e pela sua praticidade. Considerando o método de treinamento extremo CrossFit®, a aplicação de cargas nas suas diversas formas cria um desafio para a quantificação de carga interna de treinamento e adaptações positivas. Assim sendo, este estudo teve como objetivo demonstrar a utilização e aplicabilidade prática do parâmetro de avaliação de sobrecarga interna, a PSE da sessão, nos treinos de CrossFit®, uma modalidade que possui poucas informações técnico-científicas para uma correta prescrição e programação de rotinas de treinamento, afim de evitar overreaching e overtraining em seus praticantes durante os treinos ou competições (TIBANA; SOUSA; PRESTES, 2017).

2. OBJETIVO

Comparar e correlacionar diferentes tipos de treinos da modalidade CrossFit®, utilizando o método da PSE da sessão como parâmetro de avaliação de sobrecarga interna.

4. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 População e Amostra

Participaram do presente estudo 13 homens (27,2 ± 3,3 anos) praticantes amadores da modalidade CrossFit®.

Como critério de inclusão todos os praticantes assinaram um termo de consentimento e foram considerados saudáveis e isentos de qualquer tipo de lesões osteomioarticulares ou algum tipo de doença que comprometa a saúde durante o estudo.

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3.2 Variáveis do Estudo - Idade (anos); - Estatura (cm); - Massa Corporal (kg); - Gordura Corporal (%); - IMC (kg/m2);

- Percepção Subjetiva do Esforço (PSE); - Frequência Cardíaca (bpm);

- Concentração de Lactato (mml.L-1); - VO2max, mL.(kg.min)-1;

3.3 Local do Estudo

As variáveis do estudo foram coletadas no BOX Oficial de CrossFit® - PIER CROSSFIT, localizado dentro da academia Companhia Athletica Brasília. As variáveis antropométricos e VO2max foram coletadas no laboratório de avaliação física e treinamento da Universidade Católica de Brasília – LAFIT/UCB e na pista de corrida (400 metros) da UCB.

3.4 Instrumentos e Procedimentos de coleta de dados 3.4.1 Método de Edwards:

A frequência cardíaca foi monitorada durante cada sessão de treinamento, usando monitor cardíaco portátil (Polar Team System©, Polar, Finlândia). Após cada sessão de treinamento, será determinada a distribuição do tempo nas zonas de FC, com auxílio do software da Polar Team System© (Polar, Finlândia). O software calcula o tempo despendido em cada uma das 5 zonas de FC pré-definidas (Zona 1 = >50-60%; Zona 2 = >60-70%; Zona 3 = >70-80%; Zona 4 = >80-90% e Zona 5 = >90- 100%). O cálculo referente à magnitude da carga interna de treinamento em U.A. (unidades arbitrarias) será realizado a partir do produto entre o escore correspondente (Zona 1 = 1; Zona 2 = 2; Zona 3 = 3; Zona 4 = 4; Zona 5 = 5) pelo tempo despendido em cada zona de FC (Ex.: 40min na Zona 2 = 80 U.A.). Posteriormente, a quantificação da carga interna será realizada pelo somatório dos produtos de cada zona (Ex.: 40min na Zona 2 = 80U.A. + 30min na Zona 3 = 90 U.A. – totalizando 170 U.A.)

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(EDWARDS et al. 1993), com auxilio do programa Excel (Microsoft Corporation©, Estados Unidos da América).

3.4.2 Método da PSE da sessão:

Foi utilizada a escala CR-10 (BORG et al. 1987), para quantificar a carga interna de treinamento através do método da PSE da sessão proposto por Foster et al. (1998; 2001). Os praticantes foram questionados 30 minutos após o término de cada sessão de treino: “Como foi a sua sessão de treinamento?“ Os voluntários foram instruídos a escolher o descritor e depois o número de 0 a 10. O valor máximo (10) foi comparado ao maior esforço físico experimentado pelo voluntário e o valor mínimo será estabelecido como condição de repouso absoluta (0). No referido método, o escore da PSE equivale à intensidade da atividade e a duração da atividade representa o volume. A magnitude da carga interna de treinamento em U.A. (unidades arbitrarias) é calculada por meio do produto entre a intensidade (PSE) e o volume (tempo) (Ex. PSE = 6, duração 60 min = 360 U.A.) (FOSTER, 1998; 2001).

3.4.3 Procedimento:

A frequência cardíaca, PSE e lactato foram coletadas em 13 praticantes do CrossFit® durante doze semanas, cada um deles foi submetido ao impulso de treinamento (TRIMP) em dois momentos.

Os TRIMP’s utilizados para gerar a carga interna foram, no primeiro momento o WOD (Fran) do CrossFit®, caracterizado por 3 séries de 21, 15 e 9 repetições ininterruptas dos exercícios: Thruster (agachamento com desenvolvimento - 95 Libras) e Pull up (puxada na barra fixa) no menor tempo possível. No segundo momento foi utilizado o WOD “Fight

Gone Bad”, Três séries de: (1) Wall-ball - bola de 20 libras e alvo de 3

metros, (2) Sumo deadlift high-pull - 75 libras, (3) Box Jump - caixa de 20", (4) Push-press - 75 libras, (5) Remo – Calorias. Neste treino, o voluntário faz um minuto do exercício em cada uma das cinco estações e a troca de estações são imediatas. O relógio não reinicia ou para entre os exercícios.

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3.4.4 Dados Antropométricos:

Os dados antropométricos foram coletados a partir do aparelho GE Lunar DPX-IQ Densitometer Machine e balança Filizola 200kg, do LAFIT – UCB.

3.4.5 Teste de Aptidão Cardiovascular:

A aptidão cardiovascular foi avaliada através do teste e corrida de média-distância que consistia em uma prova em pista de corrida de 1600m.

A velocidade média (m.min-1) do desempenho na corrida foi calculada (V1600m) e, posteriormente aplicada a uma equação previamente validada: VO2 máximo = (0,177*V1600m) + 8101 (ALMEIDA et al. 2010).

3.4.6 Teste de Concentração de Lactato:

Os testes de concentração de lactato foram feitos a partir do aparelho monitor de lactato da marca Accutrend®Plus Roche e fita compatível.

3.5 Procedimentos de Análise (estatística)

Os dados são apresentados em média ± DP. O teste Shapiro-Wilk foi aplicado para confirmar a normalidade das variáveis analisadas. A PSE e a PSEs não apresentaram distribuição normal e, nesse caso, testes não-paramétricos foram utilizados. O teste-t pareado foi usado para comparar o índice TRIMP, FC e concentração de lactato entre as sessões. O teste Wilcoxon foi usado para comparar a PSE e a PSEs entre as sessões. O teste de medidas repetidas não-paramétricas foi usado para comparar a PSE e a PSEs entre os diferentes momentos de análise após a sessão. A correlação entre o índice TRIMP e a PSEs nos diferentes momentos foi avaliada por meio do coeficiente de correlação de Spearmen. A convenção de Cohen (1998) foi usada para determinar a força de associação entre as variáveis. O nível de significância adotado foi p ≤ 0,05 e o software SPSS versão 20.0 (Somers, NY, USA) foi usado.

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3.6 Resultados

A tabela 1 apresenta os valores antropométricos e de performance dos participantes da pesquisa. Imediatamente após as 2 sessões de exercício, a FC e a concentração de lactato sanguíneo não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05), apesar dos tempos das sessões de exercício serem bem diferentes (aproximadamente 4 min para a Fran e 17 minutos para a FGB; tabela 2).

A carga de treinamento, calculada pelo índice TRIMP, foi significativamente superior (p ≤ 0,05) durante a sessão de FGB (77,7 ± 4,9) do que a Fran (19,8 ± 8,4; figura 1). Foi observada uma correlação estatisticamente significativa e forte (p ≤ 0,05) entre o índice TRIMP e a carga de treinamento calculada pelo PSEs em todos os momentos (0, 10, 20 e 30 min após o exercício; tabela 3). Entretanto, foi observada uma diferença estatisticamente significativa (p ≤ 0,05) na PSE (figura 2) e na carga de treinamento (figura 3), calculada pela PSEs, relacionada com os momentos após as sessões de exercício. A PSE e a PSEs mensuradas no tempo clássico de 30 min após o exercício foi significativamente inferior (p ≤ 0,05) do que a PSE e a PSEs mensuradas nos tempos 0, 10 e 20 min após as 2 sessões de exercício. Quando as sessões de exercício foram comparadas, a PSE imediatamente após a sessão FGB (9,6 ± 0,5) foi significativamente superior à sessão Fran (8,7 ± 0,8). Não foram observadas outras diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) entre as sessões de exercício para a PSE. A PSEs durante todos os momentos de avaliação após a FGB foi significativamente superior (p ≤ 0,05) do que a sessão Fran.

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Tabela 1. Medidas antropométricas e de performance dos participantes (média ± DP).

Tabela 2. Resultados de performance, frequência cardíaca e concentração sanguínea de Lactato após as sessões Fran e fight gone bad FGB (média ± DP).

Tabela 3. Coeficiente de correlação e entre o índice TRIMP e a percepção subjetiva de esforço da sessão (PSEs) nos diferentes momentos após as sessões.

Variáveis Antropométricas N=13

Idade (anos) Estatura (cm) Massa Corporal (kg) IMC (kg/ m2) Gordura Corporal (%) 27,2 ± 33 177,1 ± 4,0 81,1 ± 9,0 25,9 ± 3,0 11,3 ± 4,7

Variáveis de Performance VO2max, mL.(kg.min)-1

51,8 ± 3,3

Tempo (m) Repetições Frequência Cardíaca (bpm) Contração de Lactato (mml.L) FRAN 4,06 ± 1,99 - 182,0 ± 5,2 17,8 ± 4,9 FGB - 291,5 ± 34,8 184,4 ± 4,1 17,2 ± 3,5 TRIMP EDWARDS PSEs 0 min após

a sessão

PSEs 10 min após a sessão PSEs 20 min após a sessão PSEs 30 min após a sessão r 0,865 0,836 0,858 0,834 Valor-p < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 Power (1-ß) 1,00 0,99 1,00 0,99

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Figura 1. Carga de treinamento calculada pelo índice TRIMP durante as sessões Fran e fight gone

bad (FGB). *p < 0.05 para Fran.

Figura 2. Percepção subjetiva de esforço (PSE) em diferentes momentos após as sessões Fran e

fight gone bad (FGB). *p < 0,05 entre as sessões; †p < 0,05 for 0, 10 e 20 min após as 2 sessões.

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4. Discussão

Na presente investigação em concordância com outros estudos (BANISTER, 1991; EDWARDS, 1993; LUCIA et al., 2003; SEILER; KJERLAND, 2006), foi evidenciado a correlação entre o método da PSE da Sessão como instrumento de quantificação da carga interna e outros indicadores internos de intensidade como por exemplo FC e concentração de lactato, diversos métodos de quantificação do treinamento baseados nestas respostas tem sido utilizados para o uso do método da PSE da sessão com segurança (NAKAMURA; MOREIRA; AOKI, 2010).

Uma vantagem na utilização da PSE da Sessão consiste em não depender de pessoal especializado ou de aparatos tecnológicos (TIBANA; SOUSA; PRESTES, 2017) como os monitores de frequência cardíaca, umas vez que estes podem apresentar incômodos ao praticante durantes a execução dos exercícios, interferindo no rendimento e resultados durante as sessões de treino da modalidade pesquisada por este grupo. Entretanto, é recomendada a utilização de mais de um marcador para controle de carga interna ou externa, o questionário DALDA (Daily Analyses of

Life Demands for Athletes) tem o objetivo de avaliar as fontes e os sintomas de

estresse dos atletas ao longo de dias ou semanas de treinamento, é recomendado o uso do questionário juntamente com a PSE da sessão, para um melhor planejamento e periodização dos treinamentos para os programas de condicionamento extremo (TIBANA; SOUSA; PRESTES, 2017).

Outro fato relevante em relação a utilização da PSE da sessão está ligado ao custo quase zero para fazer o monitoramento das cargas, torna-se muito importante este monitoramento quando pensamos que nos programas de condicionamento extremo deve se manter a performance alta durante longos períodos de tempo. Entretanto, em virtudes das características desse tipo de treinamento, a fadiga aguda pode ser persistente, podendo atingir o overreachching ou evoluir para o overtraining causando diminuição da performance, distúrbios psicológicos e hormonais e os atletas precisarão de semana a meses para recuperação parcial ou total (TIBANA; SOUSA; PRESTES, 2017).

De acordo com Nakamura et at. (2010) a PSE da sessão foi investigada em poucas modalidades acíclicas, Vitasovic (2014) pesquisando 12 tenistas em 384 sessões de treinamento e 23 partidas simuladas e 13 oficiais, reportou a correlação muito alta entre o método da PSE da sessão e o método de Edwards (r=0,71; p<0,01). As correlações individuais das sessões de treinamento variaram de

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moderada (r = 0,58; p<0,01) a muito alta (0,89; p<0,01), apresentando correlação média muito alta (r = 0,74; p<0,01) e reforçando a validade do referido método para a quantificação da carga interna de treino para o tênis.

A aplicação deste método com praticantes de CrossFit® permite o planejamento das cargas futuras de treinamento (NAKAMURA; MOREIRA; AOKI, 2010), através do monitoramento das cargas trabalhadas durante as sessões de treino, evitando recuperação insuficiente e aumento do nível de fadiga com o aumento da escore da PSE, por outro lado, a redução no escore da PSE desta mesma sessão de treino pode indicar uma adaptação ao treinamento (VITASOVIC, 2014).

5. Considerações Finais

Os resultados obtidos com este estudo reforçam achados prévios sobre a utilização da PSE da sessão como método para quantificar a carga interna de treinamento em atividades intermitentes, como os programas de condicionamento extremos, neste caso o CrossFit®.

A PSE da sessão não requer equipamentos sofisticados e apresenta baixo custo e mostra-se confiável para o monitoramento das cargas de treinamento.

Coach’s da modalidade CrossFit® e treinadores de programas de condicionamento

extremos podem utilizá-lo para a quantificação da carga interna, auxiliando o planejamento dos treinos nos Box’s de CrossFit®.

Os dois Wod’s utilizados nesta comparação apesar de terem características distintas em relação ao tempo de treino, sequência de exercícios e velocidade de execução, elevaram bastante a carga interna dos avaliados, porém vimos que mesmo quando a carga interna mostrava-se baixa depois dos 30 minutos de treino a PSEs relatada era significativamente maior em relação a PSE.

O Wod Fran tem caracteristica ALL OUT, aonde o atleta deve imprimir toda sua força e potência desde o ínicio do treino, já o FGB por ter maior duração e mais exercícios deve ser cadênciado desde o ínicio, meio e fim para o atleta não perder rendimento entre as sequências de exercícios programada, esta estratégia é conhecida como ”PACE”.

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6. Referências

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extremo: planejamento e princípios. São Paulo: Manole, 2017. 176p.

(16)

folhas. (Tese de Doutorado) USP – Escola de Educação Física e Esporte, São Paulo, 2014.

(17)

7. APÊNDICE

Comitê de Ética em Pesquisa 7.1 Carta de encaminhamento

Brasília, .... de ... de ...

Eu, ..., Professor do Curso/aluna(o) do programa de pós graduação..., encaminho o projeto de pesquisa intitulado: “...”, para ser

analisado por este Comitê de Ética em pesquisa.

O presente trabalho será realizado por ..., sob minha orientação (graduação ou licenciatura).

A Equipe da Pesquisa é composta pelos seguintes pesquisadores ...

Atenciosamente,

___________________________________ ...

(18)

7.2 Termo de compromisso da instituição coparticipante

Brasília ... de ... de ...

O (Nome do responsável) do (Nome da Instituição) está de acordo com

a realização, da pesquisa (título da pesquisa), de responsabilidade do(a)

pesquisador(a) (nome do(a) pesquisador(a) responsável), para (finalidade), após

aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Brasília –

CEP/UCB.

O estudo envolve (descrever rapidamente - entrevista, avaliação,

aplicação de testes específicos, tratamento, etc) em (descrever a casuística). Tem

duração de (semana/mês/ano), com previsão de início para (mês/ano).

______________________________________________ (Nome do responsável)

Assinatura/carimbo

____________________________________________________________ Nome do pesquisador responsável pelo protocolo de pesquisa:

(19)

7.3 Termo de consentimento livre e esclarecido

O (a) Senhor(a) está sendo convidado(a) a participar do projeto: ______________________________________________________________________________ sob responsabilidade do Prof. __________________________________________________ e

alunos__________________________________________________________________. O objetivo desta pesquisa é: __________________________________________, esta

pesquisa justifica-se, pois ________________________________________________.

O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a). Senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão (no caso da aplicação de um questionário) que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para o(a) senhor(a).

A sua participação será da seguinte forma (descrever a metodologia de forma

resumida, porém com os detalhes necessários para o perfeito entendimento por parte do

voluntário)____________________________________________________________. O tempo estimado para sua realização: _______________. Os resultados da pesquisa serão divulgados na Instituição ______________________ podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda do pesquisador. Este projeto possui os seguintes benefícios ___________________________ e apresenta os seguintes riscos_________________________________________que serão minimizados da seguinte forma______________________________________________.

Se o(a) Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para: Prof.___________________, na instituição_______________________ telefone:________________________, no horário: _________________________. Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCB, número do protocolo ________. As dúvidas com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos também pelo telefone: (61) 3356-9784. Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o voluntário da pesquisa. ______________________________________________ Nome / assinatura ____________________________________________ Pesquisador Responsável Nome e assinatura Brasília, ___ de __________de _________

TCLE com mais de uma folha: Na eventualidade do TCLE apresentar mais de uma folha, deverá

constar por escrito que estas deverão ser rubricadas pelo sujeito da pesquisa ou responsável e pelo pesquisador responsável.

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8. ANEXO (caso seja necessário)

Referências

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