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Cadernos de. Informação. Científica. Ano 6 nº Triagem Neonatal

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Triagem

Neonatal

Ano 6 • nº 9 • 2011

Cadernos de

Científica

Informação

(2)

Embora muitos recém-nascidos pareçam perfeitamente saudáveis, existem algumas doenças que não são percebidas ao nascimento e, a menos que essas doenças sejam precocemente tratadas, poderão causar danos irreversíveis ao bebê. Para assegurar melhor qualidade de vida as crianças, realizam-se os testes de Triagem Neonatal, popularmente conhecidos como Teste do Pezinho, através do qual torna-se possível detectar doenças

congênitas na fase pré-sintomática.

Os testes de triagem neonatal possibilitam fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas a tempo de se interferir no curso da doença, permitindo instituir o tratamento precoce específico e diminuir/eliminar

sequelas associadas à cada doença.

triagem neonatal

C a d e r n o s d e I n f o r m a ç ã o C i e n t í f i c a

O Teste do Pezinho é um exame realizado em todo

recém-nascido, por meio da punção do calcanhar, aplicando o sangue diretamente em papel filtro especial. Opta-se pela realização da punção do calcanhar por ser uma região corpórea rica em vasos sanguíneos, facilitando o processo de coleta, o qual geralmente ocorre por punção única e rápida.

Contudo, a coleta pode ser também realizada por punção venosa, desde que não seja feito uso de anti-coagulante e que o material seja imediatamente transferido para o papel filtro.

A coleta do Teste do Pezinho deve ser realizada após

48 horas de vida e antes do quinto dia, independente do peso do recém-nascido. Essa questão não impossibilita, entretanto, a realização do teste em crianças com mais dias de vida, todavia, é mais adequada logo nos primeiros dias do nascimento. Após o nascimento, o bebê não apresenta-se mais sob proteção materna, tornando-se mais suscetível ao desenvolvimento das doenças e, por sua vez, ao aparecimento dos sinais e sintomas. Esses inicialmente podem ser sutis, pois dependem diretamente do grau de deficiência metabólica, apresentando-se mais aparentes e difíceis de tratar com o decorrer do tempo.

o que é o teste do pezinho?

Local de coleta e impregnação do papel filtro por sangue colhido por diferentes punções.

Introduzido no Brasil na década de 1970, inicialmente o Teste do Pezinho permitia a investigação de apenas

duas doenças, a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. Porém, com o avanço da medicina laboratorial, pela introdução de modernas tecnologias, novos testes foram incluídos possibilitando a detecção de um número maior de doenças.

Caminhando junto ao desenvolvimento da medicina laboratorial, atualmente o Quaglia Laboratório realiza

variados testes de Triagem Neonatal, denominados Básico, Ampliado, Plus, Master, Expandido e Completo, os quais diferenciam-se em grupos de exames, podendo o clínico solicitar a análise de mais de 50 tipos de doenças.

(3)

Completo Expandido Master Aminoacidopatias, incluindo Distúrbios do Ciclo da Uréia Fenilcetonúria Hipotireoidismo congênito (primário e secundário) Hemoglobinopatias Plus Ampliado Básico Aminoacidopatias, incluindo Distúrbios do Ciclo da Uréia Fenilcetonúria Hipotireoidismo congênito (primário e secundário) Hemoglobinopatias Deficiência de Globulina Ligadora da Tiroxina (TBG) Fibrose Cística Hiperplasia congênita da supra-renal Aminoacidopatias, incluindo Distúrbios do Ciclo da Uréia Fenilcetonúria Hipotireoidismo congênito (primário e secundário) Hemoglobinopatias Deficiência de Globulina Ligadora da Tiroxina (TBG) Fibrose Cística Hiperplasia congênita da supra-renal Galactosemia Deficiência de Biotinidase Toxoplasmose congênita Aminoacidopatias, incluindo Distúrbios do Ciclo da Uréia Fenilcetonúria Hipotireoidismo congênito (primário e secundário) Hemoglobinopatias Deficiência de Globulina Ligadora da Tiroxina (TBG) Fibrose Cística Hiperplasia congênita da supra-renal Galactosemia Deficiência de Biotinidase Toxoplasmose congênita Deficiência de G-6-PD Infecções congênitas (Toxoplasmose, Sífilis, Citomegalovirose, Doença de Chagas, Rubéola) Aminoacidopatias, incluindo Distúrbios do Ciclo da Uréia Fenilcetonúria e Tirosinemias Hipotireoidismo congênito (primário e secundário) Hemoglobinopatias Deficiência de Globulina Ligadora da Tiroxina (TBG) Fibrose Cística Hiperplasia congênita da supra-renal Galactosemia Deficiência de Biotinidase Toxoplasmose congênita Deficiência de G-6-PD Infecções congênitas (Toxoplasmose, Sífilis, Citomegalovirose, Doença de Chagas, Rubéola) Distúrbios de

Betaoxidação dos Ácidos Graxos (inclui MCAD) Distúrbios dos Ácidos Orgânicos Aminoacidopatias, incluindo Distúrbios do Ciclo da Uréia Fenilcetonúria e Tirosinemias Hipotireoidismo congênito (primário e secundário) Hemoglobinopatias Deficiência de Globulina Ligadora da Tiroxina (TBG) Fibrose Cística Hiperplasia congênita da supra-renal Galactosemia Deficiência de Biotinidase Toxoplasmose congênita Deficiência de G-6-PD Infecções congênitas (Toxoplasmose, Sífilis, Citomegalovirose, Doença de Chagas, Rubéola) Distúrbios de

Betaoxidação dos Ácidos Graxos (inclui MCAD) Distúrbios dos Ácidos Orgânicos Doença de Pompe Doença de Gaucher Surdez genética AIDS

doenças pesquisadas

por métodos convencionais

Triagem realizada pela dosagem da 17-hidroxiprogesterona (17OHP);

1:15000 nascidos vivos;

Acarreta em alterações do cór-tex adrenal, causada pelos níveis cronicamente elevados do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), resultantes de baixos níveis de cortisol;

A hiperplasia adrenal crônica é uma urgência médica, devendo o paciente ser acompanhado clinicamente e a avaliação labo-ratorial realizada conforme a necessidade individual, evitando-se assim o tratamento desne-cessário.

Triagem realizada pela deter-minação do hormônio tireoesti-mulante (TSH) e pela dosagem da tiroxina (T4);

1:3500 nascidos vivos no Brasil;

Hipotireoidismo Congênito

Se não tratado precocemente acarreta déficit estatural pronun-ciado, lesões neurológicas graves e deficiência mental.

Hiperplasia Adrenal Congênita

Primeiro laboratório de São José dos Campos a oferecer esse perfil, compreendendo mais de 50 possibilidades de diagnóstico

O pediatra, a critério ou por solicitação familiar, pode modificar os testes de triagem, conforme a necessidade, excluindo exames ou incluindo outros disponíveis. Dentre os exames mais comumente acrescentados obser-vam-se MCAD, surdez genética, Pompe (-glicosidase), Gaucher (-glicosidase), HIV e perfil tandem (aminoacido-patias, distúrbios do ciclo da uréia, acidemias orgânicas, defeitos da betaoxidação dos ácidos graxos).

Dentre as doenças passíveis de análise, algumas são pesquisadas por métodos convencionais, enquanto outras analisadas por espectrometria de massas em tandem.

(4)

C a d e r n o s d e I n f o r m a ç ã o C i e n t í f i c a

1

Anemia falciforme e outras hemoglobinopatias

triagem realizada pela avali-ação fenotípica das hemo-globinas

HbFA (padrão normal) HbFS (anemia falciforme) HbFAS (traço falcêmico) HbFC (hemoglobinopatia C) HbFSC (hemoglobinopatia SC) HbFAC (traço de

hemoglobi-nopatia C)

HbFAD (traço de hemoglobi-nopatia D)

HbFD (hemoglobinopatia D) HbFAE (traço de

hemoglobi-nopatia E) HbFSA (hemoglobinopatia

S-betatalassemia)

1:400 afrodescendentes;

segundo o Programa Nacional de Triagem Neonatal – Minis-tério da Saúde, a anemia falci-forme deve ser pesquisada em todos os recém-nascidos;

pacientes com resultado com-patível com doença falciforme, hemoglobinopatia C ou hemo-globinopatia D devem ter seus diagnósticos confirmados para estudo das hemoglobinas a partir de sangue total com EDTA;

Doenças Hematológicas

2

Deficiência de glicose-6-fos-fatodesidrogenase (G-6-PD)

triagem realizada pela aná-lise qualitativa da atividade G-6-PD;

1:100 nascidos vivos;

deficiência enzimática mais comum, com 400 milhões de afetados no mundo;

o resultado esperado é a ati-vidade normal da enzima, lo-go, quando o resultado for deficiente na primeira amos-tra, deve-se solicitar a coleta de uma nova amostra em papel filtro para confirmação. Caso o mesmo permaneça deficiente, prossegue-se a investigação em amostra de sangue total com EDTA, para análise quantitativa da G-6-PD eritrocitária. Recém-nascidos prematuros e transfundidos devem repetir a avaliação após 90 dias.

1

Infecção Congênita pelo HIV

a triagem é realizada pela pes-quisa de anticorpos anti-HIV do tipo I e anti-HIV do tipo 2;

a positividade do exame anti-HIV em recém-nascidos não é diagnóstico de infecção fetal, podendo indicar somente infecção materna, uma vez que anticorpos maternos anti-HIV podem ser tranferidos pela pla-centa;

a Secretaria de Vigilância em Saúde define através da Por-taria nº 151, de 14 de outubro de 2009, que o diagnóstico sorológico deve ser realizado em indivíduos com idade acima de 18 meses.

2

Sífilis Congênita

triagem realizada pela pesqui-sa de anticorpos antitrepo-nêmicos IgM;

transmitida em qualquer perío-do da gestação, por via trans-placentária ou durante o parto;

classificada em sífilis precoce

(as manifestações clínicas se apresentam nos primeiros dois anos de vida, sendo mais frequentes nos primeiros me-ses) e sífilis tardia (manifesta-se após o (manifesta-segundo ano de vida).

3

Infecção congênita por Cito-megalovírus

triagem realizada pela pesqui-sa de anticorpos anticito-megalovírus IgM;

a citomegalovirose é adquirida por via transplacentária ou durante o parto, podendo atin-gir 1% dos nascidos-vivos;

recém-nascidos assintomá-ticos infectados podem tar-diamente apresentar perda auditiva, deficiência visual e retardo mental.

4

Rubéola Congênita

triagem realizada pela pesquisa de anticorpos antirrubéola IgM;

doença altamente contagiosa, apresenta maior importância

Doenças Infecciosas

nos três primeiros meses de gestação;

a síndrome pode incluir retar-do retar-do crescimento, deficiência auditiva, comprometimento do sistema nervoso central e de-feitos cardíacos.

5

Toxoplasmose Congênita

triagem realizada pela pesqui-sa de anticorpos antitoxoplas-mose IgM;

apesar de ser uma doença de investigação pré-natal, um grande número de casos tem sido diagnosticado via triagem neonatal;

geralmente assintomática, podendo apresentar compli-cações neurológicas e oftal-mológicas graves.

Em casos positivos de doenças infecciosas como sífilis, citomega-lovirose, rubéola e toxoplasmose, coletar nova amostra de soro para a pesquisa de anticorpos das classes IgM e IgG para confirmação diagnóstica.

(5)

Tr i a g e m N e o n a t a l

triagem realizada pela dosa-gem do tripsinogênio imunor-reativo (IRT);

1:9000 nascidos vivos no Brasil, sendo 1:2500 caucasianos;

doença genética causada por mutações na proteína CFTR

(cystic fibrosis transmembrane conductance regulator), que

re-gula o transporte de cloro nos pulmões, trato respiratório superior, pâncreas, fígado, glândulas sudoríparas e trato geniturinário;

dentre mais de 1000 mutações descritas que alteram a função da proteína CFTR, a deleção específica de 3 pares de bases de DNA na posição 508 da

Fibrose Cística

proteína é a mais frequente, estando presente em mais de 70% dos casos. Denominada

F508, essa mutação é, por-tanto, a mais prevalente, sendo as mutações restantes bastan-te raras.

Logo, como exame confirma-tório da doença, recomenda-se a solicitação da pesquisa da mutação F508.

triagem realizada pela pesquisa da mutação 35deIG no gene GJB2 (conexina 26);

déficit sensorial mais comum nos seres humanos, atinge de forma profunda 1:2000 a 1:1000 crianças;

Surdez Congênita Genética

diagnósticos realizados após 6 meses de vida podem trazer complicações para o desenvol-vimento da criança.

Galactosemia

enzima importante no ciclo da biotina, a biotinidase recicla e libera essa vitamina dos ali-mentos, a qual é necessária para o funcionamento das carboxila-ses, que por sua vez participam do metabolismo das proteínas, lipídios e carboidratos;

incidência pouco elevada no Brasil (1:125000 para a defi-ciência profunda);

a idade de apresentação e a gravidade da doença rela-cionam-se com o grau de defi-ciência enzimática; Pesquisa qualitativa da atividade da biotinidase Atividade Enzimática Deficiência Profunda < 10% Deficiência 10% a 30% do

Parcial valor normal

Deficiência de Biotinidase

em casos de baixa atividade enzimática, recomenda-se re-avaliação laboratorial mediante nova coleta em papel filtro. Se a deficiência no segundo teste qualitativo persistir, realizar dosagem quantitativa.

decorrente da deficiência de uma das enzimas que metabolizam a galactose: galactose 1-fosfato-uridil-transferase (GALT), UDP-galactose-4-epimerase (GALE);

triagem realizada pela dosagem da galactose e galactose-1-fosfato;

1:50000 nascidos vivos;

galactosemia clássica: ativida-de da GALT inferior a 5% do normal;

pacientes com deficiência da GALT e da GALK devem ser submetidos a dieta isenta de lactose;

para a confirmação dos resul-tados de galactosemia clássica,

bem como para outras causas de hipergalactosemia neonatal, pode-se realizar exames como dosagem da atividade da enzi-ma GALT e pesquisa de subs-tâncias redutoras na urina. Exames como provas de função hepática, coagulograma e alfafetoproteína são com-plementares na investigação diagnóstica.

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C a d e r n o s d e I n f o r m a ç ã o C i e n t í f i c a

doenças pesquisadas pela

espectrometria de massas em tandem

Técnica utilizada para a análise de diversos compostos em fluidos biológicos, a espectrometria de massas em tandem (EMT) começou a ser aplicada em medicina laboratorial em meados da década de 1990, porém, no Brasil sua utilização data no ano 2000.

A investigação de importantes alterações condizentes com o que se conhece por Erros Inatos do Metabolismo

é realizada pelo método de tandem. Os erros inatos são distúrbios hereditários resultantes da deficiência das atividades enzimáticas, o que leva ao bloqueio de diversas vias metabólicas.

Esse bloqueio, além de induzir um acúmulo de substâncias tóxicas e/ou falta de substâncias essen-ciais, pode gerar problemas no desenvolvimento físi-co e mental.

Distúrbios do ciclo da uréia

• Citrulinemia

• Acidúria argininossuccínica

• Deficiência de arginase (argininemia)

• Hiperornitinemia (incluindo síndrome de hiperamonemia, hiperornitinemia e homocitrulinúria) • Atrofia girata da coróide e retina

Distúrbios dos ácidos orgânicos

• Deficiência de transportador de carnitina

• Deficiência de carnitina palmitoil transferase tipo II (CPT-II) • Deficiência de carnitina/acilcarnitina translocase

• Deficiência de 3-hidroxi-acil-CoA desidrogenase de cadeia longa (LCHADD) • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia média (MCADD)

• Deficiência de múltiplas acil-CoA desidrogenase (MADD ou acidemia glutárica tipo II) • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia curta (SCADD)

• Deficiência da acil-CoA desidrogenase de cadeia muito longa (VLCADD) • Deficiência da proteína trifuncional

Distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos

• Deficiência de 2-metilbutiril-CoA desidrogenase (2-MBCDD) • Deficiência de betacetotiolase (BKTD)

• Deficiência de 3-metilcrotonil-CoA carboxilase

• Deficiência de 3-metilglutaril-CoA-liase (HMG-CoA-liase) • Deficiências de múltiplas CoA carboxilases (MCD) • Deficiência de isobutiril-CoA desidrogenase (IBCDD) • Acidemia glutárica tipo I

• Acidemia isovalérica • Acidemia metilmalônica • Acidemia propiônica

Distúrbios dos aminoácidos

• Fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias • Doença da urina do xarope de bordo (MSUD)

• Tirosinemias: tirosinemia transitória do recém-nascido e tirosinemia hereditária tipos I, II e III • Hipermetioninemias: homocistinúria

Doenças Metabólicas detectadas por

Espectrometria de Massas em Tandem

(7)

Tr i a g e m N e o n a t a l

em virtude do excesso de proteínas não poder ser esto-cado, o excesso de nitrogênio é liberado como amônia, que em níveis elevados no plasma tornam-se neurotóxicos;

triagem realizada pela análise quantitativa de aminoácidos no plasma e análise de ácidos

orgâ-nicos urinários, incluindo a dosa-gem do ácido orótico;

1:3000 nascidos vivos;

em suspeita de distúrbios do ciclo da uréia além da avaliação clínica, é importante a realiza-ção de exames confirmatórios (glicose, eletrólitos, amônia,

Distúrbios do Ciclo da Uréia

provas de função hepática, lactato e piruvato);

os sintomas se apresentam durante o período neonatal por uma deterioração neurológica rapidamente progressiva, a qual inicia-se após um ou dois dias de normalidade aparente.

resultante da disfunção no cata-bolismo de aminoácidos (iso-leucina, valina, leucina e lisina), causada por uma deficiência enzimática;

triagem realizada pela análise quantitativa das acilcarnitinas e pesquisa dos ácidos orgânicos urinários;

achados laboratoriais como cetose, hipo ou hiperglicemia, neutropenia e trombocitopenia também são observados na rotina;

manifestam-se no período neo-natal, contudo podem ocorrer tardiamente de forma crônica intermitente ou progressiva;

Acidemias Orgânicas

anormalidades secundárias de aminoácidos podem ser obser-vadas, como o aumento de glicina e glutamina, refletindo em hiperamonemia. Nas descom-pensações metabólicas, pode haver depleção importante de carnitina total e livre.

causados por deficiência de uma das enzimas envolvidas na betaoxidação dos ácidos gra-xos, fonte alternativa de energia na privação de glicose;

triagem realizada pela análise quantitativa das acilcarnitinas e pesquisa dos ácidos orgânicos urinários;

sintomas clínicos aparecem em períodos prolongados de jejum e/ou período de aumento de

demanda metabólica (fe-bre/estresse), quando esgotam-se as reesgotam-servas de glicogênio e há necessidade da energia ge-rada pela betaoxidação dos ácidos graxos;

na presença de qualquer sinal clínico, deve ser coletado mate-rial para exames confirmatórios (glicemia, eletrólitos, amônia, provas de função hepática, pes-quisa de corpos cetônicos no sangue, se possível, e na urina);

Distúrbios da Betaoxidação dos Ácidos Graxos (DBO)

órgãos mais acometidos: cére-bro, músculos esquelético e cardíaco.

O diagnóstico dos DBO requer a interpretação de diversas análises, somando a avaliação clínica e o diagnóstico labora-torial.

Assim, a integração entre o médico e o laboratório é de suma importância para a melhor condução do caso.

Estes distúrbios se dão por altera-ções nas vias metabólicas dos aminoácidos fenilalanina, tirosina, leucina, isoleucina, valina e metio-nina.

1

Fenilalanina: triagem realizada para detectar casos de

fenilceto-núria, primeira doença metabó-lica a apresentar tratamento específico;

2

Tirosina: aminoácido essencial obtido através da hidrólise das proteínas da dieta ou da hidro-xilação da fenilalanina. Se

eleva-Distúrbios dos Aminoácidos

do, pode acarretar em diversos tipos de tirosinemias, sendo a mais comum, a transitória do recém-nascido, que atinge pre-maturos ou recém-nascidos submetidos a sobrecarga pro-téica, geralmente ocasionada por uso inadequado de fórmu-las lácteas; Continua

(8)

Protocolo de Triagem Neonatal

3

Leucina, Isoleucina e Valina:

a elevação desses aminoácidos é ocasionada pela deficiência das cetodesidrogenases. A deficiência dessa enzima rela-ciona-se com uma patologia conhecida por “doença da urina do xarope de bordo”, que pode

gerar acúmulo de cetoácidos no plasma, na urina e no líquido ce-falorraquidiano e, consequente, acúmulo dos aminoácidos men-cionados;

4

Metionina: a elevação deste é sugestiva de homocistinúria,

alteração causada pela defi-ciência da enzima cystathionine-synthase (CBS). Se não tratada, manifesta-se por meio de sinais clínicos, como atraso no desen-volvimento com retardo mental e anormalidades esqueléticas características.

Distúrbios dos Aminoácidos

Continuação

Análise Laboratorial

Dosagem de TSH e T4 Dosagem 17OHProgesterona

1 - Avaliação fenotípica das hemoglobinas 2 - Avaliação qualitativa da atividade G-6-PD 1 - Pesquisa de anticorpos anti-HIV I e II 2 - Pesquisa de anticorpos antitreponêmicos IgM 3 - Pesquisa de anticorpos anticitomegalovírus IgM 4 - Pesquisa de anticorpos antirrubéola IgM 5 - Pesquisa de anticorpos antitoxoplasmose IgM Dosagem do IRT

Pesquisa da mutação 35deIG no gene GJB2 (conexina 26) Dosagem da galactose e galactose-1-fosfato

Pesquisa qualitativa da atividade da biotinidase

Análise Laboratorial

Análise quantitativa de aminoácidos no plasma e análise de ácidos orgânicos urinários, incluindo a dosagem de ácido orótico.

Análise quantitativa das acilcarnitinas e pesquisa dos ácidos orgânicos urinários.

1 - A fenilalanina é dosada por método enzimático ou fluorimétrico quantitativos, confirmados por espectrometria de massas em tandem, e avaliada junto aos valores de tirosina, estabelecidos pelo perfil de aminoácidos por espectrometria de massas em tandem ou ainda por cromatografia em camada delgada. Com isso, analisa-se a relação entre esses aminoácidos (Phe/Tyr);

2 - Perfil de aminoácidos por espectrometria de massas em tandem. Com exceção da metionina, os demais também podem ser avaliados por cromatografia em camada delgada.

ESPECTROMETRIA DE MASSAS EM TANDEM

Patologias

Hipotireoidismo congênito Hiperplasia Adrenal Congênita Doenças Hematológica 1 - Anemia falciforme 2 - G-6-PD Doenças Infecciosas 1 - HIV 2 - Sífilis 3 - Citomegalovírus 4 - Rubéola 5 - Toxoplasmose Fibrose Cística

Surdez Congênita Genética Galactosemia

Biotinidase

Patologias

Distúrbios do Ciclo da Uréia Acidemias Orgânicas

Distúrbios da Betaoxidação dos Ácidos Graxos (DBO) Distúrbios dos Aminoácidos

1 - Fenilalanina,Tirosina

2 - Metionina, Leucina, Isoleucina e Valina

(9)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - BRASIL. DLE Triagem Neonatal. Disponível em: www.dle.com.br.

Acesso em: outubro/novembro de 2010.

2 - BRASÍLIA. Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde.

Portaria no 151, de 14 de outubro de 2009.

3 - BRAGA C., FONSECA A.; Manual de Rotinas em Triagem Neonatal.

DLE – Diagnósticos Laboratoriais Especializados Ltda. Rubi – 2008.

A precisão dos testes de triagem neonatal depende da qualidade da amostra, idade da criança quando a amostra foi coletada, idade gestacional ao nascimento, tipo de alimentação do bebê, ocorrência de transfusão sanguínea, uso de medicamentos, presença de doen-ças co-existentes, bem como de cuidados do bebê que requerem atenção médica.

Caso seja obtido um resultado alterado, sugere-se a realização de exames complementares que confirmem ou afastem a possibilidade da doença, pois nem todas as crianças com resultados de testes de triagem alterado apresentam alguma patologia.

Para garantir a qualidade do exame realizado, o Quaglia

Laboratório oferece os testes de triagem neonatal de forma segura e confiável, possibilitando resultados precisos.

Entende que não é suficiente fornecer o diagnóstico laboratorial, mas também deve possibilitar que o resultado seja liberado o mais rápido possível ao Pediatra, de modo a permitir que a terapêutica seja instituída precocemente.

É simples realizar o Teste do Pezinho e o Quaglia

Laboratório oferece toda a estrutura para tal, tra-balhando com profissionais capacitados para a coleta e análise dos resultados laboratoriais, tendo a certeza de desenvolver um trabalho de qualidade.

resultados

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QUAGLIA

Laboratório de Análises Clínicas

Rua Francisco Paes, 165 • Centro 12210-100 • São José dos Campos • SP

Textos

Dra. Luciane Loesch de Souza

Revisão Final

Dra. Carmen T. P. Quaglia Dr. Vitor M. Pariz

Projeto Gráfico, Editoração Eletrônica, Tratamento de Imagem e Finalização

BC&C Comunicação e Design

O Caderno de Informação Científica é um informativo editado pelo

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