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da Manhã
Director-EDMUNDO BITTENCOURT
Anno IV—N. 1.192
ASSIGNATURAS Anno 301000 «eis mezes 181000 Numero atrazado 100 réltRIO DE JANEIRO-SABBADO, 17 DE SETEMBRO DE 1904
il AO DE DIREITOS
A coininissito dc orçamento da Ca-marados Deputados; após lougo debate, arahou acceitaudo a emenda do sr. João Lui*! Alves, pela qnal ."* auctori*.a a aber-tura tle creditos para »_ tçamerito dos di-rcitos aduaneiros do .naterial que, no «u-i .\iuio exercício, importar o niinistcrio di guerra.
!'»'.e voto da commisslo úe orçamento inn rclcvãule alcance. Si o suffragar, o Congresso introduzira na administração publica «ra melhoramento precioso. Os direitos «lc tudo o que importar essa ad-miuistraçiXo, terão de ser satisfeitos em .'numerário, mediante adequadas consigna-ções accrcscidas ás rubricas ordiuarias «i -'=. orçamentos tios diversos ministérios; «.-;, euiquaiiío deste modo nJo íòr pos-Kivcl prover, por meio de créditos seme-i'mulos .10 que se projecla agora em rela* ção ao ministério da guerra, Com maio-i maio-ia de rr/.Zo, deverá cessar a prátmaio-ica da dispensa dc direitos concedida a insti-trriçõc.s, emprezas c serviços particulares.
Da mudança do systema, nenhum ônus o ti transtorno advirá ao Estado ; só bene-ticios lhe advirão uo tocante ás importa-r-Oos destinadas ao serviço publico. E' • erto que o pagamento feito pelas reparti-ções publicas se redui-irá a uma opera* ção, por jogo de contas, que nito lhe eus-tara dispendio algum pecuniário ; mas a nova providencia dará logar a considera-veis vantagens positivas.
Alcrii da certeza dc prevenir abusos que se podem insinuar uas suas importaçCcs, o governo colherá da mudança do rc-gimen as vantagens a qne, ainda ha pouco, alludiamos coninicntando os incon-venientes e males do systema vigeute. Como então dissemos, assim se chegará a uiaisfucil, claro e seguro, conhecimento da sua renda, do progresso ou diminuição (lesta ou do déficit dos serviços. 15 «5 obvio que a própria verdade orçamentaria exige esta reforma, tão salutar sob esses outros pontos de vista.
13 in relação aos serviços particulares, a reforma produzirá, acima dc tudo, o bene-iicio de livrar-nos, já dos despropósitos e escândalos com que se tem desmoralizado semelhante fôrma de protecção industrial, já das irregularidades — o contrabando c outras — que podem inquiiiar o uso ate de concessões escrupulosamcntc decretadas, á vista da natureza, fins e estado das cm-prezas ou institutos, A estes inestimáveis resultados, juntar-se-ão os quo também in-ilicanios, na opportunitladc oITcrecida pela emenda que ao projecto dc reforma da cs-quadra apresentou o sr. Uarbosa ".iuia, com o intuito de animar a industria dc cotistnicçócs navaes, Tornar-sc-tto dis-pctisavcls encargos c complicações dc ser-viços administrativos tendentes á liscali-zação ; evitar-sc ão dúvidas, controver-sias o conilictos entro iiscaes c fiscaliza-(los, assim como as dilaçOcs dc um regi-nicn antagônico aos processos expeditos, promptos e simples, da industria parti-cuiar;
Bem claro 6 que a reforma por nos pro-pugnada não importa prejudicar as in-Btititlçocs c emprezas que se acham no gozu dc isenção dc direitos ou quo pode* riam ínereccl-a, dado o Statiè quo, O que a propósito tia emenda do sr. Barbosa Ialma dissemos quanto á Industria sobre que cila versava —construcção naval— esten-(lc.se ás demais industrias. Não seria dlf-ticil, como o não «5 uaqitcllc caso, supprir o f_vor tia isenção, concctlcndo vantagens de outra espécie.
felizmente, para a reforma está dado o primeiro passo com a auetoridade rcsul-t.uite de um debate circutuspccto c atura-do, Resta que, adhcriudo a criteriosas e c.vcellcutcs intenções, o Congresso lhes dí completa c fecunda realidade a bem dos interesses tio I*,stado,ati5 agora esquecidos na conservação e deturpação do regimen tie i-enção dc direitos.
Gil Vidal
Tópicos e Noticias
o TEmro
Encoberto es-.eve o cdo durante grande parte do dl,.
No iitsiei o, o iln»rmoiiii'tro offlcial icglstrou O r.i.iMinii de Sí.U, ás J" tarde, marci.r.do a nitr.lma do i&-S.
HONTEM
Cstlveram no parn io do Cattete. em confe renclu rom o pie*..dente da Republicai os mi iiist us di guerra, itn.iuli.i e uo
interior-Todul tres nno sUbti otterain decreto algum t. aasignaiura prcSide-iclnl
Koi sancclonada pelo presi.lento da lie», ut;!-ca a resolução do i.onuretao n..« o-.i . «utori-lundu o guVfrno a anui- no ministério o e*t« ii-uor o iredlto tle «w «-«.mios ouro para oe «orrer as itcarc.ss com n COQClusáo dos tra-Uilliosi.a Missão Cstecial en-anti-ritla ,.e tr... Im Ua «JJOslij tle Utnitea co:n a Ou-aiia lu
|i«8» _.
No gablneto do preatiieate da Ttepublu-a es-ti eram o* yeueraes Modeaes-tiao de Asn.s Mar-tr. s e Ai-tonto Vicente. Hibeiro t-utinaráes. co-rene! Uatitno Itwout-o. »»n;«lor ioaknn atiru-«Ja e os deputados Kduardo Studart, Tho-nru Ac-io'y, irau«'!Sc0 Sa e t»arcia l-ires.
O Thesoirro Federal entmtrou ao th«*«,*ure'ro da portei- do thslrlcla Fe eral a quantia «ie (SveílSis para ocorrer ao pagamento dos v«-n-cimetitus a qua tem direito O p«*is. at »*m r.o-menção da guarda crnl, durante o r,:«t tlt
atsOatO UítllBO.
o rrduistr-o da faien.u náo desceu de retro*
ro..s-O pmídeate da Tribunal de Contas ordenou o registro u«-s pna-aniestoa •
I*»* i mwu ao tbí»our«;ro tia WepartK'r.0 Crmrsl de IVietâ, lf*nac«o Marttxí de Paula Antunes, para ixccct-er a despauas «*osa ülít-feoeua puiK-iaes-,
lt* re.i.íi*»»* «ia féria do ressoa' emrr»s*.!o na tia pernsaaeot* ds Kstia ta def««-o do R;o «5 OtíHj, no rtr-.«a de agosto oitimo;
1>« ».«KU3W ao ur. Itentlqis»* â* flgutir*»io "ia»«Naní-«:|»>s,
como sdlantaniurnio. para sara». f»r*r ss fellwt. ito pessoa', suttalterno tia in-»r<H torta de iN^isealo e desítíeeíâo co «llta
tati.
IX " ^S5»*».^3adlV^'r'»a>s d* forr»*>':3-.«r.t« feiioa * rf-tcte-i« etr.: do* íorreHj«.í_ t_j.o e af oa-w « t; t «.«<.
W «es. O) k Caçai-. -. :-* . . .1- F, «;-. i*»rs-asa pfOv*a;«;-.-nt»«;-. dí i_i foixeejda«;-. rm Irw.te ine-ai út Marabá «ío Es_aia» «Jo rara. Hs*;.i.4Ki » „\crr«j«, tia fcrsK^aiSc»é
Redaccão—Rua Moreira César n. 117
dn^i',- ' ,°,iíe]í'1 dpsielegraplios, nos me^es n. • mrVSl9,*- -'i11110 u0 eorronte anno; nn iâ'rl "1 ,J,n,s .oll,;13 üa pessoal .impregado to ultimo d0 *^0 u'0ul'°'em BS°8: De ¦/.'.:•) i-0'j.j (tag folhas do pessoal da locotno-Çao, rio relendo mez.
A Coinpanliia do Loterias Nacionaes do Bra-s.i eçpllieu aosL-of.es do Thesouro Federal a quota quluzpnal de G":t(J6»G6(i.
A' Caixa de Amortisai.*ão enviou ao Thesouro íedcralu «inantia tle l.ülUUBIôuO proveniente de remessas feitas pelas delegacias llscaes.nos listados, om notas a substituir.
O secretario da Corte de Appellacão, dr. Evaristo da Veiga Gonzaga teve, á tarde, no-morada conferência com o ministro do
inte-rior. —
O tir. Evaristo scientlllcou o sr. Seabra, que o pessoal «la seoretaria daquella repartição ti insuttiiriento para dar vasiio ao actual serviço e quo dopois do npprovuda a reforma judicia-ria tornar se-á ainda mais diflicultoso o tra-bnliio, solicitando por isso augineiito do func-elonarios. CAMBIO Curso otllclal Praças Sobre Londres » Paris Hamburgo » Itália > Portugal NovaYorlc Libra esterlina em moeda Ouro nacional em vales,
por liuou Bancário Soberanos 80 d*-IS 5/112 .«Vi %s 1~1[S 4 Tista 12 3/01 • 71)5 981 801 T, 9 4.10 20.S50 2.2?3 1313/16 aoiiíjo Renda da Alfândega
Renda do dia 1 a 13 de setembro; Ü.C"2353I0'J7 llenda do dia 1G:
Km papel S35:721l"G3
Em ouro 702:01534
*..9GS:_lf904 Em egual periodo de 1903... 2.0C0:'JS3i893
HOJE
Pagam-se, na Prefeitura, as folhas de venci* mentos dos institutos 1'roílssiònaes Masculino c Feminino.
Reune-se, ãs 10 horas da manhã, a commis-sao designada parnestudore examinar os pro-jeotos apresentados para eonstrucçâo do'1'noa-tro Municipal.
O presidente da Republica, acompanhado dc sua exma;família, pretende assistir no especta-culo do theatro l.vrlco, onde será cantada a
opera Dannazioiie dl Fdttst.
^Virxdo, os
Está de serviço na repartição central da Po-licia o dr. 1* delegado auxiliar.
O ministro da fazenda cor.ferenciarâ e des-pachará com o presidente da llepublica.
MISSAS
Rezam-se as seguintes: por alma de Feu-nan*.iO Joaquim Hkniiiqdes, na egreja do Senhor dos Passos, ás 8 l|2 horas; do di Amki.ia ii' Liai, n.v Cosia, ás 9 lioras, na egreja de São Francisco de Paula; dc d. Maiua F. Dum dk (lAnvAi.no, is 9 lioras, na egreja de S. üoncalo Ciarola -, de d. Ubmvinda IIt:tivi-.v na Sii.va, As •i 1|.' horas, na ogreja de S Francisco de Paula: de Fpjvkcisco Caiu.os ItAnnoso, ás 9 liornH, na enpelln do Nossa Senhora da Con neiçiio e Dores, em Si Januário; do IIknmqit Ai.vi-.s Fi:r.iif.iliA da Silva, ás 9 l|2 lioras, na egreja do Sacramento; do major Luiz Pam» pi.ona Cõ)iTE lli-.u., ás 9 horas, na egreja do S. Francisco do Paula-, do dr. João Eiinbsto MoDoirAXAcitt, ás 9 horas, na matriz da Gloria
largo do Machado .
A' NOITE
LYHÍCO —Dannasionc ili raust,.*?. josi:' a.s- pílulas üe 1/ercules. RECltlllO.—K cabanà do pae 2'Aom*;. AI'OL!.0.-\ loleria do amor.
A commissão de orçamento da Câmara reuniu-se hontem. Estavam prescutes o sr. Francisco Veiga, que presidiu, e os srs. Urbano .Santos, Galeão Carvalhal, David Campista, Paula Ramos, Francisco Sá, Cornelio da Fonseca, Victòrino Mon-teiro c I.aurintio Fitta.
Foi assignado o parocer do sr. Galeão Carvalhal sobre uma emenda ao projecto que trata dos auditores dc guerra.
O sr. Francisco Sá leu um seu parecer muito Kummario sobre o projecto do Se-nado creando tini serviço systematico con-tra a reproducção do flagcllo da secca do Norte, decidindo se que esse parecer será discutido simultaneamente com o projecto pendente da approvação da Câmara.
O sr. Urbano Santos deu leitura de um longo parecer sobre o orçamento da recei-ta, parecer que foi a imprimir para o estu-do estu-dos demais membros da commissão.
CIMENTO da tnrde, no trapiche Saudo, serno vendidasmarca » Martello •. Hoje, ii l hora mio Imrrlcns, parn liquidação do factura, pelo leiloeiro .1. L. battaniini.
"Justus"
procura justificar ostdisperdicios dc
"Justus",
A SOROCABANA
O relatório do sr. Alfredo Maia apresen* tado aos syndicos da Sorocabana aflirma, cm 1903, 0 saldo dc 3.999:9S8$4S3.
Da carta desse engenheiro, publicada nos jornaes dc hontem, resulta que, cm 31 de dezembro daquelle anno, havia divida üttetuante na importância de 1.36ü:000$000, a qual, deduzida do saldo acima, fica este reduzido a 2.039-95SS453.
Da vária do Jornal do Çommercio se
dc-du* que n divida llttctuantc aceusada dc* pois do leilão 6 dc perto dc 1.600 contos, para-tnjo pagamento devia ter dado a dif-ferença acima,sobrando ainda 439:958*453, que devem ter sido recolhidos ao Banco d.vReputdica.
Por outro lado, si de 5 dc agosto at<5 hoje,ou cm42 dias.a divida flucttiantc 6 dc 1.000 contos, embora houvesse sido gasto no custeio a receita correspondente ao mesmo praso, não se coinprchcndc que a Sorocabana possa dar saldo. Foi gasta a receita de mez o doze dias, c entretanto a divida fluetuaute no mesmo tempo 6 de 16(10 contos 7
Não. Isto está errado; as contas não es-tão certas. Ha por força qual)- na roça!
POLÍTICOS, -l.ir-r.rro-t Veado-Ambrí. O sr. João Antônio deGaldo publica hoje, nasecção livro desta folha.tuna contestação d nossa noticia dc hontem, sob o titulo
Eslanipilhai e moedas falsas, para a qual
chamamos a attenção t'os nossos leitores. CHOCOLATE BHERl~C-7 deí-eter.-.bro O SS.
PENSÕES E MAIS PENSÕES
A comiiiis*.5o dc pensões o contas da Câmara dOs Deputados reuniu-se lum-tem. sob a presidência tio sr. Gonçalo Suulo eaiando presentes os srs. Ely*eu ijiiilliornK*, Carneiro ne.'.en'le. Moreira Alves. JoâO ltrtitistac Moreira Gomes.
O sr. Ryseit litulhcrnir* apresentou o seu parecer favorável á CíH*crs-.ào das pen-aOes h sra. viuva do cooselbelro Gaspar d.» Silveira Martins e A sra. d. Florinda do ValloDutra, viuva de lldeíoaso Ma-cliad«^ Dutra.
O sr. Canteiro Re*en«le pe«liu vista dos papei--.
O nio*nio relator apieseotou parecer contrario S cn.enda do sr. Germano IIoss-locher ao projecto que dix rtíspeito á fa-milia Nabuco «io Arauj-a cm favor da viu-va do sr. Silva Aíevedo, ex-cônsul do Bra-.il no eslrangeiro.
E finalmente a commisràao i*e]citou, de accordo com a* Ciwiu--C.es dos parecerei do sr. Eiyscu Guilherme, wseguiott-srt'-qar*nr*3cnUv*t de pen«A*_: de d. Judith Ayres Martins, viuva do pharmaceutico dò Exercito Arlliurde Souia Martini; Ae A. t*oust*ucia Tvrrvsda Siiva Castro, viu->a do «*-«p;tà«» do Exercito Olv*af.io Mo-rcira da Silva Castro; de Qo_tD<moe Au-p»to de GouvAi,cxiulol)da artn¦»"*etn commissão: At> A. V. -.• I„ar-i Marqtt*»*, viova «Jo major r*rftírma lo R.iymuo«Ja> Jotè •*<-** >¦;'*"* de A. Maria '..:-.. da Silva, viuva du'...-.'. ::..-- -^ Mu.., W¦;.._::: da S-iva.
O verão poriuguej
CINTRA _ CA8CAE8
Lisboa está a ares cm Cintra c a bauhos cm Cascacs.
NSo slo dois nomes desconhecidos no Drasil, esses.
Cintra é a mansSo cautada por Byrou e por Garrctt. Cascacs é a mansão levanta-da por Costa Pinto.
Só este nome 6 que no Brasil encontrará alguém que o desconheça, mas vamos nós aprcscntal-o, como si o tivéssemos aqui presente:
Osr. Costa Pinto !...
Costa Pinto ti uma figura tio popular aqui como o CamcTc3. Chamam-lho mesmo o Jaynte—num tu cá tu lá, que o vulgo só usa com os grandes homens.
Elle é também um grande homem, phy-sica c moralmente.
Muito alto, com uma vencravel pera, olha as multidões de cima, o que 6 unia grande condição para se lhes impor. Pos-suiudo um predicado raro, a iniciativa, metteu hombros d empreza dc cmbcllczar Cascacs, e conseguiu-o I Dantes dizia-se t«a Cascacs, uma vez c nunca mais !»
Agora só diz isso quem for inimigo pessoal delle—Jayme 1
Fizeram-o presidente da Câmara Muni-cipal de lá, c elle tanta festa promoveu, tanto reclame lançou,tanta obra começou, que a pequena praia, que era uma aldeia ordinária, está hoje uma villaziuha gar-rida, com jardins sobre o mar, explana-das marginaes, dois clubs apresentaveis, magnitica vegetação,boa água, etc!
Elle ó, de resto, uma espécie dc seu vice-rei. Couhcce todos os que para lá vüo, «5 intimo de todos, anda tio chegado ao rei como ao banheiro, tem tanto parti-do na cidadella real como na mais pequena loja dc quinquilhcrias 1
Os banhistas tem mesmo a scnsaçtto dc que devem todas as manhãs pedir-lhe a bcnçlo e todas as uoiles licença para rc-colher,,.
Conta-se que, numa noite dc illumina-çSo á veneziana ua bahia, como o tempo se apresentasse carraucudo, umas senho-ras lhe haviam perguntado :
Choverá, sr. Jayme 1 NSo, minhas senhoras. Como sabe'?
E elle, cctlando a porá s Ter-me-iam prevenido, >. Tal é o vice-rei dc Cascacs.
Cintra não tem ttm pae assim. NSo precisou. Bastou-lhe a sua própria na-tureza para se desenvolver e progredir, a ponto dc ter actualmente á sombra da sua frondosissima vegetação, gosando a pureza dos seus ares c a frescura das suas agitas, cerca de mil famílias 1
Cintra e Cascacs sempre foram, no cm-tanto, o rcndez-votis da corte no verão.
Possuindo ambas paços rcaes, a faml-lia real sempre as procurou, e com cila para lá foram as famílias que cercam aquella, por dever ou por suobismo...
Mas nem uma nem outra tiveram já-mais a concorrência dc agora. Foi o ca-miiiho dc ferro quem a levou a Cintra c Costa Pinto quem a levou a Cascacs.
Antes do caminho de ferro, que nos leva do coraçlo de Lisboa, do Rocio, a Cintra, em uma liora,a viagem para lacra um acontecimento. Ir a Cintra era o mes-mo qne ir hoje i Cortía, Era pttlorcsco -mas arriscado...
Ia se cin omnibus, dc noite, com mu-das pelo caminho.
Levavam«ae capas de viagem, manti-mentos, muniçOes...
Ou cntlo ia-se de burro, tendo-sc antes cncommcutlado a alma ao Crcador...
—Bons tempos ! dizia-nos ha dias nm dos lisboetas mais afamados, Silva Ca-tiellas. As raparigas dc eutSo preferiam sempre o burro ao omnibus... B man-davam avisar os namorado*, para qae se
dessem por tucoutridos com cilas, na
ea-trada...
A's 3 horaa da madrngada Iam elles postar se deante das casas tiellas. Já IA catavam os burros e o burriqnciro, todos a dormir, i porta. Era ainda escuro. Pri-metit. via se uma luz passar pelas jaaclltU, Era a ereada que ia acordar o» senhores... Depois abria-sc uma janclla, e uma ca-beca apontava, olhando os astros, a ver que tal estava o tempo. Kra o pae. Por üm assomavam cilas, a prescrutar a rua :
—Estás ahi "
E os namorados rcüFondiim : Estou.
Por volta das quatro, quar.do os pri-rnciro» aihores nroontavam a medo, por cima do Castcllo de S. Jorpc e do Monte, punha se a comitiva a c-miabo,ao chouto philosophico dt.s asno» de quatro pi*.
Era peias altura* dc PalhavI, já fó«*a das portas da cidade, qne s-rdiata de qualquer ebarneca cs nameridos, por tccaáo.a,
—Que vemos ! O sr. Sócia I —A sra. d. Adelaide I —*tr*eii*£ cotaciíieticia!..,
Quanto p«5de o accasol...
O» paes.Mti ckro.nla acreditavam cem em H~a coisa afia em outra. As filhas nio tentavam CaK.artxcl os -«obre o pcaicr daa coincitJcocias. E U M-gT-iasn to4<5» para Ciotra. acjoi caio. acolá me levanto. atravcMando. entre o cantar «los ¦.*«..* -e o bat-er d-e ara* do amor, a *-'.¦*. ii-*r . -ca, a bur-pia-ía Pcrcalhcu, o atatero Ca,*** Ias,o quieto Catrem...
Cintra ata era ainda e ta v *r' .-.*-.-, «erra :.'-* . •-« At ci—h&afptl _«*|e.
Era mais rústica, talvex mais dada ao ar-rulho de noivos. Tinha um hotel ou dois, poucas lojas, poucas edificações. O qne ti-nha, c ainda tem, erái a pgua írcsquiuha da Sabttga c as saborosas queijadas da Sapa,a Fonte dos Passarinhos toda cober-ta de iuscripçCcs a lápis c o alfombrado Passeio dos Pisões, onde o sol nunca cn-trou...
Dc resto, pouca gente se via, a não ser os ranchos c as barricadas, que passavam entre gargalhadas a caminho da Pena ou de Collares. Propriamente os que lá vera-neãvam. era raro verem-se, a não ser ás tardes, no pateo do hotel Victor, de onde se disíruetava um panorama soberbo.
Hoje desapparcccram os burros c vieram os automóveis. Não se ouvem pelas que-bradas os gritos alegres dos excursionis-tas, nus sim as cxclamaç"íes inglczas dos jogadores de teuiiis.
A sociedade rcunc-se, apparecc, faz-se vida de capital, com visitas de cerimonia, bilhetes, five-ó-clòçk. Ha fumo delocomo-tivas, partidas de ir/djjr*,'bailes. Dos anti-gos tempos sô licou a inconfundível bel-lcza natural da serra c a indiscutível fama universal da qücijada,..
Uma c outra são immortacs,
Por isso Cintra liadc ser sempre uma mansão procurada 1
Cascacs não teve um passado tão bri-lhante. Eraiuncgavclmcnte preciso spr-sc de coragem para lá se passar o verão 1
Também a viagem se fazia em omnibus. Mas depois dc muitas horas, como sardi* | nhas de Nautcs enlatadas, os viajantes chegavam a um sitio sem comuiodidadcs, varrido da ventania, feio, immundo 1
Os próprios bolos de areia, caracteristi-cos da região, não podiam comparar-se ás deliciosas queijadas. Só havia de pittores-co a Búcca do Inferno, o essa própria só cm dias de temporãos d'ocste, quando as vagas vêm corridas, e quebram de eu* contro ás penedias, e se levantam cm plu-mas monumentacs dc espuma, que o sol prateia e a ventania pulverisa I
Só no mez cm que os monarchas villc-giavam na Cidadella, 6 que umas duas dúzias de famílias se reuniam nas casitas da villa c dançavam á noite no Casino, cujo terraço deita sobre a praia para delle se gozarem as regatas.
Esse foi o sitio transformado sob a va-rinha mágica de Costa Pinto ! As casas c os chalets multiplicaram-se, os melhora-mentos e o saneamento succedcram-sc, estabeleceu-se para lá uma linha férrea cheia dc pittoresco, por onde correm com-boios a todas as horas; os reis e a socic-dade elegante começaram a frcqiicntal-o com assiduidade, c, si não «i hoje rival dc Cintra, e porque os estádios s ¦ fazem cm diversas épocas nas duas terras — Cintra cm julho o agosto, Cascaea cm setembro c outubro.
I»V ainda o rei quem marca essa divisão, partindo directamente de Cintra para Cascacs cm meiados de setembro,
A Câmara Municipal, o povo c os ba-nhlstàs, vão cspcral-o ao limite do conce-llio, cm trens, a cavailo, cm bicyclcttas. Nesse dia Sparta-Cintra — cede a hege-monia á Athcnes-Cascaes.,,
Desde esse dia as visitas, os bilhetes, os jatitarés, os bailes, dio-sc á beira-mar. As mesmas pessoai, qno na véspera con-versaram nos Sctcacs, cm Cintra, encon-tram-sc na praia, cm Cascaes, c correm umas para as outras como si dc ha muito se tivessem perdido de vista »
— Olá! Por aqui ?
A praia tem vários toldos de lona,á sombra dos quaes conversam os banhis-tas, por cathegorias. Ha o toldo vicille-roche, o toldo ricaço, o toldo çommercio, o toldo sportivo, o toldo burguez...
O rei passeia por entre todos elles, fu-mando um enorme charuto, »eui Gxar-sc em nenhum, com uma grande imparciali-dade.
Pouca gente se banha. Alguns barqni-tos á vela e a remos cruzam»**, borde*, jando. Crcanças brincam, dcscali-aa. com barrilinhos dc folha e pis de madeira. Namora-se, conversa-se, boceja-sc e espe-ra-se a hora do almoço.
Das quatro em deante o ponto «le reti-nião 6 no Sftcrting-Club, uma ccnstrucçl > feita no interior dc Cascaes, cercada de terrenos dc tennis c jogo de bela.
No terreno principal ha quasi sempre partida, em que o rei joga com senhoras c homens qu-r convida ali mesmo e cora qcem se bate valentemente como bom jo-t-ador qce (. Em redor aperla-sc a mnlti-dZo elegante, interessando se mais com o que se tirz do qne com o que ac jeg*...
A's seis heras saem • ¦". » e v«o faxet a
estitia da Sota do hjttno, qae i
extre-msmente pittore*ca. talhada Sobre os p*:-nedes da costa, lado a lado coa o oceano Atlântico. Esse passeio térmica, ji ao lusco-fi-jco, na explanada Maria Pia. qae deita para a bahia dc Cascacs e Estori»,
A'noite, nns vao para o Casino ouvir os concerto* do sestetio fcespaaliol. oatres para o S^rttig, «lar i patroa aas Talsi». em peril poa«*o animada*, com am «r dc família impcM-.vcl, a nio *<r «Suas o*a trtr» rtze* n* época, qnar.do fc» baile de « '.«--.; ,*.- oa tüstnbtãiçaa de r,.*-r..c* da* regatas.
A»*-.-.-, pasta Lisboa o »<a verto e volta para casa cc_ o í .".-. -c*:. ée i."'."-** o _.'<•.-.--*¦ para a.-t.en:ar a pk _nnc a sei*}* táo inverno, <«.'-: os tet* «tabalbtta, a* »bí» iov-rniis. os tetas U-ca-os, ts usas historias c a 4aa jai Ua**-aa...
A_:2*_o Ba-ásra
SESSÃO DE 1904
A sessão dc hontem foi de quarenta mi-mitos, ua Câmara. Parecerá que foi pou-co isso. Mas não foi tal: na véspera a coisa andou pela metade,- e os srs. paes da pátria em uns rápidos vinte minutos deram couta do recado ganhando honra* danicntcscu dia dc subsidio,
A sobredita pátria cm boa verdade nada perde com a vadiação em que andam mcttidos os seus alludidos paes; porque bem certo d que os públicos negócios tanto ganham quando elles falam muito como quando elles nada falam, sendo o resultado sempre o mesmo c da mesmis-sima natureza.
Os chronistas, sim, esses 6 que perdem; o assumpto escapa-lhes c elles ficam, acerca da matéria prima para seus artigos, vcttladcirauicntc it nenhum.
*
Na sessão dc hontem só houve um dis-curso, mas esse, proferido na hora do cx-pediente, valeu por toda uma sessão im-portanto.
Foi o sr. Carlos Cavalcanti quem eu-cheu aquella hora, para apresentar um requerimento de informações ao governo, em seu nume c uo da sua bancada, a do Paraná.
A coisa aqueceu um pouco. E os ho-mens estiveram duros contra o sr. Lauro Muller, que no cuteuder de suas cxcellcn* cias praticou uma estratigéiiice c pulou por cima da lei, mandando publicar uo jornal do governo um edital cm que se convida determinado engenheiro a vir assignar o contrato de arrendamento da estrada de ferro dc Paranaguá a
Curi-tyba. j
Os do Paraná estão por isso ua opposi-1 ção... mas tranquillisai-vos que a coisa' não 6 com o sr. Kodrigucs Alves, mas por emquanto tão somente com o seu ministro ( da viação c dos eixos. ( O regimen não comporta destas sublile-zas conciliatórias do interesse com o dever politico, c todo o mundo está a ver claro essa rabulicc mal amanhada com que os srs. deputados se mostram hostis a um dos ministros do presidente da Republica, guardando, porém, cuidadosamente a pes-soa do mesmo presidente, como si o go-verno não fora cllc próprio, como si a responsabilidade do que fazem os srs. Mui-ler e Ilitlliues não coubesse sempre ao sr. Rodrigues Alves I
Mas o facto é esse que se tem visto, c assim como a bancada fluminense está cm opposiçaó franca ao sr. ministro da fa-zenda, agora a bancada paranaense se dc-clara cm manifesta opposiçaó ao sr. minis-tro da industria, isso, porém, sem de nenhum modo prejudicar as cordiacs rela-çíjcs com que as duas bancadas vivem com Papac Grande, o felizardo soberano do Cattete.
Muito commodo isso; esuascxcellencias com seu hábil procedimento nada mais fazem sinão por cm acção aquelle auti-quissimo ditado popular que sabiamente
prcceitiia : Mal com o patrão, tem com o
caldeirão, accommodado o espirito do di* tado para que bem se comprcheuda que no fundo esses finórios estão furiosos com cl!e Kodrigucs Alves, mas ostensivamente não lhes assiste coragem para dispensa-retn-sc de Mias boas i_raçis...
E' essa a situarão da bancada do Paraná, que pelo orgSo do f-.eu Usdci, o sr. Cavai-canti, declarou que ella não sabe ser
in-condicional,— c houny soit qui maly pem-',
apezar do sr. Wcnccsláo Dras ter pedido a palavra para responder.
*
Fora isso nada mais houve bonteffl, a não ser que foram approvadaa toiíaa as matérias que figuravam na ordem do dia centre ellas a esquadra do almirante Pitta, que agora vae singrar ovaute c garbssa o -mares da 3? discussão.
Que Doiís a fade bem o que a livre tios arrecifesdo Senado.—W.
no concurso, 5 foram reprovados, sendo os 12 restantes classificados da seguinte maneira: 1» logar José Carvalho Del Vcc-chio, 2' JoSo Rodrigues da Silva Claves, i- Eourival Milanez Machado, 4' João Olavo da Rocha e Silva, 5' Octavio Or-tiellas Milancz, 6' Heitor Pinto da Silva, 7» Emygdio Guimarães Cotia, 8* Eiudol-pho dc Lima, 9; Henrique Vieira dc Arati* jo, 10* Henniiiio Leal, 11' José Ferreira Passos c 12* Carlos Alberto de Sousa.
RAUNIER & C.
Vendem por preços reduzidos as con-fecçõos do la, capas, paletots, capas impei-meaveis o costumes gênero tatllcur, por estarem em fim da estação. Socção das senhoras. Ouvidor 13G.
EDUARDO irai.., assucar uoutros t-encros dú pai'. HuaARAÚJO & C conimissarios do Municipal,'!:. Hio de Janeiro.
Como é natural, o almirante inpaitibus da futura esquadra, sr. Laurindo Pitta, membro da commissão dc orçamento da Câmara dos Deputados e relator tio pro jecto do sr. Eloy Chaves, deputado por S. Paulo, que instiluco imposto dc defeza nacioual sobre todos os habitantes do Brasil, 6 favorável á adopção do mesmo projecto.
CASA MAURITÂNIA
Provinimos quo devido á nossa grando o real liquidação, estamos vendendo calçados por pr.rços verdadeiramente incríveis, il rua Luiz de Camões u. 8, ponto dos bondes de S. Christovão.
Capas do ciriniira a 00$, Bobreludoa a SOJ, ternos da pelctot do choviot azul ou preto a 70!, ternos do paletot de casemira inglcza a 80$ o SOS, sâo os preços quo continuam a vigorar na sccçlo do roupa» feitas da Casa Colombo.
FtDUARDO /esfif as-u-Mr P outrú* crot-ro» do fnn, RuaARAÚJO <% C.. commiísar.os de _unlclpal.lt. H.o .ie J-.ne.io.
Para esclarecimento da noticia que de-mos hontem sobre o parecer relativo ás 12 emendas ao projecto de »-accinaç3o obrigatória, devemos informar qne o* sra. Paula Ramos e Galeão Carvalhal nSo as signaram o parecer clcctrico do sr. Divid Campista.
•"A NOTICIA"
Entra hoje no 11- anno de existência ear#*í nft«»o calírga ve»|>*rtino, que, di»* pondo de um bem servi«,o de informações e obedecendo a uma feitura Ioda sua, con-quistftu desde cs primeiros dias de viria uma grande pomma de tympathias, que âia a dia tem ere-veido.
A' Noiieia apreendamos os toíos de prosperidade que Ibe desejamos.
ilCARROS VE*DO-*«*-.:•» <S«* HaTara « 1 «i-ir-ora llla—ro, ir"rc;.«,-»,... para
tu-Inotaipa.
Foram koatem tida* e ja.gidis as pro--,i< dos .- ¦ '..' » qse ae .-.---..-_-. no ccacsrno para o prcTi-ceato de coi» lugares de pharr_ace**t>ca-rs ca directoria de SaaU* P-'..' i
Do» 17 cas-Kíata» çae :.__._ parte
A Directoria ie He e
a
A casa das Fazendas Pretas, -it.» d rua dos Ourives ns. 23 a 86, mu-dou-so para a rua do Ouvidor n. 104.
Pingos e Respingos
Si o governo fa.. da vaccina obrigatória questão fechada, o povo faça delia tam-bem questão dc portas fechadas :—istoc, feche as portas c não deiac entrar os cs-furacadores do dr. Crua.
Vamos ver que è que pode mais,—si essa lei espúria ou si a Constituição da Republica.
Cá em casa clica ulo entram ulo, mas Deus 6 graude.
«fi
:«• *
O presidente T.onbct espeta terminar o seu mandato para gozar o repouso a qne se julga com direito.
O nosso aproveita-sc do mandato para repousar. Quando cllc voltar íi vida acti-va ha dc sentir muito. Quatro annos dc vida folgada c milagrosa, com ba».tautc dinheiro I
* *
O senador Manoel Duarte ji esti uni pouco frio uo sca enthusiasiito pelo Codl-j_o dc Torturas; arranjem um cximrgosi-nho par *. a cata dc cuia um dos bcrieme-ritos paes da pátria c verdo como muda o ca'.avcu'.'j da opinião parlamentar,
r*
*
A QUESTÃO DAS PENDAS Novamente o i!onsci!io sa.» doa trtllics K vir» a s;iln das se.ss.'«;s em fríue; lie novo o Kneaa rncite ie em sarlilios iNestas coiias não lia quem nio o Invejei Mostra o Conscllio ot teus famosos brtiuOS Ao ti povo qu«; o pag» «• r.Ao o elige, Cjr.tamlo sempre os nresrrro*. estribi:iio«i O coro «iue y serd.or sa Fieire r«'ge. Xlontelro 1 ope« vendo o caio preto Dia: em quearões de feudal nao me mctto Pois teniO o§ renuitado» conseqüentes j E nio «í de espantar que isto aoonte;a i Bretemerrtí» abram fendas na cab*ça Um dos outros os bravot intendente*.
*
O regimen da Tortura hrglenica vae se espalhando pelo pai*, inteiro
Diversos deputados paraense» estiveram cm conferência com o dr. Oswaldo Crua sobre o modo mais fácil de aclimar o celebre Código nas margens do Arr.a-zonas.
FV.So os pariír.w arranjada»; com as líçtks de «emelhante mestre, cio escapa uma tartaruga.
»
Mais nma nomeação vae »«r festa a pe-dido dos principerinhos da cana reinante. O» pirralhos de palácio nio descascam, eoitatlínbosa
* *
F". *- sa terra o padre Vaiois «ie Cutro: veia gordo, forte, rcürado, todo contente, tixJo t«crri*cs.
Cbegcn de Taabaíé ainda enr. ttnspo Ce benier na Caaiiíi o projecto tt v»c_oa obrigatória.
» ' * Se.rr.ri Ml ea-r-r-s^ 0 tfjro, k rc> .* tf! dc* -_:...»•,
C " » t> acato t>ti .'«'.jí E») ts, StMUt, .. ..-»i
Cjnxo 4\ O.
O MANIFESTO AO POVO V
Prosegue a Directoria de Saude :
«0 poder publico não pode consentir na' liberdade do contrahir o propagar a variola, como não podo consentir na liberdade dc ter habitações Insalubres, de vender alimentos envenenados, de atear Ineoudios, do matar; como não podo perniittir a liberdade da iu» juria, do big.uiiia, ou da aueeesao indevida.* Esta periodo & uma raiscollanea do tal or-dem que faz lembrar a gaveta do um sapa-toiro, e nello vò o povo com toda a nitide:* a força sobre-humana do quo dispõo o des-potistno sanitário, que.rasgando u Coiistilui. ção.lvem dizer alto ehoni som o que o podei* publico pode ou não podo fazer, segundo as' inspirações egoisllcas dos micróbios ceie-1 braes ii.' sin cabeça de Medusa.
A espliora constitucional, que diilna o \U lllita as attiiblliçôes do podar publico, des-appareceu, como um tumor, a golpes der lanceta.
E o por isso que c?se despotismo, no pie. no exercício do seus direitos miigostãtlcos, vem dizei» que o poder publico não podo consentir na liberdade do ciintrahir 6 pro-pagar a variola, como si houvese alguém neste paiz que estivesse pedindo osía liue.» dade I
Pelas considerações anteriores lt. so viu que a Diroclorla do Saude, partindo de pre. missas falsas, chegou .. conclusão absurda de quo recusai* a vaccina d querer contraiu!» o propagar a variola.
S.'gundii ella, o individtin sadio, forte, vi-goroso, pude oir a ser üm peiigo para ,\ sociedade, e não são um perigo para a so-i-jedaiio os vanolosos abandonados nas cs-traüas, os cadáveres itqi-iados insepultos q om decomposição por largo tempo, e os cn* | ferinos que llc.nn ao desaiiiparo,como nquol* le que, no delírio da febre, vagou nu uma noito inteira, pelas ruas Senador Pompai, João Hicardo, Uaiâo de 8. Velix, Vlseonti da üaven, Marcilio Dias a Gonoral Caldwell, ato quo uma alma caridosa o ruculheu .» sua casa, pela manhã I...
Nestes netos deshutuanos, attentatotios dí civiüsação brasileira o quo tanto depõem contra a .administração sanitária da capita da Hepübllca", não ha o menor periiio para a sociedade, o por isso mesmo aos «eus ru-sponsaveÍ3 nenhuma pena bo niipllcn; mas, recusando a vaccina, o indivíduo sadio, forte, vigoroso, pôde vir a causar grande) perigo ã sociedade, o por isso torna-se pas siv.rl da pena de pesada multa ou cadeia, I
Ki doanto desta lugica eníertniça, o pov salnainente ri-so còm aquelle riso quo cou lunde a inépcia, abato o orgulho o dcsorleu ta a vaidade I
Mais ti-so, pòréni, ainda quando võ quo Suiiiíi.» Ptrbíica di?. muito dogmatlcnmcnò quo :ião so podo consentir na llberdndo da recusar a vaccina, «orno não sn pode con.. sentir na do ter habitações Insalubres, sem entretanto ella ter capa. idade para lixar oa característicos da salubridado das habita* ções.
Para ella, as hubitiçOes insalubres são ai casas des pobres, e, pára o povo, a snltibrl» dado das habitações não depende, oxclusl* vãmente, da natureza uu typo das oonstru.» cçòes.
Kilo sabe, por experiência própria, quo a choupann do pubro pôde ser muito mah s.i-lubro que o palacato dn rico. desde que ostò esteja em logar hiltnido, abalado 0 sombrio, aquella cm logar ner.cn, ventilado o lia-nhado de luz; snlubridade que ainda mala se accontuarr. na oboupana si os bous mo. radores, numa situnçlo mural conveniente, se considerai om felizes.
O povo, tninljem a esto respeito, saljo muito mais que os jcicníijíni da Sdtitlo Pu* blica, pois sabe ipin n salubridado das babl> tações dependo inuil.i das condições gbraea externas o da sttuição moral do seus habl-tadores.
liem so vO, pnrtatito, a Incnmpotenoia dn directoria do saudo para apontnt coiiürota* mente o com rig.ir quaes ns liubiüiçòes sa-lulires ou Insalubres.
Kinllm, a .Niiiido Publica diz qun o poder publico nio poda permiliir a liberdade do recusar a vaccina, cimio nào pode peimittlr a do ler babltaçúos Inenlubros, ooifto não pode consentir lambem na libordado do in-jui-la.
Eopovocontintiiaiir.se de tanta infe. Moldada nas com pai ações, porque n Injuria é crime panii-.ular, sua IIbordado oii*--1«- du-faetoea Injuria quatldlãnaineiuo se vi poi toda 0 parte sem que o poder publico p.-u-fo em ovltal-a ou fuinll a. (Jue lim 0 pudor publico quo o indivíduo .1 iiijiiu" o IndlVl-duo il ou quo o indivíIndlVl-duo II Injurie o Inril-vlduo (7 7 Ondo o quan.to a tllrooiotl.i di) Saúde jã viu o poder publico Intervir n'eatq assumpto, om qun muito freqtiontomonte ,i:.i OSproprloi iilTeiidiitos delXiu de ngir? I
Mas nau ili a nin a mixórdia sanitária, O poder publico não pô.le consentir na reeu-.i da vaccina,r.oiiin n4o pode permlUlr a lili.rril.tni do ler habiUçúe» iiisuíiibiir", cnmo não podo permittir o du In jui in, a do bigamia, a do suocesiSfl Indivldn, a de ven-der allmcntt.8 elivciicuiidc.l, a dn atear in* cendiiis n a dn matar I
Dn unido quo «piem recusa a vaccina i\ uni criminoso oomo ó o blgamo, .> envenena. dor, o Incendiado o o assassino i Cem cf. feito!
K es-a directoria de Saudo não oon-ldcra criminosos on sem ngentoi que uterrorizam população com males fantásticos, quo envenenam o sangue cun a lytnpba ou o õio da morte o qun COrrom em n ai com venenos de toda osiioclo I Não I O grande ciiiiiiiioso da aclti iIhI.uIc ê ..pena» o qua rn-cusa n vnoclna,ou cnmo uma imposição anti» Onsltllteional, ou cumo uma medida do prudência para evitar 08 males que ella pro» d u/..
Estes males ja entraram tanto na consci-encia publica qu» por mai» d» uma vez já deu.Jfl o f.ioto de cbeg.ir o delegado sanita-iinauiiiacicola,ii!> ilu .ipi.i.ni) pum a vac.-inev-.o, o não encontrar delia um lá alumno, por entender «> povo muito juita-m«-i>te que a saúda ea vida valem mal» ip;o o A. U. <:.
Deante «lejin resultado, passou, noutruü escola», o delegado sanit-iriu a chegar ines-persdamontoe o «ui ceruo obtido nem por isso Im maior, pois a meninada, ao ler no-ticia «le tal Visita, abandonava iiriiii'rl;al.i. mento as aula», correndo em divor» dírac* {Ô«S, pulando janellas n gude», cou, ostro* pe lu e o tetriir que «e «b«Miv*m nas sala» df espectaculos quando *c «riivo o gnto du
foaoi
Estes factos deliütn v.-r "l«*q:i.--nternente O deacredili. "m que a hyjime publica e a vacetna cahimm na ma sna prpatat, n tonU-se meimci «pi" nutiia «•*¦•¦;» em «pie o dele-galo de « ti Ie *ò ar liou a professora e as adjnntas, ao it««ti*r ««iil encn(lí»'io a» e»c4> da» d«j edifício, a professora.cr.iii o ««pinto ea veia ra-p^riiHlade H lendo M ni/,,s«ÍTc,u* ie para as me?ma« ad)osiU» dizendo caro ar risotih.'. t i tseía-Vfrt •
•N-,-to "Jtlpr» HjiiUltí» Onde t b**«;ien8 me t*íii. Ku pro.-ijH) a quítn varcin», Mí» ala «ixoniro tiiniíuem.» E s! í este o '«lado da ooMleneia pu*;-!* lar quanto *<•* effeito* «ta hikiiu, r;io rse* nos importante í a csorirçl'! q»í<> t4m ot próprios ana!ptiab«t/u da íll«g<lidadi! do projfdo; eonvia-i;^ qu« sliâ» v--ríi tu s '.ma vez provar .;•:•» ei Ainla hà | . posto» igfi •' • ' efi**)pa!*ao da Vi Çffl fl' K:a de d' 4e «l*i»í,*» ti de p *netlm«9.
Ot deiegadei «ái»!o«?iir»rn cr,m tt vicümjs reip*ít.va_ínt«. « asavam mulata mutan* dis das mesmas palavra».
E feuss nM.» ca raes.» assim ci ú'a',3 *?os:
«— Od-USÍ.T., TíflllO v»cc.C»!-s.
VaeeiDix-se, {.arija*
"
Pi«:«t!o'cí«í"ífa
"„%%¦ ç ! '
— ""ia lem laft-Uitô, r.«,*B meia p-otetto, Ositlsdío •* am }>er<tf» t>»r» * «aeiadads I Ta-rs aue vtr v^e«;s_dc* pet ftvftfs I
Cc-tr-"! ptt far.;» 1* Ea .ajM * «jue *tm ao per.go p»r* s s*Krt*4a tt, *1 *r-a um b^íssa sadio, si r.;, K-.be atoMsti* .-*'•-**« 11
Mo •_>_, BUa tf,i* «Ir a itr, é ares •Eíd.d» pra-vaativst
si»« i*'.<» t ts* tUesU4s **m iv.(a»s I. —-Q»ã_l afXataaaO^eMi txtát. Kio cs« root»
ÍSBip»* a \'M ViCClS_í-a s twi ds <l«Ml o
nio «ir» ignoraniei. íi»», quatro d»«s«.-s «ap* rato !,-i pt»;a Tira
I«o-ca d-* liUmiidiâ* da
ir.a.
¦«¦ti ds byffitse,