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SONDAGEM DE ALFABETIZAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO SUBPROJETO DA PEDAGOGIA/PIBID/UNIFRA

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Academic year: 2021

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SONDAGEM DE ALFABETIZAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO

SUBPROJETO DA PEDAGOGIA/PIBID/UNIFRA

SAUZEM, Karine²; MARRANQUIEL, Vanessa Pires; MARTINS, Adriana

Rodrigues; PEIXOTO, Luísa Fernanda Marchi da Silva; CAVALHEIRO, Claudia

Pinto; KOPPE, Hivi; MARQUEZAN, Fernanda Figueira³

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Trabalho de Pesquisa _UNIFRA 2

Bolsistas PIBID/CAPES/UNIFRA. Acadêmicas do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil.

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Coordenadora do Subprojeto da Pedagogia/PIBID/UNIFRA. Professora do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil

E-mail: karinesauzem@gmail.com; marquezanfernanda@gmail.com;

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência sobre as sondagens de alfabetização, bem como apresentar a importância destas para o planejamento de atividades voltadas aos níveis diagnosticados. A atividade foi realizada numa escola no município de Santa Maria/RS, que participa do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, subprojeto Pedagogia/UNIFRA. As sondagens foram executadas com 43 crianças dos anos inicias e realizadas pelas bolsistas do subprojeto, com diversas atividades como, escrever palavras de acordo com a figura estipulada. No decorrer das observações, verificamos que as dificuldades estavam relacionadas a uma metodologia de ensino não muito atrativa, e nas condições socioeconômicas dos alunos. Com as vivências experimentadas nas sondagens, percebemos como é fundamental observar o que a criança traz consigo de experiências e conhecimentos. Para elaborar planejamentos baseados nas implicações pedagógicas obtendo uma aprendizagem de qualidade de ensino, que tenham como reflexo desenvolver a leitura e a escrita.

Palavras-chave: Sondagens; Alfabetização; Pedagogia.

1 INTRODUÇÃO

O referente artigo tem como objetivo apresentar e analisar as sondagens de alfabetização, aplicadas na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Walter Jobim, no município de Santa Maria/RS, participante do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência (PIBID), Subprojeto da Pedagogia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). As sondagens de alfabetização nortearam o planejamento das bolsistas e das professoras regentes no que se refere às atividades didático-pedagógicas, para o ano de 2012, no que diz respeito ao ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita, das crianças atendidas pelo Subprojeto.

Constata-se por meio de pesquisas e estudos, na área educacional, que é no início do período de alfabetização que a maior parte das crianças fracassam, pois na maioria das vezes o método de ensino utilizado pelo professor não é muito atrativo, e não corresponde ao nível alfabético dessas crianças, fazendo assim, com que exista uma desistência muito grande logo no início. Desta forma, pensamos em primeiramente investigar o nível de alfabetização em que se encontram os alunos, atendidos pelo Subprojeto da Pedagogia na escola, para então proceder com o planejamento das atividades didático-pedagógicas mais adequadas.

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As sondagens de alfabetização justificam-se por terem o papel de sinalizar para

o professor o que a criança já possui conhecimentos acerca do processo de leitura e da escrita, bem como o que ainda precisa saber, e a partir desse levantamento de dados como poderá pensar o seu planejamento de ensino. As bolsistas realizaram a sondagem com os alunos com o intuito de identificar os níveis de alfabetização e assim planejar as atividades, juntamente com as professoras regentes e a professora supervisora.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 PENSANDO NO CONTEXTO

O contexto social brasileiro é permeado pela desigualdade e pela falta de oportunidades ao exercício dos direitos dos cidadãos. Esta realidade é tão forte que a disponibilização do ensino público e gratuito não é suficiente para assegurar o acesso e a permanência da criança e do jovem na escola, principalmente o carente, pois para manter-se na escola ele precisa manter-ser incentivado, valorizado, respeitado tanto como pessoa quanto sujeito aprendente. Por isso os professores necessitam estar munidos das mais diferentes estratégias de ensino e de aprendizagem, para assim despertar o interesse das crianças tão desvalorizadas socialmente.

A partir dos cinco ou seis anos de idade, a criança percebe que o mundo pode ser representado de outras maneiras além do desenho. Elas passam a perceber a importância que a escrita tem e que por meio dela podemos comunicar nossas ideias e opiniões. A criança antes mesmo de saber ler e escrever convencionalmente, já é capaz de elaborar hipóteses sobre o sistema de escrita. Assim, para que a aprendizagem da leitura e da escrita aconteça é fundamental descobrir em qual nível alfabético ela está.

Dessa forma, é através da sondagem inicial que o professor consegue identificar quais hipóteses sobre a escrita as crianças têm e assim adequar seu planejamento de ensino de acordo com as necessidades de aprendizagem da turma. Através dela o professor é capaz de avaliar e acompanhar os avanços dos alunos na aquisição da base alfabética, bem como um importante momento no qual os mesmos são capazes de refletir sobre aquilo que escrevem.

De acordo com Weisz (2012) a teoria construtivista entende que as pessoas sempre se movem em direção ao conhecimento, sendo ele não um resultado, mas sim um processo contínuo, isso faz da alfabetização quase uma situação permanente. Dessa maneira, as sondagens de alfabetização representam uma maneira de avaliar até onde o aluno avançou, se ele aprendeu ou não determinado conteúdo, a responsabilidade do professor está justamente na utilização do resultado desse diagnóstico em prol de atividades didático-pedagógicas que promovam o desenvolvimento da criança em fase de alfabetização.

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Os alunos criam hipóteses sobre o funcionamento da escrita. Essas ideias

evoluem através das reflexões que a própria criança faz, por meio das interações e informações que o ambiente lhe proporciona. Nesta proposição, Bolzan (2007, p.22) diz que “este é o momento de construção de estruturas na qual o indivíduo busca encaixar novas informações, formulando hipóteses, buscando regularidades, colocando à prova antecipações”. Cabe então ao professor, identificar as hipóteses de escrita de cada aluno, pois isso servirá de base para seu planejamento.

O processo de alfabetização faz com que a criança se aproprie do código escrito, ao mesmo tempo em que desenvolve possibilidades necessárias para o uso competente da leitura e da escrita nas práticas sociais, ou seja, a alfabetização não envolve apenas decodificação dos símbolos gráficos, mas sim, seu uso nas situações reais.

Assim, a alfabetização oral e escrita, propicia à criança a inserção social, possibilitando perceber-se como parte de uma comunidade na qual está inserida, de uma classe, de um ou vários grupos sociais, levando em conta a dimensão sociocultural e a importância de refletir para agir com solidariedade, justiça e fraternidade a fim de tornar as pessoas mais felizes. Conforme Ferreiro (2005, p. 13) “ler e escrever são construções sociais. Cada época e cada circunstância histórica dão novos sentidos a esses verbos”, por isso depende muito do meio socioeconômico que este indivíduo está inserido.

2.2 NÍVEIS DE ALFABETIZAÇÃO

Para entendermos melhor o processo de alfabetização de cada crianças, as bolsistas fizeram um levantamento através de sondagens, sobre qual nível alfabético as crianças se encaixavam, mas antes disto foram procurar o que seria estes níveis alfabéticos e como analisar as sondagens.

AZENHA (1994) na obra “Construtivismo: de Piaget a Emília Ferreiro”, apresenta um capítulo intitulado “A evolução da Escrita”, o qual as bolsistas utilizaram, como suporte teórico para análise das sondagens de alfabetização. No referido capítulo a autora apresenta explicações a respeito das primeiras escritas das crianças, escritas essas, já foram muito desprezadas pelos adultos, por serem considerados rabiscos, mas hoje, segundo a autora, isto vem mudando, pois as crianças quando fazem seus primeiros rabiscos estão colocando no papel suas primeiras concepções da escrita (AZENHA, 1994).

Referente à alfabetização, foi utilizado pelas bolsistas o método construtivista embasado nas pesquisas de Ferreiro e Teberosky, que tem como marco conceitual a Teoria Psicogenética de Jean Piaget. Segundo seus estudos, antes mesmo das crianças ingressarem na escola, elas já possuem algumas ideias e hipóteses sobre a leitura e a

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escrita, pois no seu cotidiano tem vários modelos e exemplos de leitura e escrita nos

mais variados contextos ao qual elas têm acesso.

As autoras identificaram cinco níveis de alfabetização, a saber:

No período pré-silábico I, a criança ainda não compreende a relação entre o registro gráfico e o aspecto sonoro da fala. Os traços são semelhantes com a escrita indiferenciada, o que torna a interpretação possível só pela própria criança. As escrever, a criança utiliza algum atributo do objeto, se o objeto for grande a escrita terá muitas letras, se o objeto for menor, a escrita terá poucas letras.

No segundo nível, pré-silábico II a criança começa a fazer diferenciações na escrita, nesse estágio possui duas hipóteses: a quantidade mínima de caracteres para que a palavra possa ser lida – nesse caso assume que a quantidade ótima é três – e a necessidade de variar os caracteres para se diferenciar uma palavra de outra.

No nível 3 – silábico, a criança começa a estabelecer relação entre o sonoro e o gráfico, atribui a cada letra ou marca uma sílaba falada. Pode ou não utilizar as letras com o valor sonoro convencional. Nesse período as crianças ainda entram em conflito com palavras dissílabas e monossílabas por considerarem a exigência da quantidade mínima de caracteres e pode utilizar qualquer letra para preencher a quantidade considerada como ideal.

No nível 4 - silábico-alfabética, a criança está em transição utiliza a hipótese silábica, mas também avança para o nível alfabético. Há acréscimos de letras. “Caracteriza-se estas pelo fato de algumas letras representarem sílabas enquanto outras representam fonemas.” (FERREIRO, 2010, p. 81).

Segundo Azenha (1994, p.85), no estágio da hipótese alfabética a criança usa cada um dos caracteres da escrita para corresponder a valores sonoros menores que a sílaba. Há o alcance de legibilidade da escrita produzida, mas ainda possui um problema a ser ultrapassado: não domina ainda as regras normativas da ortografia, essas poderão ser superadas com o ensino sistemático.

A elaboração das atividades realizadas nas sondagens de alfabetização e a análise diagnóstica destas foram baseadas e guiadas por estes autores, de acordo com suas teorias estudadas. Observando todos os níveis, realmente o professor precisa respeitar e orientar seu aluno para que o mesmo tenha resultados positivos com relação á aprendizagem. O educador precisa respeitar o tempo e as limitações de seus alunos, pois cada um tem sua forma de assimilar e aprender.

2.3 ATIVIDADES PROPOSTAS NAS SONDAGENS DE ALFABETIZAÇÃO

Pensando em como despertar a atenção das crianças das turmas em que faríamos as sondagens, primeiramente pensamos em atividades lúdicas de escrita para podermos

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realizar, as bolsistas construíram materiais lúdicos como: alfabetos móveis, imagens

de objetos conhecidos por eles, cartões com palavras escritas para leitura, e também alguns exercícios de escrita de nomes de objetos e de números, com o objetivo de criar um ambiente estimulador para a criança, onde Irovalha e Casagrande (2008, p.77) consideram que:

Se, no período anterior ao processo de alfabetização escolar, comprovadamente a criança pensa na escrita e nos símbolos que se apresentam no mundo que a rodeiam ao educador cabe criar um ambiente estimulador no qual ler e escrever tenham significado e função.

A utilização dos materiais lúdicos deixou as crianças mais interessadas em realizarem as atividades, e nós sentimos com isso maior eficácia na realização das mesmas. As atividades de escrita estavam de acordo com a realidade socioeconômica das crianças, as mesmas deveriam ordenar as vogais e as consoantes, escrever a palavra de acordo com a figura indicada.

Essas atividades foram propostas de uma forma lúdica, mas as bolsistas colaboraram com as crianças motivando-as e orientando-as no momento de realizarem a sondagem, podendo ao mesmo tempo observar o desenvolvimento das crianças com as atividades que estavam sendo propostas. Segundo Murcia (2005, p.61) o educador precisa ter um papel fundamental e conduzir o aluno na hora da aprendizagem, preparar um ambiente favorável e acolhedor, matérias pelos quais os alunos se interessem e organizá-los de forma adequada, de acordo com os diferentes níveis de desenvolvimento da criança.

3 METODOLOGIA

As sondagens de alfabetização foram realizadas pelas alunas bolsistas do PIBID/UNIFRA/Subprojeto Pedagogia, no período de março a abril de 2012, foi realizado com 43 crianças, sendo que 23 crianças do 3º ano e 20 crianças do 2ºano, no mesmo turno de aula. As crianças saíam em quartetos da sala de aula e se deslocavam para outra sala, para então fazerem as atividades da sondagem.

As crianças que realizam as atividades de sondagem são atendidas pelo Subprojeto da Pedagogia na escola. Quem aplicou as atividades de sondagem foram as bolsistas com atividades que as crianças deveriam ordenar o alfabeto, reconhecerem as vogais, escreverem palavras que estivessem de acordo com a figura estipulada, também foi utilizado o alfabeto móvel.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quando iniciamos com as atividades de apoio pedagógico e de monitoria, na escola, as professoras regentes nos encaminharam os alunos, segundo elas, apresentariam dificuldades de aprendizagem na alfabetização. No decorrer das atividades de monitoria e

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de apoio pedagógico, percebemos que as verdadeiras dificuldades não estavam

exatamente na questão cognitiva dos alunos, mas na metodologia de ensino, das professoras, não muito „atrativa‟ e nas condições socioeconômicas dos alunos que não são muito favoráveis para o desenvolvimento pleno das crianças.

A metodologia de ensino referida é uma metodologia tradicional, caracterizada por poucos momentos lúdicos, falta interatividade entre aluno e professor, pois o professor não proporciona momentos que o aluno sinta-se motivado, não realiza atividades que façam com que o aluno desperte sua vontade por aprender, atividades diversificadas com jogos e brincadeiras.

Sendo assim, com as sondagens de alfabetização buscamos uma metodologia interdisciplinar e lúdica, onde utilizamos jogos que auxiliem nas dificuldades, brincadeiras que dinamizem determinados conteúdos, a construção de materiais concretos, entre outras atividades que desafiem a criança a querer saber e fazer.

Constatamos também a falta de estímulo familiar com relação às questões da aprendizagem das crianças, bem como as questões socioeconômicas, pois estes alunos muitas vezes vão para a escola com fome, sem banho, ou seja, com a maior parte de suas necessidades básicas não atendidas.

Existem ainda aqueles alunos, onde detectamos que realmente há alguns fatores psicossociais que prejudicam sua aprendizagem, o que nos motiva planejar atividades didático-pedagógicas diferenciadas. E quando percebemos algum progresso no processo de aprendizagem dos alunos nos damos conta da importância do projeto PIBID/UNIFRA Subprojeto Pedagogia, que nos proporciona um estudo intenso a respeito da alfabetização, nos conduz a uma visão e atuação dinâmica nesse processo tão difícil, mas ao mesmo tempo prazeroso.

Segundo Freire (1996) às vezes mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor. E como acadêmicos enriquecemos a nossa bagagem com conhecimento teórico e a prática diária de uma sala de aula. Além de partilhar com os professores em atuação os conhecimentos teóricos e sugestões para uma metodologia mais dinâmica, que faça uma transposição didática para a vida do seu educando.

As atividades de apoio pedagógico e monitoria nos dão suporte para nossas ações enquanto bolsistas. Por meio delas conseguimos avaliar nossos fazeres e saberes enquanto estudantes do curso de pedagogia, bem como futuras pedagogas realmente comprometidas com a aprendizagem dos nossos alunos e com uma educação pública de qualidade.

As atividades da sondagem de alfabetização proporcionam as bolsistas à observação e o conhecimento do real processo de aprendizagem de cada criança, dados esses extremamente significativos para os momentos de planejamento das atividades de apoio

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pedagógico. A partir da sondagem, as bolsistas organizaram seu planejamento de

acordo com as necessidades das crianças, do que realmente elas precisam para que a aprendizagem ocorra realmente. As bolsistas conheceram melhor a realidade de cada aluno e assim será melhor e mais fácil organizar as atividades propostas na sala de aula, o trabalho se tornará mais prazeroso, e os resultados na aprendizagem serão positivos.

Com a realização destas sondagens podemos pensar em um planejamento direcionado, conforme o nível de alfabetização de cada criança, esperando assim obter um bom desempenho na aprendizagem no final do ano ou de cada semestre. Estamos observando um progresso significativo das crianças antes e depois das sondagens, notando a importância dessas atividades direcionadas.

É fundamental salientar também que a sondagem realizada por nós bolsistas facilitou a execução do nosso trabalho, para que na hora de aplicação das atividades planejadas, pudéssemos saber por qual caminho seguir, conhecer nossos alunos e a realidade em que estão inseridos. Com certeza resultará em um trabalho didático-pedagógico melhor planejado e com mais qualidade nos processos de alfabetização.

Do total de 39 criançasque participaram das sondagens de alfabetização, do 1º ao 3º ano do ensino fundamental: 13 crianças estão no nível pré - silábicos; 05 no nível silábico; 09 no nível silábico - alfabético; e 12 no nível alfabético.

CONCLUSÕES

Com os saberes e as vivências experimentadas nas sondagens de alfabetização, podemos perceber o quanto é fundamental observarmos o que a criança já traz consigo de experiências e de conhecimentos. Para que possamos a partir desses conhecimentos, elaborar planejamentos de ensino que se baseiam nas implicações pedagógicas, obtendo uma aprendizagem de qualidade de ensino que tenham como reflexo, desenvolver a leitura e a escrita.

A partir da concepção construtivista, a sondagem é importante porque vem contribuir no processo de alfabetização, sendo relevante para que os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental tenham a possibilidade de adquirir um conhecimento que é construído a todo o momento, interagindo com o meio e dando a maior importância para os conhecimentos prévios das crianças.

A turma pode ter crianças em diferentes níveis de conhecimento em relação à escrita. O professor alfabetizador não deve encarar isso como um problema. Cada aluno é importante e traz características que devem ser identificadas e aproveitadas. Certamente há uma infinidade de descobertas a serem feitas pelos futuros leitores e escritores, e com certeza irão precisar de muitos desafios para expressar o que pensam e compreenderem o que lêem.

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Não podemos ignorar os conhecimentos dos alunos, pois a escola não é um

mundo a parte de suas vidas, e temos que valorizar sua aprendizagem e assim apresentar os novos saberes, não rotular, não subestimar, como se fossem “caixas vazias” e compartimentadas. E sim, alfabetizá-los letrando, com objetividade, clareza, significado, enfim, sem fragmentar o ensino, sem ensinar pela metade, graduando as dificuldades dos educandos. Acreditar sempre que é possível alfabetizar e alfabetizar com qualidade, acreditar sempre no seu potencial. Nós bolsistas temos um papel fundamental e muito importante nesta história. Não deixar jamais que nossos alunos percam a vontade de aprender e que acreditem num futuro mais justo e melhor.

REFERÊNCIAS

AZENHA, Maria da Graça. Construtivismo: de Piaget a Emília Ferreiro. São Paulo: Ática, 1994.

BOLZAN, Doris Pires Vargas (Org.). Cultura escrita na sala de aula: compartilhar e reconstruir saberes. In:______. Leitura e escrita: ensaios sobre alfabetização. Santa Maria, RS: Editora da UFSM, 2007. Cap. 1, p. 21-30.

FERREIRO, Emília. Passado e presente dos verbos ler e escrever. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 25. ed. São Paulo: Cortez, 2010a.

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários a prática educativa. 1996.

IROVALHA, Cleversin Aparecida. CASAGRANDE, Juliana. O lúdico no processo de alfabetização. In: ROSA, Adriana (Org.). Lúdico & Alfabetização. 1.ed. (ano 2003). 6. Tir. Curitiba: Juruá, 2008.p. 77.

MURCIA, Juan Antonio Moreno. Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre: Artmed, 2005.

SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.). Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos. Petropólis, RJ: Vozes, 1997.

WEISZ, Telma. Os analfabetos funcionais são fruto de uma escola que produz não-leitores. Nova Escola, São Paulo, n. 251, p.35-37, abr. 2012.

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