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PILLAR DE OLIVEIRA PUBLICIDADE APLICADA AO DESIGN DE EMBALAGENS, TENDÊNCIAS E CONSUMO.

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Linhares 2018

PILLAR DE OLIVEIRA

PUBLICIDADE APLICADA AO DESIGN DE EMBALAGENS,

TENDÊNCIAS E CONSUMO.

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Linhares 2018

PUBLICIDADE APLICADA AO DESIGN DE EMBALAGENS,

TENDÊNCIAS E CONSUMO.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras Linhares, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Publicidade e Propaganda.

Orientador: Mariana Sacchetto

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PILLAR DE OLIVEIRA

PUBLICIDADE APLICADA AO DESIGN DE EMBALAGENS,

TENDÊNCIAS E CONSUMO.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras Linhares como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Publicidade e Propaganda.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Jussara Carvalho de Oliveira

Prof(a). Luiz Felipe de Carvalho Macena

Prof(a). Luziane Cristine Coelho da Silveira

Coordenador(a) . Mariana Guidolini

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OLIVEIRA, Pillar. Publicidade aplicada ao design de embalagens, tendências e consumo. 2018. 21. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Publicidade e Propaganda) – Faculdade Pitágoras Linhares, Linhares, 2018.

RESUMO

A embalagem é algo que participa assiduamente do dia a dia de todas as pessoas, as embalagens que são desenvolvidas ganham um papel essencial para o ser humano, com isso, todo tipo de embalagem seja ela qual for o seu seguimento, facilita no transporte e na qualidade do produto, além de ter o poder de convencimento e encantamento até o consumidor, transmitindo assim as informações necessárias e úteis que o consumidor final tem a necessidade de conhecer. Este estudo apresenta de forma clara como a mente do consumidor funciona como o produto pode ser vendido da melhor forma, além da história da embalagem que chega até o Brasil.

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OLIVEIRA, Pillar. Publicidade aplicada ao design de embalagens, tendências e consumo. 2018. 21. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Publicidade e Propaganda) – Faculdade Pitágoras Linhares, Linhares, 2018.

ABSTRACT

The packaging is something that participates assiduously in the everyday life of all people, the packages that are developed play an essential role for the human being, with that, all type of packaging is whatever it is followed, facilitates in the transportation and in the quality of the product, besides having the power of convincing and charming to the consumer, thus transmitting the necessary and useful information that the final consumer has the need to know. This study presents clearly how the mind of the consumer functions as the product can be sold in the best way, in addition to the history of packaging that arrives in Brazil.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 13

2. DESAFIOS DO DESIGN ... 15

3. PSICOLOGIA DO CONSUMIDOR... 18

4. HISTÓRIA DAS EMBALAGENS ... 21

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 25

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13 1. INTRODUÇÃO

A cada dia que passa os consumidores ganham maior destaque perante as marcas, sendo eles os agentes fundamentais para o crescimento e desenvolvimento delas. Desta forma tendem a conhecer melhor as necessidades do seu público, conhecendo e adaptando suas técnicas de persuasão para que haja um impacto maior com seus consumidores na hora da decisão de cada compra. Atualmente vivemos em um mundo onde as empresas se enfrentam diariamente, na geração de produtos similares, desde as características do produto, ao preço dele. Praticamente todos os produtos de consumo são vendidos perante a sua embalagem. O espaço das prateleiras de exposição são as primeiras interações entre os produtos apresentados e o consumidor no ambiente de varejo, sendo assim o designer deve fazer o melhor para expor de forma correta o produto. Hoje em dia, as embalagens não servem apenas para as funções tradicionais, com a única função de proteger e organizar o produto. Ela possui o dever de atrair o público, prendendo sua atenção, motivando o cliente a comprar satisfazendo o seu desejo de consumo.

Uma embalagem deve ser extremamente bem planejada para que haja uma boa visibilidade entre o seu produto e o cliente que a marca deseja atingir, ou seja, se seu produto for bem visto, será bem quisto. Deste modo, uma embalagem bem planejada pode atrair o consumidor e ser relevante na hora da escolha e compra do produto. Sendo assim o designer desse produto deve estar antenado as inovações e tecnologias, dando ênfase no conjunto completo do que está sendo planejado, desde o corpo da embalagem, o tipo de material, cor, até a tipografia utilizada para que chame atenção e se diferencie entre as demais marcas, melhorando assim a venda e a empatia do produto com o cliente destinado.

Como a embalagem de um produto influência na decisão de compra? Geralmente, a influência que acontece na hora da compra é através de amigos, familiares e meios de comunicação. Porém, a embalagem acaba sendo uma ponte para a influência da venda, sempre tentando chamar atenção do cliente, apelando para as cores contrastantes e formas diferenciadas dos produtos.

Sendo assim, devemos entender como uma embalagem pode influenciar na hora da compra de cada consumidor, pois cada um dos consumidores tem a sua cultura, classe social, crenças entre outros costumes. Entretanto, iremos apontar a importância e os desafios do design de embalagens, relatar a relação do consumidor

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14 para com o design emocional e sua influência no ato da compra, além de descrever sobre a história da embalagem no Brasil.

Este trabalho se dá pelo início das pesquisas bibliográficas em busca do tema, tendo como seu desenvolvimento em torno da área de publicidade e propaganda, baseando-se nas obras já publicadas descrevendo as emoções dos consumidores na hora do ato da compra, verificando se há uma influência por parte das embalagens. Teremos como base livros publicados desde os anos 80, com grandes assuntos abordados, até os mais atuais, com renomados autores como Regina Blessa, Armando Sant’anna, Robert Brindghrust, Sarah Roncarelli, Candace Ellicott entre outros autores, além de pesquisas e dados mais atualizados para um melhor entendimento do assunto em nossa época. Sendo assim, este estudo poderá contribuir para futuros estudos sobre o tema discorrido, já que haverá novas tendências e mudanças de mercado, sendo necessário, fazer um estudo ou análise do assunto para entendermos como o uso do design e seus fundamentos têm influenciado na decisão de compra dos consumidores.

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15 2. DESAFIOS DO DESIGN

2.1 Processo do Design

Tomando como base o que já foi escrito anteriormente, serão apresentados neste capítulo os desafios do design de embalagens. Uma embalagem bem elaborada faz uma grande diferença na hora que o cliente irá realizar sua compra, pois chamará a atenção no ponto de venda.

Segundo Gade (1980, 158 p) poucos consumidores se rendem a experimentar um produto novo. Quatro apresentações semanais do produto, levam as pessoas a comprarem mais cedo do que comprariam sem a mensagem enviada através da embalagem e de mensagens visuais. Oito a quinze apresentações do produto dão os melhores resultados em termos também de retorno de investimento.

Para uma boa empatia com seu público alvo, devemos fazer uma ligação emocional para que o consumidor seja entretido e envolvido com o produto que está sendo vendido.

Segundo Roncarelli e Ellicott (2010, 122 p) os consumidores de hoje estão menos interessados em comprar produtos para atender suas necessidades básicas e mais interessados em se engajar com marcas cujos valores os satisfaçam emocionalmente.

Para que uma embalagem faça uma boa ligação com o cliente, deve ter um

design que seja adequado a ele, no processo de design não precisamos nos limitar

para elaborar algo a um determinado público-alvo, contar histórias, informar, explorar padrões da marca entre outros equilíbrios adequando ao público através do produto pode ser uma boa pedida para que haja uma interação e que o consumidor procure pelo produto na sua próxima compra.

Segundo Roncarelli e Ellicott (2010, 122 p) a embalagem tem em suas mãos a oportunidade de oferecer a melhor experiência emocional, mexer com os sentidos e antecipar emoções, como satisfação, orgulho, felicidade, prazer, confiança e entusiasmo ao cliente.

Devemos lembrar que cada público tem sua preferência, cultura, costumes e isso se refletem na embalagem que será exposta.

2.2. Materiais e Rótulos

Os materiais de cada embalagem devem ser escolhidos a dedo para melhorar o contato com o seu público-alvo, quando um material é bem escolhido, acaba

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16 melhorando a experiência do produto, visualmente falando, criando interesses ao consumidor.

O produto pode ser feito em diversos materiais como, por exemplo, plástico, metal, papel cartão, vidro, entre outros materiais que fazem toda a diferença na versão final do produto, pois é isso que chamará a atenção do consumidor na hora da compra.

Segundo Roncarelli e Ellicott (2010, 48 p) um estudo da Wharton School of

Business mostrou que 50% das decisões de compra são tomadas em frente à

prateleira.

Podemos lembrar-nos de uma embalagem apenas pela forma que ela tem, sendo uma parte fundamental das características da marca, ela consegue transmitir mensagens e definir memórias visuais para o produto. Com os rótulos não seria diferente, em média um cliente dedica de cinco a sete segundos passando seus olhos pelas prateleiras observando suas etiquetas. Rótulos diferentes e inovadores são os que mais chamam atenção a ponto do cliente se aproximar do produto apenas para observa-lo, criando um destaque superior na prateleira em comparação de outros produtos com rótulos simples.

Um ponto muito importante para as embalagens é a tipografia que será posta no rótulo, pois a letra é um elemento essencial em todo tipo de embalagem, elas que terão as informações necessárias para compor o produto.

Segundo Spiekermann (2011, 27p) desde que as pessoas começaram a registar coisas pela escrita, tiveram que considerar o seu público antes mesmo de colocar a pena no papel.

Deve-se lembrar de que cada embalagem teu as suas devidas considerações na escolha da tipografia, além da leitura sempre estar devidamente clara e legível para todo tipo de consumidor.

Um rótulo deve ter seu nome e informações sobre determinado produto, mas sua forma pode ir além do tradicional, fazendo com que os consumidores percebam como o produto é no seu interior, dando destaque tanto no produto quanto na embalagem.

2.3. Revisão do Produto

Para que o produto fique perfeito na prateleira, deve-se haver uma revisão com o rótulo no final do processo de criação.

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17 Segundo Roncarelli e Ellicott (2010, 198p) mesmo que não haja imprevistos, às vezes, a imagem vista no monitor do computador, reproduzida numa folha de papel impresso, causa um choque, pois são visões distintas.

O designer deve sempre estar atento a esses detalhes, ele deve receber uma prova de cores antes da tiragem final do produto, essa é a última chance de ajustar algo, caso possua algum tipo de erro, garantindo que o design será exatamente como foi combinado.

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18 3. PSICOLOGIA DO CONSUMIDOR

3.1 Influência

Os seres humanos são bem influenciáveis, geralmente a influência no ato da compra vem de pessoas muito próximas como filhos, marido/esposa, amigos e as mídias em geral.

Segundo Gade (1980, p 89) a família é a primeira interação social do indivíduo, é o seu primeiro contato com o mundo das pessoas, é o seu primeiro contato com as atitudes. Formará aqui não só os seus primeiros valores e crenças sobre como viver, o que vestir o que comer, a quem frequentar e respeitar, mas também os preconceitos e estereótipos.

Para o público infantil, sua maior influência é sua família, sendo sua fonte principal de informações a ser reconhecida.

Segundo Gade (1980, p 89) a família é a fonte das informações, é a autoridade a ser consultada. Para a criança é autoridade incontestável e, só mais tarde, ao se desenvolver, descobrirá aos poucos que a autoridade é falível e não inteiramente fidedigna.

Outra fonte muito constante de influência sobre o consumidor é por meio de personalidades famosas nas mídias, influenciando na decisão de compra e de suas atitudes, surtindo um efeito muitas vezes superior as demais influencias. A personalidade é vista como elemento de influência na formação de atitudes, pois é de acordo com os traços de personalidades individuais, cada pessoa irá formar a sua atitude própria. (GADE, 1980)

Os consumidores preferem comprar seus produtos com base em influencias que ouviram do que pesquisar sobre o mesmo. Sendo assim, conseguimos perceber que os consumidores são influenciados por todos os lados.

3.2. Linguagem e Comunicação

O estudo do comportamento e da psicologia do consumidor é realizado para permitir o desenvolvimento de estratégias de marketing e de comunicação mais eficazes, ou seja, auxilia o entendimento de um problema e orienta sua correta solução. (VASCONCELOS, 2009)

A linguagem deve possuir uma conexão com o consumidor, seja no seu plano lógico ou emocional e sua comunicação deve transmitir o que precisa se necessário persuadir para conseguir o que deseja. A comunicação mediante anúncios, ações de relações públicas ou mesmo a comunicação dirigida é capaz de provocar emoções

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19 que disparam estímulos positivos ou negativos. Segundo Plutichick, as emoções básicas dos seres humanos são: medo, raiva, alegria, tristeza, aceitação, nojo, expectativa e surpresa. Essas emoções podem trazer benefícios vinculados ao produto ou à marca, e dessa forma, tornar-se razões para consumo. (VASCONCELOS, 2009)

Segundo Gade (1980, p 151) são tentadas várias formas de persuasão tendo em vista que a mudança de atitude pode ocorrer através do aumento do componente cognitivo, fornecendo novas informações, associação da mudança do componente afetivo e a uma tentativa de fazer com que o consumidor se engaje em comportamento contrário às suas tendências atitudinais, provocando assim uma modificação do componente comportamental.

Devemos lembrar que a comunicação e linguagem para com o consumidor são bem amplas podendo ser expostas de diversas maneiras, com o intuito de influenciar e atrair o cliente.

3.3. Decisão da Compra

A decisão de compra possui alguns níveis de envolvimento com o consumidor, podendo ser de grande relevância para seu usa pessoal, social e econômico da compra.

Segundo Gade (1980, p 168) a hora da tomada de decisão começa na infância e acompanha o homem até o fim dos seus dias e de certa forma a decisão sempre implica ganhos e gastos.

Nas ocasiões de compra com alto envolvimento em geral apresentam, no mínimo, uma de três características: a) o item a ser comprado é relativamente caro; b) a opção de compra pode ter consequências pessoais sérias; e c) o produto ou serviço pode refletir na imagem social do comprador. (PINHEIRO, 2011)

Já o envolvimento de produtos novos na decisão de compra é algo mais complexo, pois depende muito do ponto de vista e natureza de cada comprador, pois é necessário que o comprador veja uma ideia, um potencial ou até mesmo um diferencial do novo produto para um que o mesmo já está acostumado a comprar e consumir.

Um produto novo é uma mercadoria, serviço ou ideia que é percebido por alguns clientes potenciais como diferente do que já conheciam, tendo algum grau de ineditismo. Tal produto até já pode ter sido lançado há algum tempo, mas nossos interesses aqui é analisar como os consumidores aprendem sobre os produtos

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20 quando entram em contato com eles pela primeira vez. E também analisar como os consumidores tomam decisões sobre adotar ou não um produto que para eles é novo. (PINHEIRO, 2011)

Para que haja a decisão da compra, precisa-se passar pelo início do processo de compra e o pós compra.

Segundo Gade (1980, p, 176) o início do processo de compra pode se dar, quando o indivíduo se dá conta de que precisa de determinado produto e entra numa loja para adquiri-lo. As intenções do consumidor, portanto, ao entrar em uma loja, podem variar de um perfeito conhecimento daquilo que deseja adquirir no que diz respeito a produto e marca a de um desejo de matar o tempo, ou de uma vaga noção de que precisa comprar algo à compulsão para comprar e possuir algo.

Segundo Gade (1980, p, 180) o pós-compra, indica se o produto satisfaz as expectativas, se implica outras aquisições, pode ocorrer que as expectativas do consumidor não sejam satisfeitas. A expectativa do consumidor pode ser vista como uma hipótese que, de acordo com a satisfação obtida, será confirmada ou rejeitada.

Sendo assim a decisão de compra pode ser afetada e modificada de diversas formas antes, durante ou depois da compra de um determinado produto.

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21 4. HISTÓRIA DAS EMBALAGENS

4.1 História das Embalagens no Brasil

A história das embalagens no Brasil foi marcada pela abertura dos portos com a vinda de João VI para o Brasil em 1808, que iria modificar tão profundamente a economia, a cultura e a política brasileiras, também influiu no destino das embalagens. Não seria exagerado dizer que os mercadores, sobretudo os ingleses, tomaram de assalto o mercado brasileiro, até então monopolizados pela Coroa Portuguesa. (CAVALCANTI; CHAGAS, 2006)

Até então, o Brasil estava impedido de participar de qualquer atividade que pudesse envolver produção que concorresse com Portugal. (NEGRÃO; CAMARGO, 2008)

Segundo Cavalcanti e Chagas (2006, p, 16) com isso, começou a importação de grandes produtos, principalmente de bebidas como vinhos, licores e cervejas. Na Figura 1, mostra um dos primeiros rótulos de cervejas já feitos.

Figura 1 - Rótulo da Cerveja Brahma

Fonte: Cavalcanti e Chagas (2006, p. 40).

Essas importações garantiam um bom número de garrafas cheias com todos os tipos de bebidas alcóolicas, sobretudo vinhos, licores e cervejas. Várias caixas de cerveja fizeram parte do primeiro desembarque de mercadorias em 1808. Depois de esvaziadas, elas ganhavam outra serventia (CAVALCANTI; CHAGAS, 2006, p. 16).

O comércio era feito em pequenos estabelecimentos: os produtos eram transportados em barris ou sacos de estopa; posteriormente, eram pesados nas quantidades solicitadas pelos compradores e, em sacos menores, eram levados para casa. Até este momento, proteger e transportar ainda eram as únicas finalidades da embalagem. (NEGRÃO; CAMARGO, 2008, p. 25).

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22 Em 1861, a indústria vidreira crescia no Rio de Janeiro e se espalhava por várias províncias. Durante seis décadas (só encerrou suas atividades em 1940), a fábrica produziu toda a espécie de objetos de vidros, distinguindo-se, sobretudo pela qualidade de suas taças de cristal. O número de consumidores ia aumentando. E não apenas consumidores de bebidas alcoólicas, mas também de perfumes franceses, muito apreciados pelos brasileiros. O gosto era tamanho que, em 1867, o Brasil se tornou o segundo maior importador de perfumes da França. Perdia apenas para a Inglaterra, mas superava em quatro vezes as compras dos Estados Unidos. (CAVALCANTI; CHAGAS, 2006, p. 18).

Segundo Negão e Camargo (2008, p. 26) até o início do século 20, as embalagens estavam estreitamente relacionadas a movimentos artísticos e seus rótulos refletiam estas referências visuais.

4.2. Marcas e Rótulos no Brasil

As marcas surgiram para identificar produtos manufaturados como doces, bebidas, sabão, remédios, tecidos, rapé, charutos e, sobretudo cigarros, que nas últimas décadas do século XIX correspondem a praticamente metade do total das marcas existentes. Para Cavalcanti e Chagas (2006, p. 31) quem pensa em marca, pensa diretamente em rótulos, sendo assim, rótulos têm vida breve. Na Figura 2, apresenta um dos rótulos de cigarros que na época eram comercializados.

Figura 2 - Rótulo de Cigarro

Fonte: Cavalcanti e Chagas (2006, p. 34)

Era notável como os fabricantes em modo geral gostavam de chamar a atenção de todos os consumidores.

Os rótulos em especial e o aspecto visual das embalagens de maneira geral estavam destinados a ocupar um espaço fundamental, e não apenas no ramo de

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23 cigarros, mas em todos aqueles em que é preciso atrair o consumidor final. (CAVALCANTI; CHAGAS, 2006, p. 35).

Nos anos seguintes, surgem empresas visionárias que investem fortemente na consolidação de sua imagem institucional e na imagem da marca de seus produtos, com o objetivo claro de se destacarem dos concorrentes. Algumas dessas empresas e marcas pioneiras foram a Coca-Cola, Gessy Lever, Gillete, Colgate-Palmolive, Johnson & Johnson e Nestlé, entre outras (NEGRÃO; CAMARGO, 2008, p. 26).

A partir deste momento, a embalagem passa a ter, então, novas funções. Além de proteger e transportar, a embalagem passa a informar, identificar e promover produtos e marcas.

Os elementos de qualquer embalagem, aí incluídos materiais, formato, tampa, cor predominante, rótulo, logotipo e texto, podem ser analisados isoladamente, mas só ganham sua verdadeira identidade quando são vistos como um todo. É isso que faz determinada embalagem ser imediatamente reconhecida, mesmo quando distante demais para ser lida. (CAVALCANTI; CHAGAS, 2006, p. 59).

4.3. Futuro das embalagens

Muitos artistas colaboraram na indústria da embalagem brasileira, desenhando rótulos e, às vezes, desenvolvendo até mesmo desenhos especiais de letras para certos produtos. A partir dos anos 1950, com a importância crescente da função comunicativa das embalagens, vários artistas e designers passaram a ocupar-se sistematicamente de projetos de invólucros, determinando matérias e estabelecendo hierarquias de informações nas superfícies impressas. Alguns designers conceberam embalagens como parte de sua tarefa de desenvolver identidade corporativa de empresas. Já alguns artistas passaram a ser sistematicamente convidados por empresas para desenvolver projetos especiais, brindes e embalagens comemorativas. (CAVALCANTI; CHAGAS, 2006, p. 223).

Sobre o futuro das embalagens, temos pistas do que está por vir, como a nanotecnologia e a possibilidade de alterar a estrutura das matérias-primas e sua funcionalidade e desemprenho. Para Cavalcanti e Chagas (2006, p. 222) torna-se também mais comum e presente o lançamento de embalagens funcionais, que, por exemplo, preparam o produto na hora de consumi-lo, misturando seus componentes, aquecendo-o ou esfriando.

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24 Segundo Cavalcanti e Chagas (2006, p. 211) hoje, o homem sabe no mínimo pegar a lasanha no freezer e pôr no forno, tanto o que mora sozinho, como o casado. Os filhos adolescentes aprendem esse bê-á-bá da sobrevivência nas metrópoles, pois muitos deles ficam em casa na hora da refeição, enquanto o pai e a mãe ainda não voltaram do trabalho.

Sendo assim, conseguimos perceber que nos últimos anos têm se multiplicado os lares com poucas pessoas, muitas vezes com apenas uma, solteiras ou recém-divorciadas, com a vida corrida e cheia de compromissos.

Engana-se quem pensa que o futuro está distante. Para Cavalcanti e Chagas (2006, p. 222) a história da embalagem está ai, com transformações e evoluções ocorridas desde o início dos tempos, quando os primeiro homens e mulheres descobriram a necessidade de transportar e proteger mercadorias. Sendo assim, percebemos que o futuro é o agora.

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25 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho possui finalidade em ajudar futuros profissionais da área de

design que pretender se aprofundar na área de design de embalagens, embasando

de forma clara e objetiva os pontos fortes dessa área, abordando os desafios do

design, da psicologia do consumidor e da história das embalagens no Brasil.

É nítido nesse trabalho que uma embalagem desenvolvida de forma correta, faz toda a diferença na hora da venda do produto chegando até o consumidor final, até para quem não pensava em comprar um determinado produto, pode acabar comprando, pois, sua embalagem chamou a atenção no ponto de venda. O consumidor dessa forma consegue ter empatia com os produtos apresentados, por conta do material utilizado e apresentado na embalagem. Algo que cresce cada vez mais é o entendimento da psicologia do consumidor no ato da compra, entendendo esse setor é possível prender a atenção do consumidor, fazendo com que o cliente sinta vontade de comprar e/ou experimentar o seu produto. Sendo assim é de extrema importância entender o que se passa na hora da compra do consumidor.

A história da embalagem no Brasil é posta como algo importante para quem entra na área de design de embalagens, para que tenha ideia de como foi à chegada das embalagens no Brasil, quais as principais embalagens que eram utilizadas e como foi o processo até hoje.

E para finalizar, acredito que todos os objetivos que foram propostos, foram atingidos sendo possível tirar inspirações e ideias deste trabalho, verificando as necessidades dos consumidores com base nas embalagens apresentadas nos produtos, obtendo maiores chances de chamar a atenção e a aceitação do seu público.

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26 REFERÊNCIAS

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