EQUAÇO DE ESTADO DA MATÉRIA
DE QUARKS
ORIENTADOR: RODRIGO NEGREIROS
Niterói-RJ
Equação de Estado da Matéria de Quarks
Trabalho de monograa apresentado ao
urso de graduação em Físi a
-Ba harelado, da Universidade Federal
Fluminense, omo requisito par ial à
on lusão do urso.
Aprovada emagosto de 2013.
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Rodrigo Pi anço Negreiros
UFF
Prof. Dr. Roberto Linares
UFF
Prof. Dr. Antnio Delno
UFF
Niterói-RJ
A matéria de quarks omo um novo estado da matéria foi on ebida logo após a
ons-tatação que os quarks, onstituintes dos nu leons(protons e neutrons), estão sujeitos a
hamadaliberdadeassintóti a. Quando a matériahadrni a seen ontraemsituaçõesde
densidadee/outemperaturasextremasainteraçãoentreosquarkssetornaextremamente
fra a.
Explorandoa liberdadeassintóti a podemos tomar amatéria de quarks, emprimeira
aproximação, omo um gás fra amente interagente. Tratando o gás a temperatura nula,
utilizaremospropriedadesde um gás de Fermipara obteraexpressãoanalíti apara
pres-são edensidade de energiada matériade quarks.
A interação entre osquarks édes rita pelaCromodinâmi a Quânti a (Quantum
Ch-romodynami s eminglês, ou QCD). Embora saibamos que elaseja a teoria fundamental
quedes reveainteraçãoforte,asuanaturezanãolineareasdi uldadesqueapare emno
tratamentodamatéria omdensidadenitatornamaQCDnãomuitoadequadapara
ob-terresultadosparaequaçãodeestado,oquenoslevaare orreramodelosfenomenológi os.
Atualmenteexistemmuitosmodelos,quejuntostêmsidobemsu edidosnaexpli ação
deumgrandenúmerosdefenmenosemfísi adepartí ulas. Umdosmodelosmaisusados
é o hamadoMIT bag model, queéum modelo baseado naliberdadeassintóti a,onde a
ıbag
(sa olaemportuguês)é umaentidade fenomenológi aque forne eapressãointerna de magnitudeBparamanterosquarks onnados. Paraessemodeloapressãodosquarkse leptons ébalan eada pelapressão externa total da
ıbag”
.P
+ B =
X
f
P
f
(1)Onde
f
são asdiferentes espé ies de quarks eleptons onsideradas.Para haver estabilidade namatéria de quarks devemos in luiros efeitos daQCD. No
Mit bag model a presença da
bag
pode ser onsiderada omo um efeito de ordem zero daQCD. Efeitosde primeiraordemseriama tro ade um gluonentre os quarks, quenãoserão onsiderados neste trabalho.
Objetivo deste trabalho é obter a equação de estado da matéria de quarks em
equi-líbrio quími o e temperatura zero. Con entraremos nosso estudo da equação de estado
para diferentes valoresda onstanteB,separados emdois asos emque amassadoquark
strange é100MeV e 150MeV.Com isso esperamos obter on lusõessimples sobre as
pro-priedades da matéria de quarks, tendo em vista que a equação de estado é de grande
importân iapara sedeterminar aspropriedadesmi ro ema ros ópi asde sistemas omo
estrelas ompa tas.
No apítulo 2 iremos rever as propriedades de um gás de fermi, no apítulo 3 o
on- eito de matéria de quarks será introduzido e suas propriedades e a equação de estado
Um gás de N férmions pode ser des rito por uma função de onda antissimétri a que dá
origem a função de distribuição de Fermi-Dira
f
(ε)
,que forne e a probabilidadede que um estado de energiaε
esteja o upado para um gás de férmions em equilíbrio térmi o temosf(ε) =
1
e
β
(ε−µ)
+ 1
(2) Ondeβ
=
1
κ
B
,
κ
B
é a onstante de Boltzman eµ
o poten ialquími o.Umgás quânti o noestado fundamental, om temperaturanula, está ompletamente
degenerado. Para férmions em T=0, a probabilidade de um estado de energia
ε
estar o upado é dado por uma função degrau [7℄, ou seja, a o upação de apenas um fermion,omo mostra aFigura 1.
Para T=0 então
f(ε) = 1, µ = ε
F
(3)Figura1: Distribuiçãode Fermi-Dira .
Para análise das propriedades doestado fundamental de N férmions de spin 1/2 não
interagentes onnadoaum volume V, onsidere uma partí ulade spin1/2 que pode ser
partí ulasem interaçãoasso iada a um nível de energia
ε
édada por−
¯h
2
2m
(∂
2
x
+ ∂
2
y
+ ∂
2
z
)ψ(~r) = εψ(~r)
(4)Estandoogás onnado aum volumeV=
L
3
afunção de onda deveatender as
ondi-ções de ontorno de Born-VonKarma,então éobtido o vetor de onda daforma
k
x
=
2πn
x
L
, k
y
=
2πn
y
L
, k
z
=
2πn
z
L
(5)Como a solução são ondas planas, obtemos que
ψ(~r)
é um autoestado do operador momento om autovalor~
p
= ¯h~k
(6)Cadaníveldeumapartí ulaéespe i adopelovetor deonda
~k
epelaprojeçãodoseu spin. Portanto para ada valor de~k
permitido existem dois níveis asso iados, um para adadireçãodespin. Dea ordo omoprin ípiodeex lusãode Pauli, sópodemos olo ar2 partí ulaem ada nível,um para ada estado,partindo donívelde mais baixaenergia
e preen hendo até que se tenha distribuido todos as partí ulas. A região o upada será
indistinguível de uma esfera no espaço dos momentos; essa esfera é hamada de esfera
de fermi, que representa a distribuição as partí ulas do gás quando este está no estado
fundamental. O raio da esfera é
k
F
, que está asso iado a energia de fermiε
F
, esta é denida omo aenergia donível mais altoo upado noestado fundamentaldo gás.A partirda energiade fermié denida a temperatura de fermi
T
F
=
ε
F
κ
F
(7)
Umimportanteresultado,queé onsequên ia doprin ípiode ex lusãode Pauli, éque
a pressão exer idapelogás de férmionsé diferentede zero noestado fundamental.
Quando a temperatura não é zero, naaproximação partí ula independente a energia
interna U éa soma dos níveis de uma part¢ulade energia
ε(~k)
vezes o número médio de partí ulano nívelU
= 2
X
k
ε(~k)f (ε)
(8)Ondeo fator 2denota osníveisde spin para osvalores de
~k
permitidos. Podemos es rever adensidade de energiau
=
U
V
omou
=
Z
d~k
4π
3
ε(~k)f (ε)
(9)A partirda densidade de energia, éobtido adensidade de entropia
s
s
= −κ
B
Z
d~k
4π
3
[f ln f + (1 − f ) ln(1 − f )]
(10) Uma vez que o número de total de N partí ula é exatamente a soma de todos os níveisN
=
X
i
f(ε
i
)
(11)Portanto adensidade de partí ulas
n
=
Z
d~k
4π
3
f
(ε)
(12)Dado o poten ialquími o
µ
=
G
N
, onde Gé a energialivre de GibbsG
= U − T S + P V
(13)Uma vez que pressãoP satisfaça essa relação, obtemos
P
= −κ
B
T
Z
d~k
4π
3
ln(1 + exp
(
−ε
k −µ
κB T
)
)
(14) 3 Matéria de QuarksPropriedades da matériasob ondiçõesextremas de altas densidades é de grande
impor-tân ia para uma melhor ompreenssão da hamada QCD(Quantum Chromodynami s),
poisnesta ondiçãohápossibilidadede libertarquarksdoseu estado onnadodentrode
hádrons e tranformá-los em uma nova fase ujos muitos quarks e gluons estão presentes
num estado de plasma,o quark-gluon plasma.
Embora a QCD seja uma teoria fundamental para es ala nu lear e subnu lear, o
o-nhe imentoatual daQCD aindanão émuito adequadopara obterresultados práti osno
estudo damatériade quarks, portantoserá utilizadoummodelofenomenológi obaseado
na liberdadeassintóti a onhe ido omoMIT bag model.
3.1 Propriedades da Matéria de Quarks
Como onsequên ia da liberdade assintóti a a interação entre os quarks a pequenas
dis-tân iassetorna fra a, adistân iasgrandes, omparada adistân iasentre aspartí ulas, a
interaçãoentre quarksé desprezada, análogoao o que a onte e om ainteração
oulom-biana num plasmaem equilíbrio.
Para altasdensidades ainteraçãoresultanteentre quarksdeveser suentementefra a
eamatériadequarkspodeser tomada omoprimeiraaproximação omoumgásde Fermi
Considerando a matéria de quarks omposta de quark up(u), quark down(d) e quark
strange(s), temos que oequilíbrio
β
sob interação fra aimpli ad ↔ u
+ e + ν
(15)s ↔ u
+ e + ν
(16)u
+ e ↔ d + ν
(17)u
+ e ↔ s + ν
(18)s
+ u ↔ u + d
(19)Ondee denota oelétron,
ν
neutrino eν
antineutrino.Oequilíbrioimpli aque ospoten iasquími os das espé ies presentes namatéria
obe-de em asseguintes equações
µ
d
= µ
u
+ µ
e
(20)µ
s
= µ
d
(21)2
3
n
u
=
1
3
(n
d
+ n
s
) + n
e
(22)Onde
n
u
édensidadede quarkup,n
d
densidadedequarkdown,n
s
densidadede quark strange en
e
densidade de elétrons.Para que haja estabilidade na matéria é essen ial in luir os efeitos da interação da
QCD. Oprimeiroefeitodainteraçãoéatransferên iadeenergiado'vá uo'nafasede
des- onnamento, omparado om o vá uo hadrni o normal. Essa transferên ia de energia
porunidade de volume é des ritapela onstante
”bag”
B doMIT bag model[2℄.No MIT bag model, assume-se que as partí ulas existem no interior da
”bag”
[4℄. É adequado onsiderar a”bag”
omo uma entidade fenomenológi a que forne e a pressão internademagnitude Bpara manterosquarks onnados [1℄. Portanto paraeste modeloapressãoindividual
P
i
dequarkseleptonsnointeriorda”bag”
é ontrabalan eadaporB:P
= −B +
X
i
P
i
(23)A onstanteB éadi ionadaa densidadede energiadosistemadamesmamaneiraque
a pressão nointerior da
”bag”
é ontrabalan eada por B:ε
= B +
X
i
ε
i
(24)3.2 Equação de Estado da Matéria de Quarks
Para um simples modelo de quarks livresna
”bag”
,uma boaaproximaçãoé onsiderar a matéria de quarks omo um gás de Fermi de quarks não interagentes.As expressões analíti aspara pressão P, densidade de energia
ε
, densidade barini aρ
e densidade de entropia s obtidassãoP
=
X
f
1
3
γ
f
2π
2
Z
κ∂
κ
ε
f
(κ)[n(κ, µ
f
) + n(κ, −µ
f
)]κ
2
dκ − B
(25)ε
=
X
f
γ
f
2π
2
Z
ε
f
(κ)[n(κ, µ
f
) + n(κ, −µ
f
)]κ
2
dκ
+ B
(26)ρ
=
X
f
1
3
γ
f
2π
2
Z
[n(κ, µ
f
) + n(κ, −µ
f
)]κ
2
dκ
(27)s
= (∂
T
p)
V,µ
f
(28)Onde
ε
f
éa energia de fermiporsaborε
f
(κ) = (m
2
f
+ κ
2
f
)
1
2
(29)E
n(κ, µ
f
)
é a distribuição de Fermi-Dira dada pela equação (2). Os estados de po-ten ial quími o negativo representam as anti-partí ulas que para o aso estudado, T=0,não estão presentes(
n(κ, −µ
f
)
=0 ).A degeneres ên ia para quarksé dada por:
g
q
= N
color
.N
spin
.N
f lavor
(30)Como hadróns são singletos de or, todas as três ores estarão presentes na matéria
de quarksigualmente. Portanto adegeneres ên ia dos quarksporsabor:
γ
f
= 2
spin
.3
color
(31)Ofator
1
3
édevido adensidade barini a. Bárionssão estados ligadosde quarks om-postos pela ombinaçãode 3quarks, portantotemos 3quarks por bárion.3.3 Temperatura Zero
Neste trabalhoserá analisadouma situação extremanaqual atemperaturaénula, T=0,
permitindoumaestimativasimples,em dois asos.
As equações (24),(25)e (26) para T=0 tornam-se
P
= −B +
X
f
1
4π
2
[µ
f
κ
f
(µ
2
f
−
5
2
m
2
f
) +
3
2
m
4
f
ln(
µ
f
+ κ
f
m
f
)]
(32)ε
= B +
X
f
3
4π
2
[µ
f
κ
f
(µ
2
f
−
1
2
m
2
f
) −
1
2
m
4
f
ln(
µ
f
+ κ
f
m
f
)]
(33)ρ
=
1
3
X
f
κ
3
f
π
2
(34)De a ordo om a Equação (2)e utilizandoaEquação (28) temos
µ
f
= (m
2
f
+ κ
2
f
)
1
2
.
(35)Onde
κ
f
éomomentode fermiporsaboref
pode representarum dos seguintes u,d,s e e.A partirda Equação (35) podemos es rever
κ
e
= (µ
2
e
−
m
2
e
)
1
2
.
(36)κ
u
= (µ
2
u
−
m
2
u
)
1
2
.
(37)κ
d
= (µ
2
d
−
m
2
d
)
1
2
.
(38)κ
s
= (µ
2
s
−
m
2
s
)
1
2
.
(39)ρ
=
κ
3
u
3π
2
+
κ
3
d
3π
2
+
κ
3
s
3π
2
(40)Utilizando a ondição de equilíbrio quími o, equações (20) e (21), neutralidade de
arga, equação (22), e as equaçções (36), (37), (38), (39) podemos al ulara pressão e a
densidade de energia,emdois asos.
Oprimeiro asoestudadoseráogásatemperaturanula omamassadoquarkstrange
igual a 100MeV. O segundo será a massa do quark strange igual a 150MeV. Em ambos
os asos a massa do quark up e down é onsiderada aproximadamente nula. Isso pode
ser justi ado pelofato de as massas dos quarks e up e down poderem ser onsideradas
desprezíveis frente ao poten ialquími o do sistema. Na tabela1 sumarizamos osvalores
up 1.5-4
down 4.1-5.8
strange 100 -150
Tabela 1: Valores usadospara a massa dos quarks.
4 Resultados
Os resultados foram obtidos numeri amente para diferentes valores da onstante
”bag”
B
1
4
, listados na tabela abaixo. Tais valores foram es olhidos pois levam a matéria de quarks absolutamente "estável"(isto é,mais estávelque a matériahadrni a).B
1
4
=160MeVB
1
4
=170MeVB
1
4
=180MeVB
1
4
=190MeVB
1
4
=200MeVTabela2: Valores da onstante
”bag”
B.4.1 A relevân ia da massa do quark strange
A densidade de quarks up, down, strange edensidade de elétrons omo função da
densi-dade barini apara
m
s
=100MeVobtida pode ser vistanaFigura4eparam
s
=150MeV na Figura5.Foiobservadoqueparaosdiferentesvaloresda onstanteBadensidadede quarksnão
sofremudanças, ouseja,independeda onstanteB. Esseresultadojáera esperado,poisB
é um parâmetro global, logonão interfere na população(propriedade mi ros ópi a),mas
apenas na equação de estado(propriedade ma ros ópi a).
Podemos observar que a massa do quark strange tem grande inuên ia nas
proprie-dades mi ros ópi as do sistema. O fatodo quark strange ter uma massa nita levauma
diminuiçãodos mesmosembaixas densidades(baixo poten ialquími o),poisa energiade
fermi épropor ionaladensidade de partí ulas, e omoestamos tratando ogás noestado
fundamental, em baixas densidades temos um poten ialquími o menor. A neutralidade
de arga,requerquehajaum oaumentodadensidadedos elétrondevido adiminuiçãoda
densidade dostrange, omo pode ser observado omparando asFiguras 4 e 5. Tal efeito
1e-07
1e-06
1e-05
0.0001
0.001
0.01
0.1
1
10
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
n(fm
-3
)
ρ
(fm
-3
)
nx
ρ
nu
nd
ns
ne
Figura4: Densidadede quarks
n
u,d,s
edensidadedeelétronsn
e
omofunçãodadensidade barini aρ
param
s
=100MeV.4.2 A relevân ia da onstante "bag"
A equação de estadopara amatériaquark om valores diferentes da onstante
”bag”
B em
s
=100MeV, omomostraaFigura6eparam
s
=150MeV omomostraaFigura7,tem um ara ter quase linear que permane e prati amente inalterada para diferentes valoresdesta onstante.
É interessante notar que quando a massa do quark strange é tomada omo zero a
equação de estadose torna
P
=
(ε − 4B)
3
(41)que é exatamente uma relação linear entre a pressão e adensidade de energia. Esse fato
em onjunto omoresultadoobtido,mostraqueamassadoquarkdostrangenãotemum
papel muito relevante na equação de estado. Observamos que a onstante B entretanto
tem grande inuên ia nas propriedades ma ros ópi asdosistema.
Podemosentenderarelevân iada onstanteBobservandoqueparaumadadaenergia
temos valores diferentes da pressão para diferentes valores de B, quanto menor o valor
de B maior a pressão e portanto maior a dureza da equação de estado. Isso mostra
que a onstante
”bag”
tem um papel importante na estabilidade da matéria de quarks. Paraumvalorpequenoamatériaestranhanãoseforma,obtendoapenasmatérianu lear.1e-06
1e-05
0.0001
0.001
0.01
0.1
1
10
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
n(fm
-3
)
ρ
(fm
-3
)
nx
ρ
nu
nd
ns
ne
Figura5: Densidadede quarks
n
u,d,s
edensidadedeelétronsn
e
omofunçãodadensidade barini aρ
param
s
=150MeV.5 Con lusões
Neste trabalho foramestudados diversos on eitos e propriedades damatéria de quarks,
que é um estado da matéria barini a em equilíbrio quími o e altas densidades. E que
o on eito de matériade quarks surgiudo fato de os quarksestarem sujeitos a liberdade
assintóti a, ouseja,que ainteraçãoentre eles é su ientemente fra aemregiõesde altas
densidades.
Vimos que devido as ompli ações que apare em na teoria que des reve a interação
entre os quarks (QCD) faz se ne essário re orrer a modelos fenomenológi os. Neste
es-tudo utilizamoso modelo doMIT bag model emque assumimos que as partí ulas estão
no interior da
”bag”
, e apressão dos quarks é ontrabalan eada pelapressão dabag. No MIT bag model onsideramos os quarks e leptons do sistema omo um gás defermifra amenteinteragente ompostoporquarksup, down estrange etambémpor
elé-trons(ne essários para neutralidade de arga e equilíbrio quími o). In luindo os efeitos
de ordem zero da QCD, representados pela pressão e densidade de energia da
”bag”
, e tratando o gás atemperaturanulaobtemosa equaçãode estado(pressão omofunção daenergia) ea omposiçãoda matéria(populaçãode partí ulas).
Fizemos umaaproximaçãoemque asmassasdos quarks up edown eram desprezíveis
omparadosaos poten iaisquími osdosistema,de maneiraque massadessesquarkstem
efeito muito pequeno na equação de estado e omposição. A massa do quark estranho
por outro lado é signi antemente maior e tem um papel importante na omposição,
seus efeitos são parti ularmente visíveis em regiões de baixa densidade (baixo poten ial
quími o), onde o orre uma redução signi ativa desses quarks e, omo onsequên ia, o
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
1000
2000
3000
4000
5000
6000
P(MeV/fm
3
)
ε
(MeV/fm
3
)
Px
ε
B
1/4
= 160
B
1/4
= 170
B
1/4
= 180
B
1/4
= 190
B
1/4
= 200
Figura 6: Equação de estado da matéria de quarks, baseado no MIT bag Model, para
diferentes valores da onstante
”bag” B
1
4
em
s
=100MeV.Estudamos opapelda onstante B para aspropriedades dosistema. Observamos sua
relevân ia, exer endo um papel fundamental determinação da dureza de equação de
es-tado. No entanto notamos que a onstante B tem efeitonulona omposição do sistema
, sendo irrelevante nas propriedades mi ros ópi as, o que faz sentido já que esta é uma
propriedade global. Foivisto tambémque aequação de estado éindepende damassa do
quark strange, se mostrando prati amente linear nos asos onsiderados.
Estudos mais avançados requereriam a in lusão de efeitos mais omplexos, omo por
exemplo atro a de um glúon entre osquarks e possivelmente o estudo de modelos mais
omplexos omo ode Nambu-Jona-Lasinio.
Referên ias
[1℄ SamuelS. M. Wong, "Introdu toryNu lear Physi s", Prenti e-Hall, 1990.
[2℄ GordonBaym,"Quark matter",inStatisti alMe hani s ofQuarks andHadrons. H.
Satz, ed. NorthHolland,Amsterdam, 1981,p. 17.
[3℄ Norman K. Glendenning, "Compa t Stars: Nu lear Physi s, Parti le Physi s and
General Relativity",Springer-Verlag, New York, 2000.
[4℄ RodrigoNegreiros,Numeri alStudyofthePropertiesofCompa tStars,Dissertation,
The Claremont Graduate University and San DiegoState University, 2009.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
5500
P(MeV/fm
3
)
ε
(MeV/fm
3
)
Px
ε
B
1/4
= 160
B
1/4
= 170
B
1/4
= 180
B
1/4
= 190
B
1/4
= 200
Figura 7: Equação de estado da matéria de quarks, baseado no MIT bag Model, para
diferentes valores da onstante
”bag” B
1
4
em
s
=150MeV.[6℄ Neil W. Ash roft and N. David Mermin, "Solid State Physi s", Cengage Learning,
1976.
[7℄ SílvioRobertoAzevedoSalinas,"IntroduçãoàFísi aEstatísti a",EdUSP,SãoPaulo,
1997.
[8℄ Charles Kittel, "Introdu tionto Solid StatePhysi s", LTC, 2004.