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Perfil nutricional de pacientes com diabetes mellitus gestacional de uma maternidade pública da cidade de Florianópolis-SC

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CARLA SAVARIS

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL DE UMA MATERNIDADE PÚBLICA DA CIDADE DE

FLORIANÓPOLIS-SC.

Palhoça 2017

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CARLA SAVARIS

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL DE UMA MATERNIDADE PÚBLICA DA CIDADE DE

FLORIANÓPOLIS-SC.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Nutrição, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.

Professora: Prof. Amanda Alcaraz da Silva. Dra.

Palhoça 2017

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APRESENTAÇÃO

A presente pesquisa intitulada como “Perfil nutricional de pacientes com diabetes mellitus gestacional de uma maternidade pública da cidade de Florianópolis-SC”, foi previamente submetida e aprovada na disciplina de trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I, do curso de nutrição. Como forma de atender as normas estabelecidas para a disciplina de TCC II, a mesma está estruturada conforme o periódico estabelecido para submissão (Revista Brasileira de Nutrição Clínica). Em anexo estão apresentadas as orientações repassadas para os autores (ANEXO A) e a carta de recomendação do trabalho para banca e defesa pública (ANEXO B).

Atenciosamente,

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PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL DE UMA MATERNIDADE PÚBLICA DA CIDADE DE

FLORIANÓPOLIS-SC.

*Carla Savaris– Graduanda do curso de Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina-UNISUL

**Amanda Alcaraz da Silva - Professora Doutora da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL

Curso de Nutrição Universidade do Sulde Santa Catarina- UNISUL

Autor responsável: Amanda Alcaraz da Silva

Endereço para correspondência: Rua Vereador Walter Borges, nº480, apartamento 704 – Campinas, São José/SC.

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RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o perfil nutricional de gestantes com diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) atendidas em uma Maternidade Pública da Cidade de Florianópolis-SC MÉTODO: Estudo transversal, observacional com abordagem quantitativa realizado com 35 gestantes diabéticas, hospitalizadas em uma maternidade de referência obstétrica no período de outubro de 2017. Foram coletados dados clínicos, sociodemográficos, insulinoterapia, glicemia em jejum e pós prandial por meio de um formulário próprio e também por consulta no prontuário médico. Os dados antropométricos foram coletados pela pesquisadora e para classificar o estado nutricional considerou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional e gestacional, e foi avaliado o ganho peso gestacional na qual foram classificadas nas seguintes categorias: ausência ou perda de ganho de peso ou ganho de peso adequado ou excessivo. Apresentaram-se as variáveis quantitativas em médias e desvios padrão e para as variáveis categóricas as frequências absolutas e relativas.

RESULTADOS: As participantes apresentaram idade de 35 anos (±5,97), a média da idade gestacional foi de 30 semanas; a maioria iniciou a gravidez com sobrepeso (37,14%; n=13) ou obesidade (45,71%; n=16). Adicionalmente, durante a gravidez 54,28% (n=19) apresentaram obesidade e 80% (n=28) ganharam peso acima do recomendado. Houve associação significativa entre renda per capita e uso de insulina (p=0,027), e entre a classificação do IMC prévio a gestação e o atual (p=0,001).

CONCLUSÃO: Foi observado que mulheres com menor renda utilizaram maior uso de terapia insulínica e as que obtinham maior renda utilizavam menos insulina e as pacientes que apresentaram a classificação do IMC pré-gestacional de sobrepeso/obesidade, permaneceram com o perfil nutricional inadequado durante a gestação.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Gestacional. Estado nutricional. Obesidade. Diagnóstico

ABSTRACT

OBJECTIVE: To evaluate the nutritional profile of pregnant women diagnosed with Gestational Diabetes Mellitus (GDM) attended at a Public Maternity Hospital in the City of Florianópolis-SC

METHODS:

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pregnant women hospitalized in an obstetric referral maternity hospital in October 2017. Clinical, sociodemographic, insulin therapy, fasting and prandial glycemia data were collected through a self-administered form for consultation in the medical record. The anthropometric data were collected by the researcher and the pre-gestational and gestational Body Mass Index (BMI) was used to classify the nutritional status and the gestational weight gain was evaluated in the following categories: absence or loss of gain weight or adequate or excessive weight gain. The quantitative variables were presented in means and standard deviations and for the categorical variables the absolute and relative frequencies were presented.

RESULTS: The participants were 35 years old (± 5.97), mean gestational age was 30 weeks; the majority started overweight (37.14%, n = 13) or obesity (45.71%, n = 16). In addition, during pregnancy 54.28% (n = 19) presented obesity and 80% (n = 28) gained weight above the recommended one. There was a significant association between per capita income and insulin use (p = 0,027), and between the classification of BMI prior to gestation and the current one (p = 0,001).

CONCLUSION: It was observed that women with lower income used greater use of insulin therapy and those who obtained higher income used less insulin and patients who presented a pre-gestational BMI classification of overweight / obesity remained with inadequate nutritional profile during gestation.

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INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é uma desordem metabólica definida como qualquer grau de intolerância à glicose com início ou detecção durante a gestação. Na gravidez ocorrem adaptações hormonais, representadas pelo aumento dos níveis de hormônios antagonistas à ação da insulina, em particular, o estrogênio, a progesterona, o cortisol, a prolactina e o lactogênio placentário humano. Tais mudanças interferem no metabolismo dos carboidratos, podendo resultar, em alguns casos, em mulheres susceptíveis, no desencadeamento do DMG e, naquelas previamente diabéticas na dificuldade do controle metabólico, podendo ou não persistir após o parto.1-2

As taxas de prevalência possuem uma variação de acordo com as características da população com os critérios diagnósticos. No Brasil, chega a 7,6% de mulheres, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.3

O teste para o rastreamento da DMG ainda é controverso no Brasil, porém, os critérios de diagnóstico atualmente recomendados baseiam-se nos resultados do estudo

Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome (HAPO) o qual demonstrou a existência de

uma relação linear entre os valores da glicemia materna e a morbidade materna, fetal e neonatal.4 O diagnóstico é realizado por meio da dosagem da glicemia de jejum e da glicemia pós-prandial, as quais devem ser realizadas entre a 20ª e 28ª semana de gestação. Os pontos de corte estabelecidos são glicemia de jejum entre 92 a 125mg/dL e pós-prandial ≥180 mg/dL (pós-prandial – 1ª hora), sendo considerados pelo menos dois valores alterados para o diagnóstico.3

Os fatores predisponentes para o desenvolvimento do DMG são o excesso de peso antes e durante o período gestacional, multiparidade, antecedentes genéticos, idade materna acima de 35 anos e baixa escolaridade.5 Estudos demonstram que, no período puerperal, mulheres que tiveram DMG têm risco sete vezes maior de desenvolver diabetes mellitus do tipo 2 (DM2).6-7

Portanto estudar a influência do perfil nutricional prévio e gestacional e o ganho de peso excessivo durante a gestação poderá auxiliar na compreensão da relação estreita entre o estado nutricional materno e o DMG.8

O presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil nutricional de gestantes com diagnóstico de DMG atendidas em uma Maternidade Pública da Cidade de Florianópolis-SC.

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METODOLOGIA

Estudo transversal, observacional com abordagem quantitativa realizado no mês de outubro de 2017 com 35 gestantes internadas em uma Maternidade Pública de referência no atendimento obstétrico e neonatal localizada na cidade de Florianópolis-SC.

O protocolo de pesquisa e o termo de consentimento livre e esclarecido foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina sob o número 2.244.343.

A amostra foi obtida por conveniência e foram incluídas na coleta mulheres internadas para controle glicêmico, as quais concordaram em participar da pesquisa, com diagnóstico prévio de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), na faixa etária entre 18 e 45 anos, incluindo gestações de feto único ou gemelar e sem malformação.

A coleta foi feita por meio da aplicação de um formulário próprio contendo: identificação, dados sócios demográficos, história patológica, história obstétrica pregressa e atual, dados dietétios, antropometria, e dados laboratoriais, como: valores de glicemia em jejum e da glicemia pós-prandial na segunda hora. Os dados não contemplados durante a aplicação do formulário foram obtidos a partir do prontuário médico. Para avaliação do estado nutricional foram coletados peso atual, altura e o peso pré-gestacional foi referido pela paciente, aquelas que não sabiam informar, foi adotado o peso do primeiro trimestre de gestação. Vale destacar que todas as medidas antropométricas foram coletadas pela pesquisadora.

A partir do peso pré-gestacional, gestacional e altura foram calculados os Índices de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional e gestacional por meio da equação peso/altura². O valor de IMC pré-gestacional foi classificado em baixo peso (IMC: <18kg/m²), eutrofia (IMC:18,5kg/m² a 24,9kg/m²), sobrepeso (IMC: 24,9kg/m² a 29,9kg/m²) e obesidade (IMC>30kg/m²).9 O IMC gestacional foi avaliado de acordo com gráfico de Atalah et al. (1997)10 recomendado pelo Ministério da Saúde (2004)11 , bem como sua classificação.

A avaliação do ganho de peso gestacional foi realizada a partir do IMC pré-gestacional. Gestantes que se encontravam no primeiro trimestre aceitou-se um ganho de peso de 0,5g a 2kg, as que estavam no segundo e terceiro trimestre de gestação foram calculados por meio da taxa da média de ganho de peso em gramas. A paciente que apresentou a classificação do IMC com baixo peso (<18,5kg/m²), a taxa média de ganho de peso recomendada foi de 0,45g (0,45 a 0,58g/semana), a paciente eutrófica segundo o IMC (>18,5 a 24,99kg/m²) a taxa média de ganho de peso recomendada foi de 0,45g (0,36 a 0,45g/ semana), pacientes com sobrepeso segundo o IMC (25 a 29,99kg/m²) a taxa média de ganho de peso recomendada foi de 0,27g

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(0,22 a 0,31g/ semana) e as pacientes com obesidade segundo o IMC (>30kg/m²) a taxa média de ganho de peso recomendada foi de 0,22g (0,18 a 0,27g/ semana). O cálculo foi realizado da seguinte forma: 1ª trimestre de gestação (13) – semanas de gestação que a paciente se encontra= Y x taxa média de ganho de peso segundo o IMC pré-gestacional da paciente.³

As gestantes atendidas que se encaixavam no perfil de inclusão receberam orientações nutricionais individualizadas de forma verbal e lhes foram entregues um informativo com orientações dietéticas elaboradas pela pesquisadora e revisadas pela orientadora e nutricionista responsável da maternidade.

O banco de dados foi construído e organizado em planilha do programa Microsoft Excel® 2010 e analisado com o auxílio do programa estatístico Stata 11.0.Para análise estatística descritiva das variáveis contínuas foram calculadas as medidas de tendência central e dispersão (média e desvio padrão), e para as variáveis categóricas as frequências absolutas e relativas. Para comparações entre os grupos foi utilizado o teste exato de Fisher, sendo considerado o nível de significância de 95% (p=<0,05). Esse teste é indicado pela literatura para o tratamento de pequenas amostras.

RESULTADOS

Foram estudadas 35 gestantes, com média de idade de 35 anos (±5,97), sendo que 62,85% (n=22) tinham mais de 35 anos; 40% (n=13) tinham como nível de escolaridade o fundamental completo, com renda per capta familiar de mais de 3 salários mínimos. A maioria declarou ter sido encaminhada para maternidade por uma Unidade de Saúde Básica (77,14%) e 100% (n=35) das gestantes realizaram acompanhamento pré-natal, tendo como média 7 consultas (±5,88) até o momento da entrevista. A média da idade gestacional foi de 30 semanas (±8,53) sendo que 54,28%(n=19) estavam no 3ª trimestre gestacional; 77,14% (n=27) eram multíparas; 62,85% (n=22) relataram ter amamentado em outras gestações e cerca de 42,85% (n=15) amamentou por mais de 6 meses. 71,42% (n=25) das multíparas tinham um intervalo intergestacional maior que 2 anos. O diagnóstico médico atual destacou-se a DMG (51,42%), seguido por DMG associadas à Hipertensão Arterial Sistêmica (45,71%) e 60% (n=21) relataram que já tinham alguma doença prévia a gestação. (Tabela 1)

Observou-se que durante o período pré-gestacional a média de peso foi de 79 kg (±17,53) e a média de IMC foi de 28,97 kg/m² (±7,45), enquanto no período gestacional a média de peso foi de 85 kg (±17,05) e a média de IMC 32,01kg/m² (±7,21). É importante salientar que

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no período pré-gestacional 45,71% (n=16) apresentavam obesidade e 37,14% (n=13) sobrepeso. Com relação ao estado nutricional na gravidez 54,28% (n=19) das gestantes tinham obesidade e 80% (n=28) ganharam peso acima do recomendado, com média de 6,1kg (±4,63) (Figura 1).

Quanto à orientação nutricional 80% (n=28) declararam já ter recebido orientação dietética durante a gestação, sendo 74,28% (n=26) do profissional nutricionista. Com relação ao uso de suplementos, 97,14% (n=34) faziam uso, sendo que 14,28% (n=5) utilizavam ácido fólico e 22,85% (n=8) sulfato ferroso e, 34,28% (n=12) utilizavam ambos, sendo que a maioria (97,14%) das prescrições foi realizada pelo profissional médico (Tabela 1).

Quanto aos valores do controle glicêmico realizado foi constatado que 51,42% (n=18) das gestantes apresentava glicemia de jejum adequada e pós-prandial alterada. Observou-se que 25,71% (n=9) faziam uso de insulina e 74,28% (n=26) obtinham o controle glicêmico por meio somente da dieta (Tabela 1).

A associação entre a renda per capta e a insulina demonstrou que as gestantes com renda inferior a um salário mínimo utilizavam uma quantidade de insulina maior, comparado a gestantes com renda per capta acima de três salários mínimos (p=0,027).

Quanto a classificação do IMC prévio a gestação e o gestacional, observou-se que as pacientes que se encontravam com sobrepeso/obesidade no período fértil apresentaram maior associação em permanecerem com perfil nutricional inadequado durante a gestação (p=0,001).

Foram feitas outras associações entre os demais grupos, porém não se encontrou significância.

Tabela 1. Características sócio demográficas, diagnóstico médico, orientação nutricional, uso de suplementação, estado nutricional prévio e atual e controle glicêmico de gestantes atendidas em uma maternidade pública – Florianópolis-SC, 2017. Variável N % Idade <35 anos 13 37 ≥35 anos 22 63 Escolaridade Fundamental completo 14 40 Fundamental incompleto 13 37 Superior completo 7 20 Superior incompleto 1 3 Renda familiar

Até 1 salário mínimo 6 17

Entre 1 e 2 salários mínimos 9 26

Entre 2 e 3 salários mínimos 9 26

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Encaminhamento

Unidade Básica de Saúde 27 77

Clínica Particular 6 17 Emergência 3 6 Diagnóstico Médico DMG 18 51 DMG e HAS 16 46 Outras 1 3 Doenças Pregressas Sim 21 60 Não 14 40 Nº de gestações Primíparas 8 23 Multíparas 27 77 Intervalo entre as gestações <2 anos 2 23 ≥2 anos 25 77 Amamentação Sim 22 63 Não 5 37 Tempo de amamentação >6 meses 15 43 ≤6 meses 7 20 Não amamentou 13 37

Pré natal realizado até o momento

35 100

Uso de Suplementos 34 97

Ácido fólico 5 14

Sulfato ferroso 8 23

Ácido fólico e sulfato ferroso

12 34

Outros 6 17

Profissional que realizou a indicação de suplementação Médico 34 97 Orientação Dietética Sim 28 80 Não 7 20

Profissional que realizou a orientação nutricional Médico 2 6 Nutricionista 26 74 Uso de insulina Sim 9 26 Não 26 74 Semana gestacional 1º trimestre 4 11

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2º trimestre 12 34 3º trimestre 19 55 Glicemia jejum Normal 18 51 Alterada 17 49 Glicemia pós-prandial Normal 17 49 Alterada 18 51

Figura 1. Classificação do estado nutricional segundo IMC pré-gestacional e gestacional e do ganho de peso gravídico de gestantes atendidas em uma maternidade pública no período de outubro– Florianópolis-SC, 2017.

DISCUSSÃO

A idade materna avançada é um fator de risco para desenvolver DMG, e o resultado do presente estudo teve uma média de 35±5,97 anos, que vai de acordo com o achado em uma pesquisa9, a qual encontrou que 63,6% de mulheres com mais de 30 anos tinham DMG, concluindo desta forma, que a idade era um fator predisponente para a ocorrência da DMG. Reforçando tal hipótese uma metanálise identificou que a idade materna (35±40) avançada está relacionada a desfechos perinatais negativos12. Tais achados podem ser justificados em decorrência de que nos dias atuais as mulheres estão, primeiramente, alcançando objetivos profissionais para só depois se tornar mãe, e isso pode aumentar o risco para consequências negativas no desenvolvimento da gestação.13

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Quanto ao estado nutricional prévio a gestação, o presente estudo identificou que quase metade das gestantes apresentou sobrepeso e obesidade, permanecendo este quadro durante a gestação. Corroborando com este dado, um estudo realizado na China com 565 mulheres, identificou aumento na incidência de DMG naquelas que tinham sobrepeso e obesidade na idade fértil e que engravidaram com mais de 35 anos, ademais 30,89% apresentaram sobrepeso e 60% obesidade.14 Outro estudo realizado com 11 gestantes diabéticas, objetivou estabelecer a relação entre o estado nutricional e o controle glicêmico, identificando que 81,8% iniciaram a gravidez com desvio ponderal de peso, como sobrepeso (27,3%) e obesidade (54,5%), sendo que durante a gestação houve aumento no percentual de obesidade (63,6%). E aquelas gestantes com estado nutricional adequado pré-gestacional atingiram boas concentrações glicêmicas em jejum e pós-prandial, em contrapartida as participantes com sobrepeso e obesidade apresentaram controle glicêmico inadequado em todos os horários8 Resumindo, as pesquisas apresentadas demonstram que há uma associação entre o estado nutricional prévio e na gestação com a ocorrência de DMG e consequentemente possíveis desfechos negativos para o binômio.13

É importante ressaltar que as gestantes estudadas (80%) apresentaram ganho de peso excessivo. Tal achado assemelha-se a uma pesquisa que avaliou os fatores de risco associados ao ganho de peso excessivo em gestantes de alto risco, sendo a idade acima de 35 anos e o DMG e HAS associados aos fatores associados com o ganho de peso excessivo.15 Todavia, na China apenas 27,6% das gestantes acompanhadas apresentaram ganhos ponderais acima do recomendado.16 Compreende-se dessa forma que o estado nutricional pré-gestacional e gestacional sejam determinantes para um o resultado obstétrico, sendo ele positivo para gestantes eutróficas e negativos para gestantes com sobrepeso e obesidade.

No presente estudo observou-se uma relação significativa entre a renda e o uso de insulina (p=0,027). Dados semelhantes foram encontrados em um estudo que avaliou 577 mulheres realizado na periferia da França, onde sendo que, o risco era mais alto para o DMG, o uso de insulina e o excesso peso entre as mulheres em maior risco psicossocial.17 Adicionalmente, ao se considerar que o nível de escolaridade possa refletir na situação socioeconômica, tal condição pode dificultar o acesso à informação e a uma alimentação mais saudável. Em resumo, a situação socioeconômica pode ser um agravante para a ocorrência do excesso de peso no período fértil e gestacional, aumentar o risco de DMG e dificultar o controle da glicemia durante a gravidez.18

Segundo as classificações do IMC prévio e gestacional, o presente estudo identificou que as mulheres em período fértil que já tinham sobrepeso/obesidade,

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permaneceram com o mesmo perfil nutricional durante a gestação. Corroborando com estes dados, uma pesquisa realizada em Fortaleza-CE, identificou que as mulheres com obesidade no período fértil apresentaram ganho de peso excessivo durante a gestação em comparação com as eutróficas.8

Como a população da presente pesquisa incluiu um limitado número de pacientes devido ao pequeno período de coleta, considera-se em função disso, a necessidade de mais estudos e com maior tamanho amostral para que possam se avaliar os resultados obtidos em gestantes diabéticas.

O estado nutricional pré-gravídico e atual inadequado, e o ganho de peso superior ao recomendado na gestação são fatores que influenciam positivamente na dificuldade do controle da glicemia nas gestantes diabéticas. A condição socioeconômica foi associada ao uso de insulinoterapia e mulheres com sobrepeso/obesidade no período fértil tinham maior propensão a permaneceram nesse quadro. Tais dados indicam a importância de um adequado acompanhamento nutricional, a fim de minimizar os desfechos negativos que a DMG pode causar para o binômio.

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REFERÊNCIAS

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ANEXO A – INSTRUÇÕES PARA AUTORES

A Revista Brasileira de Nutrição Clínica (RBNC), ISSN 0103-7196, publica artigos da área de alimentos, alimentação, nutrientes, metabolismo e nutrição clínica, que tenham seu teor científico avaliado por revisores, componentes do Conselho Editorial. A exceção a essa regra são as edições ou abordagens temáticas especiais, preparadas a pedido da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE). A RBNC tem como objetivo registrar a produção científica, fomentar o estudo, aperfeiçoamento e atualização dos profissionais das distintas especialidades que envolvem alimentação, nutrição e metabolismo. Trata-se de uma publicação trimestral, com circulação regular desde 1990. A RBNC está indexada na base de dados LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. A RBNC aceita a submissão de trabalhos originais, de investigação tanto na área experimental como em humanos; estudos clínicos; relatos de caso; notas técnicas e cartas aos Editores. Não serão aceitos artigos de revisão ou considerações teóricas sem casuística própria, com exceção de Revisões Sistemáticas com Meta-Análise, e Revisões ou Apreciações convidadas pelo Conselho Editorial. Artigos com objetivos meramente propagandísticos ou comerciais não serão aceitos.

SUBMISSÃO DOS MANUSCRITOS

Os trabalhos podem ser submetidos de 2 distintas maneiras: • E-mail: endereçar para sbnpe@terra.com.br. O trabalho deverá ser acompanhado do termo de transferência de direitos autorais, aprovação da comissão de ética e demais autorizações cabíveis, as quais deverão ser escaneadas e anexadas. • Via postal: Revista Brasileira de Nutrição Clínica A/c Editores Rua Abílio Soares, 233 – 14º andar – cj.144 – Paraíso – São Paulo, SP, Brasil – CEP 04005-000 Tel: (11) 3889-9909

Estrutura do Artigo

A RBNC adota os Requisitos de Vancouver - UniformRequirements for ManuscriptsSubmittedtoBiomedicalJournals, organizadas pelo InternationalCommitteeof Medical JournalEditors - “Vancouver Group”, disponíveis em www.icmje.org. A obediência às instruções é condição obrigatória para que o trabalho seja considerado para análise.

a) Página de Rosto

b) Resumo e Palavras-chaves (unitermos, keywords) em Português e Inglês c) Manuscrito d) Referências

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f) Lista para conferência (Check-List)

1. Página de Rosto Deve assinalar o título do artigo, que não deve ultrapassar 150 caracteres. Devem ser informados nome completo dos autores com respectivas titulações, e-mail e serviço ao qual estão vinculados, nome e endereço completo do autor correspondente (não esquecer telefone, celular e fax). Deve ser informada a instituição em que o trabalho foi desenvolvido. Caso o trabalho tenha sido apresentado em congresso, devem ser mencionados: nome do evento, local e data da apresentação. Acrescentar contagem de palavras do Resumo, e do Manuscrito, bem como número de Tabelas, Figuras e Anexos.

2. Resumo e Palavras-chaves Os resumos devem ser estruturados (Introdução, Método, Resultados, Conclusões) e não devem exceder a 250 palavras. Nesta mesma página, devem ser incluídos 3 a 10 unitermos (palavras-chaves) que definam o assunto do trabalho, assim com a respectiva tradução para o inglês (keywords). Esses unitermos podem ser consultados nos endereços eletrônicos: http://decs.bvs.br/ que contém termos em português, espanhol ou inglês, ou www.nlm.nih.gov/mesh, para termos somente em inglês. 3. Manuscrito Os manuscritos poder ser submetidos nos idiomas português, inglês e espanhol, obedecendo à ortografia vigente, empregando linguagem fácil e precisa e evitando-se a informalidade da linguagem coloquial. Os manuscritos devem ser divididos em Introdução, Método, Resultados e Discussão. Os manuscritos não poderão exceder a 3000 (três mil) palavras no total, incluindo Referências. Deve-se ser descontadas 200 palavras por cada tabela ou figura, de sorte que um estudo com 2 figuras e 2 tabelas só poderá atingir 2200 palavras. É mandatória a inserção do item Conflito de Interesse imediatamente antes as Referências. Agradecimentos sucintos são opcionais, entretanto a indicação de financiamento da pesquisa, o nome da agência financiadora e o número do processo são requeridos.

4. Referências As referências dos documentos impressos e eletrônicos devem ser normalizadas de acordo com o estilo Vancouver, elaborado pelo InternationalCommitteeof Medical JournalEditors, disponível em: http://www.icmje.org Títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o ListofJournalsIndexed for MEDLINE (disponível em: http://www.nlm.gov/tsd/serials/lji.html). As referências serão limitadas a 20, ressalvadas as revisões sistemáticas com meta-análise, onde o número é livre. Com esses números reduzidos cabe restringir ao máximo introduções históricas, metodologias pormenorizadas, discussões com revisão da literatura e citações repetitivas. Os autores devem se concentrar nos achados centrais do protocolo e na sua comparação com a literatura recente, preferencialmente dos últimos 3 anos. As citações bibliográficas, no texto, devem ser sobrescritas e numeradas na ordem em que são citadas. Caso haja até 6 autores devem todos ser listados, sendo que para

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maior número, os primeiros 6 seguidos de et al. devem ser utilizados. Salvo circunstâncias excepcionais, não será admitida citação de resumo, comunicação pessoal, literatura comercial ou outras fontes que não revistas e livros científicos, bem como artigos e portais eletrônicos reconhecidos. Nas citações de pesquisadores ao longo do texto, deve-se citar o primeiro autor, seguido da expressão “et al.” ou o autor único se for o caso, sempre com a respectiva referência em sobrescrito. Reproduzimos abaixo alguns exemplos mais comuns de referências empregadas nos artigos. Outros modelos podem ser acessados no site: http://www.nlm.nih.gov/bsd/ uniform_requirements.html

Modelos de referências

– Artigo padrão Burjonrappa SC, Miller M. Role of trace elements in parenteral nutritionsupportofthesurgicalneonate. J PediatrSurg. 2012;47(4):760-71.

– Artigo com mais de 6 autores Moriya T, Fukatsu K, Maeshima Y, Ikezawa F, Hashiguchi Y, Saitoh D, et al. The effectofaddingfishoilto parenteral nutritiononhepatic mononuclear cellfunctionandsurvivalafterintraportalbacterialchallenge in mice. Surgery. 2012;151(5):745-55.

– Artigocujoautor é umaorganização Diabetes PreventionProgramResearchGroup. Hypertension, insulin, andproinsulin in participantswithimpaired glucose tolerance. Hypertension. 2002;40(5):679-86.

– LivropadrãoBraunwald E, Zipes DP, Libby P, Bonow R. A textbookof cardiovascular medicine. 8th ed. Philadelphia: SaundersElsevier; 2008. – Capítulo de livro Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosomealterations in humansolidtumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, eds. The geneticbasisofhumancancer. New York: McGrawHill; 2002. p.93-113. – Website Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS. Mortalidade para causas selecionadas – 2006 [Internet]. Brasília; 2007 [citado 2010 jul. 16]. Disponível em: http://www2.datasus.gov. br/DATASUS/index.php 5.

Tabelas e Figuras

Todas as figuras e tabelas devem ser numeradas sequencialmente, em algarismos arábicos, seguindo sua ordem de citação.

As tabelas devem ser apresentadas apenas quando necessárias para a efetiva compreensão do trabalho, não contendo informações redundantes já citadas no texto. O corpo do texto deve trazer a indicação de onde as tabelas e figuras deverão ser inseridas. As figuras e tabelas devem vir acompanhadas de suas respectivas legendas. Os símbolos e abreviações empregados devem ser explicados na primeira vez em que utilizados, tanto no texto quanto nas tabelas.

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6. Lista para Conferência (CheckList)

É Indispensável a submissão da Lista de Conferência (CheckList juntamente com o manuscrito, contendo todos os itens aplicáveis devidamente assinalados. A mesma precisará ser escaneada após o preenchimento. Os itens do CheckList são listados abaixo:

a) Contagem de palavras: Resumo; b) Contagem de palavras: Manuscrito; c) Número de Tabelas e Figuras; d) Número de Anexos;

e) Nome, titulação, serviço e e-mail atualizado dos autores; f) Nome e endereço completo do autor correspondente; g) Declaração de Conflito de Interesse;

h) Termo de Cessão de Direitos Autorais assinado por todos os autores; i) Aprovação ética informada no texto;

j) Cópia da aprovação do estudo pela Comissão de Ética;

k) Permissão para publicação de fotos e tabelas e outros materiais, quando aplicável; l) Título, resumo estruturado e unitermos em português e inglês;

m) Manuscrito estruturado com páginas numeradas;

n) Referências até 20 formatadas corretamente, e excluindo resumos e comunicações não convencionais;

o) Legendas das figuras inseridas após a seção Referências, com prévia indicação do local de inserção no texto;

p) Tabelas inseridas ao final, sempre numeradas e com título, com prévia indicação do local de inserção no texto;

q) Figuras numeradas e submetidas uma a uma. POLÍTICA EDITORIAL

Avaliação pelos pares (peerreview)

Previamente à publicação, todos os artigos enviados à RBNC passam por processo de revisão e arbitragem, como forma de garantir seu padrão de qualidade e a isenção na seleção dos trabalhos a serem publicados. Inicialmente, o artigo é avaliado pela secretaria, para verificar se está de acordo com as normas de publicação e completo. Após verifica- ção estrutural inicial, será acusado o recebimento por e-mail com a devida numeração, iniciando-se o processamento editorial. Todos os trabalhos são submetidos à avaliação pelos pares (peerreview) por pelo menos três revisores selecionados dentre os membros do Conselho Editorial. A aceitação é baseada na originalidade, significância e contribuição científica. Os revisores preenchem um

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formulário, no qual fazem uma apreciação rigorosa de todos os itens que compõem o trabalho. Ao final, farão comentários gerais sobre o trabalho e opinarão se o mesmo deve ser publicado, corrigido segundo as recomendações. De posse desses dados, o editor toma a decisão final. Em caso de discrepâncias entre os avaliadores, pode ser solicitada uma nova opinião para melhor julgamento. Quando são sugeridas modificações pelos revisores, as mesmas são encaminhadas ao autor principal e, a nova versão encaminhada aos revisores para verificação se as sugestões/exigências foram atendidas. Em casos excepcionais, quando o assunto do manuscrito assim o exigir, o Editor poderá solicitar a colaboração de um profissional que não conste da relação do Conselho Editorial para fazer a avaliação. Todo esse processo é realizado por e-mail. O sistema de avaliação é o duplo cego, garantindo o anonimato em todo processo de avaliação. A decisão sobre a aceitação do artigo para publicação ocorrerá, sempre que possível, no prazo de três meses a partir da data de seu recebimento. As datas do recebimento e da aprovação do artigo para publicação são informadas no artigo publicado com o intuito de respeitar os interesses de prioridade dos autores. Assim que uma decisão de Aceitação, Revisão ou Rejeição for alcançada, o autor correspondente será informado eletronicamente. Os editores se reservam o direito de editar e revisar os textos dos trabalhos aceitos, a fim de adaptá-los ao formato da Revista, remover redundâncias e deixar os textos mais claros e compreensíveis, sem alterar o significado e o conteúdo dos trabalhos. Os manuscritos com edição substancial serão enviados ao autor correspondente para aprovação por via eletrônica, sendo que a falta de manifestação imediata será entendida como aprovação.

Direitos Autorais e Responsabilidade pelo Conteúdo do Artigo

O texto dos trabalhos é de inteira responsabilidade dos autores que o assinam. Assim, ao enviar uma submissão, esta deverá vir acompanhada de uma autorização para a publicação do trabalho e cessão de direitos autorais para a RBNC, constando local, data e assinatura original de todos os autores. No texto deve constar que todo conteúdo, incluindo gráficos e figuras, é próprio ou devidamente autorizado conforme documentação anexa, sendo que os autores se responsabilizam pela veracidade das informações. Caso um ou mais autores possua conflito de interesse seu nome, da empresa e a natureza do vínculo ou benefício deverão ser informados. Na hipótese contrária, deverá ser esclarecido que nenhum dos autores possui conflito de interesse. É proibida a inserção de qualquer texto, figura ou esquema obtidos da internet, salvo aqueles acompanhados de permissão escrita, ou mediante comprovação de que se trata de portal de livre acesso. Fica ressalvada a citação de artigos ou portais eletrônicos científicos, devidamente referenciados na seção Referências. Todos os manuscritos publicados tornam-se propriedade permanente da Revista Brasileira de Nutrição Clínica e não podem ser

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publicados sem o consentimento por escrito de seu editor. Os trabalhos submetidos à RBNC não devem estar sendo simultaneamente submetidos a outro periódico e nem devem ter sido publicados anteriormente, com conteúdo semelhante ao apresentado à RBNC. Caso os autores desejem inserir tabela, gráfico ou outro material publicado anteriormente, deverá ser anexada autorização assinada por representante legal da editora da Revista ou Livro em questão, permitindo a utilização pela RBNC. Em se tratando de protocolo ou rotina de Hospital ou Instituição Acadêmica, documento equivalente autorizando a transcrição deverá ser providenciado.

Pesquisa com Seres Humanos e Animais

Os estudos envolvendo humanos e animais devem informar, no item Método, o nome da Comissão Ética Institucional que aprovou o protocolo (enviar declaração assinada que aprova a pesquisa), consoante à Declaração de Helsinki revisada em 2000 [World Medical Association (www.wma.net/e/policy/b3.htm)] e da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/reso_96.htm). Na experimentação com animais, os autores devem seguir o CIOMS (Council for InternationalOrganizationof Medical Sciences) EthicalCode for Animal Experimentation (WHO Chronicle 1985; 39(2):51-6) e os preceitos do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal - COBEA (www.cobea.org.br). O Corpo Editorial da Revista poderá recusar artigos que não cumpram rigorosamente os preceitos éticos da pesquisa, seja em humanos seja em animais. Os autores devem identificar precisamente todas as drogas e substâncias químicas usadas, incluindo os nomes do princípio ativo, dosagens e formas de administração. Devem, também, evitar nomes comerciais ou de empresas. Fotos de pacientes só poderão ser incluídas mediante nome, documento e assinatura do envolvido autorizando publicação, mesmo que os olhos estejam vendados ou o rosto desfocado.

Política para Registro de Ensaios Clínicos

A Revista Brasileira de Nutrição Clínica, em apoio às políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do InternationalCommitteeof Medical JournalEditors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto, somente aceitará para publicação artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, disponível no endereço: http://clinicaltrials.gov ou no site do PubMed, no item. O número de identificação deve ser registrado ao final do resumo.

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Sugerimos que sejam adotados os critérios de autoria dos artigos segundo as recomendações do InternationalCommitteeof Medical JournalEditors. Assim, apenas aquelas pessoas que contribuíram diretamente para o conteúdo intelectual do trabalho devem ser listadas como autores. Os autores devem satisfazer a todos os seguintes critérios, de forma a poderem ter responsabilidade pública pelo conteúdo do trabalho:

• ter concebido e planejado as atividades que levaram ao trabalho ou interpretado os resultados a que ele chegou, ou ambos;

• ter escrito o trabalho ou revisado as versões sucessivas e tomado parte no processo de revisão; • ter aprovado a versão final. Pessoas que não preencham os requisitos acima e que tiveram participação puramente técnica ou de apoio geral podem ser citadas na seção Agradecimentos.

Publicações Urgentes

A Revista desencoraja submissões com prazo restrito, porém, em circunstâncias excepcionais, a exemplo de algumas publicações nacionais, tal será permitido mediante pagamento da taxa de urgência de R$ 600,00 (seiscentos reais) ou USD 400,00 (quatrocentos dólares americanos), em nome da SBNPE. Note-se que o pagamento da taxa enseja apenas prioridade no processamento, não garantindo aceitação do estudo. As publicações urgentes que forem analisadas pelo Conselho Editorial e devidamente aprovadas serão impressas no primeiro número hábil que se seguir. Note-se que independentemente de qualquer taxa, a Revista buscará a agilização de todas as publicações, não existindo motivação para retardar ou prejudicar o andamento de qualquer submissão.

Referências

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