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Curso: Autonomia, passo a passo no doente com AVC. Organização: Enf.ª Maria Adelaide Teixeira de Sousa. Dia 6-2 das 15h00 às 18h30

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Academic year: 2021

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Curso: “Autonomia, passo a passo no doente com AVC” Organização: Enf.ª Maria Adelaide Teixeira de Sousa

Dia 6-2 das 15h00 às 18h30

Prelectores:

Maria Adelaide Teixeira de Sousa - Enfermeira Especialista de

reabilitação

da Unidade de AVC do HSM

Fernanda Maria Rodrigues Realista Santos Ferreira - Enfermeira

Especialista de reabilitação da unidade de AVC HSM

Maria de Fátima Nunes Baião - Enfermeira Especialista de

reabilitação do Centro Saúde de Mafra

Saul Santos Ramalho - Enfermeiro Especialista de Reabilitação do

Centro de medicina de Reabilitação do Alcoitão

Cláudia Bagulho - Enfermeira Especialista de Reabilitação do

Centro de medicina de Reabilitação do Alcoitão

Eugénia Nunes Grilo - Enfermeira Especialista de Reabilitação e

Docente na Escola de Enfermagem de Castelo Branco

Programa:

- Intervenções de Enfermagem, de Reabilitação no doente vitima de AVC

- Cuidados continuados no doente com AVC

- Treino de actividades de vida diária (AVD) no utente com AVC: Reconstruir a autonomia.

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- Do percurso formativo á concepção dos cuidados de Enfermagem, á pessoa com AVC

Apresentações:

O Papel do Enfermeiro Especialista de Reabilitação na

Unidade de AVC - Fernanda Realista

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, o que causa um forte impacto económico e social. Nos últimos anos, grandes esforços têm sido realizados para construir um sistema que melhore o atendimento da pessoa vítima de AVC no nosso país.

A via verde AVC e as unidades de AVC são exemplos desse esforço.

Estas unidades são locais de internamento, com espaço físico individualizado e com equipas multidisciplinares particularmente motivadas e formadas para o tratamento desses doentes. A equipa integra um núcleo básico de médicos de Neurologia, medicina Interna e de medicina Física e de Reabilitação, bem como enfermeiros diferenciados, incluindo com a especialidade de Reabilitação.

O processo de reabilitação é longo e envolve componentes atitudinais, psico-espirituais, económicos e políticos. Os cuidados em reabilitação são indispensáveis ao resgate das capacidades das pessoas, às suas funções orgânicas e motoras. Neste processo existem cuidados que possibilitam o resgate social e a integração da pessoa na sociedade, na reconquista da sua cidadania.

Este processo deve começar o mais precocemente possível, idealmente logo no primeiro dia, promovendo mobilizações

precoces dos membros paréticos ou plégicos, sendo

progressivamente adaptada ás diferentes fases de evolução pós-AVC.

Devem ser traçados objectivos específicos e realistas visando melhorar a funcionalidade da pessoa, tentando sempre envolver o doente e familiares neste longo processo.

A intervenção de Enfermagem de reabilitação dirigida à prevenção e limitação de sequelas, à preservação do seu máximo potencial e à precocidade no desenvolvimento do seu programa de reabilitação, permite a promoção de um trabalho interprofissional que vai ao encontro da complexidade deste processo, ajudando a pessoa vítima de AVC a realizar o seu projecto de vida.

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“Autonomia passo a passo no Doente com AVC” - Fátima

Baião

O AVC é uma das principais causas de morbilidade mortalidade em todo o mundo. A perda de capacidades motoras, sensitivas ou funcionais, as alterações de carácter neuropsicológico, os distúrbios emocionais e as possíveis alterações no relacionamento sexual são algumas das principais sequelas da pessoa com AVC, que provocam uma mudança complexa a nível da relação com o outro, com a sociedade e com o meio envolvente em geral.

As sequelas emocionais e sociais têm assumido nas últimas décadas extraordinária importância, com repercussões ao nível acompanhamento terapêutico.

Os cuidados de Enfermagem de Reabilitação ao doente com AVC, dirigem-se à pessoa no seu todo e não apenas à parte do corpo afectada, num contexto familiar próprio, pois o que afecta um individuo afecta igualmente os que o rodeiam.

Promover a autonomia no doente com AVC implica sempre uma rede de cuidados de saúde articulados numa perspectiva multiprofissional. O diagnóstico pode ser comum a vários doentes, mas a avaliação é única para cada caso. Cada doente e família apresentam problemas e necessidades específicas e únicas daquele agregado familiar. Primordial é o conhecimento e compreensão da situação de doença, a dinâmica familiar envolvente, os recursos internos e externos, o impacto da doença nas suas vidas e como se poderão adaptar no futuro. Constrói-se um projecto de cuidados de saúde em parceria multiprofissional e com a pessoa/família com AVC, elaboram-se os objectivos dos cuidados de enfermagem de reabilitação centrando os cuidados em função da situação vivenciada pelo utente/família, determinando em conjunto com ambos metas realistas e meios de as atingir. Deste modo todas as intervenções terapêuticas delineadas pressupõem uma dimensão holística na perspectiva do cuidar, em que unicidade do ser humano é o futuro das acções de enfermagem.

Restaurar funções perdidas… Restabelecer autonomia… São objectivos major no estabelecimento de objectivos a atingir na elaboração do plano de cuidados da pessoa com AVC. Contudo, é com pequenos espaços que se inicia uma caminhada! Por isso, não podemos subestimar pequenas evoluções – são responsáveis mais tarde por grandes evoluções e adaptações. O clima de confiança é

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fundamental na relação terapêutica para se potenciar o empenho necessário à recuperação, para se conseguir ajudar a pessoa/família a mobilizar recursos e adaptar-se progressivamente a uma visão realista da situação.

A articulação entre as equipas prestadoras de cuidados no Hospital e na Comunidade é imprescindível para favorecer a reintegração social, familiar e profissional.

O utente e família têm que acreditar nas potencialidades que se podem readquiri para se atingir o melhor equilíbrio possível. A esperança tem que ser uma realidade comum em todo o processo de reabilitação da pessoa com AVC, pois como refere Twycross “A esperança é uma expectativa superior a zero de atingir um objectivo”.

Treino de Actividades da Vida Diária (AVD) no utente com

AVC: Reconstruir a autonomia - Cláudia Bagulho, Saúl

Ramalho

O – INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como principal objectivo desenvolver alguns conteúdos na área do treino de actividades de vida diária (AVD), no utente com AVC.

Entende-se por AVD todas as actividades, que surgem no decorrer de um dia de vida (ex. movimentos na cama,

transferências, locomoção, vestir/despir, higiene pessoal,

alimentação) as quais, numa situação de incapacidade temporária ou definitiva, podem representar desafios muitas vezes difíceis de superar.

As AVD são uma componente muito importante no processo de reabilitação do utente com AVC.

1 – ACTIVIDADES DA VIDA DIÁRIA

Para muitos utentes com sequelas de AVC a capacidade para se tornar independente de outras pessoas na higiene, vestuário, alimentação e mobilidade representa ganhos significativos no seu processo de reabilitação.

Assim, um programa de reabilitação bem organizado deve contemplar os aspectos ligados às AVD, tais como banho, higiene oral, barbear, pentear, vestuário, calçado, entre outros.

As AVD podem dividir-se em dois tipos: AVD instrumentais e AVD básicas.

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As AVD instrumentais abordam o modo como funcionam os indivíduos dentro das suas casas, locais de trabalho e contextos sociais.

Não sendo necessárias para o funcionamento fundamental, permitem contudo viver com independência no seio de uma comunidade. Destas destacamos a preparação de refeições, a utilização do telefone, a gestão do dinheiro e a realização de compras.

Por seu turno, as AVD básicas constituem o conjunto de todas as actividades necessárias e indispensáveis, que surgem no dia-a-dia: banho, vestir e despir, comer, entre outras.

Ao nível das orientações técnicas na área do treino de AVD destaca-se o documento “National clinical guidelines for stroke” (Intercollegiate Stroke Working Party, 2004), do qual salientamos as seguintes directrizes:

– Avaliação do nível dependência do utente nas diferentes AVD; – Despiste de eventuais alterações perceptivo-cognitivas que possam interferir com a eficácia da realização das tarefas de auto-cuidado;

– Obrigatoriedade de dar oportunidades a todos os utentes para participarem na realização das suas AVD, independentemente do grau de colaboração que possam dar.

2 – TREINO AVD NO UTENTE COM AVC

A aquisição de autonomia nas AVD no utente com AVC é um processo gradativo, contínuo, progressivo e principalmente educativo, tendo como objectivos a reintegração do indivíduo na sociedade.

O diagnóstico de AVC no individuo pode não ter tanta importância quanto as consequências dele na qualidade de vida, ou seja, na sua capacidade funcional e na manutenção da independência para as actividades diárias.

Num programa de treino de AVD no utente com AVC, a avaliação funcional prévia é fundamental pois permite averiguar a capacidade do utente para se auto-cuidar e atender às necessidades básicas diárias e planear as actividades que serão ensinadas/treinadas ao longo do programa de reabilitação para melhorar a sua funcionalidade.

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3 – CONCLUSÃO

A independência na realização das AVD é de grande importância na vida das pessoas pois envolve questões de natureza emocional, física e social.

Independentemente da faixa etária, a dependência pode alterar a dinâmica familiar, os papéis desenvolvidos pelos seus membros, interferindo nas relações e no bem-estar da pessoa dependente e dos seus familiares.

O treino de AVD no utente com AVC é longo e nem sempre o resultado será o total restabelecimento da capacidade funcional, porém pequenos ganhos nas actividades, na busca da autonomia e da independência significam grandes ganhos na qualidade de vida.

Do percurso formativo à concepção dos cuidados de

enfermagem à pessoa com AVC - Eugénia Nunes Grilo Introdução

Os cuidados de enfermagem à pessoa com AVC são diversificados e dependem tanto da gravidade da situação como da particularidade de cada pessoa, pressuposto que remete para um conjunto diversificado de conhecimentos e de disciplinas, que são complementares à disciplina de enfermagem e que atravessam várias dimensões do cuidar.

Se descrever de forma sintetizada os cuidados de enfermagem à pessoa com AVC se pode constituir como uma tarefa difícil pelos motivos que já foram enunciados, descrever o percurso formativo dos alunos no curso de licenciatura em enfermagem, enquanto constituinte essencial do desenvolvimento de aptidões que permitem planear e desenvolver cuidados à pessoa com AVC, representou um desafio pois este é ponto de partida para a apropriação de competências imprescindíveis à concepção e concretização dos cuidados à pessoa com AVC e à sua família. São estes os objectivos desta comunicação, apresentar o percurso formativo dos alunos do curso de licenciatura em enfermagem da escola superior de saúde Dr. Lopes Dias e reflectir como é que os conteúdos leccionados e as aprendizagens que são permitidas aos alunos são facilitadores da aquisição de competências para prestar cuidados à pessoa com AVC.

Metodologia

Descrevem-se de modo reflexivo os contributos das várias unidades curriculares do curso de licenciatura em enfermagem, os conteúdos

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leccionados na área dos Cuidados de enfermagem ao doente com AVC e as estratégias de ensino / aprendizagem tanto teóricas como práticas facilitadoras da aquisição de competências para conceber, realizar e avaliar cuidados de enfermagem à pessoa com AVC. A competência mais do que a acumulação de conhecimentos é neste contexto entendida como a capacidade de mobilizar os conhecimentos e saberes que permitem ao aluno utilizar a informação adquirida, explicitando os princípios e as regras da utilização desses saberes e conhecimentos com base em um modelo de cuidar em enfermagem.

Conclusão

A comunicação é o ponto de partida para o debate sobre o sentido dinâmico e plástico da aquisição de competências que ultrapassa largamente o conjunto dos conhecimentos adquiridos na formação inicial, salientando o papel das qualificações adquiridas na prática profissional e sua importância para a optimização dos cuidados de enfermagem à pessoa com AVC.

Referências

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