Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa
rodrigoalvarengarosa@gmail.com
(27) 9941-3300
Estrada de Rodagem
Distância de Visibilidade
• Distância de visibilidade é o comprimento da rodovia em extensão continua que é visível ao usuário à sua frente.
• Um traçado em curva horizontal pode limitar a distância de visibilidade em função da existência de obstáculos à
margem da estrada • Edificações
• Vegetação • Taludes
• Um traçado em curva vertical pode limitar a distância de visibilidade.
• Pode-se notar que existe uma distância onde o motorista pode observar o obstáculo livremente e outra distância que depende da altura do outro obstáculo.
• O DNIT adota:
– Altura dos olhos do motorista de carro de passeio: 1,10m – Altura dos veículos que trafegam em sentido contrário:
1,37m (para efeito de curva vertical)
• Distância de visibilidade de parada é definida como sendo a distância à frente do veículo que está se deslocando com certa velocidade necessita para poder parar antes do
obstáculo.
• Esta distância é dependente do tempo de reação do
motorista perceber o obstáculo até reagir e é composto de quatro parcelas:
– Perception (percepção)
– Identification ou intellection (identificação) – Emotion ou judgment (decisão)
– Volition ou reaction (ação)
• - Conhecido como tempo de reação PIEV
• Assim, deve-se considerar a distância de visibilidade de parada pode ser calculada por duas parcelas:
– A distância percorrida pelo veículo durante o tempo de PIEV
– A distância efetivamente de frenagem mecânica do veículo até sua total parada
• Segundo o DNIT, a primeira parcela pode ser considerada de 2,5s
• A distância percorrida no tempo de PIEV é então:
• Substituindo o tempo tem-se:
• Passando para km/h tem-se:
v t Dt = . v Dt = 2,5 . 6 , 3 . 5 , 2 V Dt = V Dt = 0,7 .
Onde: V - velocidade do veículo em km/h
• Imaginando um veículo subindo uma rampa a uma
velocidade inicial vi que é reduzida a zero após percorrer
uma distância di devido a aplicação mecânica do freio.
• Deve-se medir a distância di paralelamente ao plano da
pista.
• Deve-se medir a distância vi paralelamente ao plano da
pista.
• Isto é importante, pois no projeto geométrico a distância e a velocidade são reduzidas a um plano horizontal!
• A ação dos freios resultará no desenvolvimento de uma
força de atrito Fa entre os pneus e a superfície de rolamento que irá atuar em sentido contrário ao movimento
paralelamente ao plano da pista.
• Devido a inclinação da pista, pode-se decompor a força P (peso do veículo) em duas componentes:
– Uma componente Pn perpendicular ao plano da pista
– Uma componente Pi paralela ao plano da pista no
sentido contrário do movimento que se soma a força de atrito ajudando a parar o veículo
α
=
• O trabalho mecânico de frenagem é dado por:
• Pela figura, deduz-se que:
• Substituindo a segunda na primeira, tem-se o trabalho como: i i a P d F ) . ( + = τ
Distância de visibilidade de parada
) cos( . 2 di α D = ) cos( . ) ( 2 α τ = Fa + Pi D
Onde: - trabalho mecânico de frenagem (N . m)
- distância percorrida durante a frenagem (m) - força de atrito entre os pneus e o pavimento (N)
- componente da força peso paralela ao plano de rolamento (N)
τ 2 D a F i P
• Energia cinética do veículo no início do processo de frenagem é:
• Energia potencial do veículo no momento da parada total, sendo dv a distância vertical percorrida, é:
• Variação de energia pode ser calculada como a diferença entre as energias: 2 . . 2 1 i C m v E =
Distância de visibilidade de parada
0 . = = v C p P d e E E d P v m E E − = 1 . . 2 − . = Λ
• Considerando-se:
• Considerando ainda:
• Tem-se então:
Distância de visibilidade de parada
v v EF m v . m . v m . g . d 2 1 . . 2 1 2 + 2 − = ∆ g m P v v vi2 = 2 + v2 ; = . 2 . 2 1 . ; . t d v t g t g vv = v = v − g v dv v . 2 2 = g v g m v m v m v v EF . 2 . . . . 2 1 . . 2 1 2 + 2 − 2 = ∆
• Assim:
• Sendo o trabalho:
• Como:
Distância de visibilidade de parada
2 . . 2 1 v m EF = ∆ EF ∆ = τ 2 2 . . 2 1 ) cos( . ) ( Fa + Pi D = m v α ) ( . ; ) cos( . . P α P P sen α f Fa = l i =
• Deduz-se que:
• Transformando para V em km/h (3,6) e g = 9,8m/s2.
Distância de visibilidade de parada
2 2 . . 2 1 ) cos( . )) ( . ) cos( . . ( v g P D sen P P fl + = α α α )) ( ( . 255 2 2 α tg f V D l + = ) ( . 255 2 2 i f V D l + =
• Como a distância de parada é a soma da distância
percorrida pelo veículo durante o tempo de PIEV mais a
distância efetivamente de frenagem mecânica do veículo até sua total parada, tem-se:
2 1 D D D = + ) ( . 255 . 7 , 0 2 i f V V D l + + =
Onde: - distância de visibilidade de parada (m) - velocidade do veículo (km/h)
- coeficiente de atrito longitudinal para frenagem
D V
l
f
• Nos projetos geométricos as normas exigem apenas que sejam asseguradas as distâncias de visibilidade de parada para greide nulo.
• Isso se deve ao fato que os valores calculados já
incorporam coeficientes de segurança suficientes para permitir a desconsideração das influências dos greides ascendentes e descendentes.
• A distância de visibilidade de parada tem que ser garantida ao longo de todo o trecho da estrada de rodagem!