O ano novo bíblico, o mistério do Shemita e o dia do Senhor
"Este mês vai ser para você o primeiro mês, o primeiro mês do ano" (Êx 12:2).
Hoje é o segundo dia do ano judaico 5775, um ano muito especial por vários motivos.
A primeira razão é que este é o primeiro ano de Shemita (sábado) no calendário bíblico a ser comemorado de maneira significativa, uma vez que os romanos arrasaram Jerusalém em 70 AD.
O que é o Shemita e por que é importante?
O Shemita é um mandamento bíblico antigo dado por D-us para o povo de Israel através de Moshe, no Monte Sinai. É um ano de descanso ordenado por D-us para a terra que deve ser observada a cada sete anos. Durante este descanso de sábado para a terra, não é para ser semeada, cultivada ou colhida.
"Falou mais o IHVH a Moshe no monte de Sinai, dizendo: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra guardará um sábado ao IHVH. Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás a sua novidade: porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra, um sábado ao IHVH: não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo da tua sega não segarás, e as uvas da tua vide não tratada não vindimarás: ano de descanso será para a terra"
(Lv 25:1-5).
A Bíblia deixa claro que falha para celebrar o Shemita é um pecado que traz o julgamento sobre a terra e o povo.
No passado, quando Israel não deu a terra seu ano obrigatório de descanso a cada sete anos, D-us exilou o povo para que a Terra pudesse ter seu descanso para o período exato de todos esses anos. A destruição da cidade de Jerusalém e o exílio do povo de Israel para a Babilônia aconteceu em no ano de Shemita em 586 A.C..
D-us destina Shemita para ser uma bênção para o seu povo, mas quando Israel se afasta de D-us e da observancia de seus mandamentos, manifesta-se como um julgamento para esses e D-us os conduz fora de suas vidas, de acordo com o rabino messiânico e autor de The Mystery of a Shemita, Jonathan Cahn.
No último dia do ano Shemita, em 29 de Elul, todas as contas eram para ser quitadas, mas quando as pessoas estão em rebelião a D-us, o Shemita pode não limpar e afastar cidades inteiras.
Sinais do fim dos tempos
"O sol será transformado em escuridão e a lua em sangue antes do grande e maravilhoso dia do IHVH chegar" (Jl 2:31).
Se o fato de que o Shemita está sendo comemorado significativamente pela primeira vez em cerca de 2.000 anos não chamar a sua atenção, isso certamente será: duas das quatro luas sangue da atual Tétrade de eclipses lunares ocorrem em 5775. A segunda lua de sangue coincide com Sucot (festa dos Tabernáculos) a poucos dias a partir de agora e o terceiro com Pessach em 2015.
Além do mais, haverá um eclipse solar total em 5775 entre estes dois eclipses lunares completo, a meio caminho entre as quatro luas de sangue.
A quarta e última lua de sangue da Tétrade significativa irá ocorrer após este especial ano judaico em 5776. Em outras palavras, 5775 essencialmente começa e termina com um eclipse lunar total.
vai brilhar no seu brilho normal, porque esta lua vai virar sangue vermelho como escurece no eclipse.
Esta rara confluência de eventos tem a atenção de muitos estudantes da profecia bíblica, e certamente parece que D-us está tentando chamar a nossa atenção neste ano judeu. A questão é claro, por quê?
Ao responder a essa pergunta, nós podemos nos lembrar que um novo ciclo de sete anos começa após o ano de Shemita.
O número sete (sheva) é proeminente nas Escrituras (considere a semana de sete dias, o descanso do sábado do sétimo dia, os sete Patriarcas e matriarcas, os sete ramos da Menorah do templo, etc.). Muitos crentes calculam, usando versos do livro do Apocalipse, que nos
últimos dias irá fechar com um período de sete anos final, momentoso.
O autor do Best-seller do The Harbinger, Jonathan Cahn, faz uma afirmação surpreendente em seu novo livro, chamado The Mystery of a Shemita, afirmando que Rosh Hashaná este ano começa um ciclo que vai afetar o mundo inteiro.
Cahn conclui que todo o tumulto no mundo de hoje — as guerras, a ameaça do terrorismo, as convulsões políticas e instabilidade econômica, bem como os desastres naturais cada vez mais frequentes e pragas são sinais de D-us que toda a humanidade precisa se arrepender — e rapidamente!
Vale a pena para entender como o Shemita poderia se relacionar ao passado mundial, eventos globais atuais e até mesmo o futuro, especialmente como ela se relaciona a profecia bíblica.
Rabino Cahn, em sua pesquisa, descobriu que cada grande acidente colapso ou grande variação da bolsa financeira na América ocorreu durante um ano Shemita.
De acordo com seus cálculos, cada uma os cinco colapsos financeiros principais que ocorreram nos últimos 40 anos aconteceu no ano de Shemita: 1973, 1980, 1987, 2000–1, 2007–8.
A grande depressão de 1929 também começou em um ano Shemita, como fez o grande crash de 1937–8.
O que o futuro e como isso se relaciona a começar mais um ano de Shemita?
Muitos intérpretes da profecia bíblica estão avisando da vinda iminente de eventos tão cataclísmicos que eles agitarão o mundo inteiro.
Aqueles que estão em um relacionamento Pactual, pessoal com Adonai através de Ieshua não tem nada a temer; Mas para aqueles que ainda não conhecem o Senhor, nos próximos dias será um tempo terrível de julgamento de D-us.
A palavra de D-us adverte que um colapso financeiro é o julgamento de D-us: "Uivai vós,
moradores de Mactés, porque todo o povo de Canaã está arruinado, todos os carregados de dinheiro são destruídos"
(Sf 1:11).
Podemos ter negócios com nosso pai nesta hora, armazenando tesouros nos céus, onde não pode ser destruído.
O Grande Shemita — ano do Jubileu
original.
Poderia soar um shofar no décimo dia do sétimo mês — no Iom Kipur (dia da expiação). Cada servo ou escravo teria o direito de retornar à sua própria propriedade ou terreno.
"Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos: de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos. Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu: no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra. E ano quinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus
moradores: ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e tornareis, cada
um à sua família" (Lv 25.8-10).
Embora este seja o primeiro ano que Israel está observando a Shemita de maneira
significativa, com programas oficiais para ajudar os israelitas a mantê-lo corretamente, Israel moderno tem observado o Shemita de alguma forma desde 1951 (5712 do calendário judaico), apenas três anos depois de se tornar uma nação novamente.
Ainda assim, Israel não designa nem observa o ano do Jubileu, já que muitos rabinos dizem que todas as doze tribos viviam em suas terras alocadas em ordem para o ano de Jubileu que devem ser observados.
Como crentes, estamos ansiosos para o ano de Jubileu de D-us, quando Ieshua retorna com o som da trombeta e todas as dívidas de seu povo são canceladas e todos retornam à sua herança de direito.
O ano novo e o dia do Senhor
Rosh Hashaná que significa “cabeça do ano”, ocorre em Tishrei, o sétimo mês no calendário hebraico.
o ano novo real começa na primavera (Aviv), no mês de Nissan, o mês da Páscoa:
"E no décimo quarto dia do primeiro mês é a Páscoa do IHVH" (Nm 28:16; ver também Êx 12:2
e Dt 16:1).
O Judaísmo na verdade celebra quatro anos de novos:
O primeiro ano novo judaico, cai em 1 Nisan, um ano novo para reis e festivais. Pode ser considerada uma temporada de redenção, uma vez que em 1 de Nissan o povo judeu foi resgatado do Egito.
O segundo ano de novo, o ano novo para o dízimo dos animais para os sacrifícios do templo, que cai em 1 Elul, já não é observado; no entanto, marca o início dos preparativos para Rosh Hashaná.
O terceiro ano de novo é Rosh Hashaná na 1 de Tishrei. É considerado o ano novo civil, e é o ano novo para as estações do ano, por anos de lançamento, para o livro dos Jubileus, para o plantio de árvores e ervas e também o tempo para computar o dízimo (Maasser). Acredita-se que, neste momento, o comportamento de uma pessoa é julgado nas cortes celestiais.
O quarto é Tu b ' Shvat (ano novo para as árvores) em 15 de Shevat, o início do ano novo na perspectiva do dízimo a fruta das árvores.
Na Bíblia, Rosh Hashaná chama-se Iom Zikaron Teruah. É uma frase difícil de traduzir literalmente, mas Iom Zikaron significa “dia da lembrança” e teruah é uma palavra hebraica para “gritar, explosão, grito de guerra ou alarme”.
Ela é marcada pelo ouvir explosões repetidas do shofar.
perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do IHVH vem, ele está perto"
(Jl 2:1).
De acordo com os antigos profetas hebreus, o dia do Senhor será um dia de trevas, angústia e ira — um dia do shofar e teruah (sopro)!
"O grande dia do IHVH está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do IHVH: amargamente clamará ali o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas. Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortes e contra as torres altas" (Sf 1:14-16).
Pode muito bem ser que caminhamos rapidamente em direção a um próximo julgamento sobre o mundo; mas para quem conhece o Senhor, não é um tempo de medo ou pavor.
É um tempo para o arrependimento; é hora de gritar por misericórdia de Adonai para trazer em uma grande colheita de almas em meio a crise vindoura e caos.
O livro de Hebreus, referindo-se a Ageu 2:6, nos avisa que vai chegar uma vez quando tudo o que pode ser abalado será abalado; mas Louvado seja D-us que nos situamos na rocha sólida de um reino que não pode ser abalado.
"A voz do qual moveu então a terra: mas agora denunciou, dizendo: Ainda uma vez, e
comoverei não somente a terra, mas também os céus. E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas movíveis como que foram feitas, para que as imóveis fiquem. Pelo que recebendo o Reino imóvel, retenhamos a graça, com que de tal maneira sirvamos a Elohim, e lhe sejamos agradáveis com reverência e piedade" (Hb 12:26–28).
Lembrar-nos com grande expectativa que Ieshua virá em breve: "Porque o mesmo Senhor
descerá dos céus com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Elohim; e os que morreram no Ungido ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras"
(I Ts 4:16–18).
A confluência da Shemita de 5775 com a Tétrade de lua de sangue de 2014 e 2015 parece estar indicando por vezes, de forma significativa, perturbadora por vir, e que o retorno de Ieshua se aproxima.
Nenhum de nós sabe o dia exato ou a hora de sua vinda, no entanto, nós não somos chamados a temer e tremer, mas ter confiança.
Podemos encorajar uns aos outros com o conhecimento que aqueles que seguem Ieshua, que são filhos da luz e não trevas, não são nomeados a ira mas a salvação em Ieshua o Mashiach.
"Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da amor e tendo por capacete a esperança da salvação. Porque Elohim não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Ieshua o Ungido" (I Ts 5:8-9).
"Multidões, multidões no vale da decisão! Para o dia do IHVH está perto no vale da decisão" (Jl
3:14).
Tradução: Mário Moreno
