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Instituto de Física USP. Física V - Aula 18. Professora: Mazé Bechara

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(1)

Instituto de Física

USP

Física V -

Aula 18

(2)

Aula 18 – O experimento de Rutherford

e os resultados experimentais. A

dimensão nuclear

1. Determinação da seção de choque diferencial para o espalhamento elástico por interação repulsiva coulombiana ou a seção de choque de Rutherford. Comparação com os resultados experimentais.

2. A previsão do espalhamento de Rutherford para o que se mede nos detectores em situações específicas de feixe e arranjo experimental. Comparação com os resultados experimentais

3. A mínuma distância entre núcleo e partícula alfa espalhada e

a dimensão nuclear, a partir de resultados experimentais de espalhamento de Rutherford.

(3)

Figura do Tipler & Llewellyn

Uma alfa espalhada elasticamente por um

núcleo com ângulo de espalhamento

.

(4)

O feixe

O ângulo sólido do ângulo de espalhamento

(5)

O conceito de Secção de choque diferencial

• Definição: número de partículas espalhadas elasticamente no

ângulo de espalhamento (entre e + d )por um único núcleo espalhador dN1N, por fluxo de partículas incidentes I

o,

na unidade de tempo dt e por ângulo sólido d:

dtI

d

dN

d

d

o N

int)

,

(

int)

,

(

int)

,

(

1

dt

dA

dN

I

feixe inc

0

I

o

é o fluxo de partículas incidentes:

d

é o ângulo sólido total no ângulo de espalhamento

sen

d

r

dA

d

2

2

Faça uma análise dimensional na expressão e observe que a seção de choque diferencial tem unidade de área – daí o nome.

(6)

A secção de choque diferencial para

espalhamento elástico com qualquer interação

bdb

I

dt

dN

dt

b

dN

o N inc

2

)

(

)

(

1

d

db

sen

b

d

sen

bdb

d

I

bdb

I

d

d

2

2

2

int)

,

(

0 0

Observe que a dinâmica da interação vai definir a relação entre

o parâmetro de impacto (que não se consegue observar) e o

ângulo de espalhamento que se observa ao colocar lá um

detector

(7)

Resultados da mecânica clássica para a interação

coulombiana repulsiva:

a seção de choque de

Rutherford

(Ref. Classical Dynamics – Marion)

A energia potencial de interação coulombiana repulsiva é dada por:

É possível mostrar na teoria newtoniana (veja Marion, Classical

Mechanics) que:

a) Para b=0 é uma linha reta. Corresponde ao momento

angular nulo.

b) A trajetória do movimento relativo é uma hipérbole para b≠0 com foco no núcleo espalhador. Correspondem a momentos angulares diferentes de zero.

c)A relação entre o parâmetro de impacto b e o ângulo de espalhamento é dada por:

r

e

eZ

Z

r

U

0 2 1

4

)

(



2

2

cos

2

1

4

)

(

0 2 2 1



sen

E

e

Z

Z

b

inc

(8)

Resultados da mecânica clássica no caso de

interação coulombiana repulsiva: a seção de

choque de Rutherford

Assim:

E então a seção de choque diferencial para o espalhamento elástico

por interação coulombiana repulsiva, chamado de espalhamento de Rutherford tem a seguinte expressão (calcule!):

Foi usada a relação trigonométrica:

2

)

2

cos

2

(

2

1

2

1

4

2 2 2 0 2 2 1



sen

sen

E

e

Z

Z

d

db

inc

2

1

4

16

1

2

2

cos

2

4

2

1

)

(

4 2 0 2 1 3 2 2 2 1





sen

E

Z

Z

sen

E

e

Z

Z

sen

d

d

inc inc o Ruth









2 cos 2 2

sen sen

(9)

A seção de choque de Rutherford

A seção de choque de Rutherford é o resultado para o espalhamento elástico por interação coulombiana repulsiva.

O resultado para o cálculo da Mecânica Quântica coincide com o resultado da Mecânica Clássica:

2

1

4

16

1

)

(

4

2

0

2

2

1



sen

E

e

Z

Z

d

d

inc

Ruth





(10)

A Secção de choque diferencial e o número de

partículas do detector

• O número de partículas espalhadas por N

N

núcleos:

dt

dA

dN

I

feixe inc

0

I

o

é o fluxo de partículas do feixe:

d

é o ângulo sólido

no qual entraram as partículas

detectadas, portanto

do detector

:

2 . det det det alvo

d

dA

d

d

d

N

d

dtI

dN

N o N

int)

,

(

int)

,

(

(11)

Figura do Tipler & Llewellyn

(12)

Os valores para cálculo de partículas

espalhadas em dada condição experimental

O número de núcleos da folha que interagem com o feixe:

O fluxo de um feixe incidente experimental:

•O ângulo sólido do detector:

alvo o alvo feixe alvo N

M

N

x

dA

N

feixe feixe feixe inc o

edA

Z

i

dtdA

dN

I

2 det exp

d

dA

d

(13)

A previsão do número de partículas espalhadas por

unidade de tempo no espalhamento de Rutherford

O

número de partículas que entra no detector segundo a

previsão do espalhamento de Rutherford

em uma dada

situação experimental:

Compare com os resultados experimentais!

)

](

]}[

2

1

[

]

4

2

[

.

16

1

{

)

](

}[

{

)

(

2 det 4 2 2 2 det

d

dA

dt

dN

M

N

x

sen

E

Ze

d

dA

I

N

d

d

dt

dN

inc alvo o alvo alvo inc o o N Ruth Ruth



(14)
(15)

Os pontos são experimentais e as retas as previsões do espalhamento de Rutherford

Figura s do Tipler & Llewellyn

(16)

Espalhamento Rutherford:

repulsão coulombiana entre carga puntiforme da alfa com carga puntiforme do núcleo.

Espalhamento da alfa quando penetra no núcleo:

repulsão coulombiana entre esfera carregada da alfa com esfera carregada do núcleo, a força atrativo núcleo-núcleo.

(17)

Resultados da mecânica clássica no caso de

interação coulombiana repulsiva

A energia incidente E

inc

está associada ao parâmetro de

impacto que permite

a máxima aproximação entre a

partícula espalhada e o núcleo espalhador

que é igual à

mínima distância entre partícula incidente e o núcleo,

a

cada ângulo de espalhamento

.

A relação matemática é a seguinte:

Observe que a máxima aproximação,

ou valor da mínima

distância entre alfa e núcleo

se dá na colisão frontal na

qual a trajetória é uma reta: b=0,

=180

o

, L=0.

)

2

1

1

(

4

2

1

0 2 2 1 max min



sen

E

e

Z

Z

D

r

inc

(18)

Observação importante sobre o espalhamento de

Rutherford experimental:

Em experimentos de Rutherford no qual se varia a energia das

partículas incidentes, a partir de certo valor E0 (que dependente das condições de interação - partícula incidente, núcleo espalhador, energia incidente e ângulo de espalhamento) o resultado experimental não concorda com a previsão de Rutherford. De forma genérica e esquemática o comportamento é aproximadamente o seguinte:

Ruth exp ) d d ( ) d d (    Einc Eo

(19)

A secção de choque experimental

)

](

[

)

(

2 det exp exp

d

dA

I

N

dt

dN

d

d

o N

alvo o alvo feixe alvo N

M

N

x

dA

N

feixe feixe o

edA

Z

i

I

2 det exp

d

dA

d

(20)

Observação importante sobre o espalhamento de

Rutherford experimental:

Interpretação: para energias maiores do que E0 a partícula incidente chega a distâncias menores do que a soma dos dois raios nucleares que interagem, e a interação eletromagnética deixa de ser inversamente proporcional à distância. Pode também haver outro tipo de interação, e de fato há a interação nuclear, no caso das partículas incidente e espalhadora serem núcleos.

Assim, a máxima energia incidente E0 que com a qual há apenas espalhamento de Rutherford, está associada à aproximação entre a

partícula espalhada e o núcleo espalhador de forma a seus raios se

tangenciarem, ou seja:

)

2

1

1

(

4

2

1

2

~

0 0 2 2 1 min



sen

E

e

Z

Z

r

r

r

r

N

alfa N

(21)

Sabe-se hoje que: rN=1,20 A1/3 1015m=

=1,20 A1/3 fm

(22)

Observação importante sobre o espalhamento de

Rutherford experimental:

Questão: Faça cálculo de rmin para o caso de colisão frontal (θ=  ) a partir da

conservação da energia.

Estes experimentos permitiram estimar o raio do núcleo como da

ordem de 10-15m, ou seja, 100.000 vezes menor do que o raio do átomo.

Uma comparação futebolística

Se o núcleo tiver a dimensão da cabeça de um alfinete, ou seja, um raio de 1,5mm=1,5x10-3m, o átomo teria a dimensão de

1,5x102m=150m, que é aproximadamente a dimensão de um

(23)

Aula de Física também é CULTURA

DIMENSÕES DO CAMPO DE FUTEBOL

Um campo de futebol é retangular e deve ter um comprimento mínimo de 90 m e o máximo de 120 m. A largura deverá ser de 45 m no mínimo e de 90 m no máximo.

DIMENSÕES DOS CAMPOS para JOGOS INTERNACIONAIS

Quando uma equipe tem de participar num jogo de uma competição internacional, o comprimento do campo deve ser de 100 m no mínimo e de 110 m no máximo.

Neste tipo de jogos, a largura do recinto de jogo deverá ter um mínimo de 64 m e um máximo de 75 m.

(24)

Aplicação de Rutherford

Um feixe de partículas alfa com 1nA e energia cinética de 6,0MeV incide perpendicularmente sobre uma fina folha de prata (M=108, Z=47, =10,5x106g/m3) de 1m de espessura. Um detector de

partículas alfa com 5mm2 de área é colocado a 2cm de distância

do centro da folha.

(a) Determine a seção de choque diferencial de Rutherford deste

espalhamento a 180o . E a partir do resultado de 180o determine a

seção de choque a 90o . Respostas: 0,32×1028 m2 e 1,3×1028 m2.

(b) Supondo que este espalhamento segue o resultado teórico de

Rutherford, determine o número de partículas que devem entrar no

detector por segundo quando o detector está colocado a 180o e a 900

da direção incidente. Respostas: 72,3 e 289,4 part./segundo

(c) Determine a máxima aproximação entre uma alfa espalhada a 180o e

a 900 pelo mesmo núcleo espalhador. Respostas: 2,3×1014m e 3,2

×1014m.

(d) A resposta ao item (c) sustenta a hipótese inicial que a única

interação é esplahmento de Rutherford no espalh~amento a 180o? E a

90o? Justifique.

(e) Compare a densidade atômica e nuclear da prata. Respostas:1,05

Referências

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