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Módulo V Produtos de Investimento

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Módul

o

V |

Produ

tos

de

Inv

estiment

o

CPA-

10

(2)

1. Títulos Públicos

6

1.1. Conceito e Finalidade

6

1.2. Características

6

1.3 Riscos Inerentes ao Produto

10

1.4 Tributação de Títulos Públicos

12

1.5 Tesouro Direto

15

2. CDB – Certificado de Depósito Bancário

18

2.1 Definição

18

2.2 Características: prazos, formas de resgate, taxas e formas de remuneração (pré e

pós-fixada)

18

2.3 Riscos Inerentes ao Produto

20

2.4 Tributação do CDB

21

3. Letras Hipotecárias

23

3.1 Definição

23

3.2 Características

23

3.3 Modalidades: com ou sem Swap

23

3.4 Riscos Inerentes ao Produto

24

3.5 Tributação da Letra Hipotecária

24

4. Debêntures

26

4.1 Definição

26

4.2 Tipos de Debêntures: conversíveis e não-conversíveis

26

4.3 Taxas e Formas de Remuneração

27

4.4 Riscos Inerentes ao Produto

27

4.5 Tributação

27

5. Notas Promissórias

29

5.1 Definição

29

(3)

6. Ações

30

6.1 Conceito

30

6.2 Tipos de Ações: ordinária e preferencial - definição e direito dos acionistas

30

6.3 Canais de Distribuição: Tipos e principais características. CTVM, DTVM, agências

bancárias e internet (home broker)

31

6.4 Oferta Pública Inicial de Ações (IPO). Definição e entendimento dos conceitos:

período de reserva, possibilidade de ocorrência de rateio, ordem limitada e a mercado

32

6.5 Definições Gerais. ganhos de capital; dividendos; juros sobre capital próprio;

bonificação; subscrição; desdobramento (split) e grupamento.

33

6.6 Riscos Inerentes ao Produto

35

6.6.1. Risco da empresa: conceito

35

6.6.2. Risco de mercado: conceito

36

6.6.3. Risco de liquidez: conceito

36

6.7 Despesas Incorridas na Negociação

36

6.7.1. Corretagem

36

6.7.2. Custódia

37

6.7.3. Emolumentos

37

6.8 Imposto de Renda: fato gerador, alíquotas, bases de cálculo e responsabilidade de

recolhimento

37

6.9 Clube de Investimentos: conceito e características

39

6.9.1 Fundos de Ações versus Clube de Investimento

40

7. Caderneta de Poupança

42

7.1 Conceito e finalidade

42

7.2 Riscos inerentes ao produto

42

7.3 Rentabilidade

42

7.4 Tributação

42

8. Avalie seu Conhecimento

44

(4)

Hora de Investir!

Agora que você já entendeu os fatores de Princípios de Investimento que norteiam a decisão de investimentos e tendo seu cliente definido todos os parâmetros necessários, ele está preparado para investir e ele pode fazer isso de duas maneiras: acessando o mercado diretamente adquirindo títulos de renda fixa ou ações ou, investindo coletivamente por meio de fundos de investimento.

Neste módulo você vai conhecer quais são os tipos de ativos financeiros disponíveis no mercado que seu cliente pode acessar diretamente. Neste caso ele analisa as alternativas, os riscos, negocia taxas e preços e toma a decisão por conta própria.

Seu papel, neste caso, é ajudá-lo a entender as características, os riscos, os impostos, de cada modalidade e colaborar para que a escolha final do cliente seja adequada aos objetivos traçados por ele.

Ações CDB Debêntures Swap Títulos Públicos Nota Promissória

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(5)

Os Títulos de Renda Fixa são emitidos pelo Governo, por instituições financeiras e não-financeiras com o objetivo de captar recursos. Representam uma obrigação (passivo/dívida) do emissor. Na verdade são “empréstimos” que o investidor faz ao emissor, por isso são também conhecidos como títulos de crédito. O investidor recebe juros que remuneram o empréstimo que ele fez.

sua base de conhecimento, permitindo que você seja um profissional certificado.

Antes de passarmos ao estudo específico de cada produto vamos revisar alguns conceitos sobre Renda Fixa. Observe o diagrama:

Instrumentos de Renda Fixa Títulos de crédito ou dívida Investidor EMPRESTA dinheiro

Governo Federal Instituições Financeiras

Setor Público

Instituições Não - Financeiras

LFT LTN

NTN: séries B, C e F CDB Letra Hipotecária Nota Promissória Debênture

Investidor recebe JUROS Pré CDI SELIC TR IGP-M , etc.

Obrigação do Emissor DÍVIDA Principais RISCOS Crédito Inadimplência do emissor Mercado Oscilação da taxa de juros Liquidez Dificuldade de resgate a qualquer tempo Investidor é CREDOR do emissor do título FGC garante somente operações deste segmento Setor Privado Poupança

(6)

1.1 Conceito e Finalidade

O Governo Federal precisa de dinheiro para financiar seus projetos e realizar os investimentos necessários em educação, segurança, estradas, e saúde, por exemplo, além de pagar os funcionários públicos e aposentados...

São duas, basicamente, as formas de captação de recursos do governo: § Arrecadação de impostos

§ Tomar empréstimo junto ao público investidor.

Os títulos públicos transacionados no mercado e tão frequentemente encontrados nas carteiras dos fundos de investimento são, portanto, títulos que representam dívida do Tesouro Nacional. São títulos de grande aceitação e liquidez, considerados como os de melhor risco de crédito do mercado.

Fazem parte do seu programa ANBIMA (antiga ANBID) apenas os principais títulos públicos federais. São 2 letras e 3 notas – vamos conhecer os detalhes.

Vamos saber quais são as SEMELHANÇAS dos títulos públicos – o que eles têm em comum: § Prazo: não há prazo mínimo ou máximo de emissão.

§ Valor nominal: múltiplos de R$1.000,00.

§ Modalidade: escritural, nominativa e negociável.

1. Títulos Públicos

1.2 Características

As LETRAS:

§ LFT – Letra Financeira do Tesouro § LTN – Letra do Tesouro Nacional As NOTAS:

§ NTN-B Nota do Tesouro Nacional série B § NTN-C Nota do Tesouro Nacional série C § NTN-F Nota do Tesouro Nacional série F

(7)

Título Rentabilidade

LFT Taxa Selic over

LTN Taxa prefixada

NTN-B IPCA + juros

NTN-C IGPM + juros

NTN-F Taxa prefixada + juros

Fique Ligado!

Trate de decorar as informações que você acabou de ler.

Elas serão exigidas na prova, com certeza! Como fazer para gravar e não esquecer??

Dicas do professor:

LTN: a letra “T”, de “taxa”, vem antes – portanto já sei quanto vou ganhar – a taxa é prefixada. LFT: a letra “T”, de “taxa”, vem depois – portanto só conheço meu ganho no vencimento – a

taxa é a Selic (pós-fixada).

NTN–B: é corrigida pelo IPCA. A letra “B” de NTN-B vem depois do “A” de IPCA.

NTN-C: a letra “C” de “consumo”, lembra “inflação” – o outro índice de inflação que

aprendemos é o IGP-M.

NTN-F: a letra “F” de “fixa” – portanto, já sei quanto vou ganhar – a taxa é prefixada.

A diferença entre a LTN e a NTN-F, ambas de taxa prefixada, é que a NTN-F paga juros semestralmente e a LTN não.

E agora vamos entender quais são as DIFERENÇAS entre eles. São basicamente duas:

1 – PAGAMENTO DE JUROS: as notas pagam juros semestralmente e as letras somente no vencimento. 2 – REMUNERAÇÃO: observe o quadro indicando a rentabilidade de cada um dos títulos públicos.

(8)

EXERCÍCIO 1

A tabela abaixo indica um número e o tipo de rentabilidade que o investidor deseja obter. Coloque o nome do título público na linha que oferece a taxa desejada.

Número Taxa Título Público

1 Prefixada

2 IPCA

3 Selic over

4 Prefixada (com juros)

5 IGPM

Títulos Públicos

(9)

AFIRMATIVA V F

1. Os títulos públicos são instrumentos de captação de recursos para o Tesouro Nacional e representam dívida da União.

2. O investidor que adquire títulos públicos se transforma em credor do Tesouro Nacional considerando sua natureza de título de crédito.

3. As NTNs - Notas do Tesouro Nacional pagam juros semestralmente. O capital corrigido pelo índice de correção, é pago somente no vencimento.

4. Os títulos públicos podem ser adquiridos em Bolsa de Valores apenas. 5. As operações com títulos públicos são registradas e custodiadas no SELIC. 6. Os títulos públicos contam com a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Créditos.

7. A LTN Letra do Tesouro Nacional é um título cujo valor de resgate é conhecido (múltiplos de R$1.000). É negociada no mercado pelo desconto da taxa de juros desejada pelo mercado.

8. A LFT é recomendada para investidores que desejam aplicação de taxa prefixada.

9. A LTN é recomendada em cenários de queda da taxa de juros, cenário que permitirá uma valorização ao título.

10. A NTN-B e NTN-C são corrigidas por índices de inflação. São recomendadas para investidores que desejam preservar o poder de compra e assegurar a proteção de seu capital contra o risco de elevação da inflação.

Gabarito: (1)Verdadeiro; (2)Verdadeiro; (3)Verdadeiro; (4)Falso; (5)Verdadeiro; (6)Falso; (7)Verdadeiro; (8)Falso; (9)Verdadeiro; (10)Verdadeiro.

EXERCÍCIO 2 |

Verdadeiro ou Falso?

Indique se as afirmativas sobre Títulos Públicos são Verdadeiras ou Falsas.

(10)

1.3.2 Risco de mercado

Como já vimos, o risco de mercado se caracteriza pela oscilação no preço ou valor de mercado de títulos ou valores mobiliários, que pode gerar perdas ou ganhos ao investidor.

Se um título tiver taxa prefixada, o risco de mercado refere-se ao risco de oscilações na taxa de juros que pode provocar queda no preço dos títulos. A LTN e a NTN-F são os dois títulos mais expostos a esse tipo de risco.

Recordando...

A relação entre taxa de juros (pré) e preço é inversamente proporcional. Quando a taxa de juros sobe, o preço do título cai. O inverso é verdadeiro. Quando a taxa de juros cai, o preço do título sobe. E lembre-se, também, de que quanto maior o prazo do título, maior o risco de mercado.

1.3 Riscos Inerentes ao Produto

1.3.1 Risco de crédito

O Risco de Crédito, como já vimos, decorre da possibilidade do emissor do título deixar de pagar rendimentos periódicos, ou mesmo, deixar de resgatar o título no vencimento.

Como o emissor do título, neste caso, é o Tesouro Nacional, a probabilidade da ocorrência desse risco é muito reduzida. São considerados como os títulos de “melhor risco de crédito” do país.

Taxa sobe Preço sobe Preço cai Taxa cai

A LFT – Letra Financeira do Tesouro é corrigida pela variação da taxa Selic over. Portanto, acompanha a flutuação da taxa de juros de mercado.

1.3.3 Risco de liquidez

Decorre da possibilidade do investidor não encontrar comprador para o título caso decida vendê-lo, ou ainda, que tenha o preço de venda desse título prejudicado (abaixo do preço justo) em decorrência de baixa liquidez no mercado.

(11)

§ Fato Gerador: fato que gera a incidência do imposto. Exemplo: o fato gerador do Imposto de Renda no CDB é o recebimento do rendimento.

§ Alíquotas: indica o percentual da base de cálculo devida. Exemplo: 15% sobre o ganho de capital de investimento em ações.

§ Bases de Cálculo: indica qual a base sobre a qual será calculada a alíquota do imposto devido. Exemplo: rendimento total.

§ Responsabilidade de Recolhimento: indica quem é responsável pelo recolhimento do imposto. As hipóteses são duas:

a) A fonte: a pessoa jurídica que gera o pagamento da renda ou rendimento. Exemplo: a instituição financeira no caso do resgate do CDB.

b) O contribuinte: o próprio investidor calcula e recolhe para a Receita Federal o imposto devido. Exemplo: ganho de capital de investimento em ações.

Como você sabe, sempre que um investidor recebe renda ou rendimentos provenientes de uma aplicação financeira, a Receita Federal exige o recolhimento de um imposto – chamado de Imposto de Renda e, em alguns casos, exige também o recolhimento de outro imposto denominado de IOF. Em relação aos impostos – IR e IOF - a prova vai exigir que você conheça as seguintes regras:

Você verá que as regras para todos os investimentos de “renda fixa” são as mesmas. Significa que não importa se o investimento foi em títulos públicos, CDB, debênture ou nota promissória – o procedimento será sempre o mesmo.

Posteriormente você vai aprender que:

a) O investimento em Ações tem regras completamente diferentes dos investimentos em “renda

fixa”; e

b) O investimento em Fundos de Investimentos adota as mesmas alíquotas que os

investimentos em títulos mas possui um procedimento diferenciado. Aguarde para saber mais a respeito.

(12)

Alíquota decrescente

Tempo de Permanência Alíquota

Até 180 dias 22,5%

De 181 dias até 360 dias 20,0%

De 361 dias até 720 dias 17,5%

Acima de 720 dias 15,0%

1.4 Tributação de Títulos Públicos

1.4.1 Imposto de Renda

Fato Gerador: rendimentos, resgate, cessão ou repactuação do título. Base de Cálculo: rendimento total líquido de IOF, quando aplicável. Responsabilidade de Recolhimento: a fonte.

Alíquota: decrescente, de acordo com o prazo da operação. Vide tabela

EXEMPLO 1

Um investidor comprou uma NTN-B com vencimento de 5 anos. Recebeu juros 180 dias após a aquisição. Houve recolhimento de imposto de renda nesse momento? Se positivo, qual foi a alíquota aplicada?

a) O imposto de renda será retido somente no resgate do título.

b) Será retido imposto de renda, alíquota de 15% considerando tratar-se de um título de 5 anos. c) Será retido imposto de renda, alíquota de 22,5%.

GABARITO 1

a) Falsa. Pagamento de rendimento é fato gerador e exige o recolhimento do imposto de renda. b) Falsa. A alíquota deve levar em conta o prazo entre a data da aquisição e prazo decorrido entre a aquisição e o fato gerador.

c) Correta. O prazo entre a aquisição e o pagamento do rendimento – fato gerador do recolhimento do IR – foi de 180 dias, portanto, alíquota de 22,5%.

(13)

1.4.2 IOF – Imposto sobre Operação Financeira

Fato Gerador: prazo entre a aplicação e o resgate inferior a 30 dias. Base de Cálculo: rendimento total.

Responsabilidade de Recolhimento: a fonte.

Alíquota: 1% ao dia sobre o valor do resgate, cessão ou repactuação, limitado a certo percentual do rendimento da operação, em função do prazo, conforme tabela regressiva.

Prazo em dias % limite do rendimento Prazo em dias % limite do rendimento Prazo em dias % limite do rendimento 01 96% 11 63% 21 30% 02 93% 12 60% 22 26% 03 90% 13 56% 23 23% 04 86% 14 53% 24 20% 05 83% 15 50% 25 16% 06 80% 16 46% 26 13% 07 76% 17 43% 27 10% 08 73% 18 40% 28 6% 09 70% 19 36% 29 3% 10 66% 20 33% 30 0%

Você sabe que a alíquota do IOF é definida pela tabela regressiva.

Fique atento em relação a:

a) Operação de 30 dias a alíquota é zero!

b) A alíquota do IOF é de 1% ao dia sobre o valor de resgate! Porém, limitado a certo percentual do rendimento conforme indicado na tabela.

(14)

EXEMPLO 2

Um investidor comprou uma LTN por R$100.000,00 com vencimento para 12 meses. Vendeu o título no mercado secundário 15 dias depois por R$101.000,00. Qual a tributação aplicável à essa operação?

a) Será recolhido imposto de renda de 22,5%.

b) Será recolhido somente IOF considerando ser o prazo da operação inferior a 30 dias.

c) Será recolhido Imposto de Renda e IOF sendo ambos calculados sobre o rendimento total de R$1.000,00,

d) Será recolhido IOF sobre o rendimento total e IR sobre o rendimento total menos o IOF já recolhido.

Todos os conceitos que você aprendeu aqui são aplicáveis às outras operações de “Renda Fixa” como CDB, debêntures, e nota promissória, por exemplo.

GABARITO

a) Falsa. Sendo o prazo da operação inferior a 30 dias, são dois os impostos devidos: IR e IOF. b) Falsa. Sendo o prazo da operação inferior a 30 dias, são dois os impostos devidos: IR e IOF. c) Falsa. Existem dois erros nessa alternativa: primeiro será cobrado o IOF e depois o IR. E a base de cálculo não é a mesma nos dois impostos.

d) Correta. Primeiro será cobrado o IOF de 50% sobre o rendimento total (R$1.000,00) que resultará em um IOF de R$500,00. Em seguida, será calculado o valor do IR, alíquota de 22,5%, sobre R$500,00 (R$1.000,00 - R$500,00) que resultará em um IR de R$112,50.

(15)

1.5 Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC. Direcionado a pessoas físicas que queiram investir com segurança e tranqüilidade, o Tesouro Direto oferece a compra de títulos da dívida pública diretamente pela Internet, a partir de aproximadamente R$ 200,00.

A liquidez das aplicações é garantida pelo Tesouro que possibilita aos investidores resgatarem seus títulos e recursos semanalmente, antes do vencimento, ao preço negociado no mercado naquele momento.

O rendimento da aplicação é bastante competitivo, quando comparado com as demais aplicações financeiras equivalentes existentes no mercado. Outro fator que diferencia este produto dos demais são as taxas de administração e de custódia serem baixas.

O fato gerador do Imposto de Renda sobre os rendimentos é o pagamento de juros, resgate antecipado do título (recompra), vencimento do título, calculado sobre o rendimento total líquido de IOF quando aplicável.

A alíquota do Imposto de Renda é semelhante aos outros títulos de renda fixa, conforme tabela abaixo:

Prazo de Permanência Alíquota

Até 180 dias 22,5%

De 181 dias a 360 dias 20,0% De 361 dias até 720 dias 17,5%

Acima de 720 dias 15,0%

§ A fonte, responsável pelo recolhimento dos impostos devidos, é o

Agente de Custódia.

§ No pagamento dos juros semestrais (cupons) das Notas do Tesouro Nacional, a cobrança do Imposto de Renda ocorrerá no momento do crédito desses juros, à alíquota conforme o prazo contado a partir da data de início da aplicação.

(16)

Formas de negociação

As compras e vendas de títulos são efetuadas na área exclusiva do Tesouro Direto e podem ser realizadas diretamente pelo Investidor ou através de um Agente de Custódia, mediante sua autorização. Em ambos os casos, o Investidor deve ser cadastrado no Tesouro Direto, por um Agente de Custódia da CBLC.

Os investidores podem efetuar suas compras no Tesouro Direto por três formas distintas:

• Diretamente no site do Tesouro Direto: o próprio investidor, com sua senha individual, acessa o ambiente restrito do site Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br) e realiza, diretamente, as negociações com títulos públicos;

• Via um Agente de Custódia: o investidor autoriza o Agente de Custódia a negociar títulos públicos em seu nome, no site do Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br), da mesma forma como ocorre no mercado de ações. Essa opção é ideal para o investidor que não tem acesso à Internet ou que, por algum motivo, não deseja comprar pessoalmente;

• Diretamente no site do Agente de Custódia: alguns bancos e corretoras habilitados integraram seus sites ao do Tesouro Direto, possibilitando aos investidores a realização das negociações no próprio site da instituição financeira. Desta forma, as compras são realizadas somente no site da instituição financeira, cujos títulos, preços e taxas refletem os mesmos do site do Tesouro Direto em tempo real (disponível somente em algumas corretoras e bancos).

Fonte: www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto

Tesouro Direto: é uma maneira do investidor adquirir títulos emitidos pelo

Tesouro Nacional diretamente. O volume mínimo de compra é de 20% de um título que equivale a aproximadamente R$ 150,00.

A tributação dos rendimentos é semelhante aos outros títulos de renda fixa, ou seja, na fonte, sendo a alíquota definida conforme o prazo de permanência entre a data da aplicação e a data de pagamento dos rendimentos.

(17)

EXERCÍCIO 3|

Verdadeiro ou Falso?

A tabela abaixo indica um número e o tipo de rentabilidade que o investidor deseja obter. Coloque o nome do título público na linha que oferece a taxa desejada.

AFIRMATIVA V F

1. O fato gerador do imposto de renda nas operações de renda fixa é sempre e somente o resgate da operação.

2. O fato gerador do imposto de renda nas operações de renda fixa ocorre no pagamento de rendimentos, resgate, cessão ou repactuação do título.

3. A base de cálculo sobre a qual será calculada a alíquota do IR devido é o rendimento total da operação.

4. A base de cálculo sobre a qual será calculada a alíquota do IR devido é o rendimento total, líquido de IOF, se houver.

5. Nas operações com títulos públicos e outros títulos de renda fixa, o IOF será devido sempre que o prazo da operação for inferior a 30 dias.

6. Em uma operação de renda fixa cujo prazo seja inferior a 30 dias será recolhido o imposto de renda e o IOF, nesta ordem.

7. Nas operações de títulos públicos e outros instrumentos de renda fixa, o responsável pelo recolhimento do imposto de renda e IOF será sempre a fonte pagadora.

8. A alíquota do IR – Imposto de Renda devida nas operações de renda fixa é de 15% sobre os rendimentos.

9. A alíquota do IR – Imposto de Renda devida nas operações de renda fixa será definida em função do prazo da operação.

10. Quando devido, o IOF será de 1% ao dia sobre o valor do resgate limitado a certo percentual do rendimento da operação, em função do prazo, conforme tabela regressiva.

Gabarito: (1) Falso; (2) Verdadeiro; (3) Falso; (4) Verdadeiro; (5) Verdadeiro;(6) Falso; (7) Verdadeiro; (8) Falso; (9) Verdadeiro; (10) Verdadeiro.

(18)

2.1 Definição

§ Título de renda fixa, representativo de depósito a prazo, emitido por bancos múltiplos, de investimentos e comerciais.

§ É admitida sua negociação antes do vencimento, de acordo com as condições estabelecidas pela instituição emissora e terá seu valor de mercado apurado em função da taxa de juros corrente. § São nominativos, negociáveis e transferíveis através de endosso “em preto” que significa a necessidade de identificar o novo proprietário do título.

§ A renovação do CDB não é automática. O cliente deve negociar as condições de reinvestimento com a instituição financeira emissora.

2. CDB – Certificado de Depósito Bancário

Remuneração Prazo Mínimo Prazo Máximo

Pré, DI e Selic não há conforme a política de captação de cada instituição financeira.

TR 1 mês

2.2.2 Taxas e formas de remuneração

Taxa prefixada

Ao comprar um CDB de taxa prefixada o investidor já sabe quanto vai receber, no vencimento do depósito, pois em função da taxa negociada no ato da contratação, é definido o valor de resgate da operação.

É uma boa opção em cenários econômicos de queda de taxa de juros, uma vez que a taxa de remuneração é prefixada e não será alterada pelo comportamento do mercado.

2.2 Características

2.2.1 Prazos de emissão

Taxa pós-fixada

Nas operações de taxa pós-fixada o investidor negocia o índice de correção que será aplicado sobre o capital. Ele conhecerá o valor de resgate da operação somente no dia do vencimento da operação. Quando corrigido pela variação da taxa DI ou da taxa Selic, oferece um percentual (%) dessa taxa. Por exemplo, 90% da taxa DI. Ele receberá 90% da taxa média do período da operação.

(19)

2.2.3 Formas de resgate

§ O CDB é resgatado no dia do vencimento da operação. Não há renovação automática deste produto. § CDB DI com liquidez diária: a recompra/revenda pode ocorrer a qualquer tempo valorizado pelo percentual do CDI contratado na operação.

§ CDB sem liquidez diária: o resgate deve ocorrer no vencimento da operação. Se houver necessidade de resgatar a operação antes do vencimento, o cliente deverá negociar com a instituição financeira a possibilidade desse resgate antecipado, sujeitando-se às condições de mercado.

2.2.4 CDB com Swap

O Swap é um contrato que permite “trocar” a taxa de uma operação em CDB.

Suponha que o investidor tenha comprado um título de taxa prefixada e queira, por alguma razão, trocar a taxa pré por uma taxa pós-fixada, a taxa DI, por exemplo.

Se o Swap não existisse o investidor teria de resgatar o CDB de taxa pré e negociar uma nova operação de taxa pós-fixada, não é verdade?

O Swap permite manter o CDB inicialmente contratado e “trocar” a taxa da operação.

2.3. Riscos Inerentes ao Produto

2.3.1 Risco de crédito

Decorre da possibilidade de insolvência da instituição financeira que, nessa hipótese, deixará de honrar sua obrigação de resgatar os depósitos mantidos por clientes.

Para atenuar esse risco, o investidor conta com a garantia do FGC - Fundo Garantidor de Créditos, limitado a R$70.000,00 por CPF ou CNPJ, que tem por objetivo prestar garantia de créditos nas hipóteses de:

§ decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição financeira associada; § reconhecimento pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da instituição financeira associada.

FGC - Fundo Garantidor de Créditos Limite de

cobertura

O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). Devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo respectivo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) / Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Depósitos

cobertos § Depósitos a vista ou sacáveis mediante aviso prévio § Depósitos de poupança

§ Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado § Letras de câmbio

§ Letras hipotecárias § Letras imobiliárias

§ Depósitos em conta investimento

§ Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. § Letras de crédito imobiliário.

(20)

2.3.2 Risco de mercado

O risco de mercado refere-se à possibilidade de depreciação no valor do CDB provocado por fatores desfavoráveis como, por exemplo, a elevação da taxa de juros em CDB com taxa prefixada.

Um CDB de taxa prefixada, por exemplo, é uma boa alternativa de investimento num cenário de queda na taxa de juros. Se a taxa de juros cair, ele assegura a taxa atual, mais elevada, pelo prazo do investimento.

Entretanto, corre o risco de uma elevação na taxa de juros. Nesse caso, há duas considerações a fazer:

Taxa de Mercado Valor Atual do Título (D+0) Valor do Título em D+0 ao final do dia Valor de Resgate do Título (1 ano) 20% a.a. R$ 1.000,00 R$ 1.200

Sobe para 25% a.a. R$ 960,00 R$ 1.200

Cai para 15% a.a. R$ 1.043,47 R$ 1.200

(1) Se a taxa de juros subir para 25%, o valor do título cai para $960,00 e o investidor terá um prejuízo de $40,00 em relação ao valor investido.

(2) Se a taxa de juros cair para 15%, o valor do título sobe para $1.043,47 e o investidor terá um lucro de $43,47.

(3) Para evitar o risco da oscilação da taxa de juros de mercado, o investidor pode optar pelo CDB de taxa pós-fixada, corrigido pela variação da taxa DI.

§ Se o investidor puder aguardar o dia do vencimento do título, receberá exatamente o valor predeterminado pela taxa contratada e deixa de ganhar a taxa de mercado.

§ Se precisar negociar o título antes do vencimento, se submete ao procedimento de marcação a mercado, que utilizará a nova taxa de mercado para o cálculo do valor desse título.

Veja o exemplo numérico abaixo demonstrando a mudança no preço atual de um título prefixado frente a oscilação na taxa de juros de mercado:

2.3.3 Risco de liquidez

Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado.

Pode ocorrer, também, que em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja inferior ao preço considerado “justo” em condições normais de mercado.

Sempre que liquidez for um atributo importante para o investidor, ele deverá optar por modalidades de operação que assegurem a liquidez diária, como é o caso do CDB DI, por exemplo.

(21)

AFIRMATIVA V F

1. CDB representa um depósito a prazo feito por um investidor junto a uma instituição financeira. Ele é nominativo e negociável.

2. O CDB é um título de renda fixa emitido por bancos comerciais, de investimento e bancos múltiplos.

3. A remuneração do CDB será sempre uma taxa prefixada definida entre a instituição financeira e o cliente no momento da contratação da operação.

4. O CDB será registrado e custodiado na CETIP.

5. O cliente que contrata um CDB corre o risco de crédito da instituição na qual fez o depósito.

6. O FGC Fundo Garantidor de Crédito garante até R$70.000 o valor investido em CDB no caso da insolvência do emissor.

7. O CDB DI negociado com liquidez diária permite que o investidor solicite resgate a qualquer momento.

8. Um investidor que compra um CDB de taxa prefixada está exposto ao risco de mercado e poderá ter perda caso ocorra elevação na taxa de juros de mercado. 9. O imposto de renda sobre os rendimentos de um CDB será cobrado no resgate aplicando-se alíquota única de 15%.

10. O imposto de renda de uma operação em CDB incide sobre o rendimento total, líquido de IOF se houver, sendo a alíquota definida em função do prazo da operação.

Gabarito (1) Verdadeiro; (2) Verdadeiro; (3) Falso; (4) Verdadeiro;(5) Verdadeiro; (6) Verdadeiro; (7) Verdadeiro; (8) Verdadeiro; (9) Falso; (10) Verdadeiro.

EXERCÍCIO 4|

Verdadeiro ou Falso?

Indique se as afirmativas sobre CDB são Verdadeiras ou Falsas.

(22)

3. Letra Hipotecária

3.1 Definição

Título de crédito emitido por instituições que atuam na concessão de financiamentos com recursos do SFH – Sistema Financeiro da Habitação, cuja emissão está limitada ao valor total da carteira de créditos hipotecários.

§ A emissão será baseada no montante dos empréstimos da carteira hipotecária de que sejam titulares as instituições que atuam na concessão de financiamentos com recursos do SFH, garantidos por primeira hipoteca.

§ A soma do principal de letras emitidas não excederá, em hipótese alguma, o valor total dos créditos hipotecários em poder da instituição emitente e não estenderá, ao investidor, nenhum tipo de garantia colateral dos contratos desta carteira.

3.2 Características

3.2.1 Prazo de emissão

Mínimo de 180 dias, e máximo, o prazo de vencimento dos créditos hipotecários que lhe servem de garantia (lastro).

3.2.2. Lastro

A Letra Hipotecária será emitida com base em créditos hipotecários concedidos pela instituição emissora. Ou seja, o crédito hipotecário funciona como “lastro” condicionante para que a LH possa ser emitida.

3.2.3 Forma de Emissão

Pode ser emitida de forma nominativa, endossável, podendo ser mantida sob a forma escritural na instituição emissora. É transferível somente com endosso em preto, com a identificação no novo favorecido.

3.2.4 Rentabilidade

A rentabilidade da LH está vinculada ao valor nominal do financiamento imobiliário e pode ser prefixada, flutuante e pós-fixada.

(23)

3.4. Riscos Inerentes ao Produto

3.4.1 Risco de crédito

Decorre da possibilidade da instituição emissora da letra hipotecária deixar de resgatá-la no seu vencimento. Em caso de insolvência da instituição financeira emissora o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante até R$ 70.000,00 por CPF/CNPJ.

3.4.2 Risco de mercado

O risco de mercado refere-se à possibilidade de depreciação no valor da Letra Hipotecária provocado por fatores desfavoráveis como, por exemplo, a elevação da taxa de juros.

3.4.3 Risco de liquidez

Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado antes do vencimento.

Pode ocorrer, também, que em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja inferior ao preço considerado “justo” em condições normais de mercado.

3.5 Tributação da Letra Hipotecária

A incidência de impostos – Imposto de Renda e IOF – nas operações de Letra Hipotecária, segue exatamente os mesmos critérios dos títulos públicos e do CDB. Volte às páginas 12 e 13 desta apostila para recordar, se necessário.

Porém, existe uma exceção importante!

Quando o investidor é Pessoa Física, a remuneração produzida pela Letra Hipotecária é ISENTA da incidência do imposto de renda.

Mas cuidado!

Se houver um contrato de Swap atrelado à operação, o eventual ajuste positivo proporcionado pelo

swap será tributado de acordo com as regras vigentes.

FIQUE LIGADO! A isenção do imposto de renda

aplica-se somente ao investidor Pessoa Física.

3.3 Modalidades

3.3.1 Com Swap

A LH pode ser vendida combinada com um contrato de Swap para “trocar” a taxa da LH por um certo percentual da taxa DI, por exemplo, ou por uma taxa prefixada, se for esse o interesse do investidor. 3.3.2 Sem Swap

Neste caso, o investidor receberá a remuneração original prevista na emissão da Letra Hipotecária, por exemplo, TR + juros de 8% ao ano.

(24)

AFIRMATIVA V F

1. A Letra Hipotecária é um título de crédito emitido por instituições que atuam na concessão de financiamentos com recursos do SFH – Sistema Financeiro da Habitação.

2. A emissão de Letra Hipotecária está limitada ao valor total da carteira de créditos hipotecários da instituição.

3. A remuneração da Letra Hipotecária será sempre uma taxa prefixada definida entre a instituição financeira e o cliente no momento da contratação da operação.

4. A remuneração da LH poderá ser prefixada ou pós-fixada, quando será adotado um índice de correção como a taxa DI, IGPM ou TR, por exemplo.

5. O cliente que contrata uma LH corre o risco de crédito da instituição na qual fez o depósito.

6. O FGC Fundo Garantidor de Crédito garante até R$70.000 o valor investido em LH no caso da insolvência do emissor.

7. O prazo mínimo de uma Letra Hipotecária é de 180 dias. E o prazo máximo não pode exceder o prazo do crédito hipotecário lastro da LH.

8. Qualquer investidor está isento da incidência do imposto de renda sobre os rendimentos da Letra Hipotecária.

9. A LH será registrada e custodiada na CETIP.

10. O investidor pessoa jurídica pagará imposto de renda sobre os rendimentos de uma operação em Letra Hipotecária, sendo a alíquota definida de acordo com o prazo da operação.

EXERCÍCIO 5|

Verdadeiro ou Falso

(25)

4. Debênture

4.1 Definição

Debêntures são valores mobiliários, emitidos por sociedades anônimas não-financeiras, representativos de crédito de médio e longo prazos que asseguram aos investidores direito de crédito contra a companhia emissora.

§ Podem ser emitidas por empresas de capital aberto e/ou fechado. Entretanto, somente sociedades anônimas de capital aberto (ou seja, registradas na CVM como tais) podem fazer colocação pública de debêntures.

§ Bancos não podem emitir debêntures (são instituições financeiras). Companhias de Leasing são as únicas entidades do sistema financeiro autorizadas a emitir debêntures.

financeiras.

E as empresas não financeiras, como fazem para captar recursos? Elas emitem DEBÊNTURE que é, na verdade, um instrumento semelhante ao CDB na sua essência. As características são diferentes e vamos conhecê-las a seguir. Mas o mais importante é que você entenda que ambos representam uma dívida do seu emissor. Sendo assim:

(a) Quando um investidor compra um CDB, ele está “emprestando” dinheiro para uma instituição financeira.

(b) Quando um investidor compra uma debênture, ele está “emprestando” dinheiro para uma instituição não-financeira.

4.2 Tipos de Debêntures

4.2.1 Debênture conversível em ações

Algumas debêntures têm uma cláusula de conversibilidade que concede ao investidor, no ato de sua compra e de acordo com condições estabelecidas em sua escritura pública, o direito de resgatar seu investimento em ações da companhia emissora.

FIQUE LIGADO! Na debênture conversível a opção de receber o capital de

volta em ações é um direito (não uma obrigação) do investidor.

4.2.2 Debênture simples

As debêntures simples asseguram ao investidor uma remuneração sobre o valor do investimento, sendo o capital resgatado em dinheiro no vencimento. Semelhante a um investimento em CDB ou título público.

(26)

4.3 Taxas e Formas de Remuneração

A empresa determina o fluxo de amortizações e as formas de remuneração, informações que deverão constar da escritura de emissão da debênture.

São possíveis emissões com remuneração prefixada ou pós-fixada: TR, TBF, TJLP, Índice de Preços, e DI CETIP, por exemplo.

4.4 Riscos Inerentes ao Produto

4.5.1 Risco de crédito

Decorre da possibilidade da empresa emissora da debênture deixar de pagar os rendimentos periodicamente e/ou resgatá-la no seu vencimento.

A debênture não conta com a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Créditos.

Entretanto, ela poderá ter outros tipos de garantias, conforme previsão em sua escritura de emissão.

4.5.2 Risco de mercado

O risco de mercado refere-se à possibilidade de depreciação no valor da Debênture provocado por fatores desfavoráveis como, por exemplo, a elevação da taxa de juros.

4.5.3 Risco de liquidez

Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado antes do vencimento.

Pode ocorrer, também, que em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja inferior ao preço considerado “justo” em condições normais de mercado.

4.5 Tributação

A tributação das debêntures é idêntica à dos outros títulos de renda fixa. Informações disponíveis nas páginas 12 e 13 desta apostila.

(27)

EXERCÍCIO 6|

Verdadeiro ou Falso

Indique se as afirmativas sobre Debênture são Verdadeiras ou Falsas.

AFIRMATIVA V F

1. A debênture é um título de crédito emitido por empresas não financeiras e representam dívida dessa empresa perante o investidor.

2. A debênture pode ser simples ou conversível. A conversível permite ao investidor converter seu montante em ações da empresa, em uma data predeterminada, se desejar.

3. As debêntures podem ser emitidas somente por empresas de capital aberto. 4. O prazo mínimo de emissão de debêntures será de 1 ano no caso de debêntures simples e 3 anos, no caso de conversíveis.

5. As debêntures de empresas de capital fechado só podem ser colocadas no mercado mediante oferta fechada (não pública).

6. O FGC Fundo Garantidor de Crédito garante até R$70.000 o valor investido em debênture no caso da insolvência do emissor.

7. Uma debênture de taxa prefixada perderá valor caso ocorra elevação na taxa de juros.

8. Os rendimentos obtidos no investimento em debênture pagam imposto de renda de acordo com o prazo da operação. A alíquota será de 15% para operações de prazo acima de 720 dias.

9. A operação de compra de debênture é registrada e custodiada na CETIP. 10. Para vender uma debênture antes do vencimento o investidor deverá oferecer o título no mercado secundário estando exposto ao risco de liquidez.

Gabarito : (1) Verdadeiro; (2) Verdadeiro;(3) Falso; (4) Verdadeiro; (5) Verdadeiro; (6) Falso; (7) Verdadeiro; (8) Verdadeiro; (9) Verdadeiro; (10) Verdadeiro.

(28)

5. Nota Promissória

5.1 Definição

Título representativo de crédito emitido pelas empresas do setor privado, para colocação pública ou privada, que confere ao investidor direito de crédito contra a emitente.

A nota promissória emitida por sociedade por ações, destinada à oferta pública, é considerada como valor mobiliário.

Você aprendeu que uma empresa não financeira pode emitir debêntures para captar recursos de médio e longo prazos.

O instrumento que vamos conhecer agora tem basicamente a mesma finalidade, a diferença, é que a Nota Promissória é utilizada para captar recursos de

curto prazo. Vamos avançar.

5.2 Riscos Inerentes ao Produto

5.2.1 Risco de crédito

Decorre da possibilidade da empresa emissora da nota promissória deixar de pagar os rendimentos periodicamente e/ou resgatá-la no seu vencimento.

A nota promissória não conta com a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito e não pode conceder garantias, como no caso da debênture.

5.2.2 Risco de mercado

O risco de mercado refere-se à possibilidade de depreciação no valor da Nota Promissória provocado por fatores desfavoráveis como, por exemplo, a elevação da taxa de juros.

5.2.3 Risco de liquidez

Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado antes do vencimento.

Pode ocorrer, também, que em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja inferior ao preço considerado “justo” em condições normais de mercado.

5.3 Tributação

(29)

V F

1. A nota promissória é um título de crédito emitido por empresas não financeiras e representam dívida dessa empresa perante o investidor.

2. A nota promissória pode ser simples ou conversível.

3. A nota promissória pode ser emitida somente por empresas de capital aberto. 4. O prazo máximo de emissão de nota promissória será de 360 dias se emitida por empresas de capital aberto.

5. O prazo máximo de emissão de nota promissória será de 180 dias se emitida por empresas de capital fechado.

6. O FGC Fundo Garantidor de Crédito garante até R$70.000 o valor investido em Nota Promissória no caso da insolvência do emissor.

7. A nota promissória não oferece garantias.

8. Os rendimentos obtidos no investimento em nota promissória pagam imposto de renda de acordo com o prazo da operação. A alíquota será de 22,5% para operações de até 180 dias.

9. A operação de compra de nota promissória é registrada e custodiada na CETIP.

10. Para vender uma nota promissória antes do vencimento o investidor deverá oferecer o título no mercado secundário estando exposto ao risco de liquidez.

Gabarito: (1) Verdadeiro; (2) Falso; (3) Falso; (4) Verdadeiro;(5) Verdadeiro; (6) Falso; (7) Verdadeiro; (8) Verdadeiro; (9)Verdadeiro; (10)Verdadeiro.

EXERCÍCIO 7|

Verdadeiro ou Falso

(30)

6. Ações

FIQUE LIGADO! As ações preferenciais devem contar com pelo menos UMA

das preferências citadas acima.

Se não houver distribuição de dividendos por 3 anos consecutivos as ações preferenciais adquirem direito de voto.

6.1 Definição

Ação é um dos instrumentos de renda variável mais conhecidos. Ela representa um pedacinho de uma empresa com um ou mais pedacinhos da empresa, você se torna sócio dela. Sendo mais formal, podemos definir ações com títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração do capital social de uma empresa.

6.2 Tipos de Ações

6.2.1 Ação Ordinária (ON)

Garante o direito de voto nas assembléias deliberativas da empresa, permitindo votar para eleger diretores, aprovar demonstrações financeiras, modificar estatutos sociais, etc.

6.2.2 Ação Preferencial (PN)

Oferecem preferência no recebimento de dividendos ou no reembolso do capital em caso de liquidação da companhia.

Entretanto, as ações preferenciais não concedem o direito de voto. O acionista preferencial terá, no mínimo, uma das seguintes preferências:

(1) direito de participar do dividendo a ser distribuído, correspondente a, pelo menos, 25% do lucro líquido do exercício;

(2) direito ao pagamento de dividendo por ação preferencial pelo menos 10% maior do que o atribuído a cada ação ordinária, ou

(3) por ocasião da transferência de controle da companhia, direito de vender a sua participação acionária recebendo preço correspondente a, no mínimo, 80% do valor pago por cada ação integrante do bloco de controle (tag along), garantindo-se neste caso dividendo no mínimo igual ao das ações ordinárias.

(31)

6.3 Canais de Distribuição

6.3.1 CTVM – Corretora de Títulos e Valores Mobiliários

É a instituição que compra e vende ações para o investidor. Como já vimos, as Corretoras são instituições financeiras membros das Bolsas de Valores, credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e pelas próprias Bolsas, e estão habilitadas, entre outras atividades, a negociar valores mobiliários no sistema eletrônico da BOVESPA.

As Corretoras dispõem de profissionais voltados à análise de mercado, de setores e de companhias, e com eles você poderá se informar sobre o momento certo de comprar e vender determinadas ações para obter melhores resultados.

6.3.2 DTVM – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários

São instituições que fazem a intermediação de ações e outros títulos no mercado primário, colocando-os à venda para o público.

Como instituição auxiliar do Sistema Financeiro Nacional, tem como objetivo intermediar operações com Títulos e valores mobiliários, por exemplo: papéis de Renda Fixa, Ações e Debêntures.

As operações de compra e venda de ações, quando negociadas em Bolsa, serão sempre conduzidas por uma Corretora de Valores.

6.3.3 Agências Bancárias

As agências bancárias, normalmente, apenas orientam o cliente interessado em investir do mercado de ações a contatar a equipe da Corretora de Valores, ou ainda, a utilizar a internet (home broker) para transmitir suas ordens de compra e venda de ações.

6.3.4 Internet (home broker)

De forma semelhante aos serviços de Home Banking, oferecidos pela rede bancária, os Home Brokers das corretoras estão interligados aos sistemas da BOVESPA e permitem que o investidor envie, automaticamente, através da Internet, ordens de compra e venda de ações. Deve antes fazer o cadastramento junto à Corretora de Valores e conhecer suas condições de preço e eventuais restrições de execução de ordens.

(32)

6.4 Oferta Pública Inicial de Ações (IPO)

O que é um IPO?

IPO é a sigla para a expressão em inglês Initial Public Offering que significa a abertura do capital de uma empresa no mercado acionário. Grosso modo, a empresa avalia quanto vale, divide esse valor em ações e as oferece na bolsa de valores.

Como participar de um IPO?

Para participar de um IPO (sigla em inglês para oferta pública de ações), o investidor pessoa física precisa, primeiramente, cadastrar-se junto a uma corretora autorizada pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). É ela que vai intermediar o negócio na Bolsa.

Período de Reserva

Durante o período de reserva que consta no prospecto da oferta pública, o investidor poderá entrar em contato com a corretora – por telefone, pessoalmente ou via internet - e solicitar a compra das ações. O preço dos papéis, no entanto, será fixado somente às vésperas do IPO, após o encerramento do período de reserva. Por isso, os pedidos devem ser feitos em reais, e não pela quantidade de papéis. Assim, o investidor poderá solicitar à corretora que compre 10.000 reais em ações, por exemplo.

Encerrado o período de reserva, o investidor não poderá mais desistir do negócio. Por isso, é importante ter certeza de que se deseja participar da oferta pública antes de solicitar a compra dos papéis. Posteriormente é definido o preço inicial das ações a partir de uma consulta aos investidores institucionais.

Possibilidade de Rateio

Também é verificada a demanda pelas ações e, caso seja superior à oferta, poderão ser feitas limitações aos pedidos de compra. Ou seja, o investidor de varejo que tenha solicitado a compra de 10.000 reais em ações, por exemplo, poderá levar apenas 8.000 reais.

O custo da operação para o investidor restringe-se ao valor das ações, uma vez que a comissão de corretagem é paga pela empresa.

Ordem Limitada e Ordem a Mercado

Ao efetuar o cadastro de aquisição das ações, o investidor deverá definir se a ordem será limitada ou a mercado.

Ordem limitada: o investidor fixa limites de preços, caso o preço de mercado fique acima do preço definido pelo investidor, ela não será executada.

Ordem a mercado: o investidor aceita pagar o preço definido pelo mercado, qualquer que seja.

Na Oferta Primária a companhia emite novas ações captando recursos junto ao público. Na Oferta Secundária são distribuídas ações pertencentes a algum acionista,

(33)

6.5 Definições Gerais

O investidor que detém ações de uma empresa tem dois tipos distintos de remuneração: 1. Ganho (ou perda) de capital decorrente da venda da ação no mercado;

2. Renda decorrente da distribuição do lucro gerado pela empresa e outros proventos: § Dividendos

§ Juros sobre Capital Próprio § Bonificação

§ Subscrição

Vamos conhecer quais são os eventos promovidos por uma ação que geram rendimentos potenciais ao acionista que as detém.

Dividendos

Quando uma empresa vai bem, ela divide os lucros com quem tem suas ações. Isso são os dividendos. Ou seja, os dividendos correspondem à parcela de lucro distribuída aos acionistas, na proporção da quantidade de ações detida, apurado ao fim de cada exercício social. A companhia deve distribuir, no mínimo, 25% de seu lucro líquido ajustado.

Dividendos são ISENTOS do imposto de renda! Tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

Juro sobre capital próprio – incidência de 15% de imposto de renda, na fonte.

Juros sobre Capital Próprio

Parte do lucro que será distribuído aos acionistas pode ser pago sob o título de juro sobre capital próprio.

Nesse caso, a empresa poderá deduzir o valor pago aos acionistas como despesa na base de cálculo para apuração do imposto de renda a pagar. Sendo assim, o acionista pagará imposto de renda de 15% na fonte.

O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros.

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Subscrição

§ Ocorre quando a empresa necessita de recursos para financiar investimentos e decide lançar

novas ações no mercado.

§ O acionista tem o direito de subscrever (comprar) ações em quantidade proporcional à já possuída, para manter sua participação relativa no capital social.

§ Para incentivar o investimento adicional nas novas ações a empresa procura estabelecer um preço de emissão inferior à cotação em bolsa de valores. A título de exemplo apenas, se o valor de mercado da ação for R$ 10, o valor de subscrição será R$ 8.

§ O direito de subscrição pode ser negociado em bolsa no período que antecede o término da operação de aumento do capital.

No processo de subscrição a empresa emite novas ações e capta recursos. O investidor que não exerce seu direito de subscrição terá sua participação acionária diluída.

Ganho de Capital

O ganho de capital é a diferença positiva entre o preço de venda e o preço de compra da ação. O investidor que adquiriu ações por R$10,00 cada uma e vendeu por R$12,00, realizou um ganho de capital de R$2,00 por ação, ou seja, 20%. Se esse mesmo investidor vendeu por R$9,00, realizou uma perda de capital de R$1,00 por ação, ou seja, -10%.

Bonificação

O lucro que não é distribuído aos acionistas fica depositado em uma conta de reserva. A empresa pode, se assim decidir, distribuir gratuitamente ações aos já acionistas, na proporção de ações que o acionista detenha.

Exemplo: um investidor possui 10.000 ações de uma empresa que fará uma bonificação de 10%. Esse investidor ganhará 1.000 ações (10% da posição que detém).

Exemplo: um investidor tem 10.000 ações de uma empresa, representando 10% do capital social. A

empresa delibera fazer um aumento de capital de 20%, emitindo 20.000 novas ações. Esse investidor terá o direito (não é obrigado) de comprar 2.000 ações (10% da nova emissão). Se o investidor não subscrever as 2.000 novas ações, sua participação acionária fica diluída (cai).

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Ocorre quando a empresa aumenta a quantidade de ações em circulação, sem alterar o Capital Social da Empresa, reduzindo o valor unitário para aumentar a liquidez da ação no mercado.

Posição atual Posição após Split

Quantidade ações 1.000 10.000 Valor unitário $100 $10 Posição Patrimonial $100.000 $100.000 Traduzindo em miúdos... Equivale a trocar uma nota de $100 por 10 notas de $10

Inplit = grupamento de ações

É a redução da quantidade de ações em circulação, sem alterar o Capital Social da Empresa, elevando o valor unitário da ação.

Posição atual Posição após Inplit

Quantidade ações 10.000 1.000 Valor unitário $10 $100 Posição Patrimonial $100.000 $100.000 Traduzindo em miúdos... Equivale a trocar 10 notas de $10 por 1 nota de $100

6.6 Riscos Inerentes ao Produto

Risco de Mercado

O risco de mercado, simplificadamente definido como risco de oscilação de preços, está presente em todos os investimentos. Entretanto, ele é mais famoso no investimento em ações. A oscilação de preços das ações é provocado em função de dois riscos: o risco da empresa e o risco de mercado.

6.6.1 Risco da Empresa

Decorrente de notícias relacionadas a uma empresa em particular ou ao setor da economia na qual essa empresa está inserida, tais como: desempenho do setor ou da companhia, novos produtos, preços internacionais, qualidade de seu gerenciamento, transparência na relação com investidores, etc.

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Esse risco pode ser reduzido mediante a formação de uma carteira composta de diversas ações, de diversos setores da economia, com baixa correlação entre elas. A estratégia da diversificação é compensar a perda em uma ação com o ganho de outra.

6.6.2 Risco de Mercado

Decorrente de fatores externos a empresa e está relacionado a mudanças de ordem político-econômicas nacionais ou internacionais. Caracteriza-se por atingir o conjunto de ações negociadas no mercado em maior ou menor escala.

Esses fatores podem ser positivos contribuindo para a valorização do conjunto das ações cotadas no mercado, o chamado índice de mercado. Por exemplo: redução na taxa de juros, crescimento econômico, aumento do fluxo de capital estrangeiro.

Podem ser negativos contribuindo para a desvalorização do conjunto das ações de mercado. Por exemplo: aumento na taxa de juros, crise econômica no país ou em outros países do mundo, queda no nível de crescimento econômico, etc.

A diversificação não consegue reduzir o risco de mercado pois afeta o conjunto das ações de mercado. A reversão de eventuais perdas do investidor só virá quando o mercado voltar à normalidade. Essa recuperação pode demorar a ocorrer e, por isso, a recomendação é sempre que o horizonte de tempo do investimento em ações seja de longo prazo.

6.6.3 Risco de Liquidez

Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender suas ações no mercado. O investidor que quiser evitar esse risco deve comprar as ações mais negociadas, com maior índice de liquidez. Outros investidores, mais dispostos a correr o risco de liquidez, compram ações de menor volume de negociação que, normalmente, oferecem maior retorno exatamente para compensar o risco do investidor.

FIQUE LIGADO! Risco de crédito não se aplica a ações. Quando adquirimos

ações, por menor que seja nossa participação na empresa, somos acionistas e não credores.

6.7 Despesas Incorridas na Negociação

6.7.1 Corretagem

§ A corretagem é cobrada pela Corretora de Valores que executa a ordem de compra ou venda de ações no mercado.

(37)

6.7.2 Custódia

A custódia pode ser entendida como sendo a guarda de títulos e valores mobiliários e do exercício de direitos que podem ser as bonificações, os dividendos ou os direitos de subscrição distribuídos pela sociedade anônima aos acionistas.

Esse tipo de serviço prestado aos investidores é efetuado pelas denominadas instituições custodiantes. Estas istituições podem ser bancos comerciais, múltiplos e de investimento, sociedades corretoras e distribuidoras de valores.

No caso da BOVESPA, este serviço de custódia é prestado pela CBLC, está lembrado?

6.7.3 Emolumento

É a taxa cobrada pela Bolsa de Valores na negociação de ações, sendo de 0,035% do valor financeiro da operação.

6.8 Tributação do Ganho de Capital em Ações

6.8.1 Imposto de Renda

Fato Gerador: venda de ações

Alíquota, Base de Cálculo e Responsável pelo Recolhimento

(1) Alíquota de 0,005% sobre o valor da venda, recolhido na fonte (Corretora).

(2) Alíquota de 15% sobre o ganho de capital líquido, recolhido pelo contribuinte (investidor).

A alíquota de 0,005% retida na fonte registra a venda das ações e o eventual ganho de capital. Assim, o investidor não deve “se esquecer” de recolher os 15% via DARF. O recolhimento deve ser feito até o último dia do mês seguinte ao fato gerador.

Para apurar o ganho de capital líquido, o investidor poderá deduzir: (a) as despesas de corretagens, emolumentos e custódia.

(b) o imposto de renda de 0,005% retido a título de antecipação. (c) eventuais perdas ocorridas em período anterior.

Agora uma excelente notícia para o investidor Pessoa Física!

Sempre que o valor da venda for igual ou inferior a R$20.000 para o conjunto de ações negociadas em cada mês, o ganho de capital ficará isento da incidência do imposto de renda. E nesse caso, a alíquota de 0,005% também não será cobrada, pois o valor do imposto seria igual ou inferior a R$1,00.

(38)

Vamos fazer um exemplo numérico para ajudar a fixar o que você acabou de aprender.

Um investidor comprou ações por R$50.000 e vendeu por R$60.000. As despesas com taxas e corretagens somaram R$500,00. No mês passado ele realizou um prejuízo de R$2.000 na venda de ações.

Vamos ajudar o investidor a apurar o ganho de capital líquido e calcular o valor do imposto de renda que ele próprio deverá recolher.

Ganho de capital bruto = ($60.000 - $50.000) $10.000,00

Despesas diversas $ 500,00

Compensação de perda de período anterior $ 2.000,00

Ganho de capital líquido $ 7.500,00

Imposto de renda devido (15% x 7.500,00) $ 1.125,00 Imposto de renda retido na fonte (0,005% s/ $60.000) $ 3,00

Imposto de renda a recolher (1.125,00 – 3,00) $ 1.122,00

6.8.2 IOF

Não incide IOF nos investimentos em ações.

Atenção!

Acabamos de estudar a incidência de imposto de renda sobre GANHO DE CAPITAL.

Lembre-se de que os DIVIDENDOS são isentos do imposto de renda e os JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO tributados na fonte em 15%.

(39)

FIQUE LIGADO!

§ Quantidade de cotistas: entre 3 e 50.

§ Nenhum participante pode deter mais de 40% do patrimônio da carteira. § Mínimo de 67% investido em ações.

§ Alíquota de imposto de renda de 15% somente no resgate.

Clube de investimento é um condomínio constituído por pessoas físicas que têm como objetivo aplicar recursos comuns em títulos e valores mobiliários.

Características gerais

§ Para criar um Clube de Investimento é preciso contar com um Administrador que pode ser uma Corretora Membro da Bovespa, uma Distribuidora de Valores ou um Banco de Investimento.

§ A distribuição de cotas de Clubes independe de registro na CVM, mas deve ser realizada por intermédio de integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários. É vedada a busca de cotistas com a utilização de serviços públicos de comunicação, como a imprensa, o rádio, a televisão e páginas abertas ao público na rede mundial de computadores, bem como por envio de malas diretas, inclusive por meio eletrônico.

§ O registro do clube é feito junto à Bovespa que fiscaliza essa indústria em conjunto com a CVM, órgão do governo que regulamenta todo o mercado de ações no país.

§ O Administrador será responsável pelo regulamento do Clube – conjunto de normas e leis que regem o funcionamento do Clube. O regulamento determinará se a escolha das ações será feito pelo administrador ou pelos membros do clube com aprovação da assembléia.

§ O número de participantes deve ser de, no mínimo 3 pessoas e, no máximo, 50 pessoas, podendo este número ser ultrapassado se destinado servidores ou empregados de uma entidade, empresa ou grupo de sociedades de fato ou de direito.

§ Nenhum cotista pode deter quantidade de cotas superior a 40% das cotas emitidas.

§ Anualmente, nos 120 dias imediatamente posteriores ao encerramento do último exercício social, deve ser realizada assembléia geral ordinária para apreciar as demonstrações financeiras do Clube, além de matérias constantes da ordem do dia. Processo muito semelhante ao aplicável aos Fundos de Investimentos (vide apostila de Fundos).

§ Deve investir, no mínimo, 67% do patrimônio em ações, bônus de subscrição e/ou debêntures conversíveis de emissão de companhia aberta, recibos de subscrição; cotas de fundos de índices de ações negociados em mercado organizado (ETFs), e certificados de depósitos de ações.

§ A incidência do imposto de renda sobre os rendimentos proporcionados ao investidor será retido somente no resgate e aplicar-se-á alíquota de 15% sobre o rendimento total, da mesma forma que é feito no caso de fundos de ações.

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Com a nova legislação pertinente aos Clubes de Investimentos, a IN 494 e 495 da CVM, de abril de 2011, algumas alterações significativas deverão ser implementadas. Os estatutos de novos Clubes de Investimento encaminhados para registro perante à BM&FBOVESPA a partir de 20/04/2011, deverão estar em conformidade com o disposto nas novas instruções.

A instrução procurou valorizar também as atividades de regulamentação da entidade administradora de mercado organizado na qual o Clube estiver registrado (BM&FBOVESPA). Esta ficará responsável por regulamentar, dentre outras, as modalidades operacionais, os limites de exposição e de alavancagem e os procedimentos mínimos de administração de riscos a serem adotados pelos Clubes e seus administradores, em caso de realização de operações com derivativos.

Porém, os clubes que já se encontravam em funcionamento na data da publicação das novas instruções (20/04/2011) deverão observar as seguintes regras durante o período de adaptação, conforme Ofício-circular CVM/SIN/002/2011 de 17/05/2011:

§ Os Clubes de Investimento em funcionamento deverão adaptar-se às novas instruções no prazo estabelecido pelo art. 45, § 1º, da Instrução CVM 494/2011, ou seja, até 120 (cento e vinte) dias após a aprovação pela CVM do novo regulamento.

§ Eventuais alterações nos estatutos dos Clubes de Investimento durante o período de adaptação acima referido deverão ser realizadas de forma a atender o disposto nas novas instruções.

§ Quanto à composição da carteira dos Clubes de Investimento, que anteriormente permitia posicionamento mínimo de 51% em ações, não há obrigatoriedade de enquadramento imediato às novas instruções, mas os Clubes de Investimento não poderão realizar operações em desacordo com elas.

A nova legislação da CVM estendeu aos Clubes de Investimento diversas regras que já estavam em vigor para os Fundos e Investimento em Ações reduzindo significativamente as diferenças entre as duas modalidades.

Simplificadamente, as principais alterações em relação aos Clubes de Investimento foram as seguintes:

Clubes antes da IN 494 Clubes a partir da IN 494 (abril 2011)

Número máximo de participantes de um

clube de investimento = 150 pessoas. Número máximo de participantes de um clube de investimento = 50 pessoas. Posição mínima da carteira em ações ou

instrumentos correlatos = 51% do PL Posição mínima da carteira em ações ou instrumentos correlatos = 67% do PL Não havia previsão de realização de

Assembleia de Acionistas Mandatória a realização de Assembleia de Acionistas Não havia impedimento de

comercialização pública Vedada a comercialização pública

Fundos de Investimento Clubes de Investimento

Qualquer número de cotistas Número máximo de participantes = 50 pessoas. Distribuição pública sem restrição de

publicidade. Permitida a distribuição de cotas por integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, vedando-se, porém, a publicidade indiscriminada dos veículos. Gestor será necessariamente uma Gestor pode ser um dos participantes desde que

Referências

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