COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO PSICÓLOGO BRASILEIRO
Sumário
•
Psicologia no Brasil: percurso histórico
•
Psicologia no Brasil nos últimos vinte anos
•
Referências legais e organização da profissão
•
A Psicologia como ciência – áreas de pesquisa e atuação
•
A formação profissional: parâmetros técnicos e éticos
•
O desafio do futuro
Psicologia no Brasil
FORMAÇÃO
PROFISSÃO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Diretrizes Curriculares Nacionais para os
Cursos de Graduação em Psicologia
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA Código de Ética Profissional do Psicólogo
PERCURSO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA NO BRASIL
•
O conhecimento psicológico começou a ser utilizado no Brasil, de forma
mais efetiva, ainda no século XIX, sob influência do liberalismo e do
positivismo, nas escolas e nos chamados hospícios.
PERCURSO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA NO BRASIL
•
No início do século XX, aparece em teses nas faculdades de medicina, e
continua sendo utilizado nas escolas e instituições de saúde mental, com
aplicação de testes e pesquisas.
PERCURSO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA NO BRASIL
•
Entre os anos 30 e 60 do século 20, passa a ser formalmente ensinada em
escolas de ciências médicas e humanas; utilizada nas empresas, em
seleção de pessoal e na qualificação de trabalhadores; esportes,
comunicação de massa, relações de consumo, prevenção.
•
Profissão de fato, mas não de direito, exercida por médicos, educadores e
estudada principalmente nos cursos de filosofia .
PERCURSO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA NO BRASIL
27/08/1962 – Lei no. 4119/62
Regulamenta, no Brasil, a profissão de Psicólogo
- define as condições da formação e as áreas de domínio prático
- definição de espaços e limites de atuação e do campo profissional
PERCURSO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA NO BRASIL
DÉCADA DE 60
DÉCADA
DE 70
controle da ditadura militar (1964)
tentativa de uso da Psicologia pelo Estado
empresas e clínicas privadas
grande expansão do ensino privado
grande influência da psicanálise
campo de trabalho na docência do ensino superior número
de psicólogos passa de 850 para 50.000 em 10 anos
DÉCADA DE 80
DÉCADA DE 90
forte cunho social
direitos humanos como eixo central da formação
e atuação
produção nacional mais expressiva
grande ampliação de áreas de atuação
ÚLTIMOS VINTE ANOS
• Grande expansão na área da saúde, que começa a ser seguida
pela área de assistência social.
• Permanência da presença em clínica e nas empresas e
organizações.
• Diminuição do espaço de atuação na área escolar (escolas
públicas).
• Interiorização da profissão, democratização do atendimento
psicológico,
fortalecimento
do
setor
público
como
maior
empregador, fortalecimento da docência.
A PROFISSÃO DE PSICÓLOGO NO BRASIL
referências legais
– Conselho Federal de Psicologia: órgão que regulamenta,
orienta, fiscaliza e promove a qualificação do exercício
profissional
– Conselhos Regionais de Psicologia
– Diretorias eleitas a cada 3 (três) anos
Sistema Conselhos de Psicologia
BVS-Psi Brasil
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
– Integra:
• União Latino-Americana de Entidades de Psicologia (ULAPSI)
• Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira
(FENPB) - 22 entidades
TÍTULO DE ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL
FORNECIDOS PELO C.F.P.
- Psicologia Escolar/Educacional
- Psicologia Organizacional e do Trabalho
- Psicologia de Trânsito
- Psicologia Jurídica
- Psicologia do Esporte
- Psicologia Clínica
- Psicologia Hospitalar
- Psicopedagogia
- Psicomotricidade
- Psicologia Social
- Neuropsicologia
ALGUMAS ENTIDADES NACIONAIS DA PSICOLOGIA BRASILEIRA
• ABEP - Associação Brasileira de Ensino de Psicologia
• ABOP - Associação Brasileira de Orientação Profissional
• ABPD - Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento
• ABPJ - Associação Brasileira de Psicologia Jurídica
• ABPP - Associação Brasileira de Psicologia Política
• ABPSA - Associação Brasileira de Psicologia da Saúde
• ABRAP - Associação Brasileira de Psicoterapia
• ABRAPESP - Associação Brasileira de Psicologia do Esporte
• ABRAPEDE - Associação Brasileira de Psicologia nas Emergências e Desastres
• ABRANEP - Associação Brasileira de Neuropsicologia
• ABRAPEE - Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional
• ABRAPSO - Associação Brasileira de Psicologia Social
• ANPEPP - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia
• ASBRo - Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos
• FLAAB – Federação Latino Americana de Análise Bioenergética
• IBAP - Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica
• SBPH - Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
• SBPOT - Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho
OS PSICÓLOGOS BRASILEIROS
• São cerca de 220.000
(maior número de psicólogos ativos do mundo - Cadastro Nacional de Psicólogos do Sistema Conselhos de Psicologia)
(APA tem 137.000 membros, e a Federação Europeia tem 90.000, de 35 países)
• Mais de 50.000 atuam em políticas públicas
(no Sistema Único de Saúde, na Assistência Social, na Justiça, na Segurança Pública, nas Forças Armadas, nos Departamentos de Trânsito
)
FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO
• Cerca de 500 cursos de graduação em Psicologia.
• Perto de 3.500 programas e cursos de especialização e extensão em
todas as regiões do Brasil (CAPES).
• Mais de 70 programas de Mestrado, Doutorado ou Mestrado
Profissional na área, em 51 Instituições de Ensino, distribuídos em
21 estados do País (ANPEPP).
FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO
• A princípio, currículo mínimo baseado em disciplinas e conteúdos
• Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em
Psicologia (2004 e 2011)
– Orientações sobre princípios, fundamentos, condições de oferecimento
e procedimentos para o planejamento, a implementação e a avaliação
de cursos.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
maior flexibilidade
formação generalista com ênfase curriculares
princípios, habilidades e competências
PRINCÍPIOS E COMPROMISSOS
Construção e desenvolvimento do conhecimento
Múltiplos referenciais e interfaces do conhecimento psicológico Complexidade e multi
determinação do fenômeno psicológico (interlocução)
Compreensão crítica dos fenômenos sociais, econômicos, culturais e
políticos do país Atuação em diferentes
contextos, tendo em vista a promoção da qualidade de vida
Respeito à ética nas relações, na pesquisa e na divulgação de
informações Aprimoramento e formação
OBJETIVOS GERAIS DA FORMAÇÃO
Desenvolver capacidade de
Liderança
Atenção à saúde
Tomada de decisões
Comunicação
Administração e
gerenciamento
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
DIAGNÓSTICO
DE
INTERVENÇÃO
COMUNICAÇÃO
RELACIONAMENTO
INTERVENÇÃO
PLANEJAMENTO
GERENCIAMENTO
ATITUDES
ANÁLISE
PESQUISA
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
• analisar o campo de atuação profissional e seus desafios, do contexto, da demanda em suas várias dimensões e dinâmica de interações;
• analisar o contexto de atuação em suas diversas dimensões e em relação às interações que nele ocorrem;
• elaborar perguntas de pesquisa, escolher métodos e instrumentos, coletar e analisar dados;
• identificar, definir e formular questões de investigação científica no campo da Psicologia, vinculando-as a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise de dados em projetos de pesquisa;
• articular a produção de conhecimento à prestação de serviços, gerando conhecimento a partir de sua prática profissional;
• buscar e utilizar conhecimento científico.
ANÁLISE
PESQUISA
• identificar e analisar necessidades de natureza psicológica;
• diagnosticar, elaborar projetos, planejar e agir de forma coerente com referenciais teóricos e características da população-alvo;
• avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e • afetiva, em diferentes contextos;
• realizar diagnóstico e avaliação de processos psicológicos de indivíduos, de grupos e de organizações;
DE
DIAGNÓSTICO
• coordenar e manejar processos grupais, considerando as diferenças individuais e socioculturais dos seus membros;
• atuar inter e multiprofissionalmente, sempre que a compreensão dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar;
• atuar, profissionalmente, em diferentes níveis de ação, de caráter preventivo ou terapêutico, considerando as características das situações e dos problemas
• específicos com os quais se depara;
• realizar orientação, aconselhamento psicológico e psicoterapia;
• prestar assessoria, consultoria e auditoria no âmbito de sua competência profissional.
DE
INTERVENÇÃO
• relacionar-se com o outro de modo a propiciar o desenvolvimento de vínculos interpessoais requeridos na sua atuação profissional;
• elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações profissionais, inclusive materiais de divulgação;
• apresentar trabalhos e discutir ideias em público;
• dominar recursos tecnológicos e ferramentas interativas da informação e da comunicação no exercício profissional e de investigação científica.
DE
COMUNICAÇÃO
E
• buscar soluções criativas e inovadoras com visão da realidade internacional e foco no cenário futuro;
• avaliar o seu desempenho profissional buscando melhoria continua de suas intervenções;
• corresponder às demandas geradas pelas transformações sociais; • ter a ética como parâmetro de todas as ações.
• saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação profissional, assim como gerar conhecimento a partir da prática profissional;
• planejar, organizar e gerenciar serviços de saúde; • planejar e gerenciar a sua carreira profissional.
DE
PLANEJAMENTO E
GERENCIAMENTO
O CURSO DEVE OFERECER
Formação generalista, com ênfases
curriculares
Práticas integrativas voltadas para o desenvolvimento de habilidades e competências em situações de complexidade
variada, representativas do efetivo exercício profissional, sob a forma de estágio supervisionado: atividades práticas,
estágios básicos e estágios específicos.
Desenvolvimento de atitudes e valores: -compromisso social
-postura ética
-direitos humanos como eixo norteador -profissional voltado para nossa realidade
O Modelo Acadêmico da Escola de Ciências da Saúde
propõe:
Metodologia ativa, não decorativa e voltada para o adulto
Inserção prática, desde o início, supervisionada, de complexidade crescente Interdisciplinaridad
e
Aprendizagem baseada em competências, habilidades, valores e atitudes Visão crítica e reflexiva Novas tecnologias educacionaisO GRANDE DESAFIO:
COMO FORMAR PARA UM FUTURO QUE AINDA NÃO EXISTE?
COMO UNIR COERÊNCIA ÉTICA À COMPETÊNCIA TÉCNICA?
Iraní Tomiatto de Oliveira
psicologia@anhembi.br
REFERÊNCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES Nº 8, de 7 de maio de 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Psicologia. Recuperado em 20 de setembro de 2011 de
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12991
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES nº 5, de 15 de março de 2011. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia. Recuperado em 20 de setembro de 2011 de
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12991
DELARI JR., Achilles (2004). Cinco critérios para a formação do psicólogo: da coerência ética à
competência técnica. Resumo expandido. In: VIII Jornada Internacional de Psicologia. Umuarama.