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Interação genótipo x ambiente, adaptabilidade e estabilidade de híbridos de melão Cantaloupe

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA

ALLANA PAULINO DA SILVA

INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE, ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE HÍBRIDOS DE MELÃO CANTALOUPE

MACAÍBA-RN 2019

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ALLANA PAULINO DA SILVA

INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE, ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE HÍBRIDOS DE MELÃO CANTALOUPE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Agronômica – Bacharelado, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como pré-requisito para obteção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Profº. Dr. Hailson Alves Ferreira Preston

MACAÍBA-RN 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinsk - Escola Agrícola de Jundiaí - EAJ

Elaborado por Elaine Paiva de Assunção Araújo - CRB-15/492 Silva, Allana Paulino da.

Interação genótipo x ambiente, adaptabilidade e estabilidade de híbridos de melão Cantaloupe / Allana Paulino da Silva. - 2019.

35 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, curso de graduação em Engenharia Agronômica. Macaíba, RN, 2019.

Orientador: Prof. Dr. Hailson Alves Ferreira Preston.

1. Cucumis melo - Monografia. 2. BLUP - Monografia. 3. MHPRVG - Monografia. 4. Qualidade do fruto - Monografia. 5. Produtividade - Monografia. I. Preston, Hailson Alves Ferreira. II. Título.

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ALLANA PAULINO DA SILVA

INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE, ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE HÍBRIDOS DE MELÃO CANTALOUPE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Agronômica – Bacharelado, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como pré-requisito para obteção do título de Engenheiro Agrônomo.

Aprovado em: 13/11/2019

Orientador:

___________________________________________________ Prof. Dr Hailson Alves Ferreira Preston

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Banca Examinadora:

___________________________________________________ Profº. Dr. Luiz Eduardo Santos Lazzarini

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

___________________________________________________ Profa. Dra. Damiana Cleuma de Medeiros

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

MACAÍBA-RN 2019

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Ao meu avô José Adauto Bondade, a quem eu tanto amei durante o pouco tempo de vida convivido, e que deixou um legado de ensinamentos em minha vida, aos quais irei levar para todo sempre em meu coração.

Aos meus pais Francisco Adauto da Silva e Arlete Paulino da Silva, exemplos de amor e honestidade, pelo esforço dedicado a minha formação acadêmica e por entenderem minha ausência durante estes anos. Sem eles nada disto seria possível.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, por me tornar mais forte e capaz para seguir a diante durante todo o curso, e por todas as conquistas concedidas.

Aos meus pais, Arlete e Adauto, pelo amor incondicinal, por sempre me incentivarem a perseverar nos estudos, por toda a educação e por me direcionarem a seguir os caminhos corretos da vida. Levo em meu coração a responsabilidade de retribuir todo o carinho e amor que me proporcionaram.

Às minhas avós Maria de Lourdes e Tereza, e meu avô Luiz, por todo o amor, paciência, e carinho.

Aos meus irmãos, Alisson e Allan, por todos os momentos fraternos divididos durante esses anos.

À Maria Tereza Gusmão, pela amizade, irmandade, carinho, incentivo a sempre buscar o melhor, por toda proteção, por todo o apoio pessoal e acadêmico, paciência, e principalmente por nunca desistir da nossa amizade. Você foi essencial durante todos os momentos.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pelo apoio institucional e por possibilitar a realização de concluir o curso de graduação.

Ao meu orientador Dr. Hailson Alves Ferreira Preston, pela atenção, paciência, direcionamento e educação, e por todos os ensinamentos adquiridos durante o curso de graduação.

Ao professor Glauber Henrique de Sousa Nunes, pela oportunidade, apoio profissional, disposição, e ensinamentos compartilhados.

Ao GERMEV, por disponibilizar suas dependências e materiais para a realização deste trabalho. E aos integrantes, Roberta, Leandro, Carla, Cynthia, Adriano, Anankia, Andreza e Cleilson por todo o aprendizado compartilhado.

À Amanda Coutinho e Linara, pelo acolhimento, aprendizado e principalmente por proporcionarem momentos de alegria.

À Edilayne Sheila, pela amizade, companherismo, e paciência durante a execução do trabalho.

Ao professor Caio Leal, pelo incentivo em buscar sempre os melhores caminhos acadêmicos, e amizade.

À Valéria Maria, por toda a ajuda durante o curso, e pelo incentivo acadêmico.

Aos meus amigos de turma, Mayna, Nickson, Geovanna e Talyta, por todos os momentos de alegrias e tristezas compartilhados, e por fazerem desses anos mais leves.

À Renata, Mikaelly e Marta, pela amizade, momentos de alegria e por todo o acolhimento quando mais precisei.

Aos professores do Curso de Engenharia Agronômica, pelo aprendizado pessoal e acadêmico, e por serem o alicerce de minha formação.

À todos aqueles que colaboraram de alguma forma para minha formação.

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RESUMO

SILVA, Allana Paulino. INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE, ADAPTABILIDADE

E ESTABILIDADE DE HÍBRIDOS DE MELÃO CANTALOUPE. 2019. 35f.

Monografia (Graduação em Engenharia Agronômica) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Macaíba, 2019.

O melão (Cucumis melo L.), pertence ao gênero Cucumis da família Cucurbitaceae é uma olerácea apreciada em todo o mundo, caracterizando-se como uma das mais exportadas. O Nordeste brasileiro é responsável por mais de 95% da produção e exportação de melão (Cucumis melo L.) nacional. A posição de destaque da referida região se deve às condições edafoclimáticas prevalentes para o cultivo do meloeiro e o uso de alta tecnologia de produção por parte do setor produtivo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar oito híbridos de melão Cantaloupe no Estado de Rio Grande do Norte. Os ensaios experimentais foram conduzidos nos municípios de Mossoró e Baraúna, pertencentes ao Agropolo Mossoró-Assú Estudos da adaptabilidade e estabilidade dos valores genotípicos preditos foram realizados pelo procedimento MHPRVG (Média Harmônica da Performance Relativa dos Valores Genéticos). Foram avaliados sete híbridos experimentais (CA-01, CA-02, CA-03, CA-04, CA-05, CA-06 e CA-07) e o híbrido testemunha ‘Torreon’ (Syngenta®). Os caracteres avaliados foram a produtividade e o teor de sólidos solúveis. Verificou-se interação genótipos x ambientes para as duas variáveis. Verificou-se predomínio da parte complexa da interação para as duas características avaliadas, dificultando o processo seletivo. Com relação ao parâmetro MHVG (Média Harmônica dos Valores Genotípicos), para a produtividade, a maior estimativa foi observada para o genótipo 05 seguido dos genótipos 02 e CA-03. Para sólidos solúveis, também se destacou CA-05 com a maior estimativa enquanto a menor estimativa foi observada no híbrido ‘Torreon’. Constatou-se que o hibrido CA-05 com maiores estimativas destacou-se dos demais como mais promissor para o cultivo no Agropolo Mossoró-Assú por apresentar altas estabilidade, adaptabilidade e elevada produtividade.

Palavras-chave: Cucumis melo; BLUP; MHPRVG; qualidade do fruto; produtividade.

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ABSTRACT

SILVA, Allana Paulino. GENOTYPIC X ENVIRONMENT INTERACTION,

ADAPTABILITY AND STABILITY OF CANTALOUPE MELON HYBRIDS. 2019.

35f. Monograph (Degree in Agronomic Engineering) – University of Rio Grande do Norte, Macaíba, 2019.

The melon (Cucumis melo L.), belongs to the genus Cucumis of the family Cucurbitaceae, is an appreciated oleracea worldwide and is one of the most exported. The Brazilian Northeast is responsible for more than 95% of the production and export of domestic melon (Cucumis melo L.). The prominent position of this region is due to the prevailing edaphoclimatic conditions for the cultivation of melon and the use of high production technology by the productive sector. The present work aimed to evaluate eight Cantaloupe melon hybrids in the state of Rio Grande do Norte. The experimental trials were conducted in the municipalities of Mossoró and Baraúna, belonging to the Agropolo Mossoró-Assú

Adaptability and stability studies of predicted genotypic values were performed by the MHPRVG procedure (Harmonic Mean Relative Performance of Genetic Values). Seven experimental hybrids (CA-01, CA-02, CA-03, CA-04, CA-05, CA-06 and CA-07) and the control hybrid Torreon (Syngenta®) were evaluated. The evaluated characters were the productivity and the soluble solids content. Genotype x environment interaction was verified for both variables. There was a predominance of the complex part of the interaction for the two characteristics evaluated, hindering the selection process. Regarding the MHVG (Harmonic Mean Genotypic Values) parameter, the highest estimate for yield was observed for genotype CA-05 followed by genotypes CA-02 and CA-03. For soluble solids, CA-05 also stood out with the highest estimate while the lowest estimate was observed in the 'Torreon' hybrid. It was found that the CA-05 hybrid with higher estimates stood out from the others as the most promising for cultivation in Agropolo Mossoró-Assú because it has high stability, adaptability and high productivity.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Dispersão das estimativas de MHPRVG (Média Harmônica da Performance Relativa dos Valores Genotípicos) de Cantaloupe avaliados em dois

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Dados climáticos dos locais nos quais foram conduzidas as avaliações dos híbridos de Cantaloupe ... 21 Tabela 2 Análise química do solo da área experimental do experimento realizado em

Mossoró ... 21 Tabela 3 Análise química do solo da área experimental do experimento realizado em

Baraúna ... 22 Tabela 4 Componentes de variâncias, acurácia, coeficiente de variação genotípico e

residual obtidos via REML individual, considerando análise conjunta e híbridos de melão Cantaloupe em dois municípios do Agropolo Mossoró-Assú ... 25 Tabela 5 Estabilidade de valores genotípicos (MHVG), adaptabilidade de valores

genotípicos (PRVG) e Média Harmônica da Performance Relativa dos Valores Genotípicos (MHPRVG) de híbridos de Cantaloupe avaliados em dois ambientes do Agropolo Mossoró-Assú ... 27

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 10 2 OBJETIVOS ... 12 2.1 Objetivo Geral ... 12 2.2 Objetivos Específicos ... 12 3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 13

3.1 ORIGEM, DOMESTICAÇÃO E BOTÂNICA DO MELOEIRO ... 13

3.2 GRUPOS BOTÂNICOS E COMERCIAIS DO MELÃO ... 14

3.2.1 Cucumis melo var. inodorus Jacquin ... 14

3.2.2 Cucumis melo var. cantalupensis Naud ... 14

3.2.3 Cucumis melo var. reticulatus Séringe ... 15

3.3 ASPECTOS ECONÔMICOS DO MELÃO ... 15

3.4 CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS PARA A CULTURA DO MELOEIRO ... 17

3.5 INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE ... 18

3.6 ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE ... 19

3.6.1 Tipos de Estabilidade ... 19

3.6. Métodos de Análise da Estabilidade ... 20

4 MATERIAL E MÉTODOS ... 21 4.1 GERMOPLASMA ... 21 4.2 AMBIENTES ... 21 4.3 CONDUÇÃO EXPERIMENTAL ... 22 4.4 CARACTERES AVALIADOS ... 22 4.5 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ... 23 4.6 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ... 23 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 25 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30 REFERÊNCIAS ... 31

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1 INTRODUÇÃO

O melão (Cucumis melo L.), pertence ao gênero Cucumis da família Cucurbitaceae é uma olerácea apreciada em todo o mundo, e caracterizando-se como uma das mais exportadas. Nos últimos anos, o cultivo do melão vem se destacando no mercado agrícola brasileiro, devido à expansão das áreas cultivadas, aumento da produtividade e adoção de tecnologias em todo o sistema produtivo. (SEAGRI, 2016).

O fruto do meloeiro apresenta benefícios nutricionais, podendo suprir as exigências em vitaminas A e C, além de ser fonte significativa de açúcar, fibras, cálcio, iodo, potássio. O consumo é de forma in natura, como ingrediente de saladas de frutas, combinado com outras oleráceas, ou na forma de suco. No amadurecimento, o fruto dispõe de propriedades medicinais, sendo considerado como calmante, refrescante, alcalinizante, mineralizante, oxidante, diurético, laxante e emoliente. (EMBRAPA, 2017).

Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, 2017), a produção mundial de melões na safra de 2016 foi de 31.254.762 toneladas, produzidas em 1.290.536,58 hectares, o que resulta em um rendimento de 21,31t/ha. O maior produtor mundial é a China, responsável por 54,97% da produção mundial, sendo também o país que apresenta a maior área cultivada no mundo. O Brasil ocupa a 13a posição entre os maiores produtores de melões, caracterizando-se como o maior produtor da América do Sul, com uma produção de 596.930 toneladas, produzidas em 23.166 hectares de terras brasileiras.

O Nordeste brasileiro é responsável por mais de 95% da produção e exportação de melão (Cucumis melo L.) nacional. A posição de destaque da referida região se deve às condições edafoclimáticas prevalentes para o cultivo do meloeiro como altas temperaturas entre 24 e 32ºC, baixa umidade relativa do ar, baixa precipitação pluviométrica (500 mm/ano), a alta luminosidade e o uso de alta tecnologia de produção por parte do setor produtivo. Ressalta-se que o cultivo do meloeiro proporciona não apenas vantagens econômicas, mas benefícios sociais por garantir mais de 50 mil empregos diretos e indiretos envolvidos em toda a cadeia produtiva (NUNES et al., 2015).

A maior parte dos frutos de melão produzidos no Agropolo Mossoró-Assú, no Rio Grande do Norte, é do tipo Amarelo, pertencente ao grupo botânico inodorus Jacquin. No entanto, outros tipos de frutos têm sido exportados, dentre eles o melão do tipo Cantaloupe. O

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referido tipo de melão pertence ao grupo cantaloupensis Naud., sendo caracterizado pela casca rendilhada, polpa salmão e forte aroma. Este tipo de melão possui elevada qualidade com teor de sólidos soluveis superior a 12%. (OLIVEIRA et al., 2019).

Para adoção de um determinado genótipo pelo setor produtivo é necessário que sejam realizados ensaios de valor e Cultivo (VCU) em condições representativas da região na qual o cultivar será plantado (NUNES et al., 2011a). Por outro lado, ao se avaliar um conjunto de genótipos em diferentes condições de ambiente, espera-se que ocorra a presença da interação genótipos x ambientes (G x A) na manifestação fenotípica. A interação G x A dificulta o trabalho dos melhoristas, exigindo que as avaliações sejam feitas em pelo menos dois ambientes. A interação genótipos por ambientes é decorrente do comportamento diferente dos genótipos em ambientes distintos. Uma vez detectada a presença da interação, torna-se fundamental a adoção de medidas no sentido de atenuar seu efeito. Uma das alternativas mais utilizadas é uso de genótipos com elevada estabilidade e adaptabilidade (RAMALHO et al., 2012; NUNES et al., 2011b).

Muitos são os métodos utilizados no estudo da adaptabilidade e estabilidade (LEÓN; BECKER, 1988). Entretanto, nos últimos anos, têm aumentado estudos com o uso dos modelos mistos (REML/BLUP – Restricted Maximum Likelihood/Best Linear Unbiased Prediction). Nesse contexto, o método da Média Harmônica da Performance Relativa dos valores Genotípicos (MHPRVG) tem tido uma aplicação em diferentes culturas, tanto nas perenes, quanto nas anuais. São poucos os trabalhos de meloeiro com a aplicação da referida técnica (OLIVEIRA et al., 2019). A grande vantagem do método é permitir a seleção de genótipos estáveis com alta adaptabilidade e produção a partir de um único parâmetro (RESENDE, 2004).

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O presente trabalho teve como objetivo geral avaliar o desempenho genotípico de híbridos de melão Cantaloupe quanto à produção e qualidade do fruto em dois municípios do Agropolo Mossoró-Assú.

2.2 Objetivos Específicos

 Avaliar o híbrido mais promissor para o cultivo no Agropolo Mossoró-Assú;

 Avaliar índices de produtividade e teores de sólidos solúveis em Híbridos de Melão Cantaloupe;

 Avaliar o desempenho genotípico dos híbridos de Melão Cantaloupe conforme a interação Genótipo x Ambiente.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 ORIGEM, DOMESTICAÇÃO E BOTÂNICA DO MELOEIRO

O meloeiro (Cucumis melo L.), do gênero Cucumis, pertence a família Cucurbitaceae. De acordo com Akashi et al. (2002), o centro de origem da cultura está presente nas regiões tropicais e subtropicais da África, onde encontram-se ainda muitas das espécies não cultivadas pertencentes ao gênero Cucumis. (WHITAKER; DAVIS, 1962, Apud ARAGÃO et al., 2019). Segundo Karchi (2000), a introdução do meloeiro ocorreu na Ásia e Oriente Médio por volta de 1.500 a 2000 a.C, e sua exploração acarretou na formação de diversos centros de origem secundários pertencentes aos territórios da Índia, Irã, China, Turquia e repúblicas asiáticas. A domesticação da espécie aconteceu devido a composição nutricional de suas sementes com posterior seleção de frutos. A cultura sofreu intenso processo de diversificação, produzindo centros de diversidade que estão localizados na bacia do Mar Mediterrâneo, Ásia Central, Índia e Ásia Oriental. (WHITAKER; DAVIS, 1962, Apud ARAGÃO et al., 2019).

De acordo com Jefrey et al. (1980), a espécie Cucumis melo é dividida em duas subespécies, em razão da presença e do comprimento de pêlos no ovário. A subspécie melo é caracterizada com ovário de pêlos longos, com dez variedades botânicas (cantalupensis, reticulatus, adana, chandalak, ameri, inodors, chate, flexuosus, dudaim e chito), e subspécie agrestis caracteriza-se com ovário de pêlos curtos, e em seis variedades (momordica, tibish, conomon, chinesis, makuwa e acidulus). (PITRAT, 2008).

A espécie Cucumis melo L. é diploide, de polinização cruzada, e com número de cromossomos igual a 12 (2x=2n=24). (WANG et al., 1997). Apresenta plantas anuais, herbáceas, caule prostrado, com número de hastes variável atingindo até três metros, dependendo da variedade. As folhas são alternadas simples e de limbo inteiro. (KIRKBRIDE, 1993). Possue gavinhas, sistema radicular ramificado, pouco profundo e com pouca capacidade de regenaração após danos, o que dificulta a propogação da cultura por meio de transplantes de mudas. (GOMEZ-GIULLAMÓN et al., 1983).

A diversidade morfológica da cultura é mais acentuada nos frutos, devido a variação de cores, forma e tamanho, que variam de esféricos a extremamente alongados, com peso de poucos gramas a vários quilogramas, e sabores de polpas de amargo à doce. (LUAN, et al., 2010);

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O meloeiro apresenta em geral a expressão sexual andromonoica e monoica. (PITRAT, 2008). As flores masculinas são axilares e agrupadas na mesma inflorescência tipo cacho, e as flores hermafroditas são dispostas de forma solitária. (GÓMEZ-GUILLAMÓN et al., 1983. apud ARAGÃO et. al., 2019). Os frutos podem ser resultado da polinização cruzada, autopolinização, ou de ambas simultâneamente. (LENZI, et. al., 2005).

3.2 GRUPOS BOTÂNICOS E COMERCIAIS DO MELÃO

A escolha ideal do tipo comercial e da cultivar a ser acatada pelo produtor deve-se dar preferência a cultivares que tenham características excelentes relacionadas à firmeza de polpa, crocância e doçura, além de resistência a doenças, proporcionando menor custo de produção ao produtor, e disponibilidade de frutos saudáveis aos consumidores. (ARAGÃO et al., 2019). Existem oito tipos comerciais de meloeiro explorados nos sistemas de produção do país classificados em três variedades botânicas. As variedades cantalupensis, inodorus e reticulatus são as únicas com interesse comercial global. (ARAGÃO et al., 2019).

3.2.1 Cucumis melo var. inodorus Jacquin

Correspondem à plantas andromonoicas, com frutos em formato variando de redondos à elíptico, não se desprendem do pedúnculo quando maduros, amadurecimento tardio, sementes grandes, sem aroma e não climatérios. (PITRAT, 2013). Os melões inodoros possuem casca lisa ou levemente enrugada com coloração amarela, verde-escura ou branca, tendo como característica importante à resistência as condições de transportes e vida útil pós-colheita longa. (ZEBALOS, 2017).

Os melões Amarelo, Pele de Sapo e Honeydew pertencem a este grupo taxonômico. 3.2.2 Cucumis melo var. cantalupensis Naudin

Constituído por plantas andromonoicas e monoicas, com frutos doces, aromáticos, climatérios, e com baixa resistência ao transporte e manuseio, sementes amarelas de tamanho médio, além de reduzida vida pós-colheita. (PITRAT, 2008.) Os frutos apresentam superfície reticulada, verrugosa ou escamosa, podendo apresentar gomos, e têm polpa de coloração alaranjada ou salmão ou, às vezes, verde, e teor de sólidos soluveis superior a 12%. (ZEBALOS, 2017).

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Dentre os tipos comerciais produzidos em sistemas de produção do Brasil, o Cantaloupe e Gália correspondem à variedade botânica.

3.2.3 Cucumis melo var. reticulatus Sérige

Representam plantas andromonoicas com frutos climatérios e aromáticos, de sabor adocicado, com forma ligeiramente oval ou arredondada, casca reticulada e coloração variando de amarela à verde-escura, com polpa de coloração alaranjada, sementes amarelas de tamanho médio, baixa resistência ao transporte e reduzida vida pós-colheita. (PITRAT, 2013). Dentre os tipos comerciais produzidos em sistemas de produção do Brasil, o Charentais corresponde à variedade botânica.

No Brasil, os tipos mais comercializados nos sistemas de produção são o Amarelo, Pele de Sapo, Honey Dew (inodorus), Charentais (reticulatus) e Cantaloupe e Gália (cantalupensis) considerando a escala comercial e o mercado de exportações. (ARAGÃO et al., 2019). O tipo Cantaloupe é de origem americana, considerado como o mais produtivo no mundo. Caracteriza-se por frutos de formato esférico, superfície com reticulação intensa, polpa de coloração salmão e aromátco.

No presente momento, os melões Amarelos são os mais cultivados no Nordeste brasileiro, seguidos pelos tipos Cantaloupe e Pele de Sapo, através da utilização de híbridos em diversas áreas produtivas, destacando-se os híbridos Goldex, Iracema, Natal, Caribbean Gold, Grand Prix e Sancho. Os melões Caipira e Net Melons são cultivados no Brasil, mas com importância econômica restrita a áreas específicas. (ARAGÃO et al., 2019).

3.3 ASPECTOS ECONÔMICOS DO MELÃO

O cultivo do melão é realizado em diversos países, sendo uma olerácea muito apreciada em todos os continentes. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, 2017), a produção mundial de melões na safra de 2016 foi de 31.254.762 toneladas, produzidas em 1.290.536,58 hectares, o que resulta em um rendimento de 21,31t/ha. O maior produtor mundial é a China, responsável por 54,97% da produção mundial, sendo também o país que apresenta a maior área cultivada no mundo. Outros países como Turquia, Irã, Índia, Egito, Estados Unidos, Espanha, Marrocos, Itália, Guatemala, Paquistão, México, Cazaquistão e Ucrânia se destacam entre os maiores produtores mundiais do fruto.

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O Brasil ocupa a 13a posição entre os maiores produtores de melões, caracterizando-se como o maior produtor da América do Sul, com uma produção de 596.930 toneladas, produzidas em 23.166 hectares de terras brasileiras. (FAO, 2016).

O Nordeste brasileiro responde por 94,77% da produção do País, seguido pela região Sul, com 4,34%, e demais regiões com 0,89%. Entre os estados brasileiros, o Rio Grande do Norte mantém a liderança nacional da produção do melão nos últimos seis anos, apresentando produtividade acima da média nacional. Em ordem decrescente de produção vêm os estados do Ceará, Bahia, Pernambuco, Piauí, Alagoas, Maranhão e Paraíba. Entre os municípios produtores de melão do Rio Grande do Norte destacam-se em ordem decrescente de produção, Mossoró, Tibau, Baraúna, Governador Dix-Sept Rosado, Apodi, Afonso Bezerra, Assú, Upanema, Pedra Grande e Galinhos. (IBGE, 2017).

A maior parte da produção de melão no Brasil é exportada, cerca de 60% da produção da olerácea é destinada para o mercado externo. Segundo o balanço de 2018 das Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2017 foram embarcados 233,6 mil toneladas de melão, totalizando mais de US$ 162,9 milhões. Hoje os maiores importadores de melão são Inglaterra, Holanda, Itália e Espanha.

As estatísticas refletem a importância da produção de melão na economia do país, de acordo com sua inserção no mercado mundial de frutas. A participação do melão brasileiro no mercado internacional é resultado das condições favoráveis para o cultivo, ciclo curto do melão nordestino quando comparado com o de outras regiões produtoras (60 a 65 dias, diferente da Espanha que chega a 130 dias), localização estratégica dos pólos produtores em relação aos entrepostos europeus, ganhos de produtividade, adoção de tecnologias avançadas (cultivo de híbridos com elevado potencial genético), e período de safra coincidente com a entressafra da Espanha (maior exportador mundial). (LIMA; KHAN, 2019).

Como critério econômico, o cultivo do melão gera empregos e renda para as regiões produtoras, uma vez que requer mão-de-obra em praticamente todas as etapas do sistema de cultivo, principalmente na etapa da colheita dos frutos, na qual é realizada manualmente. (RABELO, 2017).

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3.4 CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS PARA A CULTURA DO MELOEIRO

O meloeiro é uma cultura muito exigente em relação à condições edafoclimáticas para o seu desenvolvimento, e assim como outras culturas está sujeito à intempéries climáticas que podem afetar a produtividade e a qualidade dos frutos. As condições climáticas são fatores responsáveis por influenciar significativamente a delimitação das regiões produtivas para o cultivo ao longo do ano.

Fatores climáticos como temperatura, luz, umidade relativa do ar, vento e precipitação interferem diretamente no crescimemto e desenvolvimento das plantas, sendo caracterizados como decisivos no sistema de produção, podendo ser limitantes em situações diversas, seja pelo excesso ou pela falta. (FEITOSA; GUIMARÃES, 2019).

A temperatura é o fator climático que mais afeta a cultura do meloeiro, por ser limitante em todas as etapas do processo de crescimento e desenvolvimento da cultura. Dias e noites quentes são considerados como ideais para a cultura, principalmente durante a época de colheita. Temperaturas inferiores à 15ºC, acarretam em crescimento e atividade de insetos polinizadores paralisados. Em temperaturas superiores à 35ºC, ocorre a interferência na abertura estomática e diminuição de produção de fotoassimilados. Considera-se como faixa de temperatura ideal com amplitudes térmicas diurnas entre 25ºC à 35ºC, e noturnas em 15ºC e 20ºC. (FEITOSA; GUIMARÃES, 2019).

A luminosidade tem importante efeito na produtividade e qualidade dos frutos tanto na intensidade quanto no tempo de duração. O plantio do meloeiro é recomendado em regiões que apresentem faixas luminosas entre 2.000 a 3.000 horas luz anuais, com comprimentos de dias longos. (COSTA, 2007).

A umidade relativa do ar e a precipitação podem favorecer à perda da qualidade dos frutos do meloeiro. Elevações nos índices favorecem a proliferação de doenças foliares, produção de frutos com tamanho reduzido e menos adocicados, lixiviação ou percolação de nutrientes do solo e prejuízos no processo de polinização das flores. As faixas ideais para o plantio do melão estão entre 60 a 70% para umidade relativa do ar, e precipitações pluviais baixas. As melhores épocas para o plantio devem ser nos meses mais quentes e secos de cada região. Ventos com velocidades na faixa de 3,2 a 6,5 km/h são ideais para o cultivo do meloeiro. Em excesso, os ventos podem provocar ferimentos nas plantas, devido ao atrito, e causar fechamento estomático devido a intensificação da perda de água pelos estômatos.(FEITOSA; GUIMARÃES, 2019).

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O meloeiro têm melhor desenvolvimento em solos de textura média, profundos, aerados, com elevada saturação por bases e pH entre 6 e 7,5. (GIONGO; CUNHA, 2010).

3.5 INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE

Ambiente, consiste na associação das condições edafoclimáticas à práticas culturais, à ocorrência de patógenos e outras variáveis que podem interferir no desenvolvimento das plantas, contituindo-se de todos os fatores não genéticos que alteram o crescimento e desenvolvimento das plantas (fenótipo). A alteração no desempenho relativo de genótipo, em relação à diferentes ambientes, denomina-se interação genótipo x ambiente, em que a resposta fenotípica de cada genótipo às variações de ambiente é diferente e reduz a correlação entre o fenótipo e o genótipo. (BORÉM et. al., 2017).

A interação genótipo x ambiente é tida como um importante fenômeno para os profissionais melhoristas que atuam nos testes comparativos e na recomendação de cultivares adequadas para o cultivo, em virtude de quanto maior a diversidade genética entre os genótipos e entre os ambientes, de maior importância será a interação. (BORÉM et. al., 2017). As respostas diferenciais de genótipos a diferentes ambientes ocorrem por meio de plasticidade fenotípica, em que as plantas podem apresentar o efeito “tamponante”, ou seja, quando a cultivar é composta por um determinado número de genótipos e cada um é adaptado a microambientes particulares, e efeito “tamponado”, em que cada membro da população possue a característica de se adaptar a vários ambientes. Conforme Bradshaw, (1965 p. 115-155) “As plantas podem-se ajustar à variação no seu ambiente pela plasticidade fenotípica, que é inversamente proporcional à sua heterozigose”

Fatores edafoclimáticos podem afetar o desenvolvimento fenológico das plantas. Dentre os fatotes que favorecem a interação G x A tem-se os previsíveis: fotoperíodo, tipo de solo, fertilidade do solo, toxicidade por alumínio, época de semeadura, práticas agrícolas, e os imprevisíveis, distribuição pluviométrica, umidade relativa do ar, temperatura atmosférica e do solo, patógenos e insetos. Em geral, as cultivares apresentam desempenho diferenciado quando submetidos a condições edafoclimáticas variadas, dessa forma, cultivares com bom desempenho produtivo em determinado local podem não se desenvolver bem em outros ambientes, apresentando expressões fenotípicas distintas conforme o ambiente empregado no cultivo. (BORÉM et. al., 2017). Dessa forma, cultivares com bons desempenhos produtivos

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19

em determinados ambientes podem não expressar às mesmas características em outros. (DO VALE; GUIMARÃES; ARAGÃO, 2019).

Basenado-se nos efeitos gerados pela interação genótipo x ambiente, as empresas detentoras das cultivares realizam uma série de ensaios experimentais, com repetições e em vários ambientes. Desse modo, a recomendação de cultivares adequadas para o desenvolvimento nos cultivos agrícolas é possibilitada para diversos ambientes. Entretanto, nem sempre é possível a avaliação de todas as regiões com aptidões para os cultivos, tornando a recomendação imprecisa. (DO VALE; GUIMARÃES; ARAGÃO, 2019).

3.6 ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE

Adaptabilidade de uma cultivar corresponde à sua capacidade de aproveitar vantajosamente as variações do ambiente. A estabilidade refere-se à resposta do genótipo à sua capacidade de se apresentar como organismo altamente previsível, mesmo com variações ambientais. As cultivares devem apresentar, em diferentes condições de ambiente, alta produtividade, e sua superioridade deve ser estável. (BORÉM et. al., 2017).

3.6.1 Tipos de Estabilidade

A estabilidade estática corresponde às cultivares que apresentam respostas constantes, independentemente das variações ambientais, e que não demonstram desvios em relação ao seu desempenho. Estatísticamente a variância das cultivares é tida como zero. Denominada também de estabilidade biológica, à estabilidade estática mede todos os desvios em relação à média geral de cada genótipo. Este tipo de estabilidade é mais utilizado para caracteres como resistência à doenças, indeiscência de vagens e resistência ao acamamento. (BORÉM et. al., 2017).

A estabilidade dinâmica corresponde às cultivares que apresentam respostas às variações ambientais de forma previsível, ou seja, somente os desvios relacionados com a reação geral do genótipo contribuem para a instabilidade da cultivar. Em relação aos caracteres quantitativos, os genótipos respondem às variações de ambiente com variações no fenótipo. Os métodos baseados na interação G x A quantificam a estabilidade dinâmica, denominada também de estabilidade agronômica, em contraste com a estabilidade biológica. (BORÉM et. al., 2017).

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20

3.6.2 Métodos de Análise da Estabilidade

A análise de variância de um grupo de cultivares avaliado em um série de ensaios experimentais, envolvendo locais e anos, fornece importantes informações sobre a interação G x A. Se a interação correspondente for significativa, o melhorista precisa saber se os genótipos contribuem com a mesma intensidade para essa interação. Diversos tipos de análises estatísticas foram desenvolvidas com o intuito de caracterizar a estabilidade de diferentes genótipos. (BORÉM, et. al., 2017). Dentre as medidas utilizadas para medir a qualidade de um experimento destacam-se o coeficiente de variação (CV) e a acurácia seletiva.

Resende (2007) desenvolveu o método MHPRVG-BLUP que contempla estudos de estabilidade e adaptabilidade, empregando dados genotípicos que incorporam em uma única estatística a estabilidade, a adaptabilidade e a média do caráter de interesse. Nesse método, são estimados três parâmetros: A MHVG (Média Harmônica dos Valores Genotípicos) que permite a seleção com base na estabilidade e a produtividade, A PRVG (Performance relativa dos valores genotípicos) que capitaliza a capacidade de resposta de cada genótipo à melhoria do ambiente, e MHPRVG (Média Harmônica da Performance Relativa dos valores Genotípicos) que agrupa em uma única estatística, a estabilidade, a adaptabilidade e a produtividade.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 GERMOPLASMA

Foram avaliados sete híbridos experimentais de meloeiro (CA-01, CA-02, CA-03, CA-04, CA-05, CA-06 e CA-07) e o híbrido testemunha ‘Torreon’ (Syngenta®). Todos são do tipo Cantaloupe, possuem mesocarpo alaranjado e expressão sexual monóica. Todos os híbridos são derivados do programa de melhoramento genético desenvolvido na Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA).

4.2 AMBIENTES

Os ensaios foram conduzidos no período de junho a setembro de 2018 nos municípios de Mossoró (5º 11´ S, 37º 21´ W, altitude: 18) e Baraúna (5º 05´S, 37º 38´ W, altitude: 94), pertencentes ao Agropolo Mossoró-Assú. Conforme dados climático da tabela 1.

Tabela 1. Dados climáticos dos locais nos quais foram conduzidas as avaliações dos híbridos de Cantaloupe. Município1

Temperatura máxima

(ºC) Tipo de Solo2

Máxima Mínima

Mossoró 35,1 22,7 Latossolo Vermelho amarelo

Argissólico

Baraúna 33,2 22,3 Argissolo Vermelho-Amarelo

Eutrófico

1Dados obtidos em estações climáticas montadas em cada local do experimento. 2Classificação realizada conforme EMBRAPA (2013).

Os detalhes relativos à análise química do solo de cada um dos municípios estão nas tabelas 2 e 3. Para análise química foram retiradas amostras simples na profundidade de 0 a 20 centímetros.

Tabela 2. Análise química do solo da área experimental do experimento realizado em Mossoró. Ph

Ca+2 Mg+2 Al+3 H+Al K+ P Na+ M.O

(meq/100ml) (ppm)

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Tabela 3. Análise química do solo da área experimental do experimento realizado em Baraúna. pH

Ca+2 Mg+2 Al+3 H+Al K+ P Na+ M.O

(meq/100ml) (ppm)

6,20 7,60 1,90 0,20 1,50 0,79 10,10 1,40 1,80

4.3 CONDUÇÃO EXPERIMENTAL

Em estufa agrícola, realizou-se a semeadura para a obtenção das mudas sendo esta realizada em bandejas de poliestireno com 200 células. As células foram preenchidas com substrato comercial (TopStrato®). A irrigação das bandejas foi realizada duas vezes ao dia por meio de aspersores invertidos até atingir os 15 dias após semeadura (DAS), tempo hábil para o transplante das mudas no campo experimental. O transplantio das mudas foi realizado 16 e 17 dias após a semeadura em Mossoró e Baraúna, respectivamente.

Em todos os ensaios, para o preparo do solo foi realizada aração de grade de arrasto até 20 cm de profundidade e passagem de grade niveladora. Logo após foram levantados os camalhões com espaçamento de 2 metros e com altura de 20 cm. Na sequência foi instalado um sistema de irrigação por gotejamento, com gotejadores espaçados em 0,30 m, diâmetro de 16 mm e vazão de 1,7 L h-1.

As práticas culturais como, aplicações de defensivos agrícolas e capinas foram feitas de acordo com a necessidade da cultura, obedecendo à recomendação de manejo e práticas culturais padrões de cultivo de melão no Estado do Rio Grande do Norte (NUNES et al., 2011a, b).

As colheitas foram realizadas manualmente, sendo os frutos retirados das plantas com auxílio de canivetes, identificados com marcadores permanentes e colocados em sacos de ráfia para serem transportados para as análises pós-colheita.

4.4 CARACTERES AVALIADOS

Foram avaliados a produtividade total e sólidos solúveis de frutos, consideradas como os caracteres mais importantes para a cultura do ponto de vista comercial.

A produtividade total foi obtida pela pesagem de todos os frutos comerciais colhidos da parcela. O teor de sólidos solúveis totais foi medido pela retirada de uma amostra de aproximadamente 2/3 da espessura da polpa na região equatorial do fruto, no sentido da

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cavidade. A amostra foi pressionada manualmente até que uma parte do suco fosse depositada em um refratômetro digital (Digital Refractometer Palette 100®), onde foi determinado o teor de sólidos solúveis. Para as medições do teor de sólidos solúveis foram amostrados oito frutos por parcela.

4.5 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

Os experimentos foram realizados em delinemantos de blocos completos casualizados com três repetições. Cada parcela foi constituída por uma linha 6,0 m de comprimento, espaçadas por 2 m. O espaçamento entre covas foi 0,3 m, sendo cultivada uma planta por cova. Cada parcela possuía 20 plantas e as plantas das extremidades da parcela formaram a bordadura de cabeceira. A área útil foi formada pelas 16 plantas centrais da linha.

4.6 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

A análise estatística foi realizada conforme o modelo estatístico 54 do software SELEGEN-REML/BLUP (RESENDE, 2004; RESENDE, 2007). O referido modelo corresponde a y = Xb + Zg + Wc + e, em que y, b, g, c, e correspondem, respectivamente, aos vetores de dados, de efeitos fixos (médias de blocos através dos ambientes), de efeitos dos genótipos (aleatórios), de efeitos da interação genótipo x ambiente (aleatórios) e de erros aleatórios. Enquanto X, Z e W são as matrizes de incidência para b, e, e c, respectivamente.

As distribuições e estruturas de médias (E) e variâncias (Var) assumidas foram as seguintes: E [ y g c e ] = [ Xb 0 0 0 ] ; Var [ g c e ] = [ Iσg2 0 0 0 Iσc2 0 0 0 Iσe2 ]

O ajuste do modelo foi obtido a partir das equações de modelo misto:

[ X′X X′Z X′W Z′X Z′Z + Iλ 1 Z′W W′X W′Z W′W + Iλ2 ] × [ b̂ ĝ ĉ ] = [ X′y Z′y W′y ] Onde λ1 = σe2 σg2 = 1− hg2− c2 hg2 ; em que: hg 2 = σg2 σg2+σc2+σe2 corresponde à herdabilidade individual no sentido amplo no bloco; 𝑐2 = 𝜎𝑐2

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determinação dos efeitos da interação genótipo x ambiente; 𝜎𝑔2 é a variância genotípica entre

híbridos (genótipos) de melão; 𝜎𝑐2 é a variância da interação genótipo x ambiente; 𝜎𝑒2 é a

variância residual entre parcelas; 𝑟𝑔𝑙𝑜𝑐 = 𝜎𝑐2

𝜎𝑔2+𝜎𝑐2 =

ℎ𝑔2

ℎ𝑔2+𝑐2 corresponde à correlação genotípica dos genótipos, através dos ambientes.

Os estimadores interativos dos componentes de variância, por REML, via algoritmo EM, são: 𝜎̂𝑒2 = [𝑦′𝑦−𝑏̂′𝑋′𝑦− 𝑔̂′𝑍′𝑦−𝑐̂′𝑊′𝑦] [𝑁−𝑟(𝑥)] ; 𝜎̂𝑔 2 = [𝑔̂′𝑔+𝜎̂𝑒2𝑡𝑟𝐶22] q ; σ̂c 2 = [ĉ′c+σ̂e2trC33] s ; em que C 22 e C33 advêm de C−1 = [ C11 C21 C13 C21 C22 C23 C31 C32 C33 ] −1 = [ C11 C12 C13 C21 C22 C23 C31 C32 C33 ], sendo C a matriz de coeficientes das equações de modelo misto; tr o operador traço matricial; r(x) o posto da matriz X; N, q e s, número total de dados, número de genótipos e número de combinações genótipo x ambiente, respectivamente.

Por meio desse modelo foram obtidos os preditores BLUP empíricos dos valores genotípicos livres da interação, dados por μ̂ + ĝ , em que μ̂ é a média de todos os ambientes e i

ĝ é o efeito genotípico livre da interação genótipo x ambiente. Para cada ambiente j, os i valores genotípicos são preditos por μ̂ + ĝ + gei ̂ij, em que µ̂j é a média do ambiente j, ĝi é o

efeito genotípico e gêij é o efeito da interação genótipo x ambiente concernente ao genótipo i.

A seleção conjunta, considerando-se simultaneamente o caráter em questão, a estabilidade e a adaptabilidade dos genótipos de melão (híbridos) é dada pela estatística média harmônica da performance relativa dos valores genotípicos preditos MHPRVGi = n

∑ 1

Vgij n j=1

, em que n é o número de locais onde se avaliou o genótipo i, Vgij é o valor genotípico do genótipo i no ambiente j, expresso como proporção da média desse ambiente.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observou-se efeito de genótipos para os dois caracteres avaliados (Tabela 4). Para ambos os caracteres, observou-se maior estimativa da variância devida à interação G x A em relação à variância genotípica, nas proporções de 4,22 e 5,11 para produtividade e sólidos solúveis, respectivamente.

Tabela 4. Componentes de variâncias, acurácia, coeficiente de variação genotípico e residual obtidos via REML individual, considerando a análise conjunta de híbridos de melão Cantaloupe em dois municípios do Agropolo Mossoró-Assú.

Efeito Produtividade (Mg ha-1) Sólidos solúveis

Deviance LRT 𝜎̂2 Deviance LRT 𝜎̂2 Modelo completo 221,20 93,13 Genótipos (G) 229,17 7,97** 10.77 99,11 5,98* 0,45 G x A 231,13 6,93** 45,55 109,13 16,00** 2,30 Resíduo 56,60 1,40 h2mg 0,81 0,78 Acg 0,89 0,90 𝑐2 0,55 0,62 𝑟̂𝑔𝑙𝑜𝑐 0,06 0,01 CVe 14,27 11,51 Média 28,20 10,21

Deviance, LRT: Teste de razão de máxima verossimilhança; Var.: Componente de variância. **,*: significativo pelo teste de Qui-quadrado a (p<0,01) e (p<0,05), respectivamente. h2mg: Herdabilidade média; Acg: Acurácia seletiva; rloc: correlação entre os ambientes; CVe: Coeficiente de variação ambiental.

Observou-se efeito significativo da interação G x A para os dois caracteres com uma contribuição do referido fator para a manifestação fenotípica de 55% para a produtividade e 62% para sólidos solúveis. A correlação genética entre os dois ambientes foram reduzidas, inferiores a 0,10 (Tabela 4).

A presença da interação indica o comportamento diferencial dos genótipos em função dos ambientes (NUNES et al., 2002; RAMALHO et al., 2012). A interação G x A, para ambos os caracteres, teve maior peso sobre a manifestação fenotípica. Esse fato é corroborado quando se comparam as estimativas das variâncias genéticas e da interação G x A e,

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26

sobretudo, as estimativas do parâmetro c2 que medem quanto que a variação devida a interação G x A explica da variância fenotípica. Para os dois caracteres, os valores superam 50% da variância fenotípica. A interação genótipos por ambiente em melão tem sido observada em estudos de avaliação de híbridos de melão no semi-árido brasileiro (GURGEL et al., 2005; NUNES et al., 2006; FREITAS et al., 2007; NUNES et al., 2011a; NUNES et al., 2011b) bem como em ensaios de avaliação de famílias (SILVA et al., 2011; ARAGÃO et al., 2015; GUIMARÃES et al., 2016; OLIVEIRA et al., 2019). A interação G x A é composta pelos componentes de simples e complexo. O primeiro, ocorre devido às magnitudes das diferenças de variabilidade entre os genótipos e o segundo, depende da correlação genética dos genótipos nos ambientes (CRUZ; CASTOLDI, 1991).

A precisão dos ensaios de Valor e Cultivo (VCA) deve ser a maior possível porque as diferenças entre os candidatos a cultivares, geralmente, são muito reduzidas para os caracteres de interesse. Dentre as medidas utilizadas para medir a qualidade de um experimento destacam-se o coeficiente de variação (CV) e a acurácia seletiva. Considerando o CV, constatou-se que as estimativas para os dois caracteres avaliados estão dentro da faixa observada para a cultura em outros trabalhos de avaliação de cultivares realizados no Agropolo Mossoró-Assú (GURGEL et al., 2005; NUNES et al., 2011a; NUNES et al., 2011b, OLIVEIRA et al., 2019). Considerando uma classificação inicial proposta por Lima et al., (2004) para o meloeiro, os valores verificados podem ser classificados como médios para produtividade e sólidos solúveis. Com relação à acurácia seletiva, segundo a classificação adotada por Resende e Duarte (2007), pode-se classificar como muito altas para os dois caracteres (0,99 ≤ Acg ≤ 0,99). Assim, pode-se considerar que os ensaios apresentaram uma

excelente precisão.

Verificou-se heterogeneidade entre os híbridos avaliados para os dois caracteres (Tabela 4). Esse fato foi confirmado pelas estimativas das variâncias genéticas e herdabilidades elevadas. A herdadibilidade é um parâmetro que mede a proporção de variância fenotípica explicada pela variância genética.

A correlação genotípica média da performance dos híbridos, através dos ambientes (rloc), fornece a confiabilidade de quão constante é o ordenamento dos híbridos e,

indiretamente, indica a participação da parte complexa na interação. Assim sendo, constatou-se que a estimativa de rloc foi muito reduzida tanto para produtividade como para sólidos

solúveis, corroborando com as estimativas do componente c2 (Tabela 4), corroborando para o predomínio da parte complexa da interação para as duas características avaliadas, dificultando

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o processo seletivo. Estudos anteriores no Agropolo Mossoró-Assú indicaram a predominância da interação complexa para produtividade e sólidos solúveis, (NUNES et al., 2006; SILVA et al., 2011; ARAGÃO et al., 2015; GUIMARÃES et al., 2016; OLIVEIRA et al., 2019). Nunes et al. (2011b) verificaram predomínio da parte simples da interação ao medir sólidos solúveis em híbridos de melão Galia avaliados em nove ambientes do Rio Grande do Norte. A identificação de cultivares estáveis e adaptados é uma das maneiras de atenuar os efeitos da interação genótipos por ambientes.

Para a produtividade, conforme a A MHVG (Média Harmônica dos Valores Genotípicos) a maior estimativa foi observada para o genótipo CA-05 seguido dos genótipos CA-02 e CA-03. A menor estimativa foi observada no genótipo CA-06 (Tabela 5). Para sólidos solúveis, também se destacou CA-05 com a maior estimativa enquanto a menor estimativa foi observada no híbrido ‘Torreon’, para ambos os caracteres, o hibrido CA-05 apresentou maior destaque (Tabela 5).

Tabela 5. Estabilidade de valores genotípicos (MHVG), adaptabilidade de valores genotípicos (PRVG) e Média Harmônica da Performance Relativa dos valores Genotípicos (MHPRVG) de híbridos de Cantaloupe avaliados em dois ambientes do Agropolo Mossoró-Assú.

Híbridos Produtividade (Mg ha-1) Sólidos solúveis (ºBrix)

MHVG PRVG MHPRVG MHVG PRVG MHPRVG CA-01 25,12 0,94 25,02 10,06 0,99 10,10 CA-02 28,12 1,07 28,46 9,77 1,00 9,95 CA-03 28,67 1,08 28,71 10,11 1,00 10,21 CA-04 26,12 0,98 26,23 9,36 0,93 9,45 CA-05 29,12 1,12 29,92 11,47 1,13 11,52 CA-06 21,65 0,82 21,76 10,52 1,07 10,41 CA-07 26,88 1,00 26,79 10,09 0,99 10,09 ‘Torreon’ 26,23 1,00 26,60 8,78 0,89 8,93

A MHVG permite a seleção com base na estabilidade e a produtividade. Os valores da MHVG são os próprios valores da produtividade ou sólidos solúveis, penalizados pela instabilidade, o que certamente facilita a seleção dos híbridos mais produtivos e de melhor

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qualidade de frutos e ao mesmo tempo mais estáveis. A MHVG penaliza a instabilidade, quando genótipos são avaliados em diversos ambientes, resultando em nova média ajustada por essa penalização. Segundo o critério de Resende (2007) que contempla os estudos de estabilidade e adaptabilidade, empregando dados genotípicos que incorporam em uma única estatística a estabilidade, a adaptabilidade e a média do caráter de interesse.

Os melhoristas do meloeiro visam cultivares com alta adaptabilidade. A adaptabilidade é a capacidade de um genótipo ser responsivo de forma vantajosa à melhoria ambiental (MARIOTTI et al., 1976). Para identificar essa característica, é necessário utilizar métodos apropriados e, dentre os existentes, está a performance relativa dos valores genotípicos (PRVG) que capitaliza a capacidade de resposta de cada genótipo à melhoria do ambiente.

Em PRVG, destacou-se o genótipo CA-05 para os dois caracteres estudados com um desempenho superior à média ambiental de 112 e 113% superior para produtividade e sólidos solúveis, respectivamente (Tabela 5).

O método da média harmônica da performance relativa dos valores genotípicos (MHPRVG), baseado em valores genotípicos preditos via modelos mistos, agrupa em uma única estatística, a estabilidade, a adaptabilidade e a produtividade, facilitando, de modo singular, a seleção de genótipos superiores (RESENDE, 2004; RESENDE, 2007; RESENDE, 2007). A MHPRVG fornece os valores genotípicos de cada genótipo penalizados pela instabilidade e capitalizados pela adaptabilidade. Para este critério, os resultados são exatamente os mesmos para os critérios MHVG e PRVG (Tabela 5), isto é, o híbrido de maior destaque para a produtividade e sólidos solúveis foi CA-05.

Construiu-se um gráfico Scatter para observar o comportamento de cada genótipo avaliado considerando as duas estimativas de MHPRVG (produtividade e sólidos solúveis) (Figura 1).

Constatou-se que o hibrido CA-05 com maiores estimativas destacou-se dos demais híbridos, por apresentar maiores índices de produtividade aliados com maiores teores de sólidos solúveis, o que o torna como ideal para produção e comercialização do fruto no agropólo Mossoró-Assú.

O híbrido CA-06 apresentou-se mais disperso em relação aos demais em razão do menor índice de produtividade, embora apresente teores de sólidos solúveis apreciáveis para o consumo.

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Figura 1. Dispersão das estimativas de MHPRVG (Média Harmônica da Performance Relativa dos valores Genotípicos) de Cantaloupe avaliados em dois ambientes do Agropolo Mossoró-Assú.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A identificação de cultivares estáveis e adaptados é uma das maneiras de atenuar os efeitos da interação genótipos por ambientes. Os híbridos avaliados corresponderam a efeito significativo da interação G x A para ambos caracteres avaliados.

Considerando os dois caracteres avaliados , o híbrido experimental AC-05 destacou-se como o mais promissor para o cultivo no Agropolo Mossoró-Assú, pois respondeu em média para a produtividade e sólidos solúveis respectivamente, 1,12 e 1,13 vezes a média do ambiente plantado. Este híbrido, considerando todos os resultados, foi superior aos demais híbridos experimentais e a testemunha, o que o torna ideal para a produção do fruto para a exportação.

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