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Litíase urinária: análise retrospectiva de 49 casos, Hospital Universitário, Florianópolis, SC.

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(1)

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gq.

5

A

CC

073

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIENCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE CLINICA CIRÚRGICA

LfTIAsE URINÃRIA

ANÁLISE RETRUSPECTIVA DE 49 câsos

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - FLORIANOPOLIS - S.C.

AUTORES: ADEMIR MASSANARES

HEITOR KAMIGASHIMA

.`_ ,

.ORIENTADOR: Dr. IVAN MORITZ MARTINS DA SILVA

Curso de Graduação em Medicina - Z2a. fase

Florianõpolis, junho de Z986

-«.. _ «

I“Wfi.¶,MmI_*mwm_W"wm_w_M

_H

(2)

AGRADECIMENTOS

Ao Dr. Ivan Moritz Martins da Sílva, pelo estímulo, colabo¬

ração e orientação.

A todos que deram sua eontribuiçao, principalmente as nos-

sas companheiras Magaly e Maria Salete.

(3)

SUMÁRIO I - RESUMO . . . O4 II - INTRODUÇÃO . . . Os III - OBJETIVOS ._ . . . O7 Iv - OASUISTIOA E MÉTODOS . OS V - RESULTADOS . . ZO VI ~ ANÁLISE . . . . za VII - CONCLUSÕES . . . . 25 VIII - BIBLIOGRAFIA ._ . 26 ANEXO I . . . 28

(4)

I ~ RESUMO

Este ê um estudo retrospectivo de 49 casos de pacientes li-

tidsicos internados no HU, em Florianõpolis, no periodo de junho

de l980 a fevereiro de l986, inclusive. Os dados referentes d i-

dentificação dos pacientes, sintomatologia, diagnóstico, tempo de

internação, dados especificos dos cálculos e tratamento são ana-

lisados e comparados com a literatura pesquisada.

(5)

II - IIVTRODUQÃO °

A Litiase Urinária ê uma das mais antigas enfermidades co-

nhecidas pelo homem. Já no antigo Egito causava sofrimento aos

imperadores, como se pode constatar pelos cálculos encontrados em

múmias datadas de 7000 AG (4).

Os cálculos urinários, geralmente, provocam uma intensa sin-

tomatologia dolorosa, seguida ou nao pela sua eliminaçao, que po-

de ser mais ou menos dolorosa. Em al uns casos J orem J a litiase

pode cursar em silêncio clinico absoluto por vários anos, levando

mesmo ã destruição completa do rim, obrigando ã sua extirpação,

quando da sua descoberta. Pela incapacidade, sofrimento e prejui-

zos que causa, constitui-se numa doença de extrema importância.

(9).

~

Com uma incidência de 2 a 4% na populaçao (6, 7), ë uma das

doenças mais freqüentes do trato urinário superior (5). Segundo

ULMANN, Va litiase urinária constitui a primeira causa de hospi-

talização nos serviços de Urologia". “z

Entre os diversos fatores etiopatogënicos dessa enfermidade

são citadas as alteraçães do trato urinário - obstrução, infecção

' ~ 4

, ~

e as alteraçoes metabolicas que provocam um aumento na excreçao

de elementos componentes dos vários tipos de cálculos - hiperpa-

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(6)

-06

ratireoidismo primário, acidose tubular renal, hiperuricosüria

etc - (4, 5, 6, 7, 8,

9).V

N G. \`|~ \°. Q\ C0 \`\. QO

A histõria do paciente pode apresentar certas va-

S.3 \`“‹Q VNO

riaçães, porêm existe geralmente um agudo, com dores in-

tensas, cuja localização depende da situação do cálculo. 0 exame

fisico poderá revelar deƒesa e/ou dolorimento abdominais e, even-

tualmente sinais de irritação peritoneal.

Os exames radiológicos são ƒundamentais para o estabeleci-

mento do diagnástico definitivo da Litiase Urinária, principal-

mente o urograma excretor.

Apesar de todo o avanço alcançado pela Medicina no

tratamen-~

to de inúmeras doenças, a Litiase Urinária continua sendo tao

problemática para o homem como nos primárdios da Histõria (4).

Atê recentemente, o tratamento consistia na simples remoção

do cálculo e reparo das anomalias anatômicas encontradas, o que

não passa de terapêutica puramente sintomática (4, l3). _

Porêm, os novos conhecimentos a respeito das bases _ metabõ-

licas da formação dos cálculos têm permitido avanços no campo do

tratamento proƒilático da Urolitiase. Já se tem obtido resultadvsrft

animadores, embora esse tipo de terapêutica ainda seja pouco uti-

lizado em nosso meio (4, 6, 7, 8, 9).

No presente estudo abordamos a Litiase Urinária a partir de

dados dos pacientes, do diagnástico e da terapêutica, além de da-

dos referentes aos cálculos especiƒicamentef*

(7)

III - OBJETIVOS .

- Comparar os dados obtidos no levantamento com os da literatu-

ra nacional e internacional

- Ressaltar a sintomatologia mais frequentemente apresentada

pelos portadores de Urolitiase.

- Analisar os meios utilizados para o diagnõstico de Urolitiase

no HU.

- Investigar a composição quimica provável dos cálculos.

~ Analisar a abordagem terapêutica dos pacientes litiâsicos in-

ternados no HU.

¬

_^.-‹ ~‹ ' J-'là -_ -xr-1

(8)

Iv - cAsUIs1'Ic.‹1 E MÉTODOS

Primeiramente efetuou-se um levantamento bibliográfico, com

base nos "Index Medicus”, disponiveis na Biblioteca do HU.

A partir de dados obtidos nas pesquisa bibliográfica, foi e- '

-laborado um Protocolo (Anexo I) que foi utilizado no levantamento

dos dados contidos em prontuários dispostos no Serviço de Arquivo

Médico e Estatistica (SAME) do HU.

Os dados levantados foram tabulados em um mapa, para permi-

tir melhor visualização. A partir deste mapa foram confeccionadas

as tabelas, que permitiram a análise e as conclusões.

A análise foi dividida em itens, como segue:

- Número de Casos por Ano

- Distribuiçao Sazonal dos Casos

~

- Distribuiçao por Faixas Etárias

- Sexo - Distribuição Étnica - Queixa Principal - Episádios Anteriores - Histária Familiar - Exames Complementares

- Localização dos Cálculos

- Exames Radiolõgicos X Parcial de Urina

- Tempo de Internação '

- Tratamento

Para a fundamentação metodológica deste trabalho, foram con-

sultados: Manual do Autor (2) e Apresentação de Trabalhos Escolaf

_..-..¬¬...-.-_,-.-...-.~_.---1....-... _ __. , __ ~ _¡ ~ ~‹ ¬~z›---^¬ _ _ _

(9)

09

res (Z).

Foram incluidos neste estudo os pacientes adultos portadores ~

de Litiase Urinãria internados no HU, no periodo de junho de

Z980 a fevereiro de 2986, inclusive.

(10)

V - RESULTADOS

Tabela I - Número de pacientes portadores de Litíase Urinãria in-

ternados no HU, em Florianõpolis, de junho/80 a feve-

reiro/86. Ano N? de casos 1980 03 2982 os 2982 os 1985 oa z9a4 23 zââs 07 zsôô * 02 Total 22

Fonte: SAME do HU. V

* Até 2Z de ƒevereiro de Z986.

*-°-"~ -^ ~' 4- _ ` ._.._._._.__-_. -_

(11)

ZZ

TabeZa II - Distribuiçao por faixas etárias dos pacientes porta-

dores de Litiase Urinaria internados no HU, em FZo-

*rianopoZis, de Junho/80 a ƒevereiro/86.

Faixa Etária NQ de casos %

24

&-_

20 oz 02,0 20

y--

so 14 22,6 30

}--

40 Z3 26,5 40

}-{~50

ZZ 22,5

>5o

zo 20,4 TotaZ 49 Z00,0

(12)

l2

Tabela III - Queixas mais ƒreqüentes entre os pacientes interna~

dos com Litiase Urindria no HU, em Florianopolis, de

junho/80 a fevereiro/86. Queixa NQ de casos % Dor lombar Hematüria Disüria-dor Dor abdominal Dor em ƒlancos Polaciúria Võmitos Outras 33 09 06 04 04 04 04 08 87,8 28,4 z2,8 8,2 8,2 8,2 8,2 18,8 Fonte: SAME do HU

* A soma ultrapassa a 49, pois muitos pacientes apresentaram

mais de uma queixa.

O percentual foi calculado sobre o total de casos (49) 'es-

tudados.

(13)

'

is

Tabela IV - Exames complementares utilizados para o diagnõstico

de Litiase Urinaria em pacientes internados no HU, em

Florianópolis, de junho/80 a fevereiro/86.

Tipos de exames NQ de casos * %

RX Simples de Abdõmen l9 Urograma Excretor 3l Neƒrotomograƒia 03 Uretrocistograma Retrõgrado Ol Uretrocistograma Miccional Ol Ultrassonografia Ol Parcial de Urina 42 de 24 horas Ol Análise da Urina 30,0 03,3 6,1 2,0 2,0 2,0 25,7 2,0 Fonte: SAME do HU.

* A soma ultrapassa a 49 (l00%), pois vários pacientes ƒoram

(14)

l4

Tabela V - Tipos de cristais contidos na urina de pacientes litia-

sicos internados no HU, em Florianopolis, de junho/80 a

fevereiro/86. Cristais N? de casos % Uratos Amorƒos` Fosƒatos Amorƒos Oxalato de Cálcio Oxalato de Cálcio + Uratos Amorƒos Oxalato de Cálcio + Ãcido Úrico Oxalato de Cálcio + Fosƒatos Amorƒos Ãcido Úrico + Uratos Amorƒos

Fosƒato Amoniaco Magnesiano +

Fosƒatos Amorƒos 08 05 Ol 03 Ol Ol Ol Ol 88,0 28,8 4,8 14,2 4,8 4,8 4,8 4,8 Total 2l z80,0

(15)

Tabela VI - Localização dos cálculos em pacientes portadores de

Litiase Urinaria internados no HU, em Florianopolis,

de junho/80 a fevereiro/86. Lado Direito ' Esquerdo Altura - NQ % NQ % T % Cdlice Pelve Renal Terço Proximal do Ureter l9 39,6 l0 20,8 29 60,4 Terço Médio do _ Ureúer oz 2, z 02 4, z as ó', 3 'Terço Distal A do Ureter l0 20,8 06 l2,5 l6 33,3 Total 30 62,5 Z8 37,5 48' l00,0

Fonte: SAME do HU.

0 percentual foi calculado sobre o número de cdlculos cons-

(16)

l6

Tabela VII ~ Comparação dos resultados entre exames radiológicos

e exames de urina dos pacientes portadores de Litia-

se Urindria internados no HU, em Florianopolis, de

junho/80 a fevereiro/86.

`

P. Urina Cristalúria + Cristalüria - Não Consta

Ea. Rad¿a1. NQ 2 NQ 2 NQ 2 T %

Liúíasa aanƒirmada 10 32,7 20 40,0 04 0,2 40 01,0

Litiase não con-

firmada 03 0,1 - 01 2,0 04 0,2

Não Cbnsta '

02 4,l 0l 2,0 02 4,l 05 l0,2

Tata1 21 U 42,9 21 42,0 07 14,5 49 100,0

(17)

z 7

Tabela VIII - Tratamento efetuado em pacientes portadores de Li-

tíase Urinãria internados no HU, em Florianõpolis,

de junho/80 a fevereiro/86. Tratamento N? de casos % Conservador 3Z 63,3 Ureterolitotomia 07 Z4,3 Pielolitotomia 04 _§,Z ' Transƒeridos 07 Z4,3 Túúaz 49 100,0

(18)

VI - ANÁLISE

Numero de casos por ano

O ano de l984 apresentou o maior numero de casos de Litiase

Urinãria atendidos no HU, totalizando 23 dos 49 estudados. Os a-

nos de l983 e de l985 apresentaram, respectivamente, oito e sete

casos.

Distribuição Sazonal dos casos

No periodo abrangido neste estudo, houve uma incidência mai-

or de Litiase Urinãria nos meses de verão (32,6%), seguindo-se os

meses de inverno (24,5%), outono (22,5%) e primavera (20,4%).

ZANETTINI & col. (l7) citam trabalhos demonstrando que a Li-.

tiase Urinãria manifesta-se mais nos meses quentes das estações

do ano, e relatam menor incidência nos meses frios.

Distribuição por Faixas Etãrias

.`

As faixas etãrias que apresentaram as maiores incidencias de

Litiase Urinãria foram as de 20 a 30 anos (28,6%) e de 30 a 40 a-

nos (26,5%). Portanto, na faixa etãria de 20 a 40 anos de idade

se situaram 55,l% dos casos estudados (tab. II) . _

Se levarmos em conta uma faixa etária que vai dos 20 aos 50

anos de idade, teremos a grande maioria dos casos, . perfazendo

77,6%. .

Os dados de nossa casuística se assemelham aos da literatura

pesquisada (4, 8, Z4, l7).

(19)

l9

Sexo

Foram constatados 27 pacientes (55,l%) do sexo masculino e

22 (44,9%) do sexo feminino. Observa-se um diferencial de l0,2%

entre os dois sexos, discordando da literatura pesquisada (3, 9,

l0, l2, l7), onde se observou um predominio nitidamente maior de

4

pacientes do sexo masculino, chegando-se a uma proporção de ate

três por um entre o sexo masculino e o feminino.

Distribuiçao Étnica

Todos os 49 casos de Litiase Urindria que fizeram parte da

nossa casuistica ocorreram em pacientes da raça branca. Este dado

ê concordante com as inƒormaçdes constantes da literatura consul-

tada (4, 7, l5, l7).

Queixa Principal

As queixas apresentadas mais frequentemente pelos pacientes

portadores de Litiase Urindria foram: dor lombar (67,3%), hematã-

ria (l8,4%)e disuria-dor (l2,3%), além de dor abdominal, dor em

,a

flancos, polaciuria e võmitos (8,2% cada) (tab. IV).

Outras queixas menos freqüentes foram: dor em hipogdstrio,e-

liminaçãa de cdlculo, cõlica reno-ureteral, infecção ¡urindria de

repetiçao, dor epigdstrica, dor em pênis e dor em hipocõndrio.

Dentre os 49 pacientes estudados, l9 (§8,8%) apresentaram

mais de uma das queixas acima relacionadas.

ZANETTINI & col. (l7) apresentam um quadro semelhante, com

relação ã sintomatologia. A principal diferença que se observa ê

(20)

20

apareceu em apenas um caso (2,0%) contra l9 casos (l2,l%) e á fe-

bre, que náo foi constatada em nosso levantamento.

Dos 49 pacientes estudados, 37 (75,5%) apresentaram alguma

sintomatologia dolorosa. Vinte e dois pacientes apresentaram cál-

culo em cálices, pelve renal e/ou terço proximal de ureter; des-

tes, l6 (72,7%) relataram dor lombar, isoladamente ou associada a .

outros sintomas dolprosos. .

Considerando-se todas as localizações dos cálculos, notamos

que 30 pacientes (6l,2% do total estudado) apresentaram dor lom-

bar entre as queixas, e apenas 3 náo relataram qualquer tipo de

dor.

Episódios Anteriores

Dos 49 pacientes estudados, 29 (59,2%) tiveram episódios an-

teriores de Litiase Urinária. Destes, lã sáo do sexo masculino e

l4 do sexo feminino. Oito pacientes foram submetidos a tratamento

cirúrgico em episódios anteriores.

O intervalo entre o episódio anterior e o atual variou de um

mês e meio até 20 anos.

O indice de recorrência obtido neste estudo está de acordo

com a estatistica observada na literatura. ZANETTINI & col. (l7)

apresentam um indice estimado de recorrëncia variando def9 a 73%.

História Familiar

Sete (l4,3%) dos pacientes que tiveram Litiase Urinária, re-

lataram antecedentes familiares da doença.

Alguns autores admitem a existência de fator hereditária na

(21)

-v-_.._...

Exames Complementares

2l

Consideramos os exames radiológicos e os exames de urina,

por serem os mais importantes no diagnóstico de Litiase Urinária,

especificamente.

Os exames radiológicos mais utilizados para a investigaçao

nos 49 casos estudados foram: o urograma excretor em 3l pacientes .

4

(63,3%) e o raio x simples de abdomen em l9 pacientes (38,8%).

Outros exames foram menos utilizados (tab. IV).

"~\. Q\

A ultrassonografia foi utilizada em apenas um caso, em que

~

havia confirmaçao radiolõgica do cálculo urináriQ.

Para a identificação da provável composiçáo quimica dos cál-

culos, levamos em conta a pesquisa de cristais contidos na urina

(4).

O parcial de urina foi realizado em 42 casos (85,7%), e a

cristaluria foi constatada em 2l casos.

Vários autores (3, 4, 5, 7, 9, l2, l6) citam o oxalato de

cálcio como maior componente dos cálculos, seguido dos fosfatos e

uratos/ácido úrico.

Os cristais de ácido §\ 'S PHQ Q e/ou uratos foram constatados:-em~-

l3 casos (6l,9%), os de fosfatos amorfos em sete casos (33,3%),

os de oxalato de cálcio em 6 casos (28,6%) e os de fosfato amo-

niaco magnesiano em l caso (4,8%).

Esses cristais foram identificados isoladamente ou em asso-

ciaçoes (tab. V).

A análise da urina de 24 horas foi utilizada em apenas um

paciente, e a análise do cálculo não constou em nenhum dos pron-

(22)

22

Localização dos Cálculos

Nos 39 casos em que houve a confirmação radiolágica de Li-

tiase Urinária, foram constatados 48 cálculos distribuidos, quan-

to á localizaçao, da seguinte forma: cálices, pelve renal e terço

proximal de ureter: 29 cálculos (60,4%); terço médio de ureter: 3

cálculos (6,3%); e terço distal de ureter: l6 cálculos (33,3%). '

Em sete casos foi constatada a presença de cálculos corali-

formes, sendo que em dois (pacientes do sexo feminino), estes e-

ram bilaterais

Em nossa casuistica, houve um predominio do lado direito so-

bre o lado esquerdo, quanto á incidência dos cálculos, com um di-

ferencial de 25 pontos percentuais. Já ZANETTINI @ col. (l7) re-

latam náo haver diferença entre os lados direito e esquerdo, em

seu trabalho.

Exames Radiolõgicos X Parcial de Urina

Dos 49 pacientes que foram estudados, 44 (89,8%) foram sub-

metidos a exames radiológicos. Destes, 40 (8l,6%) tiveram azcon-

firmaçáo radiolágica de Litiase Urinária, sendo que l6 fíã§;Z%)

apresentaram cristaluria, 20 (40,8%) náo apresentaram e 4 (8,2%)

~

nao tiveram a urina analisada.

Dentre os quatro pacientes que foram submetidos a exames ra-

diolõgicos, sem confirmação de litiase, três (6,l%) apresentaram

icristaluria e um (2,0%) nao teve a urina analisada.

Cinco pacientes náo foram submetidos a exames radiolágicos,

sendo que dois (4,l%) apresentaram cristalãria, um (2,0%) náo a-

presentou e dois (4,l%) náo tiveram a urina analisada.

Observando a tabela VII, nota-se que 45 (9l,8%) dos 49 paci-

(23)

__.-23

entes apresentaram como dados positivos a confirmação radiolõgica

e/ou a cristalúria.

Tempo de Internação

O tempo de internação variou de um a 53 dias, com a média

geral de l6 dias.

i

Entre os pacientes que tiveram tratamento cirúrgico, a media

foi de 24,7 dias. Os pacientes que foram transferidos ficaram em

media l7,6 dias internados e os que tiveram tratamento conserva-

dor tiveram permanência média de l3,2 dias.

Estas medias podem ser consideradas elevadas se comparadas

com os numeros fornecidos por ZANETTINI & col. (l7): 3,9 e l0,5

dias para os pacientes submetidos a condutas conservadora e ci-

rúrgica, respectivamente.

Tratamento

Quanto ao tratamento instituido nos casos de Litiase Urinã--

ria atendidos no HU, constatamos que ãl pacientes (63,3%) foram

tratados conservadoramente, ll (22,4%) foram submetidos a trata-

mento cirúrgico. Estes se dividiram em: sete (l4,3%) ureterolito-

tomias e quatro (8,l%) pielolitotomias. Sete pacientes (l4,3%)

foram transferidos para outros hospitais com finalidade de trata-

mento cirúrgico (tab. VIII). Três destes pacientes constam nos

registros do Hospital Governador Celso Ramos, sendo que 2 foram

submetidos a tratamento cirürgico e uma foi transferida I para

Joinville.

Oito pacientes tiveram eliminação espontânea de cálculo, du-

rante a hospitalização. -` _.. 1 _ ›. Ô . --~z-...-_... ....-_.._... ...__ _.

(24)

24

ZANETTINI & col. (Z7) relatam um índice de 76,43% de casos

~ ' ' '

nsideravelmente maior do que o obtido“

com internaçao ozrurgwoa, oo

nos casos atendidos no HU.

» _ .¬_ -‹-.

(25)

VII - CONCLUSÕES

~ A

l. Os meses de verao apresentaram a maior incidencia de Litiase

Urinária (32,6%).

2. Os pacientes da terceira á quinta década representaram 77,6%

dos casos- `

3. A queixa mais freqüente entre os pacientes litiásicos foi a

dor lombar (67,3%).

4. 59,2% dos pacientes relataram episódios anteriores de Litiase

Urinária.

5. 0 urograma excretor, utilizado em Sl casos (63,3%), foi o exa-

me mais importante para o diagnõstico definitivo de Litiase

Urinária.

6. Não houve uma busca efetiva da etiologia da litiase, através

da análise da urina de 24 horas ou da análise do cálculo.

7. Cálices, pelve renal e/ou terço proximal de ureter foram as

sedes mais freqüentes, com 60,4% do total de cálculos identi-

ficados.

8. O tempo médio de internaçao foi de l6 dias.

9. A terapêutica predominante foi a conservadora (63,3%).

l0. Faz-se necessário um protocolo visando a descoberta da causa

da Litiase Urinária e a profilaxia de sua recorrëncia, ,zzpara

(26)

VIII - BIBLIOGRAFIA

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¬› _'-A “L U .-il-~z-‹-›

(28)

Data da Internaçao NQ de Registro Nome Sexo Idade Cor Procedëncia Queixa Principal Episõdios Anteriores: Histõria Familiar: ^ Exames Complementares Ex. Radiolõgicos; Parcial de Urina: ANEXO I PROTOCOLO ) Não

) Sim Hd quanto tempo?

) Não ) Sim ) Não ) Sim ) Não ) Sim Tratamento: ( ) Conservador (~) Cirúrgico Tipo: Resultado: Cristalüria: ( ) Não ()sz'f}z

(29)

Urina de 24 horas: Análise do Cdloulo: Tempo de Internação ' Tratamento: ›»_.-.~.¬...› --¬,. -_-._ _. .. _ - 29 Não Sim Resultado: Nao Sim Resultado: Conservador Cirúrgico - Complicações Dificuldades u

(30)

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UFSC

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Título: Litíase urinária : análise

N.Cham-Tcc UFSC cc 0073

Autor: Massanares, Ademir

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Referências

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