Avaliação de pastagem de quicuio-da-amazônia (Brachiaria humidicola) sob pastejo de bubalinos.

t

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Boletim

de

P

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p

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Avaliação

de

pastagem de-

-

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Quicuio

, .

-

da

-0maz6nia

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'

.,

. . V ? -

-

2 h * , . . .=,- . .21.*, : - b , , > + -

REPIJBLICA FEDERATIVA

DO

BRASIL

Presidente : José Samey

Ministro

da

Agricultura :

Irls Rezende Machado

Empresa Brasiieire

de

Pescluisa

AgropecuBirla

-

EMBRAPA

Presidente

:

Ormiir Frtrttas Rlvaldo

Diretores :

Ali Aldersfi Saab

Derli Chaves Machado da Çitva

Frenelsco Ferrar Bezem

Chefia

do

CPATU :

Emeleocipia Botetho de Andrade

-

Chefe

Francisco José CZímara FigueTrêdo

-

Chefe AdJunta Tilcnico

BOLETIM

DE

PESQUISA N* 91

1SSN 01004102 Maio, 1988

AVALIAÇÃO

DE

PASTAGEM DE

QUICUIO-DA-AMAZÒNIA

(Brachirria

humidicola)

SO

0

PASTE

JO

DE BU BALINOS

Ari Pin heCro CarnarBo

Ermino Braga

Heriberto Antonio Marques Batista

Josá de Beito Lourenço JCnior

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

-

EMBRAPA Vinculada ao Ministério da Agrícurtura

Centro de Pesquisa Agropecuhria do Trópico Úmido

-

CPATU

AVALIAÇÃO D E PASSAGEM D E Q U I C U I O - D A - A M A Z ~ N I A

(B-aria hda3icoJLa) SOB PASTEJO DE BUBALINOS

Ari P i n h e i r o Camarão 1

E r m i n o B r a g a 2

H e r i b e r t o A n t o n i o M a r q u e s B a t i s t a 1

José d e B r i t o L o u r e n ç o J ú n i o r 1

RESUMO: Foram a v a l i a d o s d u r a n t e um ano a d i s p o n i b i l i d a d e de

f o r r a g e m , a c o m p o s i ç ã o b o t â n i c a , o consumo d e m a t é r i a s e c a ( M S )

,

a d i g e s t i b i l i d a d e " i n v i t r o " da matéria o r g â n i c a

( o I v M O ) e o s t e o r e s de p r o t e í n a b r u t a ( P B ) de q u i c u i o - d a - a m a

-

z ô n i a ( ~ r a c L Z a r i a L m i l E ~ d a ) s o b p a s t e j o d e b u b a l i n o s nas

épocas m a i s e menos c h u v o s a s no C e n t r o d e P e s q u i s a Agrapecu;

-

r i a do T r ó p i c o Ú m i d o ( E M B R A P A - C P R T U ) , Belém, PA. O consumo f o i e s t i m a d o u t i l i z a n d o ó x i d o ç r ô m i c o e a d i e t a F o i o b t i d a a t r a v e s d e b u b a l i n o s f i s t u l a d o s no e s õ f a g o . A f o r r a g e m d i s p o - n í v e l e a c o m p o s i ç ã o b o t â n i c a f o r a m d e t e r m i n a d a s p a r a l e l a m e n t e i c o l h e i t a da d i e t a , O d e l i n e a m e n t o u t i l i z a d o f o i i n t e i r ã m e n t e c a s u a l i z a d o com q u a t r o r e p e t i ç a e s . A d i s p o n i b i l i d a d é de f o r r a g e m f r a c i o n a d a em f o l h a , c a u l e e m a t e r i a l m o r t o f o i i n f l u e n c i a d a p e l a é p o c a , mas não c h e g o u a s e r d e f i c i e n t e . Os b u b a l i n o s s e l e c i o n a r a m uma d i e t a c o m p o s t a p r i n c i p a l m e n t e d e Folhas [acima de 80%). N ã o h o u v e d i f e r e n ç a s s i g n i f i c a t i v a s e n t r e os c o m p o n e n t e s da d i e t a e n t r e é p o c a s . Consumo de M S , t e o r de PB e D I V M O da é p o c a mais c h u v o s a f o r a m s u p e r i o r e s ( P 0,01). O consumo de MS f o i d e 2,41 e 1,95% d e p e s o _{v i}

_-

v o , n a s 4 p o c a s m a i s e menos c h u v o s a s , r e s p e c t i v a m e n t e . Termos p a r a i n d e x a ç ã o : O i g e s t i b i l i d a d e , consumo d e m a t é r i a s e c a , p r o t e i n a b r u t a , f i s t u l a e s o f a g e a n a . 1 2 Eng, A g r . M.Sc. E M B R A P A - C P A T U . C a i x a P o s t a l 4 8 . C E P 6 6 2 4 0 . 0 e l é r n , PA. Méd. V e t . M,Sc. P r o f e s s o r A d j u n t o d a FCAP.

EVALUATION OF Brad~kariia ~ ~ ~ l a

PASTURE UNDER WATER BUFFALO GRAZING

A B S T R A C T : A v a i l a b l e f o c a g e , b o t a n i c a l composition, d r y matter ( D N ) i n t a k e , " i n v i t r a f l o r g a n i c m a t t e r d i g e ç t i b i l i t y ( I V O M D )

and ç r u d e p r o t e i n (CP) c o n t e n t o f IrâAiaria hiiumiidicmla as

a f f e c t e d b y water b u f f a l o g r a z i n g d u r i n g the m o r e and l e s ç

r a i n y s e a s o n s were s t u d i e d d u r i n g one y e a r i n t h e C e n t r o d e

p e s q u i s a A g r o p e c u á r i a d o T r ó p i c o Ú m i d o (EMBRAPA-CPATU)

,

Belén,

S t a t e o f P a r á . DM i n t a k e was e s t i m a t e d by C r i o g , t h e d i e t carne

f r o m u a t e r b u f f a l o e s f i t t e d w i t h e ç o p h a g e a l f i s t u l a . The a v a i l

a b l e f o r a g e and t h e b o t a n i ç a l c o m p o s i t i o n w e r e e ç t i m a t e d

t o g e t h e r w i t h t h e diet s a m p l i n g . I t was utilized a c o m p l e t l y r a n d o m i z e d d e ç i g n w i t h f o u r replicatlans. A l t h o u g h f o r a g e

a v a i l a b i l i t y , f r a t i o n a t e d i n t o l e a f , stem and dead m a t t e r ,

was i n f l u e n c e d by s e a s o n , i t was not defficient. T h e s e l e c t e d

d i e t was coaiposed mainly o f l e a f (- 80%). There was no s t a t i s -

t i c a l d i f f e r e n c e among d i e t cornpanentç b e t u e e n s e a s o n s . DM

i n t a k e , CP c o n t e n t and I Y O H D f r o m t h e more r a i n y season w e r e

h i g h e r ( P 0,01). DM i n t a k e was 2,41 and 1 , 9 5 % o f t h e l i v e

w e i g h t , r e s p e c t i v e l y , f o r t h e m o r e and less r a i n y s e a s o n s . I n d e x terms: D i g e s t i b i l i t y , d r y m a t t e r i n t a k e , c r u d e p r o t e i n ,

e s o p h a g e a l fistula.

A criação d e bUfalas na Arnazonia é feita predomi n a n t e em pastagens nativas de terra inundável. Por outro

l a d o , resultados o b t i d o s p o r Moura Carvalho et al. (1982)

e Batista e t al. (1983) revelaram que estes animais

pc

dem ser c r i a d o s em pastagens cultivadas notadamente n a s de quicuio-da-amazônia ( B m c R n i a r Z a hm5ficola), arna das gramíneas mais importantes para a formação de pastagens

em t e r r a firme nessa região.

Bovinos mantidos em pastagens d e

B.

M d i u m b ,

estabelecidas em Belém-PA {Lourenço Júnior et al. 1980)

e na ilha d e Marajo-PA (Teixeira Neto & Serrão 1984) ga nharam, respectivamente, 448 e 327 g/animal/dia. ~ n t r e

t a n t o , ganhos d e 615 g e 669 g/anirnal/dia foram alcança -

Carvalho

et

al. 1982) e Baixo Amazonas-PA (Costa et al.

1987). Esses resultados expressam o v a l o r nutritivo de

B.

h m i d i c o l a em termos d e produção animal, mas não dão

i n d i c a ç ã o sobre o consumo, digestibilidade e campoçição

química da forrageira para melhor explicar as diferenças

observadas. Por exemplo, o s baixos g a n h o s d e peso d e bo

-

vinos em pastagens de

B.

BnmZdicoh estabelecidos nos

lvllanost' da Colômbia foram causados p e l o baixo consumo

de matéria seca, d e v i d o ao baixo teor de p r o t e í n a b r u t a na dieta consumida (Lascano et al. 1982).

Na Amazônia, o consumo e a digestibilidade da ma

-

téria seca da

B.

M d i c ~ 3 l a a foram determinados com car

n e i r o s em gaiolas metabólicas ( B a t i s t a et al. 1984,

cama

rão et a l a 1984a e b ) o que limita a extrapolação doi resultados para as condições de p a s t e j o .

O objetivo deste experimento f o i avaliar disponi

-

bilidade de forragem, composição botânica, consumo d e matéria seca (MS), digestibifidade "in v i t r o " da matéria orgânica (DIVMO) e teor de p r o t e í n a bruta

(PB)

d e q u i

cuio-da-amazonia sob p a s t e j o d e bubalinos, n a s épocas

mais e menos chuvosas.

O

experimento foi conduzido no Laborat8rio d e Nu

trição Animal do C e n t r o d e Pesquisa Agropecuária d o Tr:

-

p i c o Úmido (EMBRAPA-CPATU), em Belém-PA, e m 13,3 h a d e

pastagens d e quicuio-da-arnazônia estabelecidas e m 1973,

d i v i d i d a s em seis p a s t o s que variam d e 2,l a 2,3 ha. Es

sas pastagens foram submetidas a p a s t e j o rotativo pelõ

rebanho de bubalinos leiteiros, em taxa de lotação média

de 1 , 6 cab./ha, p e s a n d o o s animais em média 576 kg.

O clima é do tipo A f i , segundo a classificação de

Koppen. A F i g . 1 apresenta os dados de precipitação p l i

via1 e d e temperatura d u r a n t e o período experimental. O solo da Grea experimental 6 de baixa fertilidade, do ti

po Latossolo Amarelo f a s e pedregosa (Oxissolo)

.

O

resul

tado médio d a s análises f í s i c a e química do solo das

pas

tagens estudadas revelaram os seguintes resultados=

orgânica 2,59%, nitrogênio 0,12%, ~ a + +

+

M ~ + +

O , l S n E / l C O g ~1+++1,07 mE/100 g,

K+

19,5 ppm e

P

4 , 8 ppm.

7

Precipitoçio p luviol (mm)

-

-

-

Temperatura ('C)

-

-

-

r -

I

I

-

I m r I 1 1 I r I J F M A M J J A S O N O F f G . 1. dados de p r e c i p i t a ç ã o p l u v i a l e t e m p e r a t u r a média da á r e a e x p e r i m e n t a l . F o n t e : L a b o r a t O r i o de C l i m a t o l o g i a A g r í c o l a d a EMBRAPA-CPATU

.

Para estimar a produção de fezes foram utilizadas

quatro novilhas ( d u a s da raça Mediterrâneo, uma 718 Mur

rah

-

1/8 Mediterrâneo e u m a 3/4 Murrah

-

1/4 ~ e d i t e r z neo), com i d a d e média d e 17 meses e peso médio de 340 kg

por ocasião do inicio do experimento.

O consumo d e forragem, segundo Minson et a1. (19'761, f o i estimado utilizando-se as seguintes formulas:

C =

P.M.S.F.

x 100 100

-

DIVMO

P.M.S.F. = Dose d i á r i a do marcador Coficentração do marcador P.M.S.F. = Produção d e MS f e c a l C = Consumo diário d e MS

DIVMO = Digestibilidade I t i n vitroH da materia or _-

O óxido cromico (Cr20g) foi fornecido duas vezes por dia (As 8 e 16 h o r a s ) , em porções d e 5 g . S e t e d i a s

após o i n í c i o do fornecimento do marcador foram retira -

d o s , diariamente, d u r a n t e s e t e dias, às 8 e 16 h o r a s ,

diretamente do reto das novilhas, aproximadamente 250 g

de fezes para determinação d e cromo (Cr). Essas amostra gens foram f e i t a s d u a s vezes t a n t o na época mais chuvõ

sa (6 a 19/02 e 16 a 29/04/85) como na época menos chÜ

-

vasa (19 a 29/09' e 28/11 a 11/12/85).

Para a colheita d a dieta foram utilizados q u a t r o bubalinos ( t r ê s Mediterrâneo e um mestiço 3/4 Murrah

-

1/4 Mediterraneo), com idade media d e 17,5 meses e peso

médio de 328 kg, fistulados no es0fag0, de acordo com a

t é c n i c a descrita p o r Láu e t al. (1985). Esses animais

funcionaram apenas como amostradores d a dieta da pasta -

gem

.

As amostras da dieta d o s animais fistulados fo

rarn c o l h i d a s pela manhã, horário d e p a s t e j o natural dos bubahinos (Nascimento & L o u r e n ç o J G n i o r 1974), durante três dias consecutivos, a p ó s cerca d e 30 minhtos d e pas

-

t e j o , em cada p a s t o , no inlcio do período de ocupação

da pastagem p e l o rebanho d e bubalinos leiteiros.

A forragem ingerida foi d i v i d i d a em d u a s p a r t e s

para as análises botânica e química e , posteriormente,

r e u n i d a s e m u m a única amostra p o r animal e p o r p a s t o .

O método para determinaçzo da composição b o t â n i

ca da dieta em f o l h a , c a u l e , material m o r t o e outras p l a n t a s f o i o de separação manual, d e s c r i t o por Minson et a1. (1976).

A forragem disponível e a composição botânica fo

-

rarn d e t e r m i n a d a s paralelamente à c o l h e i t a d a dieta _{p g}

10s animais f i s t u l a d o s , cortando-se uma área util d e 0 , 2 5 m2

,

em q u a t r o l o c a i s ao acaso n a s p a s t a g e n s . Após

o corte, a forragem f o i separada e m c a u l e (caule + b a i

-

nha), f o l h a (limbo) e m a t e r i a l

morto

(material s e n e s c i

-

d o , sem discriminação d e espécies ou p a r t e s d e plmtas).

As amostras d e forragem disponíveis e da dieta

foram secas a 50°c, em e s t u f a d e ventilação forçada de

ar, Os coeficientes d e DIVMO foram determinados p e l o

& Thomas (1976), utilizando liquido rumina1 de bubali

nos da raça Mediterrâneo. O

Cr

f o i determinado em espec

trofot&tetro de absorção atômica, d e acordo com a técni

ca descrita por Williams et al. (1962), no ~ a b o r a t ó r i õ

do Centro Internacional d e Agricultura Tropical ( C I A T ) ,

na Col6mbia. 0s t e o r e s d e f i b r a detergente ácida ( F D A )

foram o b t i d o s p e l o método de Goering & Soest (1970), mo d i f i c a d o p o r Waldreen (1971), e o s t e o r e s d e proteína

b r u t a

(PB),

pelo método K j e l d a h l .

Devido aos efeitos da mastigação, contaminação

salivar e preparação d e amostras ingeridas, a DIVMO da

dieta f o i corrigida pela equação y = 4,25

+

l,003207X**,

P-=

0,01, r2 = 0,85, onde y = DIVMO corrigida e X = DIVMO o b t i d a .

O delineamento experimental utilizado f o i intei _{. -}

ramente casualizado com quatro repetlçges. As médias £o

ram comparadas p e l o teste de Tukey, ao nível de signifi

_-

cância d e um p o r cento.

RESULTADOS

E

DISCUSSÃO

A Tabela 1 apresenta a disponibilidade de f o r r a gem fracionada ( f o l h a , caule, material morto) e total:

n a s duas épocas. A disponibilidade de f o l h a , d e c a u l e

e t o t a l foi maior ( P - = 0,Ql) na época mais chuvosa, sen

do a quantidade d e material morto, componente i n d e s e j a

_-

vek da forrageira para a alimentação animal, superior na época menos chuvosa. As quantidades de folhas n a s

épocas mais e menos chuvosas foram, respectivamente, 6,92 e 4,01 kg de ~ S / 1 0 0 kg d e peso v i v o / d i a , e ficaram um pouco acima do mínimo requerido p a r a o consumo d e bo

vinos em p a s t e j o , que é de 4

-

6 kg MS/100 kg de ~ ~ / d i ã

(Mott 1980).

A composição b o t â n i c a da d i e t a dos bubalinos é

mostrada n a Tabela 2. Observa-se que os a n i m a i s s e l e c i o _-

naram uma d i e t a composta principalmente de f o l h a s (aci

m a d e 8 0 % ) . Não houve d i f e r e n ç a s si&f?~tivas (P=- 0,017

nas percentagens dos componentes da dieta entre as duas

TABELA 1- Disponibilidade de forragem em pastagem de quicuio-da-amazônia sob p a s t e j o de bubalinos,

em d u a s épocas, em Belgm-PA.

F o l h a Caule lugterial morte T o t a l

Mais chuvosa 6, 9za 6 , 57a 2,56 1 6 , 0 5 ~

Menos chuvosa

As rnedías seguidas da mesma letra na v e r t i c a l nãa dife

rem estatisticamente, d e acordo com o teste de ~ u k e ~ ;

ao nível d e probabilidade de P 0,01. MS = matéria seca

PV = peso vivo

TABELA 2- Composição botânica da dieta de bubalinos em

pastagem de quicuio-da-amazônia, em Belém-PA.

F a l h a Caule Material

niwrt;o plm*

Mais chuvosa 81 ,41a 13

.

37a 2,11a 3,11a

Menos chuvosa

-- -- -.

As médias seguidas da mesma letra na vertical não d i f e

r e m estatisticamente, de acordo com o teste de ~ u k e ~ , ao nível de probabilidade d e

P

-= 0,01.

MS = matéria seca 1

Constituído principalmente p e l a s espécies P m B w s p . ,

O teor de PB da dieta na época mais chuvosa f o i superior ( P 0,01) ao na época menos chuvosa (Tabela 3 )

e ficaram acima da teor crítico necessário para que ha

ja balanço positivo de nitrogênio, o qual varia de

5,3

TABFLA 3- Teores de f i b r a detergente ácida ( F D A ) , _Pr$

t e i n a bruta

(PB)

e digestibilidade "in vitroH

da matéria orgânica (DIVMO) da dieta d e buba

_-

linoç e m pastagens d e quicuio-da-amazônia, em

Belém-PA

.

Época

FDA

PB

DIVMO

-

% d a MS

-

-

% d a

M O

-

Mais chuvosa 41,02~ 9, ~5~ 5 6 . 1 2 ~ Menos chuvosa 43, 13a 6,81 b 46, 96b

As m é d i a s seguidas da mesma letra na vertical não dife

rem estatisticamente, de acordo com o teste de ~ u k e ~ ;

ao nível d e probabilidade d e Pz: 0,01.

A DIVMO na época mais chuvosa foi superior a na

menos chuvosa, ocorrendo o inverso com os teores de

FDA

( T a b e l a 3 ) .

Em

Quilichao, na Colômbia, foi obtida d i g e s

tibilidade d a MS, n a s épocas de chuva e seca, respecti

vamente, de 53,6 e 50,4%,

em

experimento de p a s t e j o com

bovinos utilizando a mesma graminea (Centro Internacio

_-

nal de Agricultura Tropical 1983). Naquele mesmo paZs,

em pastagens d e

B.

Baddicolaa e s t a b e l e c i d a s nos "liam",

Lascano et al. (1982) encontraram digestibilidade da MS

média de 55,9%.

A Tabela 4 apresenta o consumo de MS, expresso em percentagem do peso v i v o e em peso metabólico. Veri fica-se que o consumo diminuiu significa-t;ivamte ( P ~ O , 01r na época menos chuvosa, em relação 2 mais chuvosa. Este fato ocorreu devido, principalmente, à diminuição nos teores de PB e DIVMO e aumento nos teores de

FDA,

haja vista que não houve d g f i c i t de forragem.

Os ganhos de peso dos a n h a i s nas épocas mais e menos chuvosas, respectivamente, de 516 e 370 g/animal/ dia, f o r a m , d i f e r e n t e s ( P - = 0,011, da mesma forma como

ocorreu com os teores dos parârnetrús do valor n u t r i t i v o

TABELA 4- Consumo de matéria seça (MS] por Zsubalinos-em pastagens de quicuio-da-amazônia, em Belém-PA.

Mais chuvosa 2,41a 77, 2sa

Menos chuvosa

As médias seguidas da mesma letra na vertical não d i f e

rem estatisticamente, de acordo com o t e s t e de ~ u k e ~ y

ao nível de probabilidade de P c 0,Ql.

MS = materia seça

PV = peso vivo

Os consumos médios d e MS observados no período

mais e menos chuvoso, d e 77,25 e 61,84 g de

d i a , e q u i v a l e n t e a 2,41 e 1,95% do

PV,

são superiores aqueles o b t i d o s com bovinos em pastagens de B. PmmiaEco -

h,

que variam de 43,2 a 58,6 g d e MS/kg ( ~ e n

tro Internacional de Agricultura Tropical 19831, e 1,3i a 1,60% do peso vivo (Lascano et al. 1982, Hoyos & Las

-

cano

1985). No e n t a n t o , são inferiores aos obtidos com

bovinos em pastagens de capim jaraguá a&-( d a )

e colonião ( B d c u m ~ r e s p e c t i v a m e n t e , de 80,O

e 9 5 , 5 g de ~ ~ / k ~ ' ~ ~ ~ / d i a (Gomide et al. 1984).

Os consumos de MS o b t i d o s nos períodos mais e me -

nos chuvosos estão dentro da amplitude (1,5 a 2,5% do

peso vivo) citada p o r Kurar & Mudgal (1980) para bubali -

nos. Pevendra (1983) relata q u e o consumo de MS de for -

rageiras p r b ú f a l o s d o p â n t a n o variou d e 6 3 , O a 69,O g

de MS/kg

dia,

p o r t a n t o próximo dos valores o b t i d o s

n e s t e t r a b a l h o .

De

acordo

com os r e s u l t a d o s o b t i d o s n e s t e traba -

Lho pode-se

c o n c l u i r :

-

A disponibilidade de forragem, o consumo deMS,

E.

-&icmh foram influenciados pela época;

-

A diminuição do consumo de MS na época menos chuvosa

f o i

ocasionada principalmente pela redução do

teor de

PB e

de

DIVMO

da dieta e p e l o aumento d o teor

de

FDA

e não p e l o déficit d e forragem,

B A T I S T A , H.A.M.; CAIARAO, A.P.; LOURENCO JÚNIOR. J. de B. E JESUS, H.

i. , T V S u p l e m e n t a ç i i o a l i m e n t a r d e fêmeas b u b a l i n a s l e i t e i r a s . ItXalt.

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