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Aula 8 - Gastos públicos

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Academic year: 2021

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(1)

Universidade Federal Fluminense - UFF

Departamento de Ciências Econômicas de

Campos

(2)

MODELOS DE GASTOS PÚBLICOS

Os gastos públicos (GP) envolvem grande

complexidade.

Há alguns trabalhos sobre os GP que

buscaram examinar a evolução mediante a análise do bem-estar ou algumas teorias do crescimento econômico.

(3)

Podemos citar dois tipos básicos de modelos:Modelos macroeconômicos

A lei de Wagner

O estudo de Peacock-Wiseman

Processo de desenvolvimento e o crescimento

dos GP

Modelos microeconômicos

Relaciona o aumento dos GP com os

(4)

Modelos macroeconômicos dos Gastos

Públicos

Lei de Wagner:

Lei de Expansão das Atividades

do Estado (baseada em observações empíricas) -

gastos cresceriam mais rápido do que a renda nacional.

Então, com base em dados empíricos, Wagner

(5)

Quando a Produção “Per Capita” aumentava

Atividades do Estado

(6)

Portanto, os gastos públicos aumentavam em

proporções superiores ao produto

OE Reflete a taxa de expansão do crescimento dos gastos públicos Gastos Públicos (G) Produção (Y) Ge =αYB

(7)

TRÊS ARGUMENTOS PRINCIPAIS

1.

EXPANSÃO DAS ATIVIDADES DO ESTADO

EM SUBSTITUIÇÃO ÀS ATIVIDADES PRIVADAS:

I. Processo de industrialização Legislação

II.Crescimento populacional

(8)

2.

IMPACTOS NOS GASTOS PÚBLICOS

DECORRENTES DA EXPANSÃO CULTURAL E DO BEM-ESTAR:

I. Educação

II.Saúde

III.Distribuição de renda

IV.Lazer, etc.

Bens superiores ou elástico em relação à

(9)

GASTOS PÚBLICOS

+

RENDA REAL DA ECONOMIA

AUMENTARÁ A RELAÇÃO GASTOS POR PIB DEVIDO A ELASTICIDADE-RENDA

(10)

3. MUDANÇAS TECNOLÓGICAS + ESCALA

CRESCENTE DE INVESTIMENTOS

SURGIMENTO DE

MONOPÓLIOS PRIVADOS

NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DO ESTADO PARA GARANTIR A EFICIÊNCIA ECONÔMICA

(11)

ESTUDO CLÁSSICO DE PEACOCK e WISEMAN (1967)

SOBRE O CRESCIMENTO DOS GASTOS PÚBLICOS

Baseado na evolução dos gastos públicos

no Reino Unido (1890 – 1955)OBJETIVOS:

Introduzir novas informações estatísticas;Relacionar essas estatística com a história

econômica do Reino Unido;

Analisar o comportamento dos gastos públicos, segundo o contexto histórico;

Formular hipóteses com relação a outros países.

(12)

ESTABELECERAM DUAS PROPOSIÇÕES

BÁSICAS:

I. Valores “per capita”dos gastos totais x PIB;

II.Crescimento dos gastos públicos x períodos de distúrbios sociais.

CONSTATAÇÕES (PEACOCK E WISEMAN): I. Total dos gastos do governo havia crescido

relativamente mais rápido do que o PIB;

II.Nível dos gastos foi afetado pelas duas guerras

mundiais => variações, denominadas de “EFEITO

(13)

III. Gastos aumentaram significativamente nos períodos de guerra;

IV. Após esses períodos, o crescimento dos gastos seguiria um caminho normal, num nível superior ao anterior à guerra;

(14)

TRÊS CORRENTES DE PENSAMENTOSITUAÇÕES DOS GASTOS PÚBLICOS

ANTES E DEPOIS DO PERÍODO DE GUERRA

(15)

Gastos públicos retornam ao caminho e ao

(16)
(17)

Após o período de guerra, os gastos públicos

seguiriam um novo padrão de crescimento, acompanhando o acréscimo ocorrido no período de guerra. (as interpretações das análises de Peacock e Wiseman favoreceriam esta situação)

(18)
(19)

Há um temporário aumento dos gastos civis

após a guerra, sendo que depois de determinado tempo, o nível de crescimento dos gastos públicos alcança novamente o padrão de crescimento anterior à guerra.

(20)

MODELOS DE DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO

DOS GASTOS PÚBLICOS

MODELOS:

Associam crescimento dos gastos públicos

com estágios de crescimento do país.

MUSGRAVE

ROSTOW

(21)

MUSGRAVE

I. Estrutura do setor público variará de acordo com o estágio de desenvolvimento (medido pelo crescimento da renda “per capita”);

II.Formação bruta de capital pelo setor público: importante nos primeiros estágios de desenvolvimento e crescimento econômico do país;

III.Nesses estágios é bastante significativa a proporção do investimento público em relação ao investimento total.

(22)

 RAZÕES:

I. Necessidade de grandes investimentos em infra-estrutura econômica e social: transporte, saneamento, educação, estradas, administração pública, etc;

(23)

OBJETIVOS:

I.Desenvolvimento;

II.Alcançar estágio intermediário de

desenvolvimento.

2º MOMENTO: Setor público passa a completar a

iniciativa privada.

3º MOMENTO (últimos estágios de

desenvolvimento): A relação Investimento

Público / Investimento Total volta a crescer

devido ao “peculiar estágio de renda e suas necessidades de capital”.

(24)

ROSTOW (1964) identificou cinco etapas

para o processo de desenvolvimento econômico:  Sociedade tradicional;

Pré-condição para o arranco (refere-se às sociedades em processo de transição);

Arranco;

Marcha para maturidade; Consumo de massa.

(25)

ROSTOW também fez a associação entre

gastos públicos e estágios de desenvolvimento;

A relação Gasto Público / PIB volta a crescer

nos últimos estágios de crescimento devido aos gastos de investimentos nos “SERVIÇOS SOCIAIS”, que crescerão relativamente mais que outros itens de gastos.

(26)

HERBER

Desenvolveu a Lei de Wagner;

Analisou a associação entre o crescimento

dos gastos públicos e os estágios de industrialização.

(27)

Estágio de Maturidade Gastos Públicos Estágios Período Pós-industrial Período de industrializaç ão Período Pré-industrial

(28)

PERÍODO PRÉ-INDUSTRIAL:

 Participação mais ativa em áreas básicas para o processo de industrialização

PERÍODO DE INDUSTRIALIZAÇÃO

(ESTÁGIO DE MATURIDADE):

 Nível de gastos públicos estável, mesmo que haja elevação da renda.

(29)

PERÍODO PÓS-INDUSTRIAL:

 Aumento dos gastos públicos para que a

economia e o país alcancem novo período de industrialização num nível de renda superior àquele do estágio anterior.

(30)

MODELO: NÃO SE PREOCUPA COM A

EFICIÊNCIA DA OFERTA OU COM O EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO

(31)

MODELOS MICROECONÔMICOS DOS GASTOS

PÚBLICOS

BUSCAM MOSTRAR OS FATORES QUE

DETERMINAM E INFLUENCIAM A PRODUÇÃO E A OFERTA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS.

Eles procuram analisar as variações nas demandas

pelos vários serviços prestados pelo Setor Público.

Para explicar essas variações, utilizam-se: VARIÁVEIS ECONÔMICAS

VARIÁVEIS POLÍTICASVARIÁVEIS SOCIAIS

(32)

DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE PRODUÇÃO

 A OFERTA de bens públicos obedece a uma

DEMANDA feita pela sociedade.

A curva de oferta do bem público é representada

pelo custo marginal (CMg) e a demanda por D.

 As alterações nos níveis de produção e nos preços

dos bens públicos podem ser apresentadas na forma gráfica abaixo.

(33)

Uma expansão da DA elevaria os custos e os preços e a quantidade ofertada. Assim, elevando os gastos do governo.

(34)

Fatores responsáveis pelo aumento dos gastos

1. AUMENTO DOS GASTOS EM FUNÇÃO DA DETERIORAÇÃO DOS SERVIÇOS

Exemplo: Existe uma estrutura policial

(número de policiais, viaturas, ....) determinada de acordo com o cenário existente de crimes.

Então:

UM AUMENTO DA CRIMINALIDADE ==>

READEQUAÇÃO DA ESTRUTURA POLICIAL ==> AUMENTO DOS GASTOS

(35)

2. AUMENTO DOS GASTOS PÚBLICOS EM

RAZÃO DE VARIAÇÕES DEMOGRÁFICAS

O ACRÉSCIMO ABSOLUTO DA POPULAÇÃO promove o aumento da demanda por bens

públicos (serviços de segurança, saúde,

educação,...), elevando os gastos do governo. Mas isso depende da natura do bem.

Questão dos bens públicos puros (cmg = 0). Não se altera na medida que houver variação

(36)

DISTRIBUIÇÃO DA FAIXA ETÁRIA

 SOLUÇÕES E NECESSIDADES

DIFERENCIADAS

O aumento do gasto público é consequencia do

aumento da população e de sua distribuição etária.

 Exemplo:

 Maior predominância de jovens

maiores gastos com educação.

 Maior predominância de pessoas idosas

(37)

3. CUSTO DOS FATORES DO SETOR PÚBLICO E GASTOS PÚBLICOS

Até agora vimos que, o AUMENTO DA

DEMANDA => AUMENTO DA OFERTA => AUMENTO DOS GASTOS.

Agora, temos que o AUMENTO DOS GASTOS

PÚBLICOS SEM QUE HAJA ALTERAÇÃO NA QUANTIDADE DOS BENS E SERVIÇOS OFERECIDOS.

(38)

RAZÕES

 INEXISTÊNCIA DE VANTAGENS DE

CRESCIMENTO VIA PRODUTIVIDADE

 ECONOMIAS DE ESCALA

(39)

BAUMOL (1967) DIVIDIU A ECONOMIA EM DOIS SETORES:

 SETOR PROGRESSIVO

(40)

SETOR PROGRESSIVO

O TRABALHO É UM INSTRUMENTO PARA SE OBTER

UM PRODUTO FINAL ==> PODE SER SUBSTITUÍDO FACILMENTE POR CAPITAL

EXISTE AUMENTO CUMULATIVO DA

PRODUTIVIDADE POR HOMEM / HORA ATRAVÉS DE:

ECONOMIAS DE ESCALA E MUDANÇAS

(41)

SETOR NÃO PROGRESSIVO

Um exemplo de setor não progressivo é a indústria de serviços,

como o exercido pelo governo, que tem como característica básica o trabalho intensivo na sua produção.

O trabalho representa em si mesmo grande parte do produto final

que esta sendo consumido.

O trabalho é dificilmente substituído pelo capital sem afetar a

natureza do produto (serviço).

O TRABALHO INTENSIVO NA PRODUÇÃO NO SETOR NÃO

PROGRESSIVO PROMOVE AUMENTOS MODESTOS DE PRODUTIVIDADE.

AUMENTO DO CUSTO UNITÁRIO SERÁ PROPORCIONALMENTE

(42)

COMO O TRABALHO INTENSIVO NA PRODUÇÃO NO

SETOR NÃO PROGRESSIVO PROMOVE AUMENTOS MODESTOS DE PRODUTIVIDADE.

ENTÃO, GANHOS DE PRODUTIVIDADE E SALÁRIOS SÃO INFERIORES AO DO SETOR PROGRESSIVO.

ISSO LEVA A UMA TENDENCIA DO TRABALHADOR SAIR DO SETOR NÃO PROGRESSIVO E IR PARA O SETOR PROGRESSIVO.

MESMO PARA OS QUE FICAM, OS SALÁRIOS ENTRE OS SETORES TENDE A MOVEREM JUNTOS.

PORÉM, A MENOR PRODUTIVIDADE DO SETOR NÃO PROGRESSIVO TERA UM MAIOR CUSTO DE OPORTUNIDADE, PORQUE SUA PRODUTIVIDADE É MENOR.  COMO O SETOR PUBLICO O TRABALHO REPRESENTA O

PRODUTO FINAL, ELE É DEFINIDO COMO UM SETOR NÃO PROGRESSIVO, E ASSIM, TERÁ AUMENTOS NOS CUSTOS VIA SALARIOS.

(43)

REFERÊNCIAS

RIANI, F. Economia do setor público: uma

abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 1997.

Referências

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