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O uso da variável-r para identificação das principais etapas da transição demográfica no Brasil

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O uso da variável-r para identificação das principais etapas da transição

demográfica no Brasil

Luana Junqueira Dias Myrrha

Pamila Cristina Lima Siviero

Simone Wajnman

Palavras-chave: Taxas Específicas de Crescimento; Envelhecimento Populacional; Mortalidade;

Fecundidade

RESUMO

O método da variável-r, proposto por Horiuch & Preston (1988) é uma maneira alternativa de se analisar o processo da mudança da estrutura etária de uma população, bem como de observar as possíveis “marcas” deixadas pela história demográfica de cada coorte. Neste trabalho, seguindo os padrões simulados pelos autores, analisamos as informações contidas nas taxas de crescimento por grupos de idade quinquenais, obtidas comparando-se os Censos de 1970, 1980, 1991 e 2000, como forma de identificar as principais mudanças históricas que ocorreram nas variáveis demográficas no Brasil. Nos resultados, identificamos a fase de início da queda da mortalidade, nos anos quarenta, o período do início de redução da natalidade, nos anos sessenta, e o provável efeito do afluxo de imigrantes internacionais jovens adultos no segundo quinquênio dos anos quarenta (pós-guerra). Vale notar, ainda, que o exame dos perfis das TECs auxilia diretamente no entendimento de como as variáveis demográficas concorrem para o envelhecimento da estrutura etária. Nesse sentido, percebe-se que as informações das taxas específicas de crescimento, as quais são facilmente extraídas das informações censitárias, são bastante informativas com relação à história demográfica das coortes. Portanto, conclui-se que essa é uma forma alternativa de se conhecer a história demográfica de uma população sendo de grande utilidade em populações cujas taxas vitais não são confiáveis ou indisponíveis.

Trabalho apresentado no XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Águas de Lindóia/SP – Brasil, de 19 a 23 de novembro de 2012

Doutoranda em Demografia. Departamento de Demografia e Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR/UFMG). Professora Assistente II do Departamento de Estatística / UFRN (luana@ccet.ufrn.br) ♣

Doutoranda em Demografia. Departamento de Demografia e Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR/UFMG). Professora Assistente I da UNIFAL (pamila@cedeplar.ufmg.br)

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O uso da variável-r para identificação das principais etapas da transição

demográfica no Brasil

Luana Junqueira Dias Myrrha

Pamila Cristina Lima Siviero

Cássio Maldonado Turra

Simone Wajnman

1. INTRODUÇÃO

A principal característica de uma população estável é o fato de que todos os grupos de idade crescem a uma mesma taxa e a estrutura etária não se altera ao longo do tempo. Por conseguinte, a não estabilidade de uma população pode ser prontamente identificada por meio de taxas de crescimento distintas entre os grupos etários. Mais interessante é que a função de taxas específicas de crescimento por idade observada pode ser utilizada para identificar os processos que causaram as mudanças na dinâmica demográfica.

De fato, o conjunto de taxas específicas de crescimento populacional por grupos de idade calculadas para um intervalo de tempo curto – o intervalo intercensitário, por exemplo, - carrega todas as informações sobre as mudanças demográficas ocorridas desde o nascimento da mais velha das coortes que está sendo observada (o grupo de idade mais elevada) até o presente. Quanto mais elevado é o grupo de idade para o qual se calcula a taxa de crescimento, maior é a carga de informações históricas contida nessa medida. Por conter toda essa riqueza informações, e por serem, ao mesmo tempo, facilmente observáveis, não é de se estranhar que as taxas específicas de crescimento populacional por idade já tenham sido exploradas para uma série de propósitos.

Preston e Coale (1982) demonstraram que as mesmas relações que conectam as funções demográficas na teoria das populações estáveis podem ser generalizadas para quaisquer conjunto de taxas específicas de crescimento por idade e, assim, abriram caminho para várias aplicações. A mais direta delas é a identificação de padrões históricos de mudança no comportamento da fecundidade, mortalidade e migrações, como em Horiushi e Preston (1988). Mas os chamados métodos da variável-r têm sido também utilizados para adaptar informações obtidas num intervalo de tempo no qual a população não é estacionária para predizer o comportamento de uma coorte. Preston e Coale (1982) mostraram também que com apenas as taxas específicas de crescimento observadas e a distribuição observada dos nascimentos segundo idade das mães, é possível estimar com precisão a taxa líquida de reprodução de uma população, e essa alternativa metodológica foi aplicada por Cai (2008) para certificar o nível de fecundidade reportado nas

Trabalho apresentado no XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Águas de Lindóia/SP – Brasil, de 19 a 23 de novembro de 2012

Doutoranda em Demografia. Departamento de Demografia e Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR/UFMG). Professora Assistente II do Departamento de Estatística / UFRN (luana@ccet.ufrn.br) ♣

Doutoranda em Demografia. Departamento de Demografia e Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR/UFMG). Professora Assistente I da UNIFAL (pamila@cedeplar.ufmg.br)

Professor Adjunto do Departamento de Demografia / CEDEPLAR / UFMG.(turra@cedeplar.ufmg.br)

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estatísticas chinesas do início deste século. Com base no mesmo método, Preston e Wang (2007) estimaram o efeito da migração internacional nas taxas de crescimento de longo prazo de vários países do mundo, e Javique et al. (2012) estimaram este mesmo efeito para Cuba, identificando, separadamente os efeitos da migração interna e internacional.

Neste trabalho, seguindo os padrões simulados por Horiuch e Preston (1988), analisamos as informações contidas nas taxas de crescimento por grupos de idade quinquenais, obtidas comparando-se os Censos de 1970, 1980, 1991 e 2000, como forma de identificar as principais mudanças históricas que ocorreram nas variáveis demográficas no Brasil. Nas próximas seções, primeiramente, revisamos as principais etapas do processo de transição demográfica brasileira, em seguida descrevemos o método e os dados utilizados e passamos, então, à análise dos resultados extraídos pelo uso da variável-r.

2. ANTECEDENTES

As transformações demográficas ao longo das distintas fases da transição demográfica brasileira já foram bem documentadas na ampla literatura que estabeleceu alguns fatos básicos que podem ser descritos, de forma bastante sucinta, como se segue. No período de 1940 a 1970, a redução do nível da mortalidade teve como conseqüência o rápido declínio da taxa bruta de mortalidade (TBM), em relação à taxa bruta de natalidade (TBN), o que acelerou o crescimento populacional brasileiro. A partir da década de 1970, a taxa de crescimento populacional continuou a crescer, embora em ritmo declinante, devido à redução rápida e generalizada do nível da fecundidade. Entretanto, neste período, a TBN não reduziu o seu valor na mesma proporção do declínio do nível da fecundidade, uma vez que um número crescente de mulheres de coortes anteriores à queda da fecundidade ainda chegava à idade reprodutiva. Consequentemente, as taxas de crescimento correntes não sofreram por completo o impacto do declínio da fecundidade (MOREIRA & CARVALHO, 1992). Esse fenômeno, conhecido como inércia populacional, juntamente com a redução da TBM, manteve a taxa de crescimento ainda bastante elevada: enquanto a taxa de fecundidade total (TFT) caiu 25,9%, a taxa de crescimento reduziu-se apenas em 14%. Um declínio mais significativo na taxa de crescimento, de 21%, foi observado somente no período entre 1980 e 1991(CARVALHO, 2004). As estimativas com base no Censo Demográfico de 2000, de Wong e Carvalho (2006), apontam para a continuidade do declínio sustentado da fecundidade e sugerem que a mortalidade continuará caindo em todas as idades, havendo, porém, um maior declínio nas idades mais avançadas. Ambas as tendências aceleram o processo de mudanças na estrutura etária brasileira, envelhecendo a população.

Com relação à migração internacional, de acordo com Baeninger (2003), o Brasil vivenciou três ondas de imigração estrangeira: a primeira onda (de 1880 a 1903) é consequência da implantação da cultura do café que atraiu os imigrantes europeus; a segunda onda (de 1904 a 1930) foi pós Primeira Guerra Mundial e os imigrantes eram de origem Italiana, Polonesa, Rússia e Romana; e a terceira onda (1930-1953) foi direcionada ao setor industrial que atraiu os japoneses entre 1932 a 1935 e novas imigrações espanholas, gregas e sírio-libanesas entre 1953-1960.No entanto, essa migração reduziu progressivamente após 1930.

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Por outro lado, entre 1980 e 1990, o Brasil experimentou uma perda líquida de aproximadamente 1,6% da população com mais de 10 anos de idade (CARVALHO, 1996). Na década de 1990, de acordo com os estudos de Carvalho e Campos (2006), o SM internacional do Brasil foi consideravelmente menor do que na década anterior, apenas 0,4% da população total, mas permaneceu negativo, uma vez que o número de emigrantes brasileiros continuou mais elevado do que o número de imigrantes. Carvalho e Campos (2006) acreditam que a redução da perda líquida populacional do Brasil, da década de 1980 para a de 1990, se deve principalmente à queda da emigração de brasileiros para o exterior. Apesar desses valores, Wong e Carvalho (2006) afirmam que o volume da migração internacional no Brasil é pouco expressivo em termos proporcionais devido ao elevado tamanho da população residente no país. Consequentemente, o impacto da migração sobre as mudanças da estrutura etária brasileira é considerado muito pequeno e, por isso, a maioria dos estudos não incorpora esse componente.

Aqui chamamos atenção para o fato de que a maioria dos estudos que descreveu a transição demográfica brasileira procurou associar as mudanças na estrutura etária - variação da proporção de pessoas em cada idade – com as mudanças nos níveis das taxas vitais, em alguns casos sugerindo o papel de cada uma das componentes demográficas no processo (MOREIRA, 1997; CARVALHO & GARCIA, 2003; CARVALHO, 2004; CAMARANO, 2006; DIAS JÚNIOR & COSTA, 2006; WONG & CARVALHO, 2006; CARVALHO & WONG, 2008, MYRRHA et al 2009). O declínio da fecundidade é considerado o principal responsável pela mudança da estrutura etária brasileira, ao passo que atribui-se papel secundário ao declínio da mortalidade, assim como um impacto muito pequeno, praticamente nulo, é atribuído à migração internacional.1

Em um dos poucos estudos que explicita o intuito de mensurar a contribuição dos componentes da dinâmica demográfica sobre mudanças na estrutura etária brasileira, Moreira (1997) simulou cenários para a população estável2

1

Apesar de apresentar saldos negativos concentrados em idades jovens, o impacto da migraçao internacional sobre o processo de envelhecimento populacional brasileiro é considerado muito pequeno devido, principalmente, ao volume populacional do país (WONG & CARVALHO, 2006).

, com o intuito de predizer o impacto da mortalidade e da fecundidade sobre os indicadores de envelhecimento, demonstrando que o declínio da mortalidade tem um efeito rejuvenescedor na estrutura etária da população, quando os níveis de fecundidade são elevados, ao passo que esse efeito é inverso quando os níveis da fecundidade são baixos. Por outro lado, o declínio da fecundidade contribui positivamente para o envelhecimento populacional, independentemente dos níveis de mortalidade. Nessa mesma linha, cabe destacar também Bercovich e Madeira (1990; 2004), que, para analisar as variações no ritmo de crescimento da população em idade de entrada no mercado de trabalho brasileiro, aplicaram o método sugerido por Keyfitz (1988) para localizar as descontinuidades demográficas representadas pelas mudanças bruscas no tamanho de coortes sucessivas, como consequência de variações dos componentes da dinâmica demográfica.. Adicionalmente, Muniz (2002) procurou evidenciar o efeito das descontinuidades demográficas dos jovens, destacadas por Bercovich e Madeira (1990), nas variáveis macroeconômicas, tais como taxas de desemprego e ocupação dos jovens em algumas regiões metropolitanas do Brasil.

2

COALE, A.J.; DEMENY, P.G. Regional model life tables and stable populations. 2. ed. New York: Academic. 496p. (Studies in population), 1983.

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Cabe destacar, ainda, o trabalho de Fígoli e Wong (2003), o qual considerou o efeito dos componentes da dinâmica demográfica no tamanho e na composição da população final de cinco países da América Latina. Nesse sentido, os conceitos de Inércia Demográfica e de Momento Populacional foram utilizados para avaliar o crescimento populacional dos países em questão, pressupondo o tempo que a população necessitará para que a fecundidade alcance o nível de reposição. O exercício teórico das autoras evidenciou que o processo de envelhecimento de uma dada população, a qual alcança a situação de reposição, depende dos níveis de mortalidade, bem como do tempo necessário para que a fecundidade alcance níveis reduzidos.

Myrrha et al (2009) também fez o esforço de mensurar a contribuição de cada componente da dinâmica demográfica sobre o processo de envelhecimento populacional brasileiro. Os autores utilizaram a variação da idade média da população como um indicador de envelhecimento e consideraram a população fechada a migração para cada período quinquenal compreendido entre 1950 e 2100. Para os anos superiores a 2000, eles utilizaram a projeção populacional feita pelo Cedeplar, cenário BR1. Na primeira análise, os autores contabilizam a variação da idade média da população em função do envelhecimento natural, do efeito dos nascimentos e do efeito dos óbitos. Na segunda análise, a variação da idade média é descrita por meio da função das taxas específicas de crescimento as quais, por sua vez, podem ser decompostas em função das mudanças nas taxas de fecundidade, mortalidade e migração. Em resumo, o estudo demonstra que as mudanças da fecundidade apresentam um papel mais importante em relação ao efeito das mudanças na mortalidade sobre o processo de envelhecimento populacional brasileiro na maioria dos períodos em estudo. No entanto, os resultados também sugerem que a mortalidade vem ganhando um papel cada vez mais importante neste processo.

.

Neste trabalho, seguindo passos indicados por Horiushi e Preston (1988), descritos na seção que se segue, utilizamos funções de taxas de crescimento por idade observadas em períodos recentes para detectar os principais fatos que marcaram a história demográfica da população brasileira no século vinte.

3. METODOLOGIA E FONTE DE DADOS

O método de análise empregado neste trabalho é muito simples. Trata-se de analisar as mudanças demográficas das últimas décadas no Brasil, por meio da inspeção do conjunto de taxas específicas de crescimento populacional, de forma a mapear as possíveis “marcas” deixadas pela história de cada coorte, como proposto por Horiuch & Preston (1988). Essas informações têm sido muito pouco utilizadas, apesar de estarem amplamente disponíveis; com apenas o número de pessoas em cada idade em dois pontos no tempo, as taxas de crescimento podem ser diretamente calculadas.

O número de pessoas por grupo etário e período utilizado para o cálculo das taxas específicas de crescimento (TECs) é proveniente dos censos demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000, os quais foram obtidos no sítio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As TECs

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foram calculadas com base na Equação de crescimento exponencial (1) que assume uma taxa de crescimento populacional constante no intervalo de tempo em estudo (Preston et al, 2001):

n t N n t N n t t a r a a       + = + ( ) ) ( ln ) / , ( (1)

onde r(a,t) é taxa de crescimento do grupo etário a, Na(t) é a população do grupo etário a no período (t), Na(t+n) é a população do grupo etário a no período (t+n), e n é o período inter-censitário.

Horiuchi & Preston (1988) apresentam alguns conjuntos hipotéticos de funções de taxas específicas de crescimento que correspondem a cenários estilizados de mudanças demográficas, descrevendo, assim, um padrão típico de curvas de taxas específicas de crescimento para cada tipo de mudança demográfica isoladamente.

Tendo como ponto de partida uma população estável hipotética, os autores simularam três cenários alternativos de declínio da mortalidade (moderado, rápido e declínio interrompido 30 anos após seu início), mantendo fecundidade constante, e um cenário com declínio da fecundidade, mantendo mortalidade constante. Reproduzimos aqui os resultados do primeiro cenário de queda da mortalidade (declínio moderado) e o de queda da fecundidade, uma vez que eles representam referências claras para a interpretação dos perfis de taxas específicas de crescimento observados para a população brasileira.3

Com uma tabela de vida do Modelo Oeste, expectativa de vida de 40 anos, fecundidade constante e população fechada a migrações, no primeiro cenário, simulou-se o efeito puro de um declínio da mortalidade contínuo, a um ritmo de 0,5 ano de ganho na esperança de vida ao nascer por ano calendário. Neste cenário de declínio moderado da mortalidade, as curvas de taxas específicas de crescimento foram observadas em quatro períodos: 10 a 15 anos, 25 a 30 anos, 45 a 50 anos e 70 a 75 anos após o início da mudança. A Figura 1 apresenta os resultados produzidos com base em quatro curvas, uma para cada período de observação. Ao longo do tempo, as taxas específicas de crescimento aumentam para todas as idades, havendo, no entanto, uma mudança significativa no perfil da curva. No período de 10 a 15 anos após o início do declínio, identifica-se um perfil em forma de U. Seguindo a estrutura típica da função de mortalidade por idade, este padrão corresponde ao fato de que as crianças que nascem ou que ainda estão na primeira infância logo após o declínio da mortalidade tendem a ser fortemente afetadas e os adultos também são crescentemente afetados, à medida que a idade é mais elevada. Os menos beneficiados pelo declínio são as crianças que tinham entre 5 a 9 anos quando do início da mudança. Com a extensão dos ganhos de longevidade no primeiro ano de vida para todas as novas coortes e o envelhecimento das primeiras coortes beneficiadas, o perfil vai se tornando mais horizontal. Vale notar que a taxa de crescimento permanece elevada para a coorte que primeiro se beneficiou da redução da mortalidade infantil, relativamente às coortes mais jovens, uma vez que, com a continuidade do processo de declínio da mortalidade, os ganhos de longevidade no primeiro ano de vida se tornam menos substantivos. Além disso, é entre os mais velhos que vão se concentrar as maiores taxas de crescimento, em função do padrão de ganhos

3

Os detalhes de cada cenário, bem como o padrões gráficos para os cenários de queda rapida e queda interrompida da mortaldiade podem ser vistos em Horiushi e Preston 1988, 433-35)

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de longevidade se tornar cada vez mais restrito às idades avançadas, levando ao envelhecimento populacional.

Figura 1: Cenário de queda moderada da mortalidade

Extraído de: Horiuch & Preston (1988)

No cenário de queda da fecundidade (Figura 2) mantendo a mortalidade constante, os efeitos sobre a função de taxas específicas de crescimento são mais diretos. No primeiro ano em que a fecundidade começa a declinar, a partir de uma população previamente estável, a coorte com menos de um ano exibe uma taxa de crescimento menor do que das coortes mais velhas. Após 15 anos de declínio, toda a população menor de 15 anos está crescendo a taxas menores do que no cenário de estabilidade. Ademais, a partir desse ponto, a coorte que experimentou taxas menores de crescimento em função dos declínios na fecundidade, entra em idade reprodutiva, o que diminui ainda mais a taxa de crescimento das coortes que estão nascendo. Nos primeiros anos do declínio, a população em idade reprodutiva está crescendo a uma taxa que aproximadamente compensa o declínio anual das taxas específicas de fecundidade, produzindo um breve período de crescimento zero nos nascimentos.4 Como mostram as curvas referentes aos períodos de tempo mais distantes (25-30 anos ou mais), quando as coortes nascidas do crescimento zero entram na idade reprodutiva, o número absoluto de nascimentos começa a declinar e as taxas específicas de crescimento se tornam negativas.

Figura 2: Cenário de queda da fecundidade

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Nessa simulação, a população cresce a uma taxa de 1,54% ao ano e o declínio imposto às taxas de fecundidade é de 1,5% ao ano.

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Extraído de: Horiuch & Preston (1988)

4. RESULTADOS

A Figura 3 apresenta a função de taxas específicas de crescimento por idade – daqui em diante designada TECs – para o período entre os Censos Demográficos brasileiros de 1970 e 1980. Com o auxílio de um diagrama de Lexis (Figura 4), estabelecemos associações entre o padrão da curva de taxas de crescimento da Figura 3 e as mudanças demográficas subjacentes, identificando as coortes que vivenciaram as principais mudanças e o provável momento de sua ocorrência. No diagrama estão representadas as coortes cujos comportamentos das TECs desejamos chamar a atenção. São cinco as evidências mais relevantes:

(1) Conforme discutido na Figura 1 mudanças nas taxas específicas de mortalidade tendem a afetar mais fortemente os grupos de idade mais jovens e os mais velhos, com o que espera-se encontrar, nos estágios iniciais de queda da mortalidade, um padrão em forma de U para as taxas específicas de crescimento (HORIUSHI & PRESTON, 1988:433), que indicaria as coortes mais beneficiadas pelo processo. Com efeito, podemos identificar esse formato de curva em U no gráfico da Figura 1, no trecho que vai do grupo etário de 25-29 anos até as idades mais velhas. Além disso, o pico da TEC no grupo etário de 25-29 anos, na Figura 3, pode ser associado à acentuada queda da mortalidade infantil ocorrida entre os anos quarenta e cinquenta (pós-guerra)5

5

O exame da série de taxas de mortalidade infantil para as décadas de 30 a 60 no Brasil (citar IBGE) aponta que a maior redução ocorreu entre meados dos anos 40 e 50, exatamente, o período de nascimento das coortes com 25 a 29 anos em 1970 e 1980.

. O exame da série de taxas de mortalidade infantil para as décadas de 30 a 60 no Brasil (IBGE, 1999) indica que a queda observada entre 1943 e 1953, respectivamente os anos que, em média, as coortes de 25-29 anos de idade em 1970 e 1980 nasceram, foi de cerca de 15,5 mortes

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por mil. O mesmo cálculo para as coortes adjacentes mais velhas aponta para reduções relativamente menores.

(2) Na Figura 3, o ponto mais baixo da curva em forma de U originada pela queda da mortalidade corresponde ao grupo etário de 40 a 44 anos. Essa seria, então, a coorte que menos se beneficiou da redução da mortalidade, uma vez que, quando o processo começou, as pessoas dessa coorte já tinham vencido a primeira infância e não eram ainda suficientemente adultas para se beneficiar dos ganhos em longevidade. Dito de outra forma, estavam no ponto mais baixo (e menos sensível) da curva de mortalidade por idade. É com base nessa lógica que Horiuchi e Preston (1988) propõem que a duração do declínio da mortalidade pode ser identificada pela subtração de 7,5 (ponto médio do grupo etário de menor nível de mortalidade) à idade que representa o ponto mínimo da curva das TECs. De acordo com essa proposição, a duração da queda da mortalidade pode ser calculada da seguinte forma: 42,5 (ponto médio do grupo etário 40 a 44 anos) – 7,5 = 35 anos. Assim, considerando 1975 como o ponto médio do período analisado, a queda da mortalidade teria se intensificado a partir de 1940 (ou seja, 35 anos antes de 1975), reiterando os achados da literatura sobre o início da transição da mortalidade no Brasil Ainda tomando como referência os padrões simulados de queda da mortalidade de Horiushi e Preston (1988), podemos inferir que, caso a população brasileira fosse estável antes do início do declínio da mortalidade e se a redução da mortalidade fosse constante ao longo do tempo, as taxas de crescimento dos grupos etários mais jovens que 25-29, no período 1970-80, deveriam ser próximas à taxa de crescimento desse grupo de idade. Entretanto, o fato das taxas dos grupos etários imediatamente inferiores serem menores do que o do grupo 25-29 anos, sugere que, na ausência de queda da fecundidade, o declínio da mortalidade deve ter se desacelerado com o passar do tempo, o que fez com que as coortes mais antigas experimentassem os maiores ganhos e, consequentemente, uma taxa de crescimento mais elevada.

O padrão em forma de U, observado nas TECs entre os anos de 1970 e 1980, sugere, além dos efeitos diretos da transição de mortalidade, possíveis variações no tamanho inicial das coortes, que seriam causadas por ritmos distintos de crescimento do número de nascimentos. Como as coortes com idades entre 15 e 45 anos, em 1970 e 1980, nasceram antes da transição de fecundidade, mudanças no número de nascimentos refletiriam apenas variações no crescimento da população em idade reprodutiva. Neste sentido, por exemplo, a TEC acentuada do grupo de 25 a 29 anos, além de ser um registro dos efeitos diretos da queda da mortalidade infantil, como discutido acima, refletiria vários possíveis efeitos indiretos sobre a população de genitores, incluindo, em menor escala, a queda da mortalidade materna, e em maior escala, a migração de adultos no pós-guerra, como será discutido adiante. De fato, assumindo-se uma idade média à maternidade de 25 anos, os efeitos indiretos se tornam evidentes na elevada TEC do grupo de idade de 50-54 anos em 1970-1980. .

A Figura 5, que adiciona à curva de taxas específicas de crescimento do período entre 1970 e 1980, as curvas referentes aos períodos 1980-1991 e 1991-2000, respectivamente, mostra que essa curva em “U” se desloca para os grupos etários subsequentes, mantendo o mesmo padrão de comportamento descrito até aqui. Isso corrobora a noção de que as marcas de fenômenos demográficos que afetam a história de uma coorte ficam impressas por longos períodos, podendo ser utilizadas como fonte de informação histórica muitas décadas depois.

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(3) Voltando à Figura 3, como mencionado anteriormente, observamos haver um segundo pico de TEC para o grupo etário de 50-54 anos no período 1970-80, o qual corresponde a um expressivo crescimento de tamanho das coorte nascidas entre 1915-20 e 1925-30. As mudanças demográficas responsáveis por esse crescimento devem ser objeto de pesquisa mais detalhada, já que correspondem a coortes nascidas em um período da história da população brasileira menos documentado. É possível ter havido queda da mortalidade no período de nascimento dessas coortes, ou até alguma elevação na natalidade, mas o mais provável é que a elevação da TEC verificada corresponda ao afluxo de imigrantes adultos jovens ao Brasil no pós-segunda guerra, dada pela terceira onda de imigrantes no Brasil, apontada por Baeninger (2003).

(4) A faixa etária de 10-14 anos apresenta uma acentuação no padrão de redução das TECs desde o grupo de 25-29 anos. Essa mudança parece corresponder à queda da natalidade, em função da transição de fecundidade, que começa a reduzir o crescimento das coortes de nascidos entre 1955-60 e 1965-70. Mais acentuada ainda é a queda verificada entre as coortes nascidas nos períodos 1960-65 e 1970-75 (taxa de crescimento do grupo 5 a 9 anos na Figura 3). Uma taxa de crescimento mais elevada para o grupo etário 0-4 anos sugere, em primeiro lugar, o arrefecimento da queda da natalidade no final dos anos setenta, já que é nesse período que nascem os filhos das gerações cujo crescimento populacional mais do que compensou a queda no número de filhos tidos por mulher. Este efeito estaria retratado na correspondência entre as elevadas TECs para os grupos de idade 25 a 29 e 0 a 4 anos, aproximadamente gerações de mães e filhos. Além disso, a maior TEC para o grupo de 0 a 4 anos também é consistente com a aceleração na queda da mortalidade infantil a partir dos anos 70, depois de um período de estagnação durante os anos 60, conforme relatos na literatura (IBGE, 1999).

(5) A Figura 5 traz evidências adicionais quanto à continuidade do processo de queda da fecundidade. A combinação da diminuição do número de filhos tidos por mulher com a diminuição da população em idade reprodutiva faz com que a taxa de crescimento dos grupos etários abaixo de 10 anos de idade sejam negativas pela primeira vez no período 1991-2000. Além disso, é possível observar uma correspondência inequívoca entre as taxas de crescimento de gerações sucessivas, os chamados efeitos das descontinuidades demográficas (BERCOVICH & MADEIRA, 1990, 2004).

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-0,02 -0,01 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0 a 4 a nos 5 a 9 a nos 10 a 14 a nos 15 a 19 a nos 20 a 24 a nos 25 a 29 a nos 30 a 34 a nos 35 a 39 a nos 40 a 44 a nos 45 a 49 a nos 50 a 54 a nos 55 a 59 a nos 60 a 64 a nos 65 a 69 a nos 70 a 74 a nos 75 a 79 a nos 80 an os o u mais

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Figura 5: Taxas Específicas de Crescimento (TEC). Brasil, 1970-80; 1980-1991; 1991-2000) -0,02 -0,01 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0 a 4 anos 5 a 9 anos

10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos

80 anos

ou m

ai

s

1970/80 1980/91 1991/00

Fonte dos Dados Básicos: IBGE (Censos Demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A estrutura etária de uma população carrega as marcas da dinâmica demográfica passada por muitas décadas. Em geral, os estudos se limitam a analisar a distribuição de pessoas por idade, em diferentes pontos no tempo. Uma alternativa metodológica complementar para se desvendar a dinâmica demográfica passada é examinar funções de taxas de crescimento populacional específicas por idade num determinado período, como sugerem Horiushi e Preston (1988). A principal vantagem desse tipo de análise é sua simplicidade e a facilidade de se obter um grande conteúdo de informações históricas, por meio de taxas de crescimento calculadas com base apenas em dois censos recentes e do conhecimento prévio dos padrões típicos de efeito das mudanças demográficas sobre essas taxas.

Neste trabalho, analisamos as funções de taxas de crescimento por idade da população brasileira nos períodos inter-censitários de 1970 a 1980, 1980 a 1991 e 1991 a 2000 e identificamos a fase de início da queda da mortalidade, nos anos quarenta, o período do início de redução da natalidade, nos anos sessenta, e o provável efeito do afluxo de imigrantes internacionais jovens adultos no segundo quinquênio dos anos quarenta (pós-guerra).

Vale notar que o exame dos perfis das TECs auxilia diretamente no entendimento de como as variáveis demográficas concorrem para o envelhecimento da estrutura etária. Verifica-se que o declínio da mortalidade produz efeitos em ambas as direções: por um lado, gera taxas especificas de crescimento mais elevadas para as idades mais velhas relativamente às mais

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jovens, contribuindo assim para o envelhecimento da população; por outro lado, causa forte descontinuidade positiva no crescimento das coortes nascidas logo após o início do declínio, rejuvenescendo a população, embora esse efeito tenda a ser neutralizado à medida que o tempo passa e essa coorte envelhece. Quanto ao efeito da queda da fecundidade, verificamos que, uma vez iniciado o seu processo, as taxas de crescimento dos grupos etários mais jovens declinam rapidamente e o peso dessa componente passa a ser muito mais determinante para o envelhecimento, com os grupos mais jovens experimentando taxas de crescimento cada vez mais negativas.

Toda essa análise sugere que as taxas específicas de crescimento, as quais são facilmente extraídas das informações censitárias atuais, são bastante informativas com relação à história demográfica das coortes e devem ser melhor exploradas, podendo ser de grande utilidade quando as tendências dos eventos demográficos históricos não são conhecidas ou as informações não são confiáveis.

Algumas questões permanecem em aberto neste estudo introdutório e serão exploradas detalhadamente em trabalhos posteriores. Em primeiro lugar, mantivemos a consideração implícita de que a qualidade dos censos não mudou ao longo do período analisado. Sabemos que isso muito provavelmente não é verdadeiro, mas, por outro lado, não há razões para crer que teria havido mudanças seletivas por idade, sobretudo nas idades adultas. De todo modo, essa é uma premissa que deve ser avaliada cuidadosamente se quisermos aumentar a acurácia das análises para grupos etários específicos. Neste sentido, uma questão a ser melhor examinada é a mortalidade de idosos. Os deslocamentos das curvas de TECs para esses grupos indicam ganhos muito expressivos nos período mais recente, mas seria necessário averiguar o quanto dessa variação deve-se à qualidade dos dados.

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