'
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA
CATARINA
CENTRO
DE
CIENCIAS
DA
SAUDE
CURSO
DE
GRADUAÇAO
EM
ENFERMAGEM
»
~ r
ASSISTINDOD
O
ADOLESCENTE
ESCOLAR ATRAVES
DA
TEORIA
DO
AUTOCUIDADO
FLORIANÓPOLIS
ASSISTINDO
O
ADOLESCENTE ESCOLAR ATRAVÉS
DA
TEORIA
DO
AUTOCUIDADO
I' .-‹nn
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WÊSÍYUPP
nr 'T Vie`r Assi 97 Fsc Bs N.Cha t0r Títu o Au Ex UFLORIANÓPOLIS
1998/2 CCSM TCC UFSC ENF 0439 EL v-‹Relatório
do
Projeto assistencial apresentado àBanca
Examinadora
da VIIIUnidade
Curricular
do
Curso
deGraduação
em
Enfermagem
daUniversidade Federal de Santa
Catarina.
Orientadora: Proi”. Dra.
Maria Helena
Bittencourt“O
adolescente considera tudoo
que e'mais
antigo
do
que elecomo
arcaico e obsoleto.Ao
passo
que tudo que é seu é novo, criativo, algoque
sem
dúvidadará
certo.Essa praga
sópensa
em
sexo e contestação”(Anônimo, escrito
numa
placa mesopotâmica, há cerca de 4000 A.C.).A
GRADE
CIMEN
TOS
A
Deus,com
ele tudo é possível;Às
nossas familias,ponto
de partida e apoio;Aos
namorados, pelos gestos de carinho;Aos
nossos amigos, especialmentea
Ana
e Scheila, pela motivação edisponibilidade
em
ajudar sempre;À
nossa Orientadora,Maria
Helena, pela atenção e incentivo duranteo
percurso;À
nossa Supervisora, Lúcia Prim,por
suas contribuições e disposiçãoem
se fazerpresente;
À
ProfessoraCoordenadora da 8
“ fase deEnfermagem,
llca Alonso, pelo interesse,proximidade e contemplação
do
nosso trabalho;A
direção, corpo docente edemais
funcionários das escolas, pela confiança depositada;Aos
Centros de Saúde,por
ampliarem
a
dimensão
do
nosso trabalho;RESUMO
O
presente trabalho consisteno
relato da prática assistencial desenvolvida na VIIIUnidade
Curriculardo Curso
deGraduação
em
Enfermagem,
tendocomo
público alvo 87(oitenta e sete) adolescentes regularmente matriculados na Escola Básica Professor
Oswaldo
Rodrigues Cabral e Colégio Estadual Presidente Juscelino Kubitschek de 5” a 8”série
do
1° grau.Trabalhamos
o temas através de teatro, oficinas, discussões e vivênciasem
grupo;abordando assuntos relacionados à: corpo
humano, namorar
e ficar, sexo e sexualidade(virgindade, gravidez, masturbação, transar, sexo oral, sexo vaginal, sexo anal, orgasmo),
DST°s
/AIDS,
drogas.Também
utilizamos os serviçosdo
Centro deSaúde
I Areias edo
Centro deSaúde
II Bela Vista para o desenvolvimento
do
trabalho,no
qual realizamos as consultas deenfermagem
eaproximamos
os adolescentes dos serviços de saúde oferecidosem
suacomunidade.
Foi possível, assim, realizarmos
um
trabalho junto aos adolescentes escolares,passando conhecimento de
forma
que elespensem
e raciocinem, dentro deuma
visãocrítica
que
osajudem
na formaçãoou
reformulação de conceitos.Buscamos
a formação deadolescentes conscientes,
que
sejam capazes de realizar atividadesem
favor de simesmos
para manter a vida, a saúde e o seu bem-estar.Para o êxito deste trabalho não
houve
receita, e sim, segurança, firmeza,amor
er e1
_
INTRODUÇÃO
2-JUSTHHCATFWA
3_
REVISÃO
DA
LITERATURA
3.1-
Adolescência 3.2-
O
adolescente e a sexualidade 3.3-
O
adolescente e Oambiente
3.4-
O
adolescente e asaúde
3.5
-
O
adolescente e a orientaçãopara
Oautocuidado
4
_
REFERENCIAL TEÓRICO
4.1
-
Conceitos norteadoresdo
trabalho4.2
-
Processode
enfermagem
5
-
CONTEXTUALIZAÇÃO
DOS
LOCAIS
DE ESTÁGIO
6-
CONTEXTUALIZAÇÃO
DO
PÚBLICO
ALVO
7-CRONOGRMHA
s_
DESCREVENDO A
PRÁTICA
8.1-
Objetivo geral 8.2-
Objetivos específicos9
_
RELAÇÃO
TEÓRICO-PRÁTICA
_ 10_
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
11_
REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
1
_
n\1TRoDUÇÃo
4
O
planejamento, a execuçao e a avaliaçao da assistência deenfermagem
requeridapelo indivíduo e/ou grupo e família
em
nivel intra e extra hospitalartem
sidouma
dinâmicado
desenvolvimentoda
disciplina“Enfermagem
Assistencial Aplicada” (Disciplinadesenvolvida na VIII
Unidade
Curriculardo
Curso deGraduação
em
Enfermagem).
De
acordocom
a área de afinidade de cada grupo de acadêmicosforam
escolhidosos
campos
de atuação, para o desenvolvimentodo
“Projeto Assistencial”, cuja atenção foi prestada a todos os individuos independente de estaremou
não hospitalizados.O
desenvolvimento deste projeto ocorreu junto àgmpos
de adolescentes,com
ênfase na educação
em
saúde.Os
campos
de estágiocompreenderam
o Colégio Estadual Presidente Juscelino Kubitschek e a Escola Básica ProfessorOswaldo
Rodrigues Cabral, localizadosna
regiao daGrande
Florianópolis.A
viabilizaçãodo
desenvolvimentodo
projeto foi possível devido a participação dosserviços dos Centro de
Saúde
I Areiasem
Barreiros edo
Centro deSaúde
II Bela Vista,ambos
em
São
José e próximos as escolas.A
elaboraçãodo
projeto e desenvolvimentodo
trabalho foi feita sob a orientação
da
ProfessoraDoutora Maria Helena
BittencourtWestrupp, Enfermeira em
Docente do Departamento
deSaúde
Pública da UniversidadeFederal de Santa Catarina
(UFSC),
e sob a supervisão da Enfermeira Lúcia Prim, dosPor
ser a adolescênciauma
fase de transição,onde
emergem
asmudanças do
desenvolvimento fisico, emocional e social, tornando-se
um
período da vidano
qual oadolescente apresenta problemas especiais de ajustamento, resolvemos optar por esta área,
com
o
intuito de contribuir para que os conflitos resultantes deste rito depassagem
*
sejam
amenizados e o crescimento e a chegada a idade adulta seja a mais saudável possível.
Ao
assistirmos a apresentaçãodo
projeto“ASSISTINDO
O ADOLESCENTE
EScoLAR ATRAVÉS
DA
TEQRIA
DAS
NECESSIDADES
HUMANAS
BÁSICAS”,
das acadêmicas
Ana
Cristina Oliveira da Silva e ScheilaMaria
Valentim,no
semestre 98-1e da sua conclusão, tivemos reforçado o interesse
em
desenvolver estemesmo
tipo detrabalho,
dando
continuidade aalguma
atividade por elas desenvolvidano
Colégio Estadual Presidente Juscelino Kubitschek e dar inícioem
um
trabalho semelhante na Escola BásicaProfessor
Oswaldo
Rodrigues Cabral.Entendendo
ter a escola afimção
de contribuir parauma
visão positivada
sexualidade,como
fonte de prazer e realizaçaodo
serhumano,
assimcomo,
aumentar a consciência da responsabilidade,promovendo
informações corretas e oportunizando ao*
“Ritos são momentos, fases ou atividades que desejamos marcar ou revelar. Dizem respeito a eventos marcantes que são celebrados durante a trajetória do processo de viver dos seres humanos. Os ritos carregam
9
adolescente repensar seus valores e partilhar suas preocupações e emoções,
optamos
poreste
campo,
por serum
dos locaisonde
se concentraum
maiornúmero
de adolescentes.A
vinculaçãodo
desenvolvimentodo
projeto aos Centros deSaúde
I e 11,localizados nas
comunidades
de Barreiros e Bela Vista, respectivamente,ambos
em
São
José,tomou-se
imperativa, tendoem
vista a necessidade dacompreensão
dos problemas desaúde relacionados
com
a sexualidadedo
adolescente por parte dos profissionaisda
saúdeatuantes naqueles Centros de
Saúde
eda
escola,além
da utilização dos serviços oferecidospor eles.
`
Silva e Valentim (1998, p.8), ao citarem
um
documento
escrito e divulgado pelaSecretaria de Estado da
Saúde
de Santa Catarinaem
1995, escreveram que “cada vez maiscedo as crianças e adolescentes de diferentes
camadas
sociais, seenvolvem
com
oconsumo
de drogas (álcool, tabaco,
maconha, medicamentos
inaláveis, cocaína, crack e outros), alémde se
exporem
a promiscuidade sexual, gerando grandes problemas sociais e de saúde,como
a violência, a marginalidade, a prostituição, a gravidez precoce, a disseminação daAIDS
eDST”s
(Doenças Sexualmente Transmissíveis), a autodestruição econsequentemente a morte”.
O
investimentoem
materiais educativos que se traduzemem
prevençao, sejaem
nível de educação formal e/ou informaltem
sidouma
dinâmica adotada através da políticade educação
em
saúde pelos setores daEducação
e da Saúde, porém, não o suficiente paraaresolução dos problemas. Estes materiais ficam muitas vezes restritos ao nível central,
não
sendo repassados às localidades, e
quando
o são, osmesmos
possuem
caráter apenasinformativo e não educativo.
Desta forma, enfatizamos a importância e a necessidade de propor estratégias de
prevenção, proteção e
promoção
da saúde, favorecendo o enfrentamento da realidade pelos adolescentes e conviventes para que, desta fomra, eles setomem
saudáveis na sua totalidade.Para isso é necessário a união de esforços e que o trabalho proposto a ser
desenvolvido nao sofra soluçao de continuidade, de maneira que a saúde
do
adolescentePara melhor
compreensão
sobre a adolescência, destacamos da literatura existentealgumas consideraçoes bibliográficas relacionadas ao tema.
3.1
-
Adolescência“De
acordocom
a OrganizaçãoMundial
deSaúde
(1989), a adolescênciapode
serdefinida cronologicamente pela faixa etária dos 10 à 19 anos e 11
meses”
(Silva e Valentim, 1998, p.O8).Segundo
Colli inMarcondes
(1985, p.473)“A
adolescência éuma
fase de transição gradual entre a infância e o estado adulto que se caracteriza por profundas transformações somáticas, psicológicas e sociais. Ela representauma
das fases mais importantesdo
ciclo vital àmedida
que completa o período de crescimento e desenvolvimento”Colli in
Marcondes
(1985, p.473) discorre que,“De
acordocom
o critério fisicoou
biológico, a adolescência abrange a fase de modificações anatômicas e fisiológicas que
11
aparecimento dos caracteres sexuais secundários e inicio da aceleração de crescimento até
o
indivíduo atingir o desenvolvimento fisico completo (parada de crescimento e
estabelecimento da função reprodutora).
O
termo puberdade é utilizado para designar todo o processo de maturação biológica inseridono
período da adolescência” Continuando, omesmo
autor explica que“Segundo
o critério psicológico, a adolescência representaum
período de mudanças, entre a infância e a idade adulta, relacionadas fundamentalmente a
uma
busca de identidade, auma
aceleraçãodo
desenvolvimento intelectual e auma
evolução da sexualidade”
“Do
ponto de vista social, a adolescência corresponde ao período da vidado
indivíduo durante o qual a sociedade não o encara
como
criança,porém
ainda não lhe confere o status de adulto. Nessa fase,o
indivíduo perde direitos e privilégios de criança aomesmo
tempo
que passa a assumir responsabilidades de adulto.O
término da adolescência,segundo
o
critério social,depende
das caractefisticas dos grupos sociais” (Colli inMarcondes, 1985, p.473).
Para Suplicy (1983, p.52)
“A
puberdade e a adolescência são os períodosem
que asexualidade adulta emerge.
Chama-se
puberdade o períodoem
queocorrem
asmudanças
biológicas, o que tornao
indivíduo apto à procriação.Chama-se
adolescência o períodono
qual
ocorrem mudanças
sociais e psicológicas, e que vaida
puberdade à idade adulta”O
desenvolvimento das características sexuais secundáriascomo
porexemplo
asmamas,
o cheiro e os pêlos, a iniciação da reprodução e o crescimento acelerado são as principais modificações biológicas na puberdade.O
início destasmudanças
bem como
aconclusão
do
desenvolvimento variam para cada sexo e pessoa.Nas
meninas a puberdadecomeça
um
ou
dois anos antesdo
que nos meninos, ocorrendo, então, a capacidadereprodutora antes dos rapazes e se estendendo por 3 a 4 anos.
Ao
contrário, os rapazestêm
a sua puberdade iniciada mais tarde e
com
durabilidade maior.O
início da puberdade para amenina
é consideradoem
média
aos 13 anos, tomando-se por base a menstruaçãoque
ocorre entre os 10 e os 16 anos; para o menino, considerada,também,
em
média
aos 13 anos, levando-seem
conta a primeira ejaculação que ocorre entre os 11 os 15 anos. Antesdecorrência das outras
mudanças
taiscomo
crescimento de pêlos, seios, etc. (Suplicy,1983)
De
acordocom
Colli inMarcondes
(1985), a puberdade abrange o conjunto demodificações biológicas da adolescência e engloba, segundo Marshall
&
Tanner:aceleração e depois desaceleração
do
crescimento esquelético, alteração dacomposição
corporalcomo
resultadodo
crescimento esquelético e muscular ao lado dasmudanças na
quantidade e distribuição de gordura; desenvolvimento dos sistemas circulatório e respiratório levando, principalmente
no
sexo masculino, aaumento
da força e resistência;desenvolvimento das gônadas, órgãos de reprodução e caracteres sexuais secundários.
A
idade de início da puberdade apresentauma
ampla
variação individual, sendofreqüentemente influenciada por fatores hereditários.
As
manifestações de crescimento edesenvolvimento (desenvolvimento muscular, tecido gorduroso, altura e peso, proporções
corporais, maturação sexual) durante a adolescência
ocorrem
em
diversos setoresdo
organismo,
tomando-se
mais evidentes aquelas relacionadas aoaumento
de altura e peso eo
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.Altura e peso
-
O
ganho
de altura durante a adolescência eqüivale aaproximadamente
20%
da altura finaldo
adulto.O
estirão de crescimento ocorregeralmente 2 anos mais cedo e
com
menor
intensidadeno
sexo feminino.A
idadeem
queeste evento se inicia é bastante variável, entre 9,5 e 14,5 anos nas meninas e entre 10,5 e 16
anos nos meninos,
com
um
picomáximo
de crescimento ao redor de 12 e 14 anos para ossexos feminino e masculino, respectivamente.
O
aumento
de peso na adolescência passa,assim
como
a altura, poruma
fase de aceleração e posterior desaceleração,fenômenos
essesresponsáveis pela incorporação de cerca da
metade do
peso adulto final. Esseaumento de
peso ocorre geralmente
um
ano emeio
mais cedo eem
menor
intensidadeno
sexofeminino.
Desenvolvimento muscular
-
A
massa
muscularaumenta
gradualmenteem
tamanho
e força desdeo
início da aceleraçãodo
crescimento.A
velocidademáxima
decrescimento muscular ocorre junto
com
o
pico de crescimento estaturalou
logo depois.No
sexo masculino o desenvolvimento muscular é superior e decorre
do
maior incrementodo
13
O
aumento
da força muscular, mais importanteno
sexo masculino,pode
ocorrer apóso
pico de desenvolvimento muscular.Tecido gorduroso -
Existeum
acúmulo
contínuo de gordura dos oito anos até a adolescência,porém
a velocidade de depósito diminui àmedida
que o crescimento esquelético acelera. Esta diminuiçao da deposiçao de gordura é mais acentuadano
sexomasculino.
Proporções
corporais-
Existe na adolescênciaum
gradientedo
crescimento ematuração nas diferentes regiões.
O
comprimento
dosmembros
inferiores é a primeiradimensão
a atingir a velocidademáxima,
sendo a aceleração de crescimento mais acentuada nos pés, seguindo-se pernas e coxas. Estes seguimentostambém
param
de crescerna
mesma
ordem.Na
cabeça verifica-se crescimentopequeno
em
algumas
dimensões,resultando
em
alterações faciais mais acentuadasno
sexo masculinocomo
crescimentoda
fronte, da mandíbula,do
maxilar superior edo
nariz (Colli in Marcondes, 1985).Maturação
sexual-
As
mudanças
observadas durante a puberdade são resultado deinfluências hormonais e controlados pelo lobo anterior da hipófise (adeno-hipófise),
como
resposta aos estímulos
do
hipotálamo.A
estimulação das gônadascompreende
duas funções: produção e liberação dos gametas (produção de espermatozóidesno
homem
ematuração e desprendimento de óvulos na mulher) e secreção de hormônios sexuais
específicos (estrógeno e progesterona, produzidos pelos ovários, e testosterona produzida
pelos testículos)
Os
hormônios
sexuais são produzidos nos ovários, testículos e supra-renais,
em
quantidades variáveis, durante a vida inteira eem
ambos
os sexos(Whaley
&
Wong,
1989).Abrange o
desenvolvimento das gônadas, órgãos de reprodução e caracteres sexuais secundários. Existeuma
variação normalampla
da idade de início edo tempo
de progressão da maturação sexual.Sexo
masculino: crescimento dos testículos edo
escrotocomo
resultadodo aumento
detamanho
dos túbulos seminíferos.Na
adolescênciao
túbulo se diferenciacom
váriascamadas
de células e luz tubular, apresentando células de Sertolibem
diferenciadas e multiplicação de espermatogônias.As
células intersticiais deLeydig
aumentam
detamanho
e número, passando a produzir os andrógenos testiculares.A
coincidência de estágios de genitais e de pêlos pubianos, sendo
o
aparecimento desses últimos quasesempre
posterior ao início deaumento
testicular.A
aceleraçãodo
crescimento estatural e peniano geralmente
começa
ao redor deum
ano
após o iníciodo
crescimento testicular.
O
desenvolvimento dos pêlos axilares, faciais edo
restodo
corpo éinfluenciado pela produção de andrógenos adrenais e testiculares e ocorre geralmente ao
redor de dois anos após o início dos pêlos pubianos.
Os
pêlos faciais apresentamuma
seqüência mais
ou
menos
constante de desenvolvimento: a) aparecimento de pêlospigmentados nos cantos dos lábios superiores; b) crescimento
em
toda extensão dos lábiossuperiores, bochechas e porção central dos lábios inferiores; c) extensão para o queixo.
O
aumento
das glândulas sudoríparas queacompanha o
crescimento dos pêlos axilares leva aaumento da
sudorese e aparecimentodo
odor característicodo
adulto. Próstata, glândulas bulbouretrais e vesículas seminais apresentamtambém
crescimento acentuado.A
primeira ejaculação ocorreaproximadamente
um
ano após o iníciodo
crescimentodo
pênis.As
mamas
apresentam geralmenteaumento
de diâmetro e de pigmentação da aréola.Havendo
em
cerca deum
terço dos adolescentes o desenvolvimento de ginecomastia.As
alteraçõesde voz, ocorrem durante a aceleração de crescimento estatural
em
fase adiantada decrescimento genital e decorrem
do aumento
da laringe induzido pela testosterona.Sexo
feminino: Aparecimento
do
botão mamário, seguindo-se dentrodo
mesmo
anoo
início dedesenvolvimento dos pêlos pubianos.
O
útero, as trompas, a vagina e a vulvatambém
passam
a se desenvolvercom
o
iníciodo
crescimento mamário.O
crescimento estaturalestá diretamente relacionado
com
a maturação sexual, iniciando-se a sua aceleração naépoca de aparecimento
do
botão mamário.O
crescimento ovariano durante a adolescêncianão apresenta
uma
aceleração tão acentuadacomo
a de outros órgãos. Pêlos axilares e glândulas sudoríparas apresentam asmesmas
característicasdo
sexo masculino.A
menarca
ocorre geralmente após o pico de crescimento estatural, sendo os ciclos menstruais iniciais
(primeiros dois anos após a menarca) freqüentemente anovulatórios e irregulares.
A
capacidade reprodutora só é atingida
um
ou
mais anos após amenarca
(Colli in Marcondes,1985)
Na
adolescência, as primeiras alterações dos processos mentais estão relacionadascom
asmudanças
fisicas da puberdade,como
o aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Para Suplicy et all (1995, p.29-30)“O
adolescente experimentauma
15
reorganizaçao
do
modo
de viver, descobre novas sensações e conceitos, procura se entender e se conhecer nessenovo
corpo e se situar diante de novas responsabilidades sociais. Senteque vive o fim da infância e o início de
uma
nova
fase. Para poder desfrutar dela, é necessário que ocorrano
psiquismo a elaboração das perdas referentes aum
mundo
infantil.Trata-se de reorganizar a
imagem
corporal, a representação deum
corpo quemuda
rapidamente”.
O
adolescente sente que dará início a sua entrada (desejada e temida)no
mundo
adulto,em
diversos setores, seja ele, profissional, afetivo, etc.As
mudanças do
corpo e a insegmrança psíquica são vividas
como
algo intempestivo ,que
elenão domina
ecujas conseqüências
nem
imagina.Com
asmudanças
hormonaisocorrem
as alterações dehumor, de
movimento
(o adolescentefica
“desengonçado”com
o
crescimentodesproporcional
do
corpo); sentimentos de vergonhaou
orgulho interferem na autoimagem
e, consequentemente, na auto estima.
O
adolescente vive intercalandocomportamento
adulto
com
vontades infantis. Esta contradição vai gerar incertezas,medos
e angústias. Eletenta construir sua identidade diante de grande turbulência emocional e diversas
mudanças
corporais.O
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e da capacidade dereprodução na adolescência está intimamente relacionado
com
as transformaçõespsicossociais que determinarão
o
estabelecimento deum
desempenho
heterossexual adulto.Uma
série de dúvidassurgem
nessa época sobre a normalidadedo
desenvolvimento fisico,considerando-se que 0 adolescente geralmente desconhece a amplitude de variações individuais normais.
Consequentemente
não éincomum
a preocupaçãocom
otamanho
dosgenitais e das
mamas,
com
a distribuiçao da pilosidadeou
com
as característicasdo
ciclo menstrual (Colli in Marcondes, 1985).*É
quaseunânime
na literatura sobreo
adolescente o reconhecimento deque
essafase
do
desenvolvimento é particularmente confiitiva. Daí a situação embaraçosaem
que
ficamos
quando
tentamos entender a problemática adolescente, tendocomo
princípio oconceito de identidade.
Nesse
enfoque, o adolescentefica
sendo a triste figura que perde a identidade frente aum
mundo
adulto perfeitamente identificado.A
identidade é o ser,mas
o
que
acontece a sua volta, o que o. envolve éo
dever.Na
adolescência, e essa talvez seja aintensifica, torna-se particularmente vivo
em
todas as dimensões: biológica (através dastransformações
do
próprio corpo que desloca o sujeito deuma
imagem
corporal conhecida),psíquica
(numa
busca de papéis a desempenhar,numa
problematização da própria sexualidade,numa
crise religiosa) e coletiva (que se traduz via importânciaque
os grupospassam
a exercer,num
consumo
de ideologias desde as mais revolucionárias até as maisconservadoras, enfim
numa
política determinada) (Infante in Marcondes, 1985).Como
parte do desenvolvimento, é esperado que a personalidadedo
indivíduo passepor
uma
transformação na adolescência, organizado na infância, desorganiza-se naadolescência, atingindo mais tarde a reorganização
como
adulto.As
perdas sofridas pelo indivíduo,no
decorrer da adolescência são significativas, destacando-se ado
corpo decriança, da identidade infantil e a dos pais idealizados. Apesar da perda
do
corpo de criançanão é
dono
deum
corpo adulto e nos aspectos comportamentais, desliga-se de certaforma
dos interesses de criança
mas
em
algunsmomentos
surpreendecom
atitudes infantis.É
nesta fase que
perdem
a identidadecom
os pais estabelecendonovos
laçoscom
colegas e professores.O
adolescenteteme
em
não setomar alguém
sendo a busca deuma
identidade pessoal sua maior tarefa. (Suplicy, 1983).Whalley
&
Wong
(1989, p.342)entendem
que,“A
adolescência éum
período davida que apresenta problemas especiais de ajustamento. Impelida por suas
mudanças
internas e pelas pressões da sociedade, a criança deve evoluir
em
direção à independênciaemocional
em
relaçãoiaos pais, deve considerar perspectivas de independênciaeconômica
eaprender o significado de
uma
companhia
heterossexual mais íntima. Ela aprende a trabalharcom
jovens damesma
idadeem
interesses que lhes são comuns, a subordinar suas diferenças pessoais àmeta
comum
e setomar
uma
pessoa responsávelque
controla sua própria vida e que sabequem
ela éem
relaçao aomundo”.
A
adolescência realiza a consciênciado
eu que a puberdade só iniciou.Aos
14-15anos, depois de
uma
crise de inquietação, de irritabilidade, de fáceis e breves entusiasmosacompanhados
por súbitas depressões, eisuma
vida interior mais serena, e apassagem
dasolidão melancólica para as amizades.
O
senso da natureza se torna profundo.Resplendem
os valores intelectuais, morais e sociais.
Ama-se
demodo
puro, alto, ideal.Os
tormentos17
verdadeira serenidade é só da infância, e é
sem
retomos).O
adolescente relaciona tudoconsigo.
O
juízo alheio não lhe interessa.É
como
sente.A
fantasia, mais elaboradora queconstrutora
em
verdadeira originalidade, transfigura a realidade, eo a desordena. Grandesideais, generosas utopias resplendem nos horizontes da alma. Juízos extremos definem e
condenam
fatos e ações.É
todauma
fase de “organização e evolução”,um
período sentimentalem
que
se definem» interesses sociais, éticos, juntamentecom
aquelesque
serelacionam
com
o sexo.Fazem-se
notáveiso
desejo de estima, a influência alheia, aformação do
problemado
que se fará na vida (Agazzi, 1990).1
3.2
-
O
adolescente e a sexualidadeDurante a puberdade, ocorre o desenvolvimento das características sexuais
secundárias, de base neuro-hormonal e
emergem
as funções sexuaisdo
adulto.É
quando
ocorre o estabelecimento da genitalidade,ou
seja, o aparelho genital deambos
os sexospassa a concentrar
em
si toda excitação e descarga, seja qual foro
estímulo sensorialou
zona
erógenaem
que se tenha originado.O
adolescente e' visto pela primeira vez, nãosomente
como
uma
pessoa,mas também
como
um
ser sexuado e a evolução de suas sensações,comportamentos
e decisões sexuais, será influenciada pelas interações quedesenvolve
com
outras pessoas de seu círculo familiar e social. (Eisentein et all inZekcer
-org., 1985).
'
à(
Segundo Souza
(1989, p.38),“O
desenvolvimento da sexualidade se faz desdeo
nascimento, mas, é na adolescência que o indivíduodefine
sua conduta na área genital eemergem
as funçoes sexuaisdo
adulto” _X
Para Eisentein et all in Zekcer - org (1985, p.180).“A
adolescência é o período devida caracterizado pelas
mudanças
corporais e emocionais que favorecem a transição dasexualidade infantil
em uma
sexualidade adulta, que éum
fato normal desta fase. Essastransformações ocorrem
em
várias etapas biopsicossociais, estão forado
controledo
adolescente, sendo necessário que ele tenha
tempo
e espaço para vivenciá-las”.“A
adolescência éum
periodo de síntese,onde
secombinam
todas as tendências anteriores, resultandonum
determinado tipo de conduta não sócom
relação a sexualidade,mas também
em
outras áreas,como
nas relações interpessoais eno
trabalho,ou
seja, naquilo queo
caracteiizaráum
ser social. Portanto,um
dos maiores equívocosem
compreender e lidar
com
a sexualidade na adolescência é encará-la isoladamente, fora deum
contexto globaldo
indivíduo.O
adolescente busca efetivamenteuma
identidade sexualjunto
com
uma
identidade psicológica eum
posicionamento social” (Souza, 1989, p.33-34).De
acordocom
Duarte (1995, p.31),“A
maneiracomo
a pessoa é capaz de viver aprópria sexualidade e o
modo
pelo qual a ela se ajusta vai determinar muitos dos seus traçosde personalidade, vai definir seu caráter e assegurar
ou
não sua auto confiança. Vaitambém
interferir decisivamente
no
bom
ou
mau
relacionamentocom
seus semelhantes-
inclusiveem
sua capacidade de relacionar-sebem
ou
mau com
as outras pessoas.A
sexualidade fazparte da vida.
É
inegável”.*Ainda
no
que se refere ao adolescente e a sexualidade, Eisenstein et all in Zekcer-org. (1985, p.l84) escrevem que,
“A
relação sexual é principalmente a busca deum
encontro afetivo,ou meio
decomunicação
com
outra pessoa, e não somente a procura deum
prazer.Sexo
significa-
para o adolescente- uma
maneira de explorar o seu corpo e suas emoçoes,uma
experiêncianova que
gratifica e permite diversificar seu estilo deafirmação.
Na
maioria dos casos, o relacionamento sexualdo
adolescente deve ser entendidocomo uma
expressão de identidade e independência enão
como uma
agressão aos paisou
à sociedade”.*As
fases normaisdo
desenvolvimento da sexualidadedo
adolescente nãotem
limites de idade definidos e muitas vezes ocorrem aomesmo
tempo.Na
primeira fase, odespertar
do
interesse sexual, iniciacom
as primeirasmudanças
corporais. Essesacontecimentos biológicos
podem
ser consideradostambém
como
marcos
emocionais, poisprovocam
intensas ansiedades e preocupaçoesem
tomo
da adequação sexualno
adolescente.
A
segunda fase, a experimentação decomportamentos
sociais, envolve aprática de iniciar
um
relacionamentoamoroso
com
outra pessoa.É
um
tempo
deconhecimento
do
próprio corpo, através das práticas auto-sexuaisou
auto-eróticas,como
,amasturllöfçãfl Ç as comparações
com
o “outro” c`o'rpo.Ainda
bastante inseguro e cheio de çgaflitps, p adolescentecomeça
a desafiar o seu "c`pi'po e a treinar aimagem
pública quequer” si.
.Começam
os jogos de sedução, atração, parnoros e nurrierqsqsf
u
19
relacionamentos de curta duração
mas
de muita intensidade.É
normal o adolescente passarpor
uma
fase homossexualcomo uma
etapa preparatória para a aproximaçãocom
o sexooposto.
O
que,no
entanto, não implicaem
definitivohomossexualismo
e faz parte da busca deuma
identidade sexual.A
terceira fase, a escolhado
par sexual e oamadurecimento da
inter-relação afetiva, ocorre geralmente,
no
final da adolescência.O
adolescentecomeça
aaceitar melhor o papel escolhido e a se sentir mais confortável
com
sua sexualidade. Progressivamente, o adolescente resolve suas ambivalências e decide sobre seus valores,consolidando sua identidade própria e sexual (Eisenstein in Zekcer
-
org., 1985).Apesar
de aparentemente não haver, hojeem
dia,uma
grande diferença de condutaentre
ambos
os sexos, os sentimentos e desejoscostumam
ter caracteristicas distintas. Paraos rapazes, os impulsos sexuais são, inicialmente, bastante separados da noção de amor.
O
desejo sexual é claramente localizado nos órgãos genitais; é urgente e costuma exigir rápido alívio. Para asmoças
oamor
tem
prioridade sobre a genitalidade.A
maioria das adolescentescostuma
ter excitações difusas não diferenciadas de outros sentimentos.Nomialmente
nas meninas a excitação sexual específica deve ser despertada porestimulação direta
do
corpo, particularmente as zonas erógenas.De
qualquer forma, a realidade atual é a deque
as relações sexuaiscom
intercurso genital se iniciam maisprecocemente, seja por força de imitação, de pressões dos companheiros, por fuga da
masturbação (ainda geradora de muita culpa)
ou
por realmudança
nas característicascomportamentais da mulher (Souza, 1989).
Souza
(1989, p.35) explica que,“Com
a maturaçao fisica, o adolescente deveriaestar apto para
0
intercurso genital,mas
isto não corresponde inteiramente à verdadeno
quese relaciona às suas condições psicológicas, pois as influências da repressão sexual, ainda existentes, continuam se fazendo sentir na geração atual. Há, na verdade,
uma
maiorliberdade de atuação sexual,
mas
não houve, concomitantemente,uma
superação dospreconceitos”. ›
Stone e
Church
citados porSouza
(1989, p.35) enfatizamque
“não é fácil a tarefado
adolescenteem
conciliar os impulsoscom
seus própnios valores,com
restrições ecom
sentimentos secundários de culpa, ansiedade e tensão que, freqüentemente,acompanham
oComplementando,
Suplicy (1983, p.63) escreve que,“A
adolescência éuma
época de contestação e espera-se entãoum
grande questionamento dos valores por parte dosadolescentes. Aparentemente isso ocorre, mas,
uma
analisemenos
superficial mostraque
em
relação à sexualidadeo
adolescente vive angustiado e culposo porque secomporta ou
tem
anseios diferentesdo que
os paisrecomendam
em
relaçao ao sexo. Esse conflitodificulta a vivência
da
sexualidade para o desenvolvimento e prazer”.Para
Souza
(1989, p.41~42),“A
liberdade sexual, tão decantadana
atualidade, nãotem
sido fácil de usufruir por parteda
juventude.A
precocidadedo
relacionamento sexualindepende
do
nível de conhecimentos edo
grau deamadurecimento
fisico e psicológicopara iniciação sexual, tal a pressão de grupo social.
De
outro lado, enquanto as relações sexuais “parecem” estar isentas de tabus e preconceitos,o
relacionamento interpessoal e social demonstra evidentes dificuldades.Prova
disso é oaumento do
uso eo
abuso dedrogas,
o
incrementoda
homossexualidade, a promiscuidade, oaumento do
índice degravidez não desejada, das doenças transmitidas por contato sexual e os casamentos e separações precoces”.
Ao
lermos os autores citados e concordandocom
seus escritos,percebemos
a necessidade e a importância de abordar a sexualidade na educação dosadolescentes.
3.3 -
O
adolescente e oambiente
_Ao
contextualizar of adolescenteno meio
em
que
vive, percebe-se que esteexperimenta transformações simultâneas de
ordem
interna e externa.Com
influênciasno
crescimento e desenvolvimento na adolescência
ocorrem
grandes modificações, dentreestas, a decadência de' crenças e práticas tradicionais, a desestruturação da família, as
mudanças de
valores (Saito&
Colli in Marcondes, 1985).Para Saito
&
Colli inMarcondes
(1985, p.482), “Alguns grupos de referência sãolembrados por sua importância na adolescência.
A
família ~éo
primeiro grupo de referênciana vida
do
indivíduo e a dinâmica familiar contribui de maneira intensa ecomplexa
parao
preenchimento
ou
não das necessidadesdo
adolescente. Outros gruposenvolvem
escola,21
De
acordocom
Whaley
&
Wong
(1985, p.350), “Para atingir a maturidade plena, oadolescente precisa liberar-se
do
domínio exercido pela familia e definiruma
identidade independente. Infelizmente, este processo está repleto de ambivalências, tanto por parte dosjovens
como
dos pais.Os
adolescentesquerem
tornar-se adultos e livrar-se das restriçõesimpostas pelos pais,
mas
amedronta-sequando procuram
abranger as responsabilidadesque
a independência acarreta.
Em
parte, esta emancipação implica desenvolver relacionamentossociais
que
contribuem para que o adolescente identifique seu papel na sociedade”.Explica Saito
&
Colli inMarcondes
(1985, p.483) que,“O
adolescente éum
serem
formação e transformação, sendo a adolescência
um
fenômeno
universalque
será vivido demaneira variável e resultante
da
interaçãodo
jovem
com
seu ambiente de vida. Estasdiferenças criam necessidades diversas que só poderão ser abordadas
quando
se considerao
binômio adolescente-ambiente”.
Para
Souza
(1989, p.54),“A
escola é quase tudo parao
adolescente: éo
seu local detrabalho, é
o
núcleo de convivio social e, por piores que estejam estruturados os currículos,representa
o meio
pelo qual ele adquire os conhecimentos básicos,que
servirão maisadiante para o treinamento profissional
ou
para ingressar na universidade”.Nas
palavrasde Azevedo
(1995, p.3 8),“A
escola cruza a estradada
adolescência na 5” série, trazendo consigoum
batalhão de professores, matérias e maneiras diferentes deavaliações.
Tudo
tica fragmentadonum
momento
em
que o próprio adolescente nãotem
uma
imagem
coesa de si.A
5” sériefica
na lembrançacomo
um
marco.Mas
tantopode
seruma
lembrança doce, deum
momento
de transição paraum
nível mais importante,em
que
nos sentimos grandes de verdade,
ou
um
marco
de profunda angústia, superado, é claro,como
tantas outras coisas.De
qualquer forma, é preciso ter fôlego para administrar todas asmudanças
pessoais juntamentecom
asmudanças
escolares.Sendo
que, juntamente a todaessa
mudança
de estilo de escola e disciplinas acrescentam-senovos
fatores: a expectativa ea cobrança, tanto dos pais
como
do
próprio grupo emesmo
da
escolano
que diz respeito ao futuro”.Acredita
Louzada
in Zekcer-
org. (1985, p.83) que,“O
que
se espera da escola éprodutivos, possuidores de
um
sentido deum
valor pessoal, interessados na condiçãodo
homem,
ca azes de anteci aro
futuro e de crerQ
ue
haverá nesteum
lu ar ara eles”.3.4-
O
adolescente e asaúde
Os
adolescentes são indivíduos relativamente sadios, sendo baixoo
índice dedoenças durante este período etário. Assim, a maioria dos problemas de saúde
do
adolescente relaciona-se às necessidades especiais
de
higiene, maiores necessidadesnutritivas, problemas dentários, maior propensão de acidentes (relacionados ao crescimento desproporcional
do
corpoque
por si só já facilita o acontecimento destes,além da
vontadeque sente
em
desafiar limites), necessidades especiais de atividade e repouso e alteraçõesnos padrões de eliminações.
Whaley
&
Wong
(1989, p.352) ao escreverem sobrecuidado
pessoal referem que,“As
mudanças
orgânicas associadas a puberdadegeram
necessidades especiais de higiene.A
hiperatividade das glândulas sebáceas e o iniciodo
funcionamento das glândulasapócrinas
tornam
obanho
diário imperativo, e os desodorantes tornam-se importantesno
cuidado pessoal.
O
adolescente descobreque
a cabeça precisa ser lavada maisfreqüentemente; as
mocinhas tem
dúvidas a respeito demétodos
depilatórios,do emprego
de cosméticos e
da
higiene menstrual”.No
que
se refere a nutrição osmesmos
autoresmencionam
que o
rápidoaumento
de peso, altura e
massa
muscular, assimcomo
a maturação sexualda
adolescência,acompanham-se
de novas e maiores necessidades nutritivas. Estasmantém
estreita relaçãocom
oaumento
damassa
corporal.Os
adolescentesquerem
comer, seu apetite é voraz e suacapacidade de consumir alimentos é freqüentemente assustadora. Visto
que
seu estômago épequeno
demais paraacomodar
a grande quantidade de alimentos que necessitam para seu crescimento, eles precisamcomer
a intervalos freqüentes.Os
alimentos são parte da atração exercida pelos pontos de reunião e lugares que os adolescentes freqüentam.As
necessidadesde
cálcio, ferro e zincoaumentam
consideravelmente durante os períodos decrescimento rápido.
O
cálcio é necessário para o crescimentodo
esqueleto, o ferro parao
aumento da massa
muscular edo volume
sangüíneo, e os zinco para a formaçaodo
tecido ósseo.Na
época damenarca
as meninas são especialmente suscetíveis ao déficit de ferro.23
Os
problemas
dentários constituem a área de especial atenção na adolescência, principalmente pela tendência aum
maiornúmero
de cáries que ocorre nessa época.A
presença de cárie está relacionada aos hábitos alimentares e higiene dental inadequados.Outros fatores
têm
influência na intensidadedo
problema, taiscomo,
a atençãoodontológica e a orientação sobre higiene dental anteriores.
A
motivaçãodo
adolescente,quer
no
sentido de tratamento querem
relação à prevenção de cáries, é fator importante aser considerado na
abordagem
enem
sempre é fácil de ser consegmida (desconhecimentoda
gravidadedo
problema, temor de ir ao dentista, etc.) (Colli in Marcondes, 1985).Outro aspecto importante a ser considerado nesta fase é o problema
com
acidentes,uma
vez que, na adolescência, as funções fisicas, sensoriais e psicomotorasdo
indivíduo estãoem
alta, conferindo aojovem
uma
sensação de força econfiança nunca
antesexperimentada.
As
mudanças
fisiológicas da puberdadepermitem
maior ímpeto a muitas forças instintivas básicas.Como
0 aumento
de energia que precisa ser descarregado atravésde ação.
A
tendência acomportamentos
arriscados acoplados aos sentimentos de destruiçãotornam os adolescentes pessoas especialmente propensas a acidentes
(Whaley
&
Wong,
1935)
Com
relaçao a atividade erepouso
Colli inMarcondes
et all (1979, p.95)comenta
que,
“A
atividade fisica constitui requisito importante para o crescimento edesenvolvimento
do
adolescente àmedida
em
que propicia o desenvolvimento muscular, dehabilidades motoras e de coordenação e representa
uma
oportunidade de integração social”.As
necessidades de sono e repousodevem
ser particularmente lembradas,uma
vez que, o rápido crescimento fisico, a tendência à sobrecarga fisica e oaumento
geral de atividade que seobservam
neste período etário são fatores que contribuem para a fadiga.O
sono e 0 repouso adequados durante este período
tomam-se
elementos importantes paraum
regime de saúde geral
(Whaley
&
Wong,
1989).No
que se refere as eliminações, Vieira et all (1996, p. 2) explicam que “elas estão relacionadas a necessidadedo
organismoem
desembaraçar-se de substâncias indesejáveis.Na
adolescência os estados emocionais afetam os padrões de eliminações. Para oadolescente, a necessidade de privacidade para que ocorra as eliminações é de maior
sente da sociedade.
O
adolescente geralmente retarda suas eliminações devido à relutânciaem
atrair as atenções ao deixarum
grupo.A
perdado
controle das eliminações, leva auma
diminuição da auto estima.
A
ansiedade e o estresse,podem
tanto aumentarcomo
reduzir afreqüência tanto da
micção
quanto da defecação,dependendo do
tipo de resposta de cadaadolescente”.
3.5
-
O
adolescente e a orientaçãopara
o auto-cuidadoDe
acordocom
Suplicy et all (1995, p.O8), “Orientação sexual éum
processoformal e sistematizado que se propõe a preencher as lacunas de informação, erradicar tabus
e preconceitos e abrir a discussão sobre as
emoções
e valores queimpedem
o uso dosconhecimentos.
À
orientação sexual cabetambém
propiciaruma
visão mais ampla,profunda e diversificada acerca da sexualidade”.
Ao
se falar de sexualidade e autocuidadomerecem
destaque os aspectos relacionados asDST”s/AIDS,
gravidez, aborto,métodos
contraceptivos e drogas que apesarde suas peculiaridades estão intimamente relacionados nesta fase da vida.
DST/AIDS
- As
doenças sexualmente transmissíveis sãocomuns
na
adolescência.Para Zekcer (1985), o fator que contribuiu para as atividades sexuais mais promiscuas e
mais precoces foi o uso de anticoncepcional, o
que aumentou
muito onúmero
de casos deDST°s.
Os
anticoncepcionais fizeramcom
que houvesseum
número
de relações sexuaismais freqüentes eliminando o uso
do
preservativo. Estesquando
usadosadequadamente dão
uma
proteção contra as enfermidades venéreas.Segundo
Suplicy et all (1994, p.76),“As
doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a infecção peloHIV
(Virus da Imunodeficiência Adquirida),podem
ser evitadaspor
um
comportamento
individual preventivo”.“A
gravidezpode
seruma
das conseqüênciasdo
desejo da adolescente deexperimentar situações e extemalizar seu
mundo
intemo,bem como
de sua necessidade deagir
em
conformidadecom
seu grupo, de sua impulsividade e de sua busca deuma
identidade sexual.
Embora
a incidência de gravidez na adolescência seja influenciada pela disponibilidade de meios contraceptivos e de aborto, as adolescentes grávidas constituem25
uma
população de alto risco, tanto sobo
ponto de vista médico,como
do ponto de vistasocial,
econômico
e educacional”(Whaley
&
Wong
, 1989, p.364).Saito
&
Colli inMarcondes
(1985) descrevem que, as características da adolescência,como
crescimento e desenvolvimento fisico incompleto, assimcomo,
asmudanças no
processo de socialização e a organização da personalidadetornam
a gravidezna adolescência
um
problema
de grande complexidade, acarretando agravos fisicos e psicossociais importantes. Ainda,como
problemática desta situação, os recém-nascidosprovenientes das gestantes adolescentes freqüentemente apresentam insuficiência ponderal
e encontram
um
ambiente de vida inadequado, principalmentedo
ponto de vistapsicológico.
Aborto
-Nas
palavras de Suplicy et all (1994, p.75), “Adolescentesque
engravidam e
pensam
em
interromper essa gravidez deveriam conversarcom
pessoasadultas
com
as quaistenham
relações de confiança, decompreensão
e de respeito”.No
entanto, a questãodo
aborto aparececomo
um
dos temas mais controvertidosnum
programa
de Orientação Sexual.As
discussões dos adolescentes refletem posições muitasvezes extremadas e que dão conta apenas de parte desse
complexo
problema. Possibilitaruma
reflexãoampla
e pluralista sobre a questãodo
aborto, buscando analisar diferentespontos de vista,
sem
radicalismo deve ser o objetivo.É
fundamental não perder de vista asdiferentes implicações da questão: ela
não
se refere só auma
escolha individual (já deinício implica duas pessoas)
mas
passa pelo coletivo, abrangendotambém,
a área de saúde pública (Suplicy et all, 1995).Métodos
contraceptivos-
ParaWhaley
&
Wong
(1989, p.364),“Os
recursos deplanejamento familiar
em
geraltêm
experimentado expansãono
decorrer dos últimos anos,e o
aumento
da atividade sexualda
população adolescente levou auma
maior consciênciada necessidade de se dispor de serviços de contracepção
como
parte da assistênciaem
saúde aos adolescentes”.
A
escolhado método
contraceptivo deve basear-se na preferênciado
adolescente e seguiro
critério deum
profissional da saúde.É
necessário ainda que a adolescente esteja motivada para utilizar ométodo
que lhe forrecomendado ou
prescrito.Independentemente deste, a adoçao de
um
meio
de controle da natalidade é apenasuma
Drogas
-A
transição para a vida adulta,com
suas respectivas tarefas dedesenvolvimento, produz
um
sentimento de desconforto difusoem
alguns adolescentes,que,
em
sua busca de alívio para esse desconforto e o estresse deste período de mudanças,reagem
apresentando dificuldades para solucionar seus problemas.Alguns
dos problemasmais graves
podem
ter origem nos estresses desta fasedo
desenvolvimento levando aoabuso de substâncias tóxicas.
O
uso de drogascomeça
pela vontade de experimentaruma
droga. Assim, a droga
pode
ser experimentada apenasuma
vez, ocasionalmente,ou
tomar-se parte integrante de
um
estilo de vida centrado nas drogas.Muitos
jovensusam
drogasnão apenas pelas experiências de percepção e sensoriais,
mas
também
por causa dosaspectos sociais.
Usam
drogas porque os outros adolescentestambém usam
e porquequerem
“ligar-se” na cultura das drogas.(Whaley
&
Wong,
1985).É
importante salientarque os problemas citados pelos autores na década de 80, continuam relevantes, ainda, nos
anos 90, porém,
com uma
diferença, o acesso as informações inicialmenteeram
privilégiode
uma
minoria, taiscomo
profissionaisda
área da saúde.Hoje
estas informações são dedomínio público, de forma interdisciplinar e o
que
é mais importantechegando
mais perto4 -
REFERENCIAL TEÓRIC0
Partindo
do
objetivo da VIIIUnidade
Curriculardo
Curso' deGraduação
em
Enfermagem,
que se baseia na elaboração deum
referencial teórico aplicadoem
um
projetoassistencial,
adotamos
a Teoriado
Autocuidado de Dorothéa E.Orem,
com
o propósito deembasar
o referente projeto.Segundo
Kerling, citado por Torres inGeorge
(1993, p.16), “as teorias são encaradascomo
um
conjunto de conceitos inter'-relacionados que proporcionamuma
visão sistemática deum
fenômeno
(um
fatoou
acontecimento observável) que é, por natureza,explicativo e profético”.
Uma
das características mais significativas deuma
teoria é a sua utilidade ao profissional,uma
vez que,pode
indicaro
objetivo que deve ser alcançado,desde que, as relaçoes da teoria sejam precisas na realidade.
Para Foster e Janssens in George, (1993, p.91) na teoria de
Orem,
“aEnfermagem
tem
como
especial preocupação a necessidade de ações de auto-cuidadodo
indivíduo, e ooferecimento e controle disso,
numa
base contínua para sustentar a vida e a saúde,recuperar-se de doença
ou
ferimento e compatibilizar-secom
seus efeitos”.A
teoria geral deenfermagem
deOrem
é desenvolvidaem
três partes relacionadas: (1) Teoriado
Autocuidado; (2) Teoria de Déficit de Autocuidado; (3) Teoria de Sistemas deTeoria
do Autocuidado
“Engloba
o autocuidado, a atividadedo
autocuidado e a exigência terapêutica deautocuidado. Autocuidado é a prática de atividades, iniciadas e executadas pelos indivíduos
em
seus próprios beneficios, para amanutenção
da vida, da saúde edo
bem-estar” (Monticelli e Silva, 1997).Nesta teoria são apresentadas três categorias de requisitos
de
autocuidado:Universais (estão associadas a processos de vida e à
manutenção da
integridade daestmtura e funcionamento humanos); Desenvolvimentais (aquelas
em
que
o indivíduoprecisa adaptar-se a novas situações de vida);
De
Desvio deSaúde
(é exigidoem
condiçõesde doença,
ou
aindaem
conseqüência de medidas médicas) (Monticelli e Silva, 1997).Teoria
do
Déficitdo Autocuidado
Constitui a essência da teoria geral de
enfermagem
deOrem
porque mostraquando
aenfermagem
é necessária.A
enfermagem
passa a ser necessária porqueum
indivíduo acha-se incapacitadoou
limitado para, continuamente ea eficazmente,promover
autocuidado.
Orem
identifica cincométodos
de ajuda: (1) agirou
fazer para o outro; (2) guiar o outro; (3) apoiar o outro; (4) proporcionarum
ambiente quepromova o
desenvolvimento pessoal, quanto a tornar-se capaz de satisfazer
demandas
futurasou
atuaisde ação; (5) ensinar o outro (Foster e Janssens in George, 1993).
Teoria
de
Sistemasde
Enfermagem
Tem
como
base as necessidades de autocuidado e as habilidadesdo
pacienteem
desenvolver atividades de autocuidado.Os
sistemaspodem
ser classificados em:Totalmente Compensatório
quando
o enfermeirodesempenha
todo o cuidado pelo paciente;Parcialmente Compensatório
quando
o enfermeiro e o pacientedesempenham
autocuidadoe de
Apoio-Educação quando o
enfermeiro ajuda a corrigir limitações de autocuidado29
4.1 - Conceitos
Norteadores do Trabalho
Para o desenvolvimento de qualquer teoria é necessário que se tenha
em
mente
oque os seus
componentes
significam.Para Torres in
George
(1993, p.14) “conceitos são palavras que descrevem objetos,propriedades
ou
acontecimentos e constituem oscomponentes
básicos da teoria”.Abaixo
descreveremos alguns conceitos à luz de determinados autores etambém
por nós elaborados.Auto-cuidado
-
O
auto-cuidado é a prática de atividadesque
os adolescentes realizamem
favor de simesmos
para manter a vida, a saúde e o seu bem-estar.Os
adolescentes
podem
realizar auto-cuidadocom
mais efetividadequando o
adulto, através daeducação para o auto-cuidado, potencializa a capacidade
do
adolescenteem
cuidar-se(Adaptado de
Eben
et all in Marriner, 1989).Educação
para
o auto-cuidado-
É um
processo formal e/ou informalsistematizado que se propõe a educar o adolescente para o auto-cuidado (Fernanda Vieira e Leila C.Teixeira, alunas da VIII U.C.).
Ser
humano
- “Sereshumanos
diferem de outras coisas vivas por sua capacidade(1) de refletir acerca de si
mesmos
e de seu ambiente, (2) de simbolizar aquiloque
vivenciam, e (3) de usar criações simbólicas (idéias, palavras)no
pensamento, nacomunicação
eno
direcionamento de esforços para realizar e fazer coisas que trazem beneficios a simesmos
ou
a outros” (Foster e Janssens in George, 1993, p.96).Os
adolescentes por estarem vivendo
uma
etapa peculiardo
ciclo vital, diferenciam de outrosesforços para realizar e fazer coisas que trazem beneficios
(como
o cuidado) a simesmos
e/ou a outros.Enfermagem
-De
acordocom
Orem,
citado por Foster e Janssens inGeorge
(1993,p.91) “a
enfermagem tem
como
especial preocupação a necessidade de ações deautocuidado
do
indivíduo, eo
oferecimento e controle disso,numa
base continua parasustentar a vida e a saúde, recuperar-se de doença
ou
ferimento e compatibilizar-secom
seus efeitos”. Portanto,como
escrevem Foster e Janssens inGeorge
(1993, p.96), aenfermagem
“difere de outros serviços pela maneiracomo
ela focaliza os seres humanos”.Saúde-doença
-
Processo dinâmico e contínuo quetem
estreita ligaçãocom
fatores externos e internos.No
adolescente o processo saúde-doençamerece
especial atenção,tendo
em
vista sua transformaçãono
plano fisico, psíquico, interpessoal e social,podendo
odesequilíbrio de
um
destes aspectos contribuir para a perda de seu bem-estar (FernandaVieira e Leila C.Teixeira, alunas da VIII U.C.).
Meio-ambiente
- São as condições e influências extemas que interagemcom
a vidado
adolescente, expondo-o a estímulos contínuos capaz de criarou moldar
hábitos eatitudes, e de contribuir
com
apromoçao
da saúdeou
de doença (Fernanda Vieira e Leila C. Teixeira, alunas da VIII U.C.).4.2 - Processo
de
Enfermagem
“
Orem
apresentaum
método
de determinação das deficiências (déficits) de autoz
cuidado e a definição dos papéis da pessoa
ou do
enfermeiro, para satisfazer as exigênciasde auto cuidado.
31
Passo 1.
É
constituidoda
operação profissional de diagnóstico e prescrição_
Diagnóstico é
uma
operação de investigação que capacita o enfermeiro a fazer julgamentossobre a situação existente de cuidado e saúde e a decisão sobre
o
quepode
ser feito. Nesta fase o enfermeiro coleta dadosem
6 áreas: 1) o estado de saúdeda
pessoa; 2) as perspectivas médicasem
relação a saúde da pessoa; 3) as perspectivas da pessoa quanto a sua saúde; 4) as metas de saúde (no seu contexto e estado de saúde); 5) as exigências de auto cuidado da pessoa; 6) a capacidadeque
a pessoatem
para efetuaro
auto cuidado.Passo 2.
É
o planejamento
dos sistemas deenfermagem
e oplanejamento da
execução dos atos de
enfermagem
(o enfermeiro determina as metas, os objetivos etambém
cria
um
sistemaque
seja totalmente compensatório, parcialmente compensatóiioou
deapoio-educação).
Passo 3.
É
a implementação das ações deenfermagem
e inclui a produção e ogerenciamento dos sistemas de
enfermagem”
(Monticelli e Silva, 1997).O
desenvolvimentodo
processo deenfermagem
baseadoem
Orem
teve a adaptaçãoA
Escola Básica ProfessorOswaldo
Rodrigues Cabral, localizadano
bairro Bela Vista,em
São
José, na região daGrande
Florianópolis, está afeto à Secretaria de Estado deEducação
e Desportos. Foi inaugurada há26
anos e conta atualmentecom
aproximadamente 927
matriculados, distribuidosem
três tumos. Destes,458
alunosfreqüentam 0 1° grau (Sa a 8” série).
Para seu efetivo funcionamento a escola conta
com
1 diretor geral, 1 diretoradjunto, 1 secretária, 2 orientadoras pedagógicas,
29
professores , 2 merendeiras, 3serventes, 1 vigia e 1 auxiliar de serviços gerais.
O
Colégio Presidente Juscelino Kubitschek, localizadono
bairro Barreiros, situadono
município deSão
José, na região daGrande
Florianópolis, está afeto à Secretaria deEstado de
Educação
e Desportos. Foi inaugurado há 23 anos e conta atualmentecom
aproximadamente 2000
alunos matriculados, distribuídosem
três tumos. Destes,1000
alunos freqüentam o 1° grau (Sa a 8” série).
O
colégio contacom
1 diretor geral, 2 diretores adjuntos, 2 secretárias, 1orientadora pedagógica, 70 professores, 2 merendeiras, 7 serventes e 1 vigia.