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A imagem das reformas educacionais : Brasil e Portugal um ensaio mitanalítico

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Academic year: 2021

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(1)

Tessituras do Imaghiirio:

cultura &

educação

,

(2)

."..

Tcssitu~aídainu&Orio:~ uad&$%eJ m p i @ ~ de Maria dm Rsd%rioSiiv@iraP~na. MariaC.cilieSsnchcnTcincSa,H~re~ Psmira S i ~ ~ I m + , M ~ a d c L o ~ e y B s n ~ . C u W E d u e i ~ # C I r r l FEU%PaOO. 24s P.

I. EEluMo. 2. Cultura- Inrgin8i.i. L Soehrlogja EduÇadbd. 4.AnhopalogiaEduc.ci~m4. I . m h r . 11. Perto, Muiido Ror&& Silveira iIL R%Wra, Maris Cediia Samhez. 1V Sanlas. Mmus Ptrmin. V. Burdtira, Ma* da Lattdn.

Sumário

&Primtizaçáo da Religiga e o Fim do Teo~u>-Poh%Co

Jmn-Bism SM.mc@w - 20

HStca &c Literatura: o 5a@4 vivcnciado

Maraas iThQi?n S & R ~ 57

O Infinito em WD$W Mãvs

WDEabsy TMidrio 77

&&mo, ii~iverso da laAagiatia e Viol&Ga S a u i f i d : m i c o d c a $e; Sane@ Susanna (Op. 21) de HMe-

J& Gwks $d Fmks Gnmffio 89

Imaginário, VioIencia e Q+gaaíza~%b Escolar exprw6es mrti,cosibmli~6

A M 7 M d o L ML@WTW~W I81

Cultura e Rituais em Edu*

Ma& ddLduldias @4f#iMm 143

Rimais numa Bscola de Formafãro de Professor:

pr8tiw gimbBlicaa a r g a n ~ 0 1 ~ do espwo.aempo dos & p u p

&iw NIiAt'hlsmm Chawgi 199

Rituais Escdare8: liturgia &+c& e pIarif~açSo da mem8ria [apm&ima$5as hisr41icas)

(3)

'A Imagem das Rsforraas Educacionais:

Brasil e Portugal, um Ensaio Mitanalftico

A b W Filipe Araeo /Amando B. h 851m 185

Pode Existir uma Interatividade Imagina»

Jmdmi7 Ma&& da Silm 223

Cibercultum e Interatividade:

desafios à imaginaGo eriad~fa do professor

Mamo Súva 229

Entre Telas e Vitrines: alguns ~omenpários sobre a uimtuica@o no cenáxio carioca contemporâneo

Wiarnlo Ferreira Frritar 239

Maria Cedia Ssndres Il.i%&a'

O presente livm reúne 85 t m ~ s aprexntadas no I1 Encontra 'sobre Imaghfirio, Caltara e Educaç%a, realiado em maio de ZQOO, na Faculdade de Edueaeo da USE? promavido pelo Centro de Estudos so- bre Imaginhio, Culturanálise de G r u p e Educa$&o

-

CICWFEUSP.

A escolha dos temas para este Enwntso se$uiu o principio que tem otientado as pesquisas e atividades promovidas pelo CICE, que < i ~ de tratar de temgdcas diversas confome o d h a r e a e x u ta específica de cada pequisadot, a partir de um sole pâradiimfitico çomum. Com isso, contemplam-se as divems manifes%i@es da imaginário e das imagens na$ esferas cultural, psicolÓ$íca, sociológica e eskimcienal.

Corno o termo kim&rn remete a um grande número $e e ~ o r r ê n - c i ~ , de contextos e de mmUertaçOes diverm, as atividades realiadas duraate s Enconuo permitiram que 66 di~cuthse a q r m á o do imagi- s i r i o em sua dtipiicidade, variedade e hetemgeneidade; em mari& Feitacáes Mo diversas c a n o a rdigião e o sagrado, a música e a l i m m - ra, os rituais ~ o l a r e s

e

as liuirgbs &ices, a violêticia e a uberniltura. Pode-se diaer, assim, que os terna8 apresentados, inclusive nas sessões de mmunlea~ão, &arcaram tanto asmaaif%st;t~óes mais uadicionak e sen- síveis do haginbrio, como qusstfies atuais que têm preocupado os edu- tadares. Em owtras paiavrw, o imaginário e as imagens foram tratados em mas expr'essk cognitivas, est&ticas, sagradas e éticas, entre ouri-as. Nesse genti&o, as diversos recortes

-

so~ioldpica, histórjco, antro- pológko, psicolágieo

-

prefenBs nas k k s e atividades desenvelvidas no Encanwo podemser censideradm carne "pontss de ~&m", como pers- pectivas, e partir das quds o meamo objeto

-

o

hane

sa$i&ns

-

i i t s pre- sente nas rnanifestagies mais significativas do urtagi&rio da cultura dos grupos e da sociedade.

Por este mofivo

e

meamo com

a

apiuenke diwnidade de trata- mento e de tem?É$cas, i possivel afirmar que houve.nma in#emela@e entre todos sa trabaihos apresentados. que nada mais6 do que a intera-

(4)

A Imagem das Refirmas Educacionais:

Brasil

e

Portugal

um Ensaio

Mitanalítico

AIberfo Filipe Araújo' Amando 1. MalMro da Silua"

Nota htrodutória

Tentamos assumir um desafio d8cil e aliciante com este estudo exploratório: mergulhar o mais fundo poss1vel em textos normativos degradados e sujeitos a um máximo de usura, nabusca de traços mltico- simbólicos inscritos na plétora dos grandes mitos directores da tradição greco-romana e judaico-cristã que modelou culturamente o Ocidente europeu e o Novo Mundo. Pensamos tratar-se de um exercido Funda- mental para validar a mitanqse durandiana como hermenêutiea apli- cada aos meandros psicossociais e psicoculturais do irnagindrio, preissu- postci como existente náo apenas em discursos saturados de simbolismo e de emoção, mas, também, oculto através de manifestações empobreci- das per um excesso de normativismo e de ra$onalizaçáo.

Não O recente este nosso propósito de levar a um limite máximo de.aplicabilidade a hermenêutica mitanaiítica, mas s6 agora dispomos de um "apzrelho" teórico-metodológico mais &nado que nos permita sair dos "terrenosn férteis onde começou por ser empregue a mitocríriea e, centrando-nos na área educativa e pedagbgica, entendemos necess5- rio que avancemos para alem das textos d e pensadores e pedagogos, caindo em pleno em tentos de pendor mais jurfdico-poiítico. Neste Sen- tido C, ali4s, digno de nota o estudo mitocritico que Marco António Dib elaborou sobre o Plano Nacional de Educa* -apoposta desociedade (I997), do Brasil, que resultou da mnsolidação dos trabalhos iniciados no I Congresso Nacional de Educação

-

CONED (1996) e finalizou no I1

CONED (Novembro de 1997), com o objectivo bgsico da elaboração de um Plano Nacional de Educação, que definisse directrizes e metas para a educação bradeira (Dib, 1999: 143) ap&s a queda da ditadura militar e no quadro actual de csnsoIidação polltica do regime democrátim.

Animados par identico mbbil, de~ididimos fixar o nosso exercício expIorarório numa outra temporalidade e numa dupla espacialidade:

(5)

iemitunu do Imsgln8rlo: cultura & eduoaqAo

-

WNIC

-

Culab4

-

OICWFEUSP

p8r em confronto as experiências reformistas da educaao ocorridas no Brasil e em Portugal no Wbito do mesmo regime palítieo-ideológico

-

a República demoliberal e pasitivista. Para o m o português, escolhemos a reforma de 19 11 e a reforma parcial (dirigida sobretudo ao ensino técnico profissional) de 1918, dando particular aten@o aos respectivos relatórios preamhulares; do Brasil, recebemos' vários diplomas datados do primeiro período republicano na sua forma legal mais "dura": lek e decretos com um articulado norinativo desprovido de relatúrio prévio com explana$óes de pencbr mais ideológico. AawEncia de "wgaga" ideo- logémica

a

tom do t e m constitui uma séria dificuMade e, ao mesmo tem- po, a condi60 ideal pam testar a capacidade pr0speCa.a da mitanálise.

Da Mitan4lise aos mitos das reformas educacionais

Oculta sob as camadas superficiais e legíveis dos textos há uma espessa e imprecisa "zona cinzenta" que importa explorar através d e recursos hermenbticos mais fyios e exigentes e owle nível de exigen- cia entra a mitantlise de que já nos temos ocupado com detalhe (Araajo &Silva 1985; AraSja, 1997 e 19S-8). depoia de outros, tais wmo Denis de Rougemont (1961). Gilbert Durand, (1977, 1994 e 1996"), Simone Vter- ne [1993), Jpan-Pierre Slronneau (1982,1988 e 1993) e hdkhel Gazena. v e e Roland Auguet (1985). para s6 falarmos dos mais signilicativos.

Sem entrarmos, aqui, em demoradas explana@es teóficas, paFe- ce-nos o p n u n o referir que ela se wnstitui como uma d b f i e herme- nhtica, fundada por G. Durand nos anos setenta, para designar, da ponto de vim mil(e)todokígfco, o

...

iIEtfma mfmnckl da cmpwnsáo dm f & d w s h u f m , os conjuntos iinawriai

pr

~omt&em as '@anda ima-

ganx'aa sua narraçZo milita (197ga:84). Para o autor, o termo mitandlise

...

d@na um si~&do

h

aB1BBli.w &@3%a dos mim a& de e.@adr nrio somente osmtidopx~ol6gico (Paul Dkl, jamas IliImian. Yves

Dumnd), mas o sanii8o soci016&0 (Cl. W S k a u r s , D. Zahun, G. D u m d ) .

i...)

A m i t a n d l ~ i0dot6gim (G. DuraRdJ wwpir&-

&-SE simuEtane~mmtsnns Erabalhos do @tl*~tur.~llismo de Cl. M-

i N% p o d a m deiar dn cxpmulr o nwro pioiundo agnadcEi-lo P Pralmscrrora Marta k n i z

Sruclirr l'imiw p r h h r=&*i e prenm cama "e$ Fcr c h c p v l r i s s d'ilonilr de mieriuar rdaaiivat prri quc pudcarcmol r ~ l i a r m a a h u w m suntplra&v&

Percebemos, entáo, que a mitanftlh vka a defecgo dos traços miticos (esquemas mítihgs) latente* ou d i h s (mito impU0.W) e paten- tes (miro explfcito), no interim das sokedade3. das épocas culturais e das respectivas ideelagias que as enformam, como as pr6prias trabalhos de Smonneau bem demonstmam, ao tratarem da relaçáo mito-ideolo- @a e das relig+ões polltdcas ( n a d ~ n a l - c i a o c o m u n h o leninista- estalinista e meamo a ideologiajacobina -1988, I990 e 1993). O que nas interessa, sobretudo, reter da an6iise do autof é o seu esfwso herme- néutico de aplicam mitanalftica às ideobgias poIfucas do mcionai-socia- lismo, do comunismo e, ultimamente, do jacobmlsmo, com o objecrivo de detectar, nos seus úItm$fcios idec-poEtiLas, t r a p mftims. Esm aplica- &o s4 é po$sfvd porque admite, por um lado, que o semarrtismo do diE~urso não é reduttvel à sua estrutura formal e que, par isso mesmo, é jd sinal de UIB presença eimbólica, ainda que velada dos trasos miucos, e que, por outro lado, estes megmos traços (que podem ser

w

mitemas ou mimlqema$ se enmntram habitnalmentc degradados, dissemina- dos ou traduzidos num oume ripa de dis~urso, que, à prrineira vùta, nilo revela semelhane com qualquer eanntura mitica:

O

d ~ n m t m v m r ' o do mito ~ ~

liga<lo,

fbshado - na w

capa iociwzal da i&daguL canw num 6S;aavtilha; p w d d o s sua k#~Rdade: a ~ p t ~ e i d a d ~ a espessura dasentido p cn7eaC&- m?n tado o dmbolhw e m& a dUcurm mttico, d n n a l w p ~ a

Foi p d m m e n t e na tentativa de e x e08 traços d c a s do imagi- nario ideepedagdpico empobrecido e degradado, que vimas propond~, nos nossa trabalhos, a uttbza~o do conceito de idco1~$mu(, deünido

como

...

(6)

Q exposto, como cermmnte já se depreendeu, aponta não ido6 para a asmosef inseparabilidqde das duas dimensbes do haginário. isto

i,

0 ima&n&o sÓci~w&wd da Wstória e o b @ n á d o ar@&#al ( b g i - nal, diria H . Corbin) da Não-H'itbria (ou meta-higtória), eomo tambCm para um único I w g M e o , que, 8 Mta de melhor, denominamao d e Bidi-

&d,

porque as suas facetas sócia-çultufial e arqwtípica coexistem didccticamente de acordo com a "t6pia" &&o-cultural do imaginário durandiano [Durand, 199&:61-S e 19Q6?132-S6).

0

que sustentamos é a hipbtese de um a6 I w q $ W com duas dimensões &o anta&6nicas, mas ~oaqdexnenbwea e, ao contrdrio de k de Bawque que p a r e das narra- tivas enquanfo lugares de metáforas, para aeeder ao conhe$nreato his-

t6rie0, parsimos deste p r a o mundo das imitgens mlticas, arquetipd, pois achamos. de -da com P. Ricoeur, que o slmbolo a p r e c e como um

...

fari'm~ &i&Wimd

acr

medua .m

pua

a f i mm&tica se ~e$m d Mo sem&.h (1987:81). Ê, poib, n e m ventido que o mito 6 um sistema prrgnante de sfmbolos e de arqu&ítipos organizadas em narrativa ou, então, nas palavras de Durand

O mito é f& da plBgn&icia dntbáticp dos drn60Cos pua ale 8s- tmfum E% namatiztu: arquW@os ou &nbolos pmfundas (...)

O

mito, dbsminrlçria dCacrónica de s ~ p W m (mitwm)

c d#

5 h b&s, &&ma última, m&n#f4tiizo de i&sprydo dos mtcrganir- meí, o m@o é o @timo dh-waa e

a&

$4- I O m s o #@+C em última~wtõncia a '@ma Idos d w e : (...)A ' & - m a dos *a' mw&b-scsePnp~a w hpnresa@imp-P incBntmEe~eI [indépas- sable] a n t a g a h a mbia M d c e Vénw, A$& e Diontrio entre aquilu qw wtros

celemm

sob o vo~dbulo & princll,b &e pra- mr e O ~ ~ ~ Z P I C ~ @ O

PEO

w l i d d .

Mtts

desde yw

M

teogonia, $&a as

$ m t h h c w ~ i v o s rla &imo m nds, os elemm&s ~ 6 ~ l l s o s ~ n h . ~ s p a r a a L ~ & x ~ I z d o n s p o d s m ~ l U u h r c l i a c * , e p, $er~omodid& nbp ohfivmms

'a

SEmSes'. D w a

ou

'@ma

dos deures' p e

s&

OS liproila 6% nosso &sEI~Po da h 5 m m d de dDào ohzmcaPumto" (1996b!77-8).

O mito

assim

definido pei.mite-nda compreender melhor o mito de Proméfeu, o qual fof relatado, na tradição mitológica grega, por Hesldo (1928:59-7>7 e 81-9% Stchan, lf)&5:24-8 eTrousson, 1976:9+15)

e ppr esquilo (195#:160-99; Séchan, 1985:28-33 e Tmussan, 1976: 17- 403. Este Último, ao cont& de Hesíodo, v2 na figura mltica de Ptome- teu, enquanto benfeitor da humanidade, uma figura consciente @revi- dente ou reflectido), prudente, filantropo (altrulsta), triunfante, deso- bediente, mvolucion.4ri~, no .%nti& de entrar em ruptura com a tradi- @oão, e nko umã. figura portadora da desgraça, do mal e da dEScórdH, eomo quer Hesfocto. Assinale-se, tamb@m* que uma das caracterlsticas fundamentais deste mito é a da f6 na4 potensialidades

e

capacjdades do

h m c m (eriatwn de Prometeu) eontra a Fé nos deuses (representados pqr Zew

-

O Espfrito puro). Mas pdavras de Dumnd, esta revolta cacto

d e "cwnira") de Prometeu encarna o da EihardnPEO &

esw-

te (1@&4:179), que o Promslaara de Gaerhe bem ilustra:

A

f p ~

d a

d8 Pro~astm ~ 1 i m m saprhos das

'hw'.

EstaJ$zm

se

cmo P m t m de Gueths. AS W t m ,

nrYo é m&um áE\i&dap*odia.l, éo h mm & d o camo

$.&tio oiador

daEa

pOpria, gus n& tem maia n e 6 e s ~ e dm de%-

$a

e p e asmme o ~gacpripin dffs8iao. (Sironamu. 1c180:21).

Por outras palaww. esta revolta, se, por urb lado, tem somo ob- jectivo afirmar o poder do homem, realçar o seu eãFoqo em melhorar a situa@o hulhana e as condições de vida na terra, definindo a ideologia do mito coma &dista, h u d t a , prop7asrwsd, aiantisrcl c, algumas v0ae3, s & k fDurand, I978:35), p@r outro lado, representa quer o intelecto naquilo que ele tem d e espiritual

(luz]

e d e sublimação '[calor$, quer a q d o que ele tem de negatiw: a s u a farma perversa simhoI&da pelo pader ddestruidor d~ fago (Bachelard, 1968 [1949]).

Quanto ao mito do Andr6gi.n~ (Miguet, 1988:Y7-7; %edermann, 1996:29-50; Ciriot, .1981:67 e Riçher, 1981:294%1) bem estudado por Mircea Elinde ( I N l ? I98l6 e 1977), J. Libis (1980 e 19$6), C.G. June (1980), G. Gusdod (19$8), G. Durand f1984), Luc B r i s a n (1986).

M.

Delcourt (19801, entre outrm, tem como pano de &=do a narrativa da Criaçáo tal como 0 Gd& a trata (Gn 3, 21-31 e as referéncias que Platão faz n e seu Banquete, quando nata do a n d r w o como um sar hissexuado com forma esnrica (I89d 6-190). O andrsgino 6 o "h* mem primordial" antes da Queda Origina1 (Gn3, 1-13), portanto, o Antepassado mltica da humanidade próprio da Idade de Ouro [Goff, 1984:316-24 e 1985:8-23). k r í m e na imposs+bilidade d e aqui desen- volvermos aprofundadamente este mito (Araújo, 1996 e 1997), mn- tentemo-nos em referir que a andro&nia, enquanto expressãp da to-- lidade (coincid@uda dos contrários), de autonomia e Q força, com

=-

(7)

cepcão para a caracrerfstica da imormiidade, é um símbolo "super-fe- cund6"

(r.

Libis). Este sfmboIa, ao rradkiaír a ideia de homem "pfiRiordíai" ou "totalv', exprime a perfe&áo das origens e" <anseq&ientement;, um arado primordial náo condiianado:

O mita b andrdgtke,

mja

GSV7Wg0s seperdem n a nde dos 18% @m, eewa m a wd&de &@&+a ssau*, peidida

por

a&

dmb ou ~ P V ~ G J ~ Q ,

e 4w s m ' P a @@v& & @rapF@ hmmu(65, a por c&@ wnra d a duas p&es da par& complmendal; em viçta â re@law~S:do da heWav6n@4& p 1 h d e o+aL

(Cusdorf, 1985!911).

Muito tigado a este mito encontra-se o da Idade do Ouro, no qual

se íiiii a importante ideia-b~g, tanto iluminim, como republicana. do

Progesso. NSo é por acaso que Marina Seiabie (1958) escreve que o mito da Idade do Qun, consiste na

...

m $ a nznn tump0 pmsodoO pre%cnte ou futuro, d u m t e o

guel

um

cbpd fldw&l de õ n ~ # p ~ s ~ ! o ~ , & i~~jwidw05 ou a

h y ~ W t m s m 6onjmto cmIrscnra~ a,&tsmou smhca-

r&

u m

fdi&zdz paJÈita, podmdp esta ser da& sob à@-

rcpttes &s*6as (p. 42 I).

Na impwibilidade de darmos canta de todas esses aspettos e

atendendo às principais versões greco-remam do mito em m4llee

-

Hesfodo (1991: v. 11Q.S6), Dafdio (1995: i, 89). Piatão (1956: v. 114e- 5b), Virgllio (1997: IV* Bucbliw, 5 ) --, ritemos os seguintes mitemas estrutUraDces - a "paz< a "abundHociar' e a "justiça"

-os

quais, como é prbprio d a sua natureza, expirnem-se atravh de imagens. Assim, ao mieem da "paz" uirrespon* a bestitude dos comcços

(a

era paradwra- ea, Ibnge de todo o mal). qi~ando os deuses e as homens conviviam h

"margem de penas e miherim", numa cúmplice quietude; ao mitema da *abundaneib', ilustrado

pela

imagem do jardim, da ilha ou do o8sis,

corresponde quantidade inúmem de bens e:de saborosos frutos, flo-

res, ániores e u plantar, além da presença constante da8 wag c o m - tes; e ao último mitema, o $a ~juseiça", corresponde o modelo dajustiça

diviina, visto o homem mmar o comportamento dos deus= como papa.

dlgma a S C ~a ,illltitar.

A presença larente e Rinda destes grandes mitos direecores nas

reformas educacionais do B w i I e de Portugal republicms ser& a p o s - ta nos ftens seguintes.

Porto, Sanchez Taíaalra, Femlra Santas & Bandeira (orgS.1

O Contexto Bistórico

das reformas

educacionais

Esa de Queiroz, com o seu humar cafis;tica e politicamente eon- servador, comentou, nas página da famosa Revirta defimitqal, aníbita

e pacffica queda do Imperio no imenso Bra&il:

...

a r m & Brasil (tal w m cmtam 05 telnpanres pas&s

atmu&

&

ç ~ r % p u b 1 i e a n a a ) á mano$ uma rsvokgão gw u m ! ~ ~ a -aome & o nas@c(u. O w m h d D e & o da Rm- seca

;ld

um sinal m

a

*da: i7nmedhlan~lrte~ sem cbqm,

rn m$sB como S ~ pinttda W

qw

dmlisaa, a Mvnarchia, a

M a m h a , ojimaal niana~chico, 6s institdçágs wnarchisar &-

sappancm; e, w.@ a ukig assombra& su7p uma Regtcblim*

toda completa, ap#Irechad8> jbpouida de bancki~tL, da hymno, d~

~6220s dc &mio, e da b e n ç á g

do

awebpspo L a c d ~ (1 889:777-8). Estas palavm eapeihani o receio de que a reuoltqbo jae&na, de- sacreditada e znnpouco ob~aleta se alastrasse peh Amibica da Sul, dekan-

6o.a tsda coberto ouna COCOS, e não disfarcam a preocupaç50 pelas resuo- nâncias e repercussões em Pots45aI (Gan~alves, 1995:115-54). O caso era, afinal, bem menos divertido do que os telegramas supostamente deixavam entrever e, no espfrito dos republicanos portugueses, não ta*- dou a acender-se a chama $a esperança num destino comum, sob a al- vorada de liberdade e de pmgresso que eomsçara a despontar. Cunha e Costa, em 1994, náo podia ser mais claro:

W o ISdc n o w a h o

gw

05gm.evemos e a i m @ w ntovwehica portqpem bdlisam wrdn9nsnte a @&a1 o r d ~ m de c o ~ s a no B r d , sawa& com bssa procedimktcto, que 4 a mais datestmel

da.s pa&&a, p@iaos & U I ~ C ~ U M ~ ao nb~so @ia.

(...) Mas

a @ m o

&ahahl&v, mas 08 h8meM flublieas do B7m2, sabem &&m @e com alks mtb de a 1 w e saaçáp oparh'dv

re@-

&&naprtwgwz,

@e

&s pphiEo ttw a ses b d o w parte nobre, b r a d a e sã dos nDssd$ co%patnot(u, e que a + b l h B hoje mire nds u m u&detm afdra$ão npcienpl. N'wnafwlana:

-

n a p d e Rederag60 sulamdn11(1 não 96 @ ~ r a ~245. em

Mu-

gal, os amfgos do Brmib,

m s m

coopsradorsr dedicado$ edesinte- reafados, são os ng-nhros dagrande/amilia w & b t i c a os uvi-

(8)

603 qw v8em am o &&o sin~mo

ds

h c i m m wangcs o a s d ~ s a ~~~>$TBSSD 6 w a t m a hu@it&ira

qw

$uva as

pm{

@ C ~ J foi S C ~ V Itnta w&ypl$a @&ia (p. 284).

A revolta militar de I5 de Novimbro de 18g11, morrida do outro

lado do Atlílntico e que conduziu instauração da Repbbliea federativa:, radicou-se mim profundo e explosivo mal-estm wtrensembseqUente h8' campanha do Faraguai (1864-1870). habilmente ezplorado pela aguer- rida oposifio republicana brasileba. E 8s chamadas "questões m&ta- res", não tardou a juntar-se a expansão do m5uimenro abolicianista, de permeio com a difueão do "apostolado pesitivkta" bebido na "versão" ortodoxa da filosafia de h g u s t o Comte e da sua Religião da Humani- dade (Viana, I99k352-7). Refira-se a este propósiro, seguindo Jose An- tónio Tobias. que Gomte nã.0 fni o planador, m m

...

taío-smks o p n h emtirrm&

a

Q nt&w hlifuncEÍ6rto & Iisnt@ma .a &caç& h W a , d8 então para c&, Eatetra- m e n ú e d m i d ~

da

f o W o

a0 ~&Y#~dtrPn'o,

p&

ri&ts;P86mo da Sgsiohgia t do s&d.P

Não pode, também, deixar de ser dito que, nqssa conjuntura de finais de oitocentos, o E r a 4 estava sob uma &te pressão da emigrar;ão e da coIon+ão interna. faee

B

neceõstdade d e serem atendidos 0% inte- resses da lavoura caEeeira, amplamente carecida de mão de obra, em consêqu*nua das altemções prodiuidas pela uboIi@o ds, eacravatnra plana, 19.B4:625-36).

Fdi, pois, mm este pano de fundo que se deu a prociama&o do novo regime e

a

formação de um Coverm Provisório logo na noite d e I5 de Novembro, animado por una farte ardor reformista, p h m a d o num caudal legislativo que 8e estendeu

ao

longa de 1899 e culminou na elei@o de um Congregso C o n s t i t u h * de onde saiu aprovada a Conrti- fuiçSo de e4 de Fevereiro de 1891, em vigor até 1936.

O texto constitu&nal de 1891 wnaagrou, de acordo com a f6r-

mula comum a todas as constituições do liberalismo, a s e p a r e u de po- deres proposta por Monkvaquieu, mnfirmou o sistema federativo decre-

hirto, Sanchez Teixeira, Ferrelia Santos & Bendetra (oras.)

tado ditatoriai do Governo Provisdrio, introduziu a forma presidencial do Emcucivo, pernlhou uma declara~ão de direitos humanos cam con- kidergveis inovações, instituiu o casamato civll d e celabra@o gratuitata secularizou as ctimitérias, laicizou o ensino nos estabeledmentas públi-

as, separou o Estado da Igreja, aboliu a pena d e morte, criou o bbea GO@W (poileroso instrumento de protecçáo judicial do indíviduo sob perigo de p a d m Yiol&nda ou coaça), ergueu ate &sua mixima pleni- tude o direito de propriedade

-

embora com a ressalua da desapropna- çáo por necessidade ou utilidade pública mediante prévia indemnim- @o

-

e incorporou muitos outra3 direitos e p n t i a s jd constantes da Constituição do Imp6rio. Houve, alida, um refor$o e m a continuidade da ideelogialíberal e a mundividhcia buqpesa patentes sob o Segundo

Iinpéris (Bonavides e Andrade, 1991 :249-5 1).

Em riraté14ia uistructo-edudva, egses tragos de wntinuidade são evidentes, aFesar de, na m e m g e m presidencial de Setembro d e 1890, o Marechml Deodoro da Fonseca hti declarado:

Fm

+al,

ubeogita&m do monhiras~p&lma $a ~Ilatwão @lz- 64 d quul tm ddo dada nova e nmi diurna o&nta@o. D m d o a &#rlbllca

E

m

a

lodos

os gontm dos s w d d k i o s tm'rmiais

E no projecto da Camiss&o presidida por Joaquim Saldanha Ma- rinho, ar*;. 35 e 54 do eapltulo IV, fixava-se, como atribuição do Con- qewo, legislar sobre o ensino no distrito federal, incumbindo-lhe, ou- trossim, mas não prijativamente:

1 e- Aniaulr: M país, D d m ~ a l u i m m i o da eho@o piblica, a agricultum, a indicsMa e a migração;

Z9- CritcrinWu&es de miao s?&rnBnm e secundário nos &6ades:

O mesmo articulado, com ligeiras alterações, passaria para a ver- são oficial aprovada pelo Congresso, contra a vontade dos positivistas, representados por um significativo número de constituintes, q u e se manifestaram adversos 3i interferência do Estado em assuntm relativos à insau@o pública, indo mesmo ao ponto de desejarem

...

a ab@Iigão do

(9)

nuSnao@id

c

dm &&mas ciantl&o~. Na priti~a, de facto, a regulamenta% @o instrucro-educdiva dimanada do teato constitucional mantinha se- melhancas com o sistema implantado no periodo imperial a pardr do Acto Adicional de 1834. E a inremeagio estatal nessa tomou-6e uma ditectim, que Egi sendo wncsetizada nas diqersos Estados da Be- pública federativa.

As consri~uiç6es estaduais que sr: seguiram &federal consagrariam, muito em breve, o princípio da entrega do ensino primário público âs Camaras Municipais, resemandoúe & União oo"$ireiko a uma intervengáo mais directa no respeitante

a

in6tru@2 seeuidfiia e superior, não s8 na capifai, como neb d i v m s Estados, embora estes pudessem criar livte- mente as suas faculdades eestlbeledmentes ds ensino superior [Nislier,

1989: 1941.

Fímu, assim, desencadeado, até quase ao fim da Primeira Repú- blica brasileira em IQSB, um processo de reformas legislativas e (re)ordenadoras do "aparelho" edueativo, amvés da criagiio de uma d ede estabeledmentos de ensino m a i o e ãuperior, oscilando entre uma pastura liberal de oficializaç80 do ensino e a corrente positivista PavarBvel à desoficialia@o. As rehnias adiante referidas inserem-se, obviamente, neste procevo e no quadro global da evolugo polftica

e

s6eio-económica do regime insiaurado

em

1889, pautado

por

um cres- ~ e n d o de hstabilldade polRico-instinictonal e por um liberalismo eçm- nSmico incentivador de profundas desigualdade$soctais. O espíriteavan- gado da Carta Magoa foi sendo pevvertido e d e s r e s p e i d ~ pelo Poder Executivo, preso nas malhas de um presidencialismo de feição abwlu- tista e sob infiu&ioa da elite militar. A a p v a r este cenário, os partidos poliricos e8tadualizsdos ambaram por não eXpTe3SaT a vontade nacio- nal, desprovidos que eram de programa e de uma acturr@o permanen- te. Reduziram-se, afinal, a instrumentos ao servigo dos interesses das oligarquias patriarcais, cam ss seus "notámis" e *caciques" ou "cnm-

n€is" gerinda mtes e subsavlências. Os partidos mais poderosos, can-

centrado~ no eixo SZo Paulo-Minas, achavam-se comprometidos com a

c+Mn pdrjica do @'cem laie. mediante a qual, em sucessáo alternada,

elegiam-se os Presidentes da RepúMiw e daf que, como observam Paulo Bonavides e Baes de b d r a d e (1991), o federalismo constitucional de 1889 redundasse num federalismo verbal, com a igualdsde dos entes federados aistdizada na Ictra da Constiiuição.

A pratica revelou-se diferente, uma vez que a desigualdade polí- tica, concentrando com toda a força o pader de pr-o dos Estados mais fortes, de&equilibrou, na realidade, a balaqa do pacto federativo, convertendo as partes mais fracas da Federagáo a provincias subaltertzaa

Peito, Sanoher Telaelra. Fefrelra Sankoa & Bandeira EorB.1

do eixo cehtral do Poder

-

situaçfio mais ou menos ideiitica vivida sob o Imperio e que haveria de ser ab'ertamente questionada pela revolução de 1950, instauradora do primado do Estado social [idem: 257-60).

com^ elienta António NC>uoa (19$9J, ouvia-se por toda o lado (& classe pofftica aos pedagogss, passando pela Liga Naeional de Ihs- trus%o e Revistas Escolares), arfes e logo após o 5 de Outubro de I910 (data da instauração da 1s RepBblica portug;ue8a), glorificar o professor p r i d r h temo obrko dofi*o, ~p6~td0, ~ $ ( ; d a t # i30

d n o ,

& ~ ù n g d h d m , &&TO dos dexüws mpm!s da P W , dada a su-a imperttância na Eorma~áo

de cidadães imbucdos de um +i& provo, Iwre e dsnaoaâtica. Podemos, pois, &mar que havia uma forte consonância de opinióes dos &s variadoa q u d w n w s ~ b r e a ataque ele faeia à Hrria, p~i,is

...

sb d& de$&pm~ua $6 e l e f m a &ãm bMe5 wwes-

p@&

m aJdclo mm qme a ne$&lica vai aiatd-lo, w c E & d ~ ) p81e

JWra

dssa w 5 m 4 &+t&ka, J o ~ c õ n d w conup~&?flec cam- cbWaes&~adas(1911:f).

Esta visão do prakssor eomo

m&&,

@i@

sqfjmo

da

i a Ç k & & a daapwas, a$$5dBlo lako da EPcoIa, enquaato &$a &$ma &*o, reflecte a m n $ a muito partdbxda pelos nossm republicanos que viam-no como um modelo de virtude6 cfvieas, canforme apontava o decreto que extin- guiu o ensino òa doutrina crist$, ao salientar que o &no niolal~zas crco-

bs

p t i m d r h e no&

p$&*,

passava a ser feits am

a&Fa

do Eien>, &&&wwwtea peb w m p t ~ da cnmpasm bondade c m&do

clc

tr&lh~ do

pro/e*w (Ertiqáo, I910:15$). É. pois, nbbre estes formadores ideaisqne r& o deversawat&s&m de formar os futuros ddadão repubiícano8 dota- das de uma foste e profunda consdêh&a para que, na opjnib de uma da& revistas maiq inüuenres da epom,

...

d h h ~ < a e renome innrtd 4

pdtrirt

sugvsda & &$aiblica, a PnmgnIA enfim Uunior

O},

1910:l).

Todavia, etsa b t a i i d ~ e s necessitavam de um texto opientador, cmriguradsr da sua ayáo de ediãcadores de uma "Nova P4tria1', que m orientase i&mlogicamenre. Daí que uma das preocupaçáes hicia'i dos republiiws foi terem criado legish@o atinente ã "coisa edumtiva" loge ne8 primeiros anos, da qual destacamos o decreto de 24 de Outubro de 1910, que extingue a dautrina cristã nas escolas primirias e normais primztrias e a~ qual vai estar li@ o debate na Constituinte &e a

(10)

' problemâtiça do ensino neutro e do ensho Iaiço,.que ocupau a sessão

na

91, de 26 d e Julho de 191 1 (Debate, I91 1. cols. 18-7s 28-4 e Cz$roga,.

1991 (29: cap. IV da I1 Parte e Cap. l d a IIi parte); o deaeto de 20 ,dei

Abril de 191 I, que mqsagra a separa& da igreja do Estado; a impor-:

cante Reforma de 99 de Março de 191 1, consagrada ao E n b

Infantil;

Primáirio e Normal, parajá não Falar dos testiys legais praduzidoa, rela-

tivos aoa outros graus de ensino (soundário, profissionrJ, artfstiço, edif-s eação 5dca, superior).

Dos textos citado$, interessa-nos, pelo .seu valor doutrinário

naquilo que dia respeito % formação d o ''homem Novo", aquele d e -

.rente i Reforma do Ensino Infantil Prim&rb3 e .Normal de 191 18, &o esquecendo, também, a Reforma do Ensino Industrial e Come?-)

cial de 1918. No pre&mbulo dessa Reforma sobressaem as e s e s e as

preoeupaç6es republicanas face i s gueq>t6es educativas, que Fernan- do Catroga /I9913

-

um estudioeo do republicanismo português

,-

sintetizou do seguinte modo:

...

a dwm~ão e emino repu6l$6ws l i n h p o r o&ecGkD sd a raa5o, mar t a d h ar smlimnioa e o pdprio

oarp& Isto

4, @uva mgmavar B. s<fccdadn e r ~ u n d r n o E$&&-Na*, a nova edwa-

& t d a de In&r sobre T c k as

fez&%&

pef-somIid~& huma- nri, d&dplimndo taRtb o w p o

-

p&

dmíciosjT&os, jdgurs L higrwau

-,

c m a mbnaki$ade

-

pcLa

MZFbu@oprdtica e 1~8dm -* e a msPdVlade, mediante O f d m m dos s s n t i ~ e s

ds

a k @ -

mo e de soli<t~n~~edacle ~oIscdím. (8" vol.:45>1).

NSo deixa, ams, de ser sintomática a h s e de abertura com a qual o texto da Reforma se inicia: O hontem ualc, sobrehdo, psla edwagü~ q u $ p d , peyw

do.

8 capa ds des&valusrhamdnicantants

as

suasfacul- dade& de m&rã a elmwmd-Elaa ao W w snrpvvn'to &h 6 rbos wlras.

.&-

o, na medida em que ov£denda ate que ponto osnossos republicanos, de acordo com um dos principais postulados da antropologia iluminista de que o ser humano 6 um ente infinitamente perfectível, acreditavam no

-

Y h Wmii* de Emino PnMrio foi pulilirsd~- nr deveio do a9 de Maqu ddi 191 1 um OiPtia do ~ ~texto 4s tW-, w" ~ dr<rnhá!q> ~ iai Ormbalhadg eti$inslmicnls perJole dc?ar<.ar I; par JMo da Dtui Wmvs. cntm outra uiJsk+fadwm. de que Lu#@ de Oliveira, santos Silvs r Frrnrndo Kcmp Scrrio raa ckmplo, a pdido dc Ant6nb J& de ÁImclda. na altura ministro do inirriur Lunmuvrlmr~ae. cuaururci d c i i o o . *prycntanm ama dnnisso, pclo hrto de. quan- do & salda d o r u p m i n i texto. terem mnsia!ndu nuc n l o runcraindia ao orhinal Dor eles entre-

poder transformador da e m l a c. por canseguinte, do milagre que

a

a p r e n d i ~ p m do alfabeto e a pratica das drtudes dvicas operariajunto

b "novas geraçõe8':

...

saber

Ia

~ o n h e r 02 nunísirsr ebwntaí;

ao.

mmes,

ess a@& m8iBo00, Blads se c5IralifSca a Wtúh dos w o n t ~ ~ ~ a s e se l y j i f a a ~ 6 1 0 9 h s m m " .

O s p í i o u p 5 wbjsctivesque w seu* autora tinham em mente era- entre outros, o combate do mlfabetismc; a afirmação da neutralidade da escola faee % reiigião, eam a c r i d o de uma nova moral solidária nacionaliHa$ora e patribtim a escelariza@a obrigatbria e gmtuita das crianps: e a forma& e estatuto dos professores.

Nas

paiav~as de R4mulo de Carvallio, os republicanos cotlEeatwam os sem esforços e atenção nas problemas crbnicos do nosso ensiuo:

...

0 <Mudf%b&me, o

h&&?+@

wtkw rode kp&pimídm, a & f & t b p @ w o @ g w e- Bas@$w

sm&$e m m o grm

de

mim

e 5 m i r a $iw@a erimdnwh-a (1986:&56; Sampiito, 1975: 10-9; Barhra, 1979:95-115; Nbvoa, 198'1:833 e se&) e

1989:IX-XXXIV).

f i n d a que esta Refosma, ein muitos axpector>, tenha sido uma con- t i n u a @ ~ da Reforma de 1901, ela, contudo, permite-nos idmlisar que tipo de cidadáo a escola republicana, qual +na m

p

se fabnm Q c&- &o ne feliz expressfio de C&ar da Silv~, t i n b intençao de construir:

Partslgalpacira rbe fiermHodaodam, essa mt&iaprinra de tdas as

@$&v.

...

Poriugal sópode ser

fm

s aÈIiwo no dia ia que, por lodos os p~pztes do wu W 6 r i 0 , pwluk unta w hkumnnn, l d d r i w s

paEip~%w

RQ e @ i l W evn@ga&

oh

fwça

$oz 8 t w milscules, rkõ sn'w & scu &ebm e úlaS prgSBit(hF h SUO m ~ w i Na escola primária devia-ge formar R &ma da páhNE ~a>pUbEirana, consoante eotu a mundividEncía laica republkana, eam a sua moral sa- eia4 e oem a sua educâgh moral, cfvicae patriirtiça. Pori6s0, esta tinha que ser neutra:

B w1i&o foi bani&

da

eswla. Qm pisw

qw

a dáê d &pa na rem& de lar (..,) A mmad dòlr emh, p e a R@úbl+ea

(11)

.nava-se indinpenskvel a paniapaçáo acava e empenhada por parte dos professores, poxquanto na

...

escolafl.md& a<iP

sa

ministra @enaraalu~@~, pebfnclo & se fnculta? a m a

b i w

esssn&: a in&tq~o, MInrsh~-se ddmqán dEncramm&, m

suas

cm$@n&a e r@@ados, for- naamto & rria+zp, pilapreIec@~, ptlocmedho epeb

*+,

as

Numa palavra, dele# dependia a nobre tarefa, na qualidade, de

g u b ~ u p l s m s da m~zsctêmh do8 pavoa, do ensino 40 ah c o m o f m ~ MgiEb do MIT&L>~ das futuras gera~óea r a c i o n a l i i Iaicas e anti-dericais, h- nwos de um PorttgnlNwo ou de uma "Pg-tria Nova": Comprken-

de-se, asim, que o le&ador w h a exigido que o

...

@ o f ~ ~ > ? s f f j @ ~ " 4 p e - Imtu c cm@w +a?ummm&

a

s m licvms, para que não se receie

.:.

pe?# ankc o que

cb

pm@

e o grn u!e fw, o alww prtssa rEssdoW? d @ s c w B * ~ w1 inco~r&wz. A missão evangelizadwa, pwr p a m dss nevw ap&olos, n ã ~ podia esquecer nem que a Repfiblica liambu s & a p a p ~ a ~ su&ah-

daa

62 » Ie que a queria ~

m ~ I f r n r & f l & m

~ detodos or f&w# do$mas, w'ames de nrrmlm

db

ri&&, pata que D sw +a@@m'>1B.

urPtmntia iaegmh ipé aafo~fa h akd&&m, ncm que & e m $at* e um cidd& e,

paeii

isso, o Futuro udadáo s6 seria r"pub1imn0, log;a um

"homem novoP, se Fosse patriata:

au lenninar o seu &rso oWg&$&o,

a

jovem psr&pês amr6, dum ame7 ~eras&le s t&tS~>ci~tnBo, a r@% mde naela, a $&ria em g a ~ a w'w,

a

kummida& a pspertme. [pre%mbu-

Io d a Reforma de 161 1)

Os mesmos valores e objmtivos se nos deparam na a@& citada Reforma do Ensino Industrial e Comercial de 1918, essencial, tambtm, para meihor percebermos o figurino do "homem novo" (Catrçga, I991:449-64; M6voa, 1989:

X

e I987 (PvoL): 681) &&do pela mundi- vidéncia republicana. No ~ k t 6 r i n que amemde o articulado, pode le7-

se o seguinte:

O vaiar dumpouo, B s&@0 mhhm M d ade p m p s ~ o , a m t w a t&qw d e p b % t h , e hwmonia rEsim8uitos capa de d u x t r dJzp14litla8d hkt&ia d w m rufa, t& uma e só

w*m,

um c $6 fundammnfo. imddmd &av& doa bm$ws, emtanfe m &&a EES UWdw"es: O w h . UI.anf@n>l~n. a,msá W r a da

YO~LO, sancnez lelxaira, berreira banios el Bandeira (orgs.1

pie&e, a alma hssuariulda da m d i d d ~ ? ar f l a f ~ e s dene@ndu incuEta g t h , mkndm hamms cansk&~s do siu

fln

soctol,

~~

nasm? a & N s on3mtodos na mgui3cn do-&m CP mum, s aksealnyx oa bds caapos m d e ~ ~ t g a cultura, ráo w@ os ~ m p m da poltbiea: o &&o n opragm~%b

....

0 popts- m tm a

sue

elg"m m d&E5 e zm c ~ m w & M e . O &cf& d cdrrnlu ma& guanlo mlhw nprastadw x encontpa $ma n l&a psk

4

pa@ naigrfor D grau âosm desmva1vtenai.- to

p&fisiO@@P

e ~lsad~ m& fddiIbn a SZCB didciplama r@dul

[Reforma, 1918:2067)).

Q apela ao parri~tisrila, ao amor da terra, ao orgulho da r* e ao enalteeiraarrt~ das glbsiaa passadas, ao longo de relat6ri0, é uma c o m tante. como se verika da paswigem que se segue:

De tada a

pmk

ss l&iz.ta

o

c I m r de gzle 6

p?&.v

&t@&w m PMU& mw, rn @or&gu1 p e rq%esm nofulrro um

papel

d i p clos bruhantLs falos âo nossopB"&. A for@ & pdgao dda a d b .se dmlllzsC7npvr fuxtos evidentes; a B ak aentamen18, a2 am&prsEa rrosslt

terra

6 O ma6 m&& potao$isw a t& a &ara no mmum akiqfp e no Çomm $ank ak p 8 for@psa níw r&? par cam&hos p e qvwhwon a

<Iiaí

de

m i w

proJp&-

d6.f

...

) É@e&o se>.-$ pat&a e Wo se @h S P ~ m amar d t7aBis:áo @dem:2QG8-[7).

Daí a impartitnda que O relatário atibui ao sentimento mediado

pela arte, pela cmnça e pelo pahiorisrno, o qual, pwa wr conhecido. carece da ftgura do rnestre, na qualidade de arauto do ensino e do d u - car e de aj~dntdo da &@o

$&1

(idem:2067).

O

Te&

das

reformas e o emreicio

m i ~ ~ t i c a

Na Presid8ncla da Reptibiica do Marechal Hkrmeg da Fonseca (I91 0-1914). durante a qual dominou a polftim isterna o uenrtdor Jose Gomes Pinheiro Machado, fíindador e Ifder do Pariido RepilbliÈana denservad~r, o Minisuo RLbadkvis. Gorreia~ irifluenciado pelo pwitivis- mv,prepbs-se dcsoBciaiizar o engino, arransando-odas máw 40 Estade

(12)

~l&Úie;..do IWgin&rlo: cultura &educepeog UNE' Culabi

-

CICWFEUSP

e dos professores. P&lo sob a tutela do Conselho Superior do Ensino e,

estabeleceu

a

liberdade de ensino dentro de um positivismo ortodoxo e extremo, que não tardou a ser alvo de forte contestaçáo e, por isso, a reforma. viria a ser revogada quatro anos depois.

O pressuposto essencial da Lei OrgBnica d o Ensino Superior e

do Fundamental na Repbblicíi, aprovada pelo decreto nQ 8.&59, de 5 de Ahril de 191 1, baseava-se na çonviq&o de que, liberto de peias írfi- Uais, o ensino podetia desenvolver-se segundo necessidades imedia- tas do Brasil e acima dos interesses ezclnpivos daburguesia, da @reis&

dos

m s h , da pedanlocmcia ou dafldalguia mediaval. Na Letra da refor-

ma dava entrada pela primeira vez na História da EducaBo Brasileira

e por influfacia conjunta de Comte, de Marx e de Dewey, a defesa d e uma educação

...

çentrada sobre o social 6 m prinreivo lugar e sobire a pessoa r o educando, um segundo lugar, concodenda todo$ em defk-

nir e ddfBnd~7 a eduaqáo como a s&bal~~a$&i, do dwcando

(Tobias, 1986:251).

O deaeto aprovado continha 140 artigos, abrangendo a organi- z a @ ~ do ensino, a autewmia did6ctiça e administrativa, a instrugo de ensino superior

e

fundamental, o Çonsplho Superior de Ensino e, final- mente, opauim6ni0, a sua constit~içáo e aplicaçáo. Pera sua pertinêu&a idedogémica, seieecionamos apenas quatro, entre outros possfveis:

Att. I*

-

A in~hug& supmiw e fun$ca&, t>i&ndidas palas inrtifuios m'ados

pela

URSO, .na0 gowdo & ~ & g i o dg qwl-

quer wpici9.

Ari.

-

0 s fnslstuL*rs, até agora subrdina&s ap MinUt6iio da

Inte8iOl; seráa, de ora m dib171Eb. C ~ M &6BIpora~õ.s auto- n w m , tanto do

p d o

& &ta di&ttc~, com & admin&rutiuo. A?*. 6 g

-

Pda completa aautmntrntr& diáclcticdl, que lhss e' conferi- da, cabe aos instituto8 a q*& d ~ s pmgmmm & sem m- sos, dewpndo os do Çolégú, I$<Bm II remtiv-ss da cardcterpr&iiu, e I6óbl:tawe da c 0ncbDItamu da mmp$p@raaf$rio pwa as aca&vtiw.

Att. 74. -As mttíias dos MhUos $e& & t r i ~ ~ a le6cidna- das por se7ies Q~&C&D a sua m i é o s grada$&

ao

n a &a-

fipio pua ar figmm, ido do mais siniples ao mafa sompI8xo.

Dado que o decreto n* 86660, de 5 de Abril de 1911, que regula-

menta o Gelegio Pedro 11, continua e e~mpleta o e3pírito da Reforma, ajudando a melhor compreender o seu perfil mitanalltko, pela sua importtlnaia e interesse ideolog6mico, optamos por transcrever os se- guintes artigw:

Att. 1 8 O Col&b Pedra II tamjrgrfim prop?r&nar rama clilJpLm gwaE de cma& es&etalnmbe priraco, aplicáwl a todas as e& g&ua da vida, e d@nd{r

a

&o

dar

M n c k d das lek-ar,

Cil,er&nalo-a da preohL@çün %óeEtema de sursa pnparatdno.

a)

O cttíulp da gr&&tjca portz(&?des~ nsp7P1~1~ru ~kaes se74 d8s-

criliuo ou pátito ro caw@da d nosso). (...)

6J A4 e#&& das l i n w duas ssró dada fe@0 aminmtentente

prática (o oaw&gado 8 nwso).

Os

e M s s de cm~e7sação 8 df

de cmnpmEáo u m ~ e sahre a s s w cdant@cts. &Zslicos e h$- taricos;

I...).

dj O wr$o dg mateqátfca ~Eensnlar dotar4 os artudaltt#s de um naiopodmvo &@dtum marital, &&Ma a &sgt~uol~rarorwiocf-

??h e a p m p ~ ~ s - i w r xbfões indbspmáuebs na &&prática

(g+

fa nossc). (...)

e] As ciHnciesfico-qufinErar

e

naturaw se wsh.rBgmáa ds nogda

W a s sobre os fmQmelsgs de qw tratam. O m i o &1as M á quase int2~iclu0, d##@da da dalbhinas e @4&, smwk dasfhada o

makr p d m

aEBs

p't)gncmas h &mommãw e @H%&@, ès

cInsa#kafióes izm@Oa69P'dds e 8 G Q ~ M X ~ O $Bsf&w natacrcrkr.

gj O @tu& da h&&u &vá

f&

da

pmto de &ia ila hEstdda da

c ~ i & z r @ ~ T ~ , com #@&L desmv~luimte da <artu r./qsmte d

dm8nc'ca e ao BrBru. Ser80 mo~cimcmdos, sem jamaib dessm a mt- t z u d W , os ato1Ud6immius político#, &nNficar, h d f i o s e m- lisls~m de c d a época mernordudl; serão e~$@& as c a w que

&tammm%

progresso

W o usiaciDnammtO da cltrikira$ü~ nm

gran&5 perdohs &Mw& aprscMdus os h ~ ~ t e s ~ ~

p

m w m - run para w reuolu~ões bedfiwar ou pdn'osai da humanidade,

~ ~m t o m deles osJactas caractntstioar das fasfasws em ~ a b

q u e dmninamm o @#&i@ ptiblico.

I, A h t ~&~ica a dme prepamr osjwem para &sspnpmha-

r m , c m m ü 8 a ntordida& a sua tarefp social. Osp&cpos de divdto m'gidos ums&& sabreos direiluj do c i W o , 0s s m dese-

(13)

Tessltum do Imaglndrio: cultura & edueaqHo

-

UNIC

-

CulabB

-

CICWFEUSP

O perfil mítico dominante daReforma dè~ivadavia de 191 1, dado pela configuraçáo ideologémica exposia no quadro, é marcadamente prometem. A este propósito, convém referir que não terá sido por wa- so que F. Catroga tenha posto o humanismo republicano sob

a

alta pro- tecção de Prometeu, ao ponto de afumar que

homelm

-

esse he~di d K o também cantado por Joüo de Bawos -era

o

ar~u&#a m p l a r da hunzanirm@ republicano, ao con- uidnr d reuolta cartra & escrauidád em nonap de %ma IrDerdade de esptrilo que iluminau& afutura

e

&$nitiua libwtagdo hwnana (I991:464).

O autor não faz mais do que confirmar o pressuposto fundamen-

tal do mito prometeico, que refere a iZ inabd6vel nas potencialidades e capacidades do homem contra a fénos deuses. Para Durand (1984:1'79), erta revolta (asto de "contra") do tirã encarna o arpktipo mltíco da libsrâa- de do e@triao; para Paul Die1(1966), este tipo de liberdade corresponde- ria com mais propriedade ?I liberdade dointelecm. Por w t r o lado, con- vém não esouecer Que Prometeu, ao simbolizar o titã-intelecto dotado de qualidades filantrópicas (altruísmn e solidariedadc]. aparece, do ponto de vista mitanalítico, como a figura mitológica mais significativa e mais pertinente para simbolizar o espírito desta reforma e das seguintes.

Assim, estamos agora em condiçbes de legitimar a nossa leitura ideb-mítica, recorrendo às "estruturas antropológicas do imagin&rio", que nas dizem que Prometeu d subsumido pelo regime diurno da ima- gem e, conseqüentemente, pelas estruturas esquizomorfas ou heróicas (ideaüzagio e recuo autístiça, se~araçãoldistinção, grsometrisrno, simc- tria, gigantismo e pensamento antltese), que f&em do sol e das ar- mas os seus símbolos mais representativos (Durand, 1984:202-15).

Depois deste eselarec<mento mitológico, podemos compreender melhor a carga ideolog6mica da reforma em foco. Assim, podemos cun- cluir que o cidedáo adquirir6 a sua formação superior em institutos lai- cos e autónomas, didsctica e administrativamente. Do ponto de vista

Porto, Ssnchez Tefxeiia, Weneim Santos &Bandeira (OW.)

didácrica, as

dos

hstitwtus wüo t&kt&~.úsQs t Z t ~ d s ~ ~ ~ ~ s

abe$r~&a a sue m n i d s e gxa&çcbo

cra

n w &t@w qu4 as a p r a , &da do msis irnplas

ao

mds eornpfem.

6e completarmos o perfil detine& pela Referma d e Rivadavia cpm o Regulamento do Golfigio Pedro

LI,

a que se re&e o decreto ri9 86660 de 191 1, Ecnmos ainda mais esclarecidos quante ao perfil d i - co e ao tipo de cidadão que a dita reforma visava fomar. O Csl&@o Pedm

ri

ti& como objectivo primeíro

...

jm$>sntoltm u m ezlltura @- 141 de w d d m c s ~ ~ & l m ~ ~ t b p ~ t # c o , apl%uela t a h s as +&cias da

vida,

e d i f i i r o em&o das clêkn~ím e das htl-as, conferme o elenco e as linhas gerais das diaeipunas mencionadas nesse m s r n o demete eongrma. Nesta perspectiva, o si&ddo devia possukr formagão hmmanística emi- nenremente pratica e cientffica voltada para as ctancias matem6ticas e fisico-químiws, nas quais o paradigma da demonstr&$o e d a experiOn- cia tinham um d e q u e de primeira plano. Como, tambem, náo pedia d e k r de ser, atendendo

ri

orientação cpntiana da reforma, a dimen- são social d e "hemem novo" a farmm não faí esquecida pelo legisla- dot, dai qne se @ que serao

...

msncionados, sem jamal descer a minud&cias, os acontcu-

mentosflol~ticos, eientificos, iitardrim e artísticos de cada &&I-

cd ~llbm&vt~. sew& q m k s c w a s yue detwminarctm o pr@flhse ou o a&MdiOnarnm$@ da c-uitim$dr> m s p n d s s p e r f a - do$ hi61$$icm, apwcicaaU6s os 1kwen.s quff 6 a n a m m m para as rswqluçõm hen8fitas ahpIraisMisa$ da h u m t k d d e , a p $ a n - do-se mn @mo drles os faetas calulctarlldlcos das fafra em p a dooninaram o espWa pztblito; [*e a h s t m @ o civica d ~ u a ]

...

prkpwar

os

jovem para dasapenhamn, Com r&sho e moroli-

dade, a sua fareja secial.

Pu&m e para bem cumprirem a sua tarefa social, a R-spública preci~ava d e "cidad%os>' sadios e fortes, daf nãs ser d e estranhar que o Regulamento do Colegio refira como Rm des aulas d e ginasiica robwtb-

w os w&aninnm.

A Previdencia da República de Venceslau

Brás

Peteira Gomes (1914-191% que fora Vice-Presidente no perfodo anterior, b uassina- lada pelos duros eEms ~onómieo-5anceims da Grande Guerra tra-

(14)

iiéssttum ao Imaglnktk cultura B ed~iceçSo

-

LINIC

-

C h b B

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CICWEUSP

vada na Europa e pelo decllnio do Partido Repsbliano Cowemador.de Pinheiro Machado. neste contexto governafivo, o decreto nQ.Ll.580; de

18 de Marso de 1916, assinado por Carlos Uaximiliano, destinou-se a subsutuir a reforma de Ribadgvia Correia e a ensaiar uma almejada uni£ormizaçáo dentro de racional e equilibrada diversidade:

Todo8 os sistemas de educm$&o ou imtf%@o que Eardam para

a uni@nidade estão andenados. Na diuersidadc I p a esió

o pmgress~. N a exC6nsão da lista L d o s p r ~ r a m s atabílecid~os pwa as dvwerítes regiões de utn w f o paBP, some o nopo, 4 qw atU a uasiagem.

Estas palavras de Maximiiiano sintetizavam uma reforma tendrnte, enfim. a reorganizar o ensino media, até então em completa anarquia, criando nos colégios pacticulafes exames vestibulares e provas finais perante bmcas oficiais (Tobiaa, 1986:26 1).

A presente Reforma, do ponto de vista ideologémico, n o ofe- rece, a nosso ver, grandes possibilidades heurúticas, dado o seu ani- culado se apresentar semanúeamente empobrecido. Por outras pala- vras e na terminologia de

C.

Durand e de J.P. Sironneau, os trasos nfticos, eventualmente presentes, sofreram tal processo violento d e usura, que dificilmente mnseguem "espreitar" pelos raros orifícios deixados em aberto pelo articulada. Mesmo assim, dois artigos foram selemionados:

Art. 1. [como jP era de tradi@o] O G o v m o Fe&d ~omtiozwr-

rúa m t e r os sek institutos de instwãs m l i d d n a

e

seap6&r subo7dinados ao MinktIrio daJwliça e N6@&i7s ~ntmibre6, &n-

do-lhas aíumomia dirláctisa e ad-in&ratiua & aordo c m as

d~p5&6@ &s demeto.

A7t. 81. A prova oval do mame mtibular versa& sobre E l m - tos de Mdi~a e Qwimica e de Histbrio Natural, nas escslas de

Mu&dw s ~ b r a ' M a t W ~ a E~me%tax na Esmla Pelitbica e

sob78 Hbtdda Uniumai, Ekmmtos de Psicologkz e da Lógica e H&- da Filesofia por por d a e@os&m, das d o u t h das

fmfmncipuU. wdmfilwpdfiw, nas 1iBwldadc~ dp Direito.

Pareceu-nos desnecessário aprekntar a quadro mitanalftico, vis- to que os artigos evidendados, & semeihansa dos da reforma anterior, apontam para a presenp do esquema mítico prometeico mmo factor marcante e decisivo na forma@o de sida&.

Parto, Sancher Telxeira, F~nelra Santos & BmdRira (ore.)

A Rqfoma brasileira de João

L&

AlvesíRocha Vaz (1935) Aprovada pelo Decreto nV6.7824, de I3 de Janeiro de 1925, com a chancela do Ministro da J u s t i ~ João Luís Alves e cuja elaboragão ficou a cargo do professur Rocha Vaz, porincumbência daquele, esta reforma emer- giu num contexto de tmwforma~óes relacionadas com o termino da Grande Guerra e mb a Presidência da RepúiJica de Artur Bemardes (1929-19%>, marcada, alíás, pela eclosHo de importantes revoltas

-

do Rio Grande do Sul, em 1923, e de São Paulo, em Julho de 1924, com repercussões em vácios outros Estados

-

que levaram & vigência quase inintempta do estado de sitio. A reforma Jogo Luís AlvedRocha Vaz integra-se num movimento maid amplo e profundo desosialireçBn

do

m i n o bras&im, sumariado por

JOSE bnrónio Tobias (1986:25r) nestes termos:

A um&& d e d c b a d s t o w ~ r e &demnmtãurra

sducaça~

b r d k - ra Eeaiou o Brcknl e aceilur a d i z & $ & da e h a & , sem mada &ti@? wibesonalimgáo e '>orialWrçàon. Mair i d m t i f i a e m a cdwa@o x)rial-rddical, a Educa@u Nova acabou qaJudmdo a m-

m aaiu~a@ w c h d p a ~ a a &&a6< s s f m i f i w

@ra d m a d i a . Na«s ambieate, a p d & I930, sobretudo por

&ta de Aancisno ihmpos, wsw e wmqa afavresccr o m i n o @e- rior brarilçtm, m& onds,qgIdomim o MM ab

Maieo.

o novo Ih: Do articulado da presente Reforma retiramos, pelo seu interesse ideologémico, as seguintes artigos:

d7t. 24. O Como da Wnuio, com o inhtito ds mtiRuz7 & ~ O G P

uer a difw@o do mino @n&o nas Esíndos, ' m a r 4 em w o d cam e$fapara o bstabelenmmio e manukn$ão de escolas db refe- rido &o nos r$s@cuiup$ t e d d r i a r .

S E C Ç ~ QUARTA Do C mdo Ensino Secundário

Art, 47:

$9 O propama dp ensino da instmgão moral e Ghnca, iw m a

seeuna'ádo, ewutard áe mpE&a@a Ido &m m.dIrado wo &?se primário (ar;. 55,

&?*I,

a m d o de noçqispos&ivas

ddc

dmcres do M Z o nufamllk, na escokr, w pdt& e e a tordas as nuwl&fmba-

Referências

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