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INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Academic year: 2021

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ECNOLÓGICA

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Abraham Kasinski Sócio Emérito

Josué Christiano Gomes da Silva Presidente do Conselho Amarílio Proença de Macêdo Lirio Albino Parisotto

Andrea Matarazzo Luiz Alberto Garcia

Antonio Marcos Moraes Barros Marcelo Bahia Odebrecht

Benjamin Steinbruch Miguel Abuhab

Carlos Antônio Tilkian Nildemar Secches

Carlos Francisco Ribeiro Jereissati Olavo Monteiro de Carvalho Carlos Mariani Bittencourt Paulo Guilherme Aguiar Cunha Carlos Pires Oliveira Dias Paulo Setúbal Neto

Claudio Bardella Pedro Eberhardt

Daniel Feffer Pedro Franco Piva

Décio da Silva Pedro Grendene Bartelle

Eugênio Emílio Staub Pedro Luiz Barreiros Passos Flávio Gurgel Rocha Rinaldo Campos Soares Francisco Amaury Olsen Robert Max Mangels

Ivo Rosset Roberto de Rezende Barbosa

Ivoncy Brochmann Ioschpe Roger Agnelli

Jacks Rabinovich Salo Davi Seibel

Jorge Gerdau Johannpeter Thomas Bier Herrmann José Antonio Fernandes Martins Victório Carlos De Marchi José Roberto Ermírio de Moraes Walter Fontana Filho

Diretor Geral Conselho do IEDI

Paulo Diederichsen Villares Membro Colaborador

Paulo Francini Membro Colaborador

Julio Sergio Gomes de Almeida Diretor-Executivo

Hugo Miguel Etchenique Membro Colaborador

Roberto Caiuby Vidigal Membro Colaborador

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Principais Conclusões e Sugestões

Em um período – a segunda quinzena de maio/ 2006 – no qual mudanças repentinas na taxa de câmbio geraram preocupação, a balança comercial merece ser revisitada. As exportações e os superávits recordes em 2004 e em 2005 deram margem ao argumento de que a taxa de câmbio não estaria sobrevalorizada. Reforçando esse ponto de vista, houve incremento importante nas vendas externas de produtos de maior conteúdo tecnológico.

Porém, o fato é que a taxa de câmbio real efetiva – aquela que considera uma cesta de moedas atinente aos países parceiros, bem como a inflação vigente nessas economias e no Brasil – tem se apreciado sensivelmente desde 2003, conforme divulgado no World Economic Situations and Prospects - 2006. Mesmo para aqueles que argumentam ser 2002 um ano ruim para se tomar como base comparativa, pois o real estaria desvalorizado em demasia, a comparação entre 2005 e 2000 mostra que, entre um conjunto amplo de economias (11 avançadas, inclusive a Área do Euro, e 27 em desenvolvimento), apenas a Nova Zelândia registrou apreciação cambial real efetiva acima da experimentada pelo Brasil. Por sinal, a nossa taxa de câmbio real efetiva em 2005 ficou mais apreciada de que em 1996.

Quanto às exportações por intensidade tecnológica, houve, sim, exportações recordes de bens de alta intensidade tecnológica em 2005, isto é dos produtos típicos das indústrias aeronáutica; farmacêutica; de equipamentos de informática; aparelhos eletrônicos e de telecomunicações (inclusive componentes); e instrumentos de precisão e médico-hospitalares. Todavia esta é somente metade da história. O saldo comercial do segmento de alta tecnologia se deteriorou em 2005 frente a 2004, isto é a magnitude do déficit subiu de US$ 7,5 bilhões para US$ 8,4 bilhões. E o déficit desses produtos vem aumentando desde 2002.

Os demais segmentos industriais exerceram não só um contrapeso para o aumento no déficit dos produtos de alta tecnologia, como também levaram o saldo comercial de produtos da indústria de transformação a um patamar histórico para os padrões brasileiros: em 2005, chegou-se ao superávit de US$ 30,1 bilhões.

• Nos produtos industriais de baixa intensidade tecnológica (madeira; papel e celulose; produtos não-especificados e reciclados; têxtil, vestuário, couro e calçados: alimentos, bebidas e tabaco) os superávits vêm aumentando ano após ano, ininterruptamente desde 1999, chegando a US$ 28,6 bilhões em 2005 (US$ 25,1 bilhões em 2004);

• Já os bens de média-baixa tecnologia – indústria naval; borracha e plásticos; produtos metálicos, inclusive siderurgia; outros produtos minerais não-metálicos; carvão e refino de petróleo – têm experimentado saldos comerciais ascendentes desde 2000, atingindo o superávit de U$ 10,2 bilhões em 2005.

• O segmento de média-alta intensidade – formada pela indústria automobilística; material ferroviário e equipamentos de transporte não especificados anteriormente;

1 Trabalho preparado por Mauro Thury de Vieira Sá (Professor do Deptº de Economia e Análise da Universidade Federal do Amazonas/ Faculdade de Estudos Sociais – UFAM/FES/DEA) em abril-maio de 2006.

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maquinaria mecânica; maquinaria elétrica; e produtos químicos (exclusive farmacêuticos) – vinha apresentando déficits cada vez menores desde 2001 até tornar-se superavitário em 2005 (US$ 365 milhões).

Considerando-se uma série para os três meses iniciais de 1997 a 2006, o primeiro trimestre de 2006 representou o maior nível de superávit do intervalo para os segmentos de baixa e média baixa intensidade tecnológica. O acumulado de janeiro a março de 2006 registrou também o menor déficit em produtos de média-alta tecnologia da série. Tais números permitiram que, no primeiro trimestre de 2006, os produtos industrializados lograssem superávit de US$ 6,3 bilhões, a despeito do déficit de US$ 2,6 bilhões em bens de alta tecnologia. Contudo, o salto de US$ 1 bilhão no déficit de alta tecnologia, entre janeiro-março de 2005 e igual acumulado de 2006, foi suficiente para que o superávit na balança comercial de produtos industrializados retrocedesse, de US$ 6,8 bilhões para US$ 6,3 bilhões pela mesma base comparativa.

Felizmente o superávit nos produtos não industrializados, puxado pela agropecuária e pela extração mineral, dobrou no mesmo período (de US$ 1,5 bilhão para US$ 3,0 bilhões), fazendo com que janeiro-março de 2006 registrasse superávit de US$ 9,3 bilhões na balança comercial. De qualquer modo, o quadro aponta para uma mudança na balança comercial, mais especificamente no intercâmbio de bens oriundos da indústria de transformação.

Cumpre frisar algumas especificidades. No segmento de alta intensidade, observa-se um déficit anual crescente desde 2003 em produtos farmacêuticos e em instrumentos de precisão e médico-hospitalares, alcançando em 2005 déficits de US$ 2,3 bilhões e US$ 2,4 bilhões, respectivamente. Tais déficits têm aumentado a despeito das exportações de produtos farmacêuticos estarem crescendo desde 2000, enquanto as de instrumentos de precisão têm crescido continuamente desde 2002. Tomando-se o desempenho de ambos para o acumulado de janeiro a março, tanto o saldo de farmacêuticos, quanto o de instrumentos médicos e de precisão experimentaram seus maiores déficits em 2006 (déficits de US$ 544 milhões e US$ 140 milhões, respectivamente), considerando-se a série iniciada em 1997.

Já o segmento de telecomunicações e linha marrom, que inclui componentes eletrônicos, experimentou saldo negativo de US$ 3,9 bilhões em 2005, a despeito das vendas externas recordes de US$ 3,3 bilhões. Na comparação entre primeiros trimestres de 2005 e de 2006, as exportações desse segmento deram um salto expressivo: de US$ 694 milhões para US$ 841 milhões. Todavia o déficit dobrou: de US$ 645 milhões para US$ 1,2 bilhão. Considerando que os produtos de informática e de escritório também são historicamente deficitários, os superávits da indústria aeronáutica – de US$ 1,7 bilhão em 2005 e de US$ 239 milhões no primeiro trimestre de 2006 – estão longe de serem suficientes para reverter o sinal negativo da balança dos demais bens de alta tecnologia.

O comportamento do intercâmbio externo de produtos de média-alta intensidade tecnológica como um todo, felizmente, tem logrado arrefecer os déficits acima, reduzindo o saldo negativo do conjunto das indústrias de alta e média-alta tecnologia: em 2005, o déficit dos bens de alta e média-alta tecnologia ficou em US$ 8 bilhões, metade do saldo negativo de US$ 16,1 bilhões em 2000 e bem abaixo do déficit de US$ 21,6 bilhões em 1997. Tem concorrido fortemente para tanto o comportamento do intercâmbio de veículos automotores, reboques e semi-reboques: saiu de um déficit de US$ 639 milhões em 1997, para um superávit de US$ 7,8 bilhões, devido principalmente ao aumento das exportações.

Outro destaque está em máquinas e equipamentos mecânicos, classe que congrega bens de capital diversos, em que pese sua balança ter experimentado déficit de US$ 338 milhões,

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representando uma piora em relação a 2004 (-US$ 32 milhões). No entanto, a balança desses bens já foi de US$ 4,9 bilhões em 1997. Na contramão, a pior situação está, porém, nos produtos químicos (exceto farmacêuticos), cujos déficits se mantêm bastante elevados, atingindo o ápice justamente no biênio 2004-2005 (-US$ 7,0 bilhões; -US$ 6,3 bilhões, respectivamente), ainda que as exportações desses produtos estejam crescendo desde 2002. De modo geral, os segmentos que compõem as indústrias de alta e média-alta intensidade tecnológica são caracterizados no plano mundial por forte comércio intra-indústria, sendo vários deles sensíveis à escala de produção e/ ou a estratégias de diferenciação de produto. Logo, a taxa de câmbio exerce papel primacial à medida que, estando em patamares competitivos, permite a penetração em novos mercados, mesmo naqueles com presença de unidades produtivas. Nesses casos, ao adentrar em um novo destino, obriga as plantas locais a se diferenciarem ou mesmo a ceder espaço ou faixas de mercado. Tal processo possibilita ao exportador ampliar sua escala e sedimentar um canal de fornecimento, consubstanciando um círculo virtuoso. Todavia, sob taxas cambiais desfavoráveis, os segmentos produtivos em questão enfrentam dificuldades de monta para manter sua clientela estrangeira e tende a perder espaço no âmbito interno para os importadores, o que se torna mais prejudicial à medida que os concorrentes estrangeiros passam a desfrutar de economias de escala maiores. É interessante notar que três dos segmentos de alta e média-alta tecnologia estão entre os focos de atuação da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE): a indústria farmacêutica; a de semicondutores, em particular circuitos integrados, que integra o segmento de áudio, vídeo e telecomunicações; e a de bens de capital que congrega não apenas itens de máquinas e equipamentos elétricos ou mecânicos, de média-alta tecnologia, mas também produtos inclusos dentro de segmentos de alta tecnologia.

Tal constatação é relevante, pois movimentos importantes no plano internacional vêm ocorrendo. Um exemplo contundente é a cada vez maior penetração de televisores de plasma e de LCD (visor de cristal líquido), cujos componentes-chave são distintos do antigo aparelho de TV de tubo, para o qual há produção de componentes no Brasil. O investimento requerido para uma planta de cristal líquido para telas grandes já alcança ou mesmo supera a faixa de US$ 2 bilhões. Ou seja, é um empreendimento que exige aportes de recursos que rivalizam com os de plantas para circuitos integrados, inclusive de microprocessadores. Atrair fábricas de semicondutores ou de LCD exige um esforço hercúleo e a disputa com outros países mais equipados para sediá-las. Não custa lembrar que componentes como os semicondutores estão cada vez mais presentes em diversas indústrias, inclusive a automobilística e aeronáutica, cujas aquisições externas desses bens intermediários representam parte da importação em aparelhos eletrônicos e de telecomunicações.

Quanto aos bens de capital, os mesmos não se restringem àqueles fabricados no País: uma parcela da indústria de máquinas e equipamentos que tem logrado expansão no âmbito internacional é justamente aquela destinada a plantas de produtos não fabricados no País, a exemplo dos semicondutores, painéis de plasma e de cristal líquido.

Logo, o esforço para internalizar elos relevantes da cadeia produtiva, capazes de ampliar a adição de valor em território nacional, tende a gerar num primeiro momento déficits pontuais dentro da indústria de bens de capital e, por conseguinte, na faixa de produtos de maior conteúdo tecnológico. Tais importações deveriam ser acompanhadas por estratégias de incremento exportador nos segmentos demandantes desses bens de capital ou de atividades mais à frente. Ilustrando, ao se ampliarem as exportações de bens eletrônicos, o acréscimo na demanda dos fabricantes por componentes torna o País mais propício a receber investimentos

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de vulto em componentes ao mesmo tempo em que ameniza o impacto do incremento nas importações de bens de capital sem similar nacional. Em paralelo, dever-se-ia reforçar ainda mais a inserção externa da própria produção de bens de capital já instalada em solo brasileiro. Neste sentido, a apreciação cambial tende a criar obstáculos. O esforço exportador, captado no intervalo 1997-2006 para máquinas e equipamentos mecânicos e indústria automobilística, por exemplo, pode não se consolidar e até haver retrocessos. Para que o Brasil se converta e se consolide como base exportadora de bens de maior conteúdo tecnológico, faz-se mister atingir escalas de produção de maior vulto e estratégias de diferenciação de produto escudadas em esforço inovador, entrando num círculo virtuoso capaz de fomentar por si só o encadeamento produtivo. Até se chegar nesse estágio, há muito o que percorrer e o câmbio pode ampliar ou reduzir esse caminho.

Breve Panorama

O recente nervosismo dos mercados financeiros, vinculado à alta das taxas de juros em países de moeda forte, mormente os EUA, propiciou a alta recente do dólar, com a taxa de câmbio subindo para o patamar de R$/US$ 2,36 em 24/05. No dia seguinte, 25/05, o câmbio já retrocedeu, ficando em R$/US$ 2,29. Uma semana depois, após alguma trégua por parte do mercado financeiro, a cotação da moeda doméstica ficou em R$/US$ 2,25 Até chegar esta intempérie, o movimento cambial era cadente, derivado em parte dos bons resultados da balança comercial do Brasil, em parte das posições dos operadores do mercado futuro internacional no sentido da valorização da moeda brasileira perante o dólar.

Havendo de fato esta reversão no mercado futuro, sem que haja excessos no nervosismo dos mercados financeiros, o preço de alguns ativos, inclusive do real, tende a “desinflar”. Isso não é em princípio ruim, embora a repercussão em termos de flutuação cambial indique que o País ainda se mostra externamente vulnerável. Não é ruim à medida que contribua para a taxa de câmbio se situar em patamar menos prejudicial para a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

Não custa lembrar que até então a taxa de câmbio nominal da moeda brasileira frente ao dólar sofrera sensível apreciação, alcançado seu valor mais baixo, R$/US$ 2,06, entre 04 e 10 de maio último. E os efeitos desse movimento já haviam aparecido: os superávits em transações correntes começaram a cair na comparação com iguais períodos do ano anterior, seja pelo estímulo que a valorização do real propicia à remessa de lucros contribuindo para melhorar os balanços das multinacionais, seja pelo efeito sobre os serviços. Daí o incremento de 31,0% no déficit da conta de serviços e rendas no acumulado dos quatro primeiros meses de 2006 (déficit de US$ 11,7 bilhões) frente ao mesmo período de 2005 (saída líquida de US$ 9,9 bilhões). Assim, pelo acumulado em 12 meses, o déficit em serviços e rendas vem se ampliando desde 2003, após ter se retraído ao longo de 2002. Assim a saída líquida de serviços e rendas, pelo acumulado em 12 meses, alcançou sua maior magnitude na série iniciada em 1995 justamente em março e abril do ano corrente, US$ 36,1 bilhões e 35,9 bilhões, respectivamente.

As transações correntes, a seu turno, experimentaram um declínio no superávit de 39,9% no contraponto entre o acumulado de janeiro a abril de 2006 e o mesmo período de 2005, ficando em US$ 2,0 bilhões no primeiro quadrimestre de 2006. Como agravante, no acumulado do ano (até abril), embora as exportações tenham crescido 16,5%, as importações do País cresceram 24,6%. Com isso, pela primeira vez desde agosto de 2001, a balança comercial no acumulado em 12 meses recuou, de US$ 45,8 bilhões em março/2006 para US$ 45,0 bilhões em abril último.

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Transações Correntes, Balança Comercial e Serviços & Rendas Acumulados em 12 Meses (US$ Milhões)

-40.000 -30.000 -20.000 -10.000 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 dez /9 5 ju n /9 6 dez /9 6 ju n /9 7 dez /9 7 ju n /9 8 dez /9 8 ju n /9 9 dez /9 9 ju n /0 0 dez /0 0 ju n /0 1 dez /0 1 ju n /0 2 dez /0 2 ju n /0 3 dez /0 3 ju n /0 4 dez /0 4 ju n /0 5 dez /0 5

Transações Correntes Balança Comercial Serviços & Rendas (saldo) Fonte: BCB e MDIC. Elaboração própria.

Ainda assim, há análises segundo as quais o real não se encontra apreciado. Os defensores dessa posição usam a seu favor o fato do País ter logrado superávits recordes na balança comercial em 2004 e 2005, além dos bons números do início de 2006, principalmente até março. Mais: esse processo teria sido acompanhado por incremento nas exportações de produtos de alta intensidade tecnológica, configurando assim em um processo não apenas de ampliação da magnitude de nossas vendas externas, mas também de enobrecimento da pauta exportadora brasileira.

Tais argumentos merecem análise mais pormenorizada. Um primeiro ponto já é sabido e bem divulgado e diz respeito ao fato de que as exportações ainda estão se mantendo em patamar elevado muito provavelmente devido a bons preços de exportação e existência de contratos de fornecimento fechados em períodos de taxas cambiais mais favoráveis às exportações. Contudo, taxas de câmbio adversas podem representar uma situação insustentável em termos de margens de lucro para o exportador manter seus contratos. Nesse sentido, caso não seja rapidamente revertida a atual situação cambial, em nossa opinião já no decorrer desse ano, um número crescente de empresas exportadoras não terá condições de manter os valores exportados e não renovarão seus contratos de exportação.

Em segundo lugar, não se pode esquecer o esforço do governo no sentido de abrir novos mercados para os produtos brasileiros, mediante a atuação dos Ministérios (MDIC, MRE) e do BNDES, o que, embora parcialmente, vem contrabalançando uma parte os efeitos negativos da valorização do real.

Por fim, uma observação sobre a polêmica questão da medida da valorização do Real nos últimos anos. Uma estimativa reunindo muitos países realizada pela ONU para o relatório

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World Economic Situations and Prospects 2006, mostra que a taxa de câmbio real efetiva do Brasil teve a sensível apreciação de 22,5%, na comparação de 2005 e 2004. Aliás, a apreciação tem ocorrido desde 2003.

Há quem opine que 2002 não se constitui uma boa base comparativa, pois o real estaria demasiadamente desvalorizado e qualquer contraponto envolvendo esse ano seria inglória. Porém, fazendo a comparação 2005 versus 2000, somente a Nova Zelândia suplantou o Brasil em termos de valorização cambial real efetiva.

2000=100 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Área do Euro -8,55 2,93 -3,83 -7,41 1,00 4,26 11,49 3,24 -0,99 Austrália 1,50 -7,65 1,50 -1,67 -4,80 3,78 12,85 9,15 6,98 Canadá 1,04 -4,76 -0,69 -1,38 -3,80 -1,56 8,66 1,65 3,15 Dinamarca -2,79 3,66 0,95 -5,57 2,50 4,10 6,75 0,26 -2,28 EUA 4,60 8,69 0,10 1,11 6,20 -0,38 -7,75 -5,94 -2,29 Japão -5,37 0,91 10,24 2,04 -10,40 -6,03 -1,07 0,84 -5,95 Noruega -0,60 0,30 1,21 -0,10 2,50 6,54 -0,64 2,12 5,60 Nova Zelândia 2,42 -10,89 -4,19 -10,79 -0,10 12,71 17,41 7,26 4,65 Reino Unido 14,12 4,23 -1,25 -2,25 -2,30 0,61 -2,64 4,39 -2,30 Suécia -5,26 1,11 -3,85 -4,76 -8,70 3,18 3,82 -0,41 -3,39 Suíça -7,82 4,29 -0,37 -6,10 3,10 6,40 1,28 -2,07 -3,68 África do Sul 5,75 -10,10 -2,69 -1,28 -10,30 -8,03 32,85 8,03 0,00 Arábia Saudita 6,31 6,04 -2,55 0,70 3,60 -1,83 -7,67 -6,92 -2,75 Argentina 4,92 2,67 6,65 -2,63 5,00 -47,14 11,89 -2,09 -0,99 Brasil 5,03 -0,44 -26,09 20,48 -9,70 -1,55 11,14 7,69 22,46 Chile 4,52 -3,83 -2,66 4,93 -5,50 -1,80 -0,22 7,88 9,21 China 6,89 4,40 -4,90 2,99 5,00 -2,95 -4,61 -1,54 3,13 Cingapora -2,56 -5,35 -1,60 8,34 -0,60 -1,61 -0,72 2,27 7,75 Colômbia 6,20 -4,16 -10,02 -7,24 1,20 -2,37 -10,63 8,49 10,13 Coréia do Sul -7,00 -17,71 9,26 5,93 -9,20 3,41 -1,06 3,98 9,94 Egito 11,88 6,82 3,14 1,42 -8,80 -10,53 -20,96 3,26 8,86 Equador 4,32 -2,96 -6,59 30,55 0,90 9,32 1,90 0,36 10,90 Filipinas -5,96 -19,65 6,04 -3,47 8,30 3,69 -4,19 -5,58 6,69 Hong Kong 8,34 7,60 -7,07 -4,94 1,80 -0,79 -6,14 -5,06 -3,56 Índia 4,37 -4,86 0,72 1,52 2,50 -3,80 -0,41 1,43 3,51 Indonésia -7,03 -47,92 51,57 -6,02 -2,90 21,42 5,17 -7,98 -0,61 Israel 4,14 -1,36 -0,42 6,61 -0,80 -10,28 -2,36 -6,90 -2,22 Kuwait 4,54 5,08 -2,01 2,77 7,40 1,12 -6,26 -6,97 2,01 Malásia -3,17 -16,95 -2,07 0,70 5,10 -0,67 -4,50 -4,91 -1,37 Marrocos 0,65 5,40 2,15 0,30 -2,80 1,34 -0,51 -3,06 -3,47 México 13,54 -0,49 10,51 10,62 5,70 -0,38 -6,27 -0,91 5,52 Nigéria 14,78 9,69 -49,30 2,46 11,00 0,54 -6,27 2,49 9,33 Paquistão 3,11 -4,24 -1,87 0,20 -4,50 4,92 1,00 -0,69 2,59 Peru 1,32 0,28 -7,62 0,60 3,90 -0,29 -3,96 -0,20 0,00 Tailândia -7,63 -7,61 2,18 -2,82 -3,00 3,71 -0,10 0,50 2,97 Taiwan 0,94 -6,26 -3,69 3,52 -4,30 -2,61 -4,40 2,58 -2,30 Turquia 1,08 -1,28 -1,52 10,13 -12,80 15,02 8,28 7,37 7,12 Venezuela 14,54 13,85 8,45 3,84 9,40 -17,18 4,08 4,67 0,71 Fonte: JPMorgan Chase e International Financial Statistics, a partir de World Economic Situations and Prospects 2006. Nota: (+) Apreciação, (-) Depreciação.

Economias em Desenvolvimento Economias Desenvolvidas

Taxas de Câmbio Reais Efetivasa (variação % ao ano)

a. Índices baseados em ampla cesta de moedas, incluindo 18 moedas de membros da OCDE (inclusive o Euro) e 30 moedas de países em desenvolvimento (predominantemente asiáticos e latino-americanos). A taxa de câmbio real efetiva, que ajusta índices nominais levando em conta as mudanças no preço relativo, captura o efeito sobre a competitividade dos bens produzidos por um país – em termos de preço internacional – devido a mudanças cambiais e a diferenciais de inflação. Um aumento no índice implica uma queda na competitividade e vice-versa. As alterações no preços relativos baseiam-se em índices que medem de forma acurada os preços de bens manufaturados finais domesticamente produzidos excluindo-se alimentos e energia no primeiro estágio de transformação. Os pesos para os índices de câmbio foram estimados a partir dos padrões do comércio bilateral do ano de 2000 dos respectivos países.

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É certo que, apesar desse comportamento da taxa de câmbio real efetiva, nossas vendas para o exterior de produtos de maior conteúdo tecnológico cresceram entre 2004 e 2005, conforme divulgado pelo MDIC. Porém 2004 foi um ano cujas exportações de bens de alta intensidade tecnológica declinaram bastante vis-à-vis 2003, queda que pode ser atribuída ao aquecimento da demanda interna, direcionando a produção de determinados produtos de alto conteúdo tecnológico para o atendimento do consumidor doméstico. Adicionalmente, as importações do segmento de alta tecnologia cresceram mais do que as exportações, ampliando o déficit comercial desses produtos mesmo em 2005, fato não explicitado pelo MDIC.

Balança Comercial da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica

Sobre este último ponto, utilizando tradutor específico para se obter os dados por intensidade tecnológica para produtos típicos da indústria de transformação (alta intensidade, média-alta, média-baixa e baixa), conforme o quadro abaixo, 2 verificou-se que a balança comercial de alta tecnologia em 2005 atingiu um saldo negativo de US$ 8,3 bilhões contra um déficit de US$ 7,5 bilhões em 2004. O déficit dessa faixa de intensidade tecnológica vem aumentando desde 2002.

Produtos da indústria de transformação Código CIIU, rev. 3

Indústria de alta tecnologia

Aeronáutica e aeroespacial 353 Farmacêutica 2423 Material de escritório e informática 30 Equipamentos de rádio, TV e comunicação 32 Instrumentos médicos de ótica e precisão 33

Indústria de média-alta tecnologia

Máquinas e equipamentos elétricos n. e. 31 Veículos automotores, reboques e semi-reboques 34 Produtos químicos,excl. farmacêuticos 24 excl. 2423 Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 352 + 359 Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 29

Indústria de média-baixa tecnologia

Construção e reparação naval 351 Borracha e produtos plásticos 25 Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear 23 Outros produtos minerais não-metálicos 26 Produtos metálicos 27-28

Indústria de baixa tecnologia

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados 36-37 Madeira e seus produtos, papel e celulose 20-22 Alimentos, bebidas e tabaco 15-16 Têxteis, couro e calçados 17-19

Indústria de Transformação - Classificação por Intensidade Tecnológica

Fonte: OCDE.

Nota: CIIU, rev. 3: Classificação Industrial Internacional Uniforme, revisão 3.

2 O tradutor foi elaborado pelo responsável pelo trabalho e está sendo testado também, sob sua orientação, no âmbito do Projeto de Iniciação Científica PIBSA 036/2005 em execução pela discente da mesma instituição (UFAM/FES/DEA)_ Valéria Martins da Silva Pinho, bolsista do CNPq.

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Menos mal que, nos outros três segmentos, não houve movimento equivalente na mesma direção. Na faixa de produtos industriais de baixa intensidade tecnológica, os superávits vêm aumentando ano após ano, ininterruptamente desde 1999, chegando a US$ 28,6 bilhões em 2005 (US$ 25,1 bilhões em 2004). Já os bens de média-baixa tecnologia têm experimentado saldos comerciais ascendentes desde 2000, findando 2005 com um superávit de U$ 10,2 bilhões (US$ 8,8 bilhões em 2004). Passando para o segmento de média-alta intensidade, este vem apresentando déficits cada vez menores desde 2001 até tornar-se superavitário em 2005 (US$ 365 milhões).

Com tal evolução, essas outras três faixas não só exerceram um contrapeso para o aumento no déficit dos produtos de alta tecnologia, como também levaram o saldo comercial de produtos da indústria de transformação a um patamar histórico para os padrões brasileiros: em 2005, chegou-se ao superávit de US$ 30,1 bilhões, ante US$ 23,9 bilhões em 2004.

Ao considerarmos uma série para os três meses iniciais de 1997 a 2006, o primeiro trimestre de 2006 representou o maior nível de superávit para os segmentos de baixa e média baixa intensidade tecnológica. O acumulado de janeiro a março de 2006 registrou também o menor déficit em produtos de média-alta tecnologia do intervalo. Tais números permitiram que, no primeiro trimestre de 2006, os produtos industrializados apresentassem superávit de US$ 6,3 bilhões, a despeito do déficit de US$ 2,6 bilhões em bens de alta tecnologia (déficit de US$ 1,6 bilhão em igual acumulado de 2005). Contudo, esse salto no déficit de alta tecnologia foi o suficiente para que o superávit na balança comercial de produtos industrializados retrocedesse entre primeiros trimestres de 2005 e de 2006, de US$ 6,8 bilhões para US$ 6,3 bilhões.

Felizmente o superávit nos produtos não industrializados, puxado pela agropecuária e pela extração mineral, dobrou no mesmo período (de US$ 1,5 bilhão para US$ 3,0 bilhões), fazendo com que janeiro-março de 2006 registrasse superávit comercial de US$ 9,3 bilhões. De qualquer modo, o quadro aponta para uma mudança na balança comercial, mais especificamente no intercâmbio de bens oriundos da indústria de transformação, conforme atestam os primeiros números da balança comercial para abril e para o quadrimestre inicial de 2006, já mencionados nos primeiros parágrafos acima.

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Brasil - Balança Comercial (US$ Milhões FOB) -12.000 -6.000 0 6.000 12.000 18.000 24.000 30.000 36.000 42.000 48.000 Demais produtos 4.117 4.632 4.287 3.707 5.467 6.224 8.166 9.778 13.859 Prods. ind. transformação -10.869 -11.256 -5.570 -4.460 -2.816 6.901 16.614 23.863 30.898 Total -6.753 -6.624 -1.283 -753 2.650 13.125 24.780 33.641 44.757 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Balança Comercial nos

Acumulados de Primeiro Trimestre (US$ Milhões FOB)

-4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 Demais produtos 812 503 834 413 912 644 1.130 2.076 1.485 3.049 Prods. ind. transformação -1.644 -2.348 -1.674 -432 -1.590 384 2.674 4.049 6.819 6.292 Total -832 -1.845 -840 -18 -678 1.027 3.804 6.125 8.305 9.341 1997T1 1998T1 1999T1 2000T1 2001T1 2002T1 2003T1 2004T1 2005T1 2006T1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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Brasil - Produtos da Indústria de Transformação

por Intensidade Tecnológica - Balança Comercial (US$ Milhões FOB)

-24.000 -18.000 -12.000 -6.000 0 6.000 12.000 18.000 24.000 30.000 36.000 42.000 Baixa 9.558 9.141 10.889 11.151 14.071 15.339 19.816 25.136 28.651 Média-baixa 1.185 856 1.225 490 687 3.059 5.474 8.846 10.231 Média-alta -12.200 -12.595 -10.180 -8.948 -10.900 -6.991 -3.414 -2.604 365 Alta -9.413 -8.657 -7.504 -7.152 -6.674 -4.507 -5.262 -7.515 -8.350 Prods. ind. transformação -10.869 -11.256 -5.570 -4.460 -2.816 6.901 16.614 23.863 30.898 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica - Balança Comercial nos Acumulados de Primeiro Trimestre (US$ Milhões FOB)

-6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 Baixa 1.808 1.936 2.096 2.398 3.035 2.865 4.072 5.255 6.162 6.411 Média-baixa 451 257 416 507 61 466 1.160 1.516 2.535 2.607 Média-alta -2.246 -2.636 -2.398 -1.865 -2.740 -2.014 -1.328 -1.049 -272 -110 Alta -1.657 -1.905 -1.787 -1.472 -1.946 -934 -1.231 -1.674 -1.606 -2.615 Prods. ind. transformação -1.644 -2.348 -1.674 -432 -1.590 384 2.674 4.049 6.819 6.292

1997T1 1998T1 1999T1 2000T1 2001T1 2002T1 2003T1 2004T1 2005T1 2006T1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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Peculiaridades na Indústria de Alta e Média-Alta Tecnologia.

Neste sentido, cumpre frisar algumas especificidades. No segmento de alta intensidade, observa-se um déficit anual crescente desde 2003 em produtos farmacêuticos e em instrumentos de precisão e médico-hospitalares, alcançando em 2005 déficits de US$ 2,3 bilhões e US$ 2,4 bilhões, respectivamente. Tais déficits têm aumentado a despeito das exportações de produtos farmacêuticos estarem crescendo desde 2000, atingindo US$ 727 milhões em 2005, enquanto as de instrumentos de precisão têm crescido continuamente desde 2002, terminando 2005 com US$ 523 milhões. Tomando-se o desempenho de ambos para o acumulado de janeiro a março, tanto o saldo de farmacêuticos, quanto o de instrumentos médicos e de precisão experimentaram seus maiores déficits em 2006 (déficits de US$ 544 milhões e US$ 140 milhões, respectivamente), considerando-se uma série iniciada em 1997. Já o segmento de telecomunicações e linha marrom, que inclui componentes eletrônicos, experimentou saldo negativo de US$ 3,9 bilhões em 2005, a despeito das vendas externas recordes de US$ 3,3 bilhões. Mesmo sendo um déficit de magnitude ligeiramente inferior àqueles registrados em 1997, 2000 e 2004, os números para equipamentos de rádio, TV e telecomunicações (inclusive componentes) em 2005 asseveram que o esforço exportador por si só não basta. Reforçando tal raciocínio, as exportações de aparelhos da linha marrom e de telecomunicações e componentes deram um salto expressivo entre o primeiro trimestre de 2005 e o mesmo acumulado em 2006: de US$ 694 milhões para US$ 841 milhões. Todavia o déficit cresceu de US$ 645 milhões para US$ 1,2 bilhão.

Considerando que os produtos de informática e de escritório também são historicamente deficitários, os superávits da indústria aeronáutica – de US$ 1,7 bilhão em 2005 e de US$ 239 milhões no primeiro trimestre de 2006 – estão longe de serem suficientes para reverter o sinal negativo da balança dos demais bens de alta tecnologia.

O comportamento do intercâmbio externo de produtos de média-alta intensidade tecnológica como um todo, conforme mencionado anteriormente, tem conseguido arrefecer os déficits acima, reduzindo o saldo negativo do conjunto das indústrias de alta e média-alta intensidade tecnológica. Em 2005, o déficit dos bens de alta e média-alta tecnologia ficou em US$ 8 bilhões, metade do saldo negativo de US$ 16,1 bilhões em 2000 e bem abaixo do déficit de US$ 21,6 bilhões em 1997. Tal movimento só tem sido possível por causa do déficit cadente dos produtos de média-alta intensidade: em 1997, a grandeza do saldo negativo era de US$ 12,1 bilhões, piorando em 1998 (déficit de US$ 12,6 bilhões), e, desde então, vem declinando: em 2000, o saldo ficou negativo em US$ 7,2 bilhões e, em 2005, a balança passou a ser superavitária, US$ 365 milhões.

Concorreu fortemente para tal reversão de sinal o comportamento do intercâmbio de veículos automotores, reboques e semi-reboques: saiu de um déficit de US$ 639 milhões em 1997, tornando-se superavitário em 1999, US$ 294 milhões, ampliado para US$ 974 milhões no ano seguinte. Em 2005, as exportações líquidas desses produtos atingiram US$ 7,8 bilhões, conseqüência principalmente do aumento das exportações (US$ 12,9 bilhões em 2005).

Outro destaque nessa direção está em máquinas e equipamentos mecânicos, classe que congrega bens de capital diversos, em que pese sua balança ter experimentado déficit de

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US$ 338 milhões, representando uma piora em relação a 2004 (-US$ 32 milhões). No entanto, a balança desses bens já foi de US$ 4,9 bilhões em 1997. Máquinas e equipamentos elétricos também têm registrado queda no déficit, mesmo continuando alto (-US$ 945 milhões em 2005), enquanto equipamentos ferroviários e outros de transporte – aí inclusas as motocicletas dentro outros – obtiveram seu maior superávit no período em questão justamente em 2005 (US$ 130 milhões). A pior situação se encontra, porém, nos produtos químicos (exclusive farmacêuticos), cujos déficits se mantêm bastante elevados, alcançando o ápice justamente no biênio 2004-2005 (-US$ 7,0 bilhões; -US$ 6,3 bilhões, respectivamente), ainda que as exportações desses produtos estejam crescendo continuamente desde 2002.

De maneira geral, os segmentos que compõem as indústrias de alta e média-alta intensidade tecnológica são caracterizados no plano mundial por forte comércio intra-indústria, sendo vários deles sensíveis à escala de produção e/ ou a estratégias de diferenciação de produto. Nessa direção, a taxa de câmbio exerce papel primacial à medida que, estando em patamares competitivos, permite a penetração em novos mercados, mesmo naqueles com presença de unidades produtivas. Nesses casos, ao adentrar em um novo destino, obriga as plantas locais a se diferenciarem ou mesmo a ceder espaço ou faixas de mercado. Tal processo possibilita ao exportador ampliar sua escala e sedimentar um canal de fornecimento, consubstanciando um círculo virtuoso. Todavia, como dito anteriormente, sob taxas cambiais desfavoráveis, os segmentos produtivos em questão enfrentam dificuldades de monta para manter sua clientela estrangeira e tende a perder espaço no âmbito interno para os importadores, o que se torna mais prejudicial à medida que os concorrentes estrangeiros passam a desfrutar de economias de escala maiores.

É interessante notar que três dos segmentos que integram as indústrias de alta e média-alta tecnologia estão entre os focos de atuação da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE): a indústria farmacêutica; a de semicondutores, mais especificamente de circuitos integrados, que está dentro de áudio, vídeo e telecomunicações; e a de bens de capital, que se confunde em certa media com os segmentos de máquinas e equipamentos elétricos e mecânicos, além de bens de capital fabricados em segmento de alta tecnologia. Tal constatação é relevante, pois movimentos importantes no âmbito internacional vêm acontecendo. Um exemplo contundente é a cada vez maior penetração de televisores de plasma e de LCD (visor de cristal líquido), cujos componentes-chave são distintos do antigo aparelho de tevê de tubo, para o qual há produção de componentes em território nacional. O investimento requerido para uma planta de plasma já está chegando ou mesmo ultrapassando a casa de US$ 1 bilhão, enquanto uma unidade de cristal líquido para telas grandes já alcança ou mesmo supera a faixa de US$ 2 bilhões. Ou seja, são empreendimentos que exigem aportes de recursos que rivalizam com os de plantas para circuitos integrados, inclusive de microprocessadores.

Quanto aos bens de capital (que congregam não apenas itens de máquinas e equipamentos elétricos ou mecânicos, mas também alguns produtos inclusos dentro de segmentos de alta tecnologia), há de se enfatizar que os mesmos não se restringem à base instalada no País: uma parcela da indústria de máquinas e equipamentos que tem logrado expansão é justamente aquela destinada a plantas de produtos não fabricados no País, a exemplo dos semicondutores, painéis de plasma e de cristal líquido. Não custa lembrar que tais componentes estão cada vez

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mais presentes em indústrias diversas, inclusive a automobilística e aeronáutica, cujas aquisições externas de semicondutores, por exemplo, aparecem em aparelhos eletrônicos e de telecomunicações.

Logo, o esforço para internalizar elos importantes da cadeia produtiva, de elevada adição de valor, tende a gerar num primeiro momento déficits pontuais dentro da indústria de bens de capital e, por conseguinte, na faixa de produtos de maior conteúdo tecnológico. Essas importações deveriam ser acompanhadas por estratégias de incremento exportador nos segmentos demandantes desses bens de capital ou de atividades mais à frente. Ilustrando, ampliando-se as vendas para o exterior de produtos eletrônicos, o acréscimo na demanda dos fabricantes por componentes torna o País mais propício para recepcionar investimentos de vulto na área de componentes e bens intermediários ao mesmo tempo em que ameniza o impacto do incremento nas importações de bens de capital sem similar nacional. Pari passu, dever-se-ia reforçar a inserção externa da própria produção de bens de capital já instalada em solo brasileiro.

Neste sentido, deve-se considerar que a apreciação cambial tende a criar obstáculos, principalmente nos casos de bens de capital seriados. Assim o esforço exportador, captado no intervalo 1997-2006 para máquinas e equipamentos mecânicos, por exemplo, pode não se consolidar, sendo possível haver retrocessos.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de

Alta Intensidade Tecnológica - Balança Comercial (US$ Milhões FOB)

-12.000 -10.000 -8.000 -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000

Instrs. precisão, médico-hosps. -1.993 -2.006 -1.643 -1.828 -2.098 -1.621 -1.542 -2.009 -2.409 Áudio, vídeo, telecom e componentes -4.221 -3.594 -3.301 -3.901 -3.119 -1.441 -1.899 -3.953 -3.873 Informática e escritório -1.376 -1.380 -1.070 -1.472 -1.432 -1.170 -1.050 -1.233 -1.549 Farmacêutica -1.514 -1.644 -1.927 -1.796 -1.969 -1.883 -1.769 -2.076 -2.263 Aeronáutica -310 -34 438 1.844 1.943 1.608 998 1.755 1.745 Alta -9.413 -8.657 -7.504 -7.152 -6.674 -4.507 -5.262 -7.515 -8.350 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Alta Intensidade Tecnológica - Balança Comercial nos Acumulados de Primeiro Trimestre (US$ Milhões FOB)

-3.000 -2.500 -2.000 -1.500 -1.000 -500 0 500 1.000

Instrs. precisão, médico-hosps. -368 -466 -389 -395 -545 -425 -343 -427 -515 -648 Áudio, vídeo, telecom e componentes -813 -799 -782 -726 -1.180 -320 -443 -794 -645 -1.197 Informática e escritório -265 -273 -242 -289 -365 -271 -226 -271 -304 -466 Farmacêutica -269 -334 -409 -393 -437 -471 -407 -457 -485 -544 Aeronáutica 59 -34 35 330 580 554 187 276 343 239 Alta -1.657 -1.905 -1.787 -1.472 -1.946 -934 -1.231 -1.674 -1.606 -2.615

1997T1 1998T1 1999T1 2000T1 2001T1 2002T1 2003T1 2004T1 2005T1 2006T1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de

Média-Alta Intensidade Tecnológica - Balança Comercial (US$ milhões FOB)

-15.000 -12.000 -9.000 -6.000 -3.000 0 3.000 6.000 9.000

Máqs., equips. mecânicos n.e. -4.944 -4.886 -3.681 -2.852 -3.579 -2.531 -1.241 -32 -338 Equips. ferrovs., outros de transporte -216 -209 -310 -136 -103 -76 49 0 130 Química, exc. farmacêuticos -4.581 -5.022 -4.622 -5.119 -5.433 -4.548 -4.818 -6.982 -6.297 Automobilística -639 -513 294 974 1.022 2.326 4.140 5.649 7.815 Máqs., equips. elétricos n.e. -1.819 -1.966 -1.861 -1.815 -2.806 -2.161 -1.544 -1.239 -945 Média-alta -12.200 -12.595 -10.180 -8.948 -10.900 -6.991 -3.414 -2.604 365 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Média-Alta Intensidade Tecnológica - Balança Comercial nos

Acumulados de Primeiro Trimestre (US$ Milhões FOB)

-3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000

Máqs., equips. mecânicos n.e. -842 -1.114 -1.029 -726 -982 -825 -528 -138 -93 -332 Equips. ferrovs., outros de transporte -18 -37 -43 -35 -29 -33 -4 -30 33 -43 Química, exc. farmacêuticos -830 -1.010 -910 -1.046 -1.190 -1.009 -972 -1.551 -1.343 -1.502 Automobilística -210 7 14 303 29 250 624 983 1.378 1.983 Máqs., equips. elétricos n.e. -347 -482 -429 -360 -567 -396 -447 -314 -247 -217 Média-alta -2.246 -2.636 -2.398 -1.865 -2.740 -2.014 -1.328 -1.049 -272 -110 1997T1 1998T1 1999T1 2000T1 2001T1 2002T1 2003T1 2004T1 2005T1 2006T1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de

Média-Baixa Intensidade Tecnológica - Balança Comercial (US$ Milhões FOB)

-6.000 -3.000 0 3.000 6.000 9.000 12.000 Prods. metálicos 3.947 3.174 3.464 4.131 3.041 4.340 5.885 8.119 9.893 Outros minerais não-metálicos 218 250 385 433 394 568 716 989 1.194 Carvão, petróleo refinado -2.722 -2.182 -2.329 -3.727 -2.402 -1.505 -921 -1.337 -807 Borracha e prods. plásticos -426 -497 -294 -342 -347 -297 -99 -176 -221 Naval 168 111 -1 -6 2 -47 -107 1.251 172 Média-baixa 1.185 856 1.225 490 687 3.059 5.474 8.846 10.231

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Média-Baixa Intensidade Tecnológica - Balança Comercial nos Acumulados de Primeiro Trimestre (US$ Milhões FOB)

-1.000 0 1.000 2.000 3.000 Prods. metálicos 963 969 848 1.163 816 812 1.259 1.651 2.581 2.518 Outros minerais não-metálicos 44 46 70 93 84 112 135 178 240 305 Carvão, petróleo refinado -469 -684 -442 -686 -727 -355 -199 -297 -239 -157 Borracha e prods. plásticos -87 -95 -68 -60 -121 -99 -32 -35 -82 -54 Naval 0 20 7 -3 8 -4 -4 19 34 -4 Média-baixa 451 257 416 507 61 466 1.160 1.516 2.535 2.607

1997T1 1998T1 1999T1 2000T1 2001T1 2002T1 2003T1 2004T1 2005T1 2006T1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de

Baixa Intensidade Tecnológica - Balança Comercial (US$ Milhões FOB)

-2.000 2.000 6.000 10.000 14.000 18.000 22.000 26.000 30.000

Têxteis, couro e calçados 1.923 1.776 1.954 2.469 2.660 2.712 3.285 3.762 3.724 Alimentos, bebidas e tabaco 6.054 5.854 6.310 5.584 8.386 9.189 11.666 15.431 18.630 Madeira e seus prods., papel e celulose 1.617 1.520 2.421 2.760 2.660 2.978 4.235 5.063 5.431 Manufaturados n.e., reciclados -37 -9 204 338 365 460 630 881 867 Baixa 9.558 9.141 10.889 11.151 14.071 15.339 19.816 25.136 28.651

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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Brasil - Produtos da Indústria de Transformação de Baixa Intensidade Tecnológica - Balança Comercial nos Acumulados de Primeiro Trimestre (US$ Milhões FOB)

0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000

Têxteis, couro e calçados 560 482 485 597 639 618 771 915 933 899 Alimentos, bebidas e tabaco 811 1.018 1.064 1.030 1.580 1.519 2.199 2.983 3.708 3.947 Madeira e seus prods., papel e celulose 417 430 512 680 737 628 980 1.168 1.316 1.400 Manufaturados n.e., reciclados 20 5 34 91 78 100 122 189 206 164 Baixa 1.808 1.936 2.096 2.398 3.035 2.865 4.072 5.255 6.162 6.411

1997T1 1998T1 1999T1 2000T1 2001T1 2002T1 2003T1 2004T1 2005T1 2006T1

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

(20)

Apêndice Estatístico

Tabelas com Dados Anuais

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Produtos da indústria de transformação 41.606 40.471 38.365 44.795 46.473 47.625 57.298 75.685 91.867

Memo: Indústria de alta e média-alta tecnologia 15.743 16.217 15.001 19.589 19.299 18.868 21.827 28.900 37.659

Indústria de alta tecnologia 2.598 3.220 4.094 6.821 6.953 5.931 5.134 6.608 8.747

Aeronáutica e aeroespacial 881 1.423 1.962 3.681 3.709 2.835 2.107 3.478 3.699

Farmacêutica 362 384 403 386 395 437 477 592 727

Material de escritório e informática 343 353 472 490 395 236 271 334 478

Equipamentos de rádio, TV e comunicação 782 781 926 1.865 2.020 2.078 1.947 1.785 3.320

Instrumentos médicos de ótica e precisão 230 279 331 400 434 345 332 421 523

Indústria de média-alta tecnologia 13.145 12.997 10.907 12.768 12.346 12.937 16.693 22.292 28.912

Máquinas e equipamentos elétricos n. e. 868 813 766 928 1.011 936 1.113 1.418 1.952

Veículos automotores, reboques e semi-reboques 5.492 5.892 4.481 5.342 5.356 5.517 7.219 9.548 12.869

Produtos químicos,excl. farmacêuticos 3.264 3.015 2.812 3.348 2.881 3.149 3.929 4.814 5.985

Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 58 75 74 117 124 130 199 289 560

Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 3.462 3.203 2.773 3.033 2.975 3.206 4.233 6.223 7.546

Indústria de média-baixa tecnologia 9.092 8.353 7.824 9.285 8.949 9.727 12.275 17.510 20.725

Construção e reparação naval 193 131 12 7 38 9 8 1.265 194

Borracha e produtos plásticos 916 907 861 955 941 922 1.169 1.398 1.709

Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear 301 337 395 737 1.352 1.239 1.659 1.865 2.892

Outros produtos minerais não-metálicos 769 759 767 852 814 937 1.129 1.502 1.775

Produtos metálicos 6.912 6.218 5.788 6.734 5.804 6.618 8.309 11.480 14.154

Indústria de baixa tecnologia 16.772 15.900 15.540 15.921 18.226 19.029 23.196 29.275 33.483

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados 636 582 610 751 754 784 917 1.269 1.331

Madeira e seus produtos, papel e celulose 3.191 3.071 3.542 4.035 3.698 3.839 4.965 6.013 6.525

Alimentos, bebidas e tabaco 9.398 9.125 8.460 7.595 10.069 10.853 13.221 17.177 20.535

Têxteis, couro e calçados 3.547 3.122 2.927 3.541 3.705 3.553 4.093 4.816 5.093

Demais produtos 11.388 10.669 9.647 10.291 11.749 12.737 15.787 20.790 26.441

Produtos intensivos em recursos naturais 10.303 9.849 8.581 9.012 10.317 11.443 14.243 18.981 23.876

Agricultura, caça, atividades florestais e pesca 7.074 6.192 5.430 5.317 6.197 6.222 8.041 10.704 11.152

Agricultura, caça e atividades florestais 7.057 6.174 5.405 5.290 6.166 6.184 7.996 10.655 11.109

Pesca 17 17 26 27 31 39 45 49 42

Indústrias Extrativas 3.230 3.658 3.150 3.694 4.120 5.220 6.203 8.276 12.725

Produtos provenientes de outras atividades econômicas 5 5 7 7 6 5 8 12 9

Produtos normalmente oriundos dos serviços industriais de utilidade pública 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Energia elétrica, gás e distribuição de vapor e água quente 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Captação, tratamento e distribuição de água 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos normalmente oriundos de serviços 5 5 7 7 6 5 8 12 9

Atividades de informática - desenvolvimento de programas de informática (software) 4 5 6 5 4 2 3 3 3

Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento tecnico especializado 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Atividades fotográficas e microfilmagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produç., distribuiç. filmes cinematográfs. e fitas de vídeo, estúdios de gravaç. de som 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literárias 1 0 1 2 2 2 5 9 5

Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos não-classificados pela CIIU, revisão 3 1.080 815 1.059 1.272 1.427 1.290 1.535 1.797 2.556

Desperdícios e sucatas - bens da divisão 39 da CPC, rev. 1.1 ou 1.0 273 186 235 198 241 245 306 326 377

Obras diversas e outros itens classificados em caps. posteriores ao 97 do SH 807 628 824 1.074 1.186 1.044 1.229 1.471 2.179

TOTAL 52.994 51.140 48.011 55.086 58.223 60.362 73.084 96.475 118.308 Brasil - Exportações de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos (US$ milhões FOB)

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

(21)

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Produtos da indústria de transformação 52.476 51.726 43.935 49.255 49.289 40.724 40.684 51.823 60.969

Memo: Indústria de alta e média-alta tecnologia 37.355 37.470 32.685 35.690 36.873 30.366 30.503 39.019 45.644

Indústria de alta tecnologia 12.011 11.878 11.598 13.973 13.627 10.438 10.396 14.123 17.097

Aeronáutica e aeroespacial 1.192 1.457 1.524 1.836 1.766 1.227 1.109 1.722 1.954

Farmacêutica 1.875 2.028 2.331 2.181 2.364 2.321 2.246 2.668 2.990

Material de escritório e informática 1.718 1.733 1.542 1.962 1.827 1.405 1.321 1.566 2.027

Equipamentos de rádio, TV e comunicação 5.003 4.375 4.228 5.765 5.139 3.519 3.847 5.737 7.194

Instrumentos médicos de ótica e precisão 2.222 2.285 1.974 2.229 2.531 1.966 1.874 2.430 2.932

Indústria de média-alta tecnologia 25.344 25.592 21.087 21.716 23.246 19.928 20.107 24.896 28.547

Máquinas e equipamentos elétricos n. e. 2.687 2.779 2.627 2.743 3.817 3.097 2.657 2.657 2.897

Veículos automotores, reboques e semi-reboques 6.132 6.405 4.187 4.368 4.335 3.191 3.079 3.898 5.055

Produtos químicos,excl. farmacêuticos 7.845 8.036 7.434 8.466 8.314 7.697 8.746 11.796 12.281

Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 273 284 384 254 227 206 151 290 430

Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 8.407 8.089 6.455 5.885 6.553 5.737 5.474 6.255 7.884

Indústria de média-baixa tecnologia 7.906 7.497 6.599 8.796 8.262 6.668 6.801 8.664 10.494

Construção e reparação naval 25 20 13 14 36 56 115 14 22

Borracha e produtos plásticos 1.342 1.404 1.156 1.297 1.287 1.219 1.268 1.574 1.930

Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear 3.023 2.519 2.723 4.464 3.754 2.744 2.580 3.202 3.700

Outros produtos minerais não-metálicos 551 509 382 419 421 370 414 514 581

Produtos metálicos 2.965 3.044 2.325 2.602 2.764 2.278 2.424 3.360 4.261

Indústria de baixa tecnologia 7.214 6.759 4.651 4.769 4.155 3.690 3.380 4.139 4.831

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados 673 592 407 412 389 324 287 388 464

Madeira e seus produtos, papel e celulose 1.573 1.551 1.121 1.275 1.037 861 730 950 1.094

Alimentos, bebidas e tabaco 3.344 3.271 2.151 2.011 1.683 1.664 1.555 1.746 1.905

Têxteis, couro e calçados 1.623 1.345 973 1.072 1.045 841 808 1.055 1.369

Demais produtos 7.272 6.037 5.360 6.584 6.283 6.513 7.621 11.012 12.582

Produtos intensivos em recursos naturais 7.182 5.945 5.279 6.497 6.198 6.418 7.537 10.882 12.401

Agricultura, caça, atividades florestais e pesca 2.937 2.951 2.157 2.196 1.805 1.787 2.219 1.796 1.729

Agricultura, caça e atividades florestais 2.901 2.917 2.132 2.167 1.778 1.763 2.194 1.755 1.690

Pesca 36 34 25 29 27 23 25 41 39

Indústrias Extrativas 4.245 2.994 3.122 4.301 4.393 4.631 5.317 9.086 10.672

Produtos provenientes de outras atividades econômicas 22 15 13 13 13 31 10 9 10

Produtos normalmente oriundos dos serviços industriais de utilidade pública 1 1 0 1 0 0 0 0 0

Energia elétrica, gás e distribuição de vapor e água quente 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Captação, tratamento e distribuição de água 1 1 0 0 0 0 0 0 0

Produtos normalmente oriundos de serviços 22 14 13 12 12 31 10 9 9

Atividades de informática - desenvolvimento de programas de informática (software) 10 6 5 6 6 20 4 3 5

Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento tecnico especializado 0 0 0 1 1 0 0 0 0

Atividades fotográficas e microfilmagem 4 3 3 3 3 3 2 1 1

Produç., distribuiç. filmes cinematográfs. e fitas de vídeo, estúdios de gravaç. de som 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literárias 7 4 4 2 2 8 4 4 3

Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos não-classificados pela CIIU, revisão 3 67 77 67 75 72 64 75 121 172

Desperdícios e sucatas - bens da divisão 39 da CPC, rev. 1.1 ou 1.0 67 77 67 75 72 64 75 121 172

Obras diversas e outros itens classificados em caps. posteriores ao 97 do SH 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 59.747 57.763 49.295 55.839 55.572 47.237 48.305 62.835 73.551 Brasil - Importações de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos (US$ milhões FOB)

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

(22)

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Produtos da indústria de transformação -10.869 -11.256 -5.570 -4.460 -2.816 6.901 16.614 23.863 30.898

Memo: Indústria de alta e média-alta tecnologia -21.613 -21.253 -17.684 -16.100 -17.574 -11.497 -8.676 -10.119 -7.985

Indústria de alta tecnologia -9.413 -8.657 -7.504 -7.152 -6.674 -4.507 -5.262 -7.515 -8.350

Aeronáutica e aeroespacial -310 -34 438 1.844 1.943 1.608 998 1.755 1.745

Farmacêutica -1.514 -1.644 -1.927 -1.796 -1.969 -1.883 -1.769 -2.076 -2.263

Material de escritório e informática -1.376 -1.380 -1.070 -1.472 -1.432 -1.170 -1.050 -1.233 -1.549

Equipamentos de rádio, TV e comunicação -4.221 -3.594 -3.301 -3.901 -3.119 -1.441 -1.899 -3.953 -3.873

Instrumentos médicos de ótica e precisão -1.993 -2.006 -1.643 -1.828 -2.098 -1.621 -1.542 -2.009 -2.409

Indústria de média-alta tecnologia -12.200 -12.595 -10.180 -8.948 -10.900 -6.991 -3.414 -2.604 365

Máquinas e equipamentos elétricos n. e. -1.819 -1.966 -1.861 -1.815 -2.806 -2.161 -1.544 -1.239 -945

Veículos automotores, reboques e semi-reboques -639 -513 294 974 1.022 2.326 4.140 5.649 7.815

Produtos químicos,excl. farmacêuticos -4.581 -5.022 -4.622 -5.119 -5.433 -4.548 -4.818 -6.982 -6.297

Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. -216 -209 -310 -136 -103 -76 49 0 130

Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. -4.944 -4.886 -3.681 -2.852 -3.579 -2.531 -1.241 -32 -338

Indústria de média-baixa tecnologia 1.185 856 1.225 490 687 3.059 5.474 8.846 10.231

Construção e reparação naval 168 111 -1 -6 2 -47 -107 1.251 172

Borracha e produtos plásticos -426 -497 -294 -342 -347 -297 -99 -176 -221

Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear -2.722 -2.182 -2.329 -3.727 -2.402 -1.505 -921 -1.337 -807

Outros produtos minerais não-metálicos 218 250 385 433 394 568 716 989 1.194

Produtos metálicos 3.947 3.174 3.464 4.131 3.041 4.340 5.885 8.119 9.893

Indústria de baixa tecnologia 9.558 9.141 10.889 11.151 14.071 15.339 19.816 25.136 28.651

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados -37 -9 204 338 365 460 630 881 867

Madeira e seus produtos, papel e celulose 1.617 1.520 2.421 2.760 2.660 2.978 4.235 5.063 5.431

Alimentos, bebidas e tabaco 6.054 5.854 6.310 5.584 8.386 9.189 11.666 15.431 18.630

Têxteis, couro e calçados 1.923 1.776 1.954 2.469 2.660 2.712 3.285 3.762 3.724

Demais produtos 4.117 4.632 4.287 3.707 5.467 6.224 8.166 9.778 13.859

Produtos intensivos em recursos naturais 3.121 3.904 3.301 2.515 4.119 5.025 6.707 8.099 11.476

Agricultura, caça, atividades florestais e pesca 4.136 3.241 3.273 3.122 4.391 4.436 5.821 8.908 9.423

Agricultura, caça e atividades florestais 4.156 3.257 3.272 3.123 4.388 4.420 5.802 8.900 9.419

Pesca -20 -17 1 -1 3 15 20 8 3

Indústrias Extrativas -1.015 664 28 -607 -273 589 885 -810 2.053

Produtos provenientes de outras atividades econômicas -17 -10 -6 -5 -7 -27 -2 3 -1

Produtos normalmente oriundos dos serviços industriais de utilidade pública -1 -1 0 -1 0 0 0 0 0

Energia elétrica, gás e distribuição de vapor e água quente 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Captação, tratamento e distribuição de água -1 -1 0 0 0 0 0 0 0

Produtos normalmente oriundos de serviços -17 -9 -6 -5 -7 -26 -2 3 -1

Atividades de informática - desenvolvimento de programas de informática (software) -6 -2 2 0 -2 -18 -1 0 -1

Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento tecnico especializado 0 0 0 -1 -1 0 0 0 0

Atividades fotográficas e microfilmagem -4 -3 -3 -3 -3 -3 -2 -1 -1

Produç., distribuiç. filmes cinematográfs. e fitas de vídeo, estúdios de gravaç. de som 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literárias -7 -4 -4 0 0 -6 1 5 2

Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos não-classificados pela CIIU, revisão 3 1.013 738 992 1.197 1.355 1.225 1.461 1.676 2.384

Desperdícios e sucatas - bens da divisão 39 da CPC, rev. 1.1 ou 1.0 206 109 168 123 169 181 231 206 205

Obras diversas e outros itens classificados em caps. posteriores ao 97 do SH 807 628 824 1.074 1.186 1.044 1.229 1.471 2.179

TOTAL -6.753 -6.624 -1.283 -753 2.650 13.125 24.780 33.641 44.757 Brasil - Balança Comercial de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos (US$ milhões FOB)

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

(23)

Tabelas com Dados Referentes a Primeiros Trimestres

1997T1 1998T1 1999T1 2000T1 2001T1 2002T1 2003T1 2004T1 2005T1 2006T1

Produtos da indústria de transformação 8.485 9.670 8.113 10.136 11.397 9.931 12.035 15.186 20.159 22.811

Memo: Indústria de alta e média-alta tecnologia 3.057 3.892 3.045 4.254 4.704 4.150 4.416 5.698 8.103 9.334

Indústria de alta tecnologia 516 648 741 1.480 1.782 1.622 1.095 1.278 1.850 2.111

Aeronáutica e aeroespacial 160 230 330 807 1.064 924 462 641 796 794

Farmacêutica 79 88 98 91 100 102 105 139 160 211

Material de escritório e informática 63 75 80 108 91 54 58 67 87 125

Equipamentos de rádio, TV e comunicação 170 193 166 391 432 460 401 351 694 841

Instrumentos médicos de ótica e precisão 44 62 67 84 96 81 69 80 114 140

Indústria de média-alta tecnologia 2.540 3.245 2.304 2.774 2.922 2.528 3.322 4.420 6.253 7.223

Máquinas e equipamentos elétricos n. e. 186 171 162 194 229 185 224 296 422 602

Veículos automotores, reboques e semi-reboques 904 1.491 873 1.084 1.204 994 1.394 1.816 2.556 3.257

Produtos químicos,excl. farmacêuticos 704 776 621 766 775 655 868 1.021 1.451 1.440

Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 14 18 12 28 30 16 31 42 129 145

Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 732 788 636 702 685 678 805 1.246 1.695 1.779

Indústria de média-baixa tecnologia 2.049 2.197 1.788 2.312 2.445 1.960 2.766 3.272 4.766 5.621

Construção e reparação naval 5 27 11 2 31 0 2 23 41 2

Borracha e produtos plásticos 200 242 196 231 226 200 251 315 380 465

Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear 66 41 39 128 446 180 420 276 417 886

Outros produtos minerais não-metálicos 160 176 168 191 194 198 230 294 384 454

Produtos metálicos 1.617 1.712 1.374 1.760 1.548 1.381 1.864 2.364 3.544 3.814

Indústria de baixa tecnologia 3.380 3.580 3.280 3.569 4.248 3.821 4.852 6.216 7.290 7.856

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados 146 140 130 170 172 174 191 261 303 290

Madeira e seus produtos, papel e celulose 748 809 780 981 1.039 837 1.143 1.377 1.565 1.705

Alimentos, bebidas e tabaco 1.607 1.821 1.664 1.572 2.093 1.976 2.565 3.431 4.180 4.517

Têxteis, couro e calçados 878 811 706 846 943 835 953 1.147 1.242 1.344

Demais produtos 2.172 2.237 1.933 1.913 2.391 1.960 3.011 4.262 4.292 6.576

Produtos intensivos em recursos naturais 1.908 2.017 1.712 1.636 1.915 1.707 2.628 3.875 3.775 5.788

Agricultura, caça, atividades florestais e pesca 1.126 978 1.005 797 862 746 1.004 1.838 1.753 2.177

Agricultura, caça e atividades florestais 1.123 974 1.000 792 854 737 993 1.826 1.743 2.168

Pesca 3 4 5 6 8 8 11 12 10 9

Indústrias Extrativas 782 1.040 707 839 1.053 961 1.624 2.037 2.022 3.611

Produtos provenientes de outras atividades econômicas 1 1 2 2 1 1 2 4 3 8

Produtos normalmente oriundos dos serviços industriais de utilidade pública 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Energia elétrica, gás e distribuição de vapor e água quente 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Captação, tratamento e distribuição de água 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos normalmente oriundos de serviços 1 1 2 2 1 1 2 4 3 8

Atividades de informática - desenvolvimento de programas de informática (software) 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1

Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento tecnico especializado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Atividades fotográficas e microfilmagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produç., distribuiç. filmes cinematográfs. e fitas de vídeo, estúdios de gravaç. de som 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literárias 0 0 0 0 0 1 1 3 2 7

Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos não-classificados pela CIIU, revisão 3 263 219 219 275 475 252 381 383 514 781

Desperdícios e sucatas - bens da divisão 39 da CPC, rev. 1.1 ou 1.0 63 53 41 53 59 42 71 70 79 104

Obras diversas e outros itens classificados em caps. posteriores ao 97 do SH 200 166 178 222 416 210 310 314 435 676

TOTAL 10.657 11.907 10.045 12.048 13.788 11.891 15.045 19.448 24.451 29.387

Brasil - Exportações de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos - 1º Trimestre (US$ milhões FOB)

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

(24)

1997T1 1998T1 1999T1 2000T1 2001T1 2002T1 2003T1 2004T1 2005T1 2006T1

Produtos da indústria de transformação 10.129 12.018 9.787 10.567 12.987 9.547 9.361 11.137 13.340 16.519

Memo: Indústria de alta e média-alta tecnologia 6.960 8.433 7.230 7.591 9.390 7.097 6.975 8.421 9.981 12.060

Indústria de alta tecnologia 2.173 2.553 2.528 2.952 3.727 2.556 2.326 2.952 3.456 4.726

Aeronáutica e aeroespacial 101 264 295 477 483 371 275 365 453 555

Farmacêutica 349 422 507 484 536 573 512 596 645 755

Material de escritório e informática 329 348 323 397 456 325 284 338 390 591

Equipamentos de rádio, TV e comunicação 983 991 948 1.117 1.612 781 844 1.146 1.340 2.038

Instrumentos médicos de ótica e precisão 412 527 456 478 640 506 411 507 629 788

Indústria de média-alta tecnologia 4.787 5.880 4.702 4.639 5.662 4.541 4.649 5.469 6.525 7.333

Máquinas e equipamentos elétricos n. e. 534 653 591 554 796 582 670 610 669 818

Veículos automotores, reboques e semi-reboques 1.113 1.485 859 781 1.175 743 770 833 1.179 1.274

Produtos químicos,excl. farmacêuticos 1.534 1.786 1.531 1.812 1.965 1.664 1.840 2.571 2.794 2.942

Equipamentos para ferrovia e material de transporte n. e. 32 55 55 63 59 49 35 72 96 188

Máquinas e equipamentos mecânicos n. e. 1.574 1.902 1.665 1.429 1.667 1.504 1.333 1.384 1.788 2.111

Indústria de média-baixa tecnologia 1.598 1.940 1.372 1.805 2.384 1.494 1.606 1.756 2.231 3.014

Construção e reparação naval 5 6 4 5 23 5 6 3 6 6

Borracha e produtos plásticos 288 336 264 291 347 299 283 351 462 520

Carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear 535 725 481 814 1.172 535 618 573 656 1.043

Outros produtos minerais não-metálicos 116 129 98 98 110 86 94 115 144 150

Produtos metálicos 654 743 526 598 732 569 604 713 963 1.296

Indústria de baixa tecnologia 1.571 1.644 1.185 1.171 1.213 956 780 960 1.128 1.445

Produtos manufaturados n.e. e bens reciclados 127 135 96 79 94 74 69 72 97 125

Madeira e seus produtos, papel e celulose 331 379 268 301 302 209 163 209 250 305

Alimentos, bebidas e tabaco 796 802 600 541 513 457 366 448 472 569

Têxteis, couro e calçados 318 329 221 249 304 217 182 231 309 445

Demais produtos 1.360 1.734 1.098 1.499 1.480 1.316 1.881 2.186 2.807 3.527

Produtos intensivos em recursos naturais 1.341 1.715 1.079 1.478 1.460 1.294 1.863 2.159 2.766 3.460

Agricultura, caça, atividades florestais e pesca 523 786 562 536 494 425 570 484 406 511

Agricultura, caça e atividades florestais 513 778 555 528 487 417 565 472 394 497

Pesca 10 9 7 8 7 8 6 12 12 14

Indústrias Extrativas 818 929 518 942 966 869 1.293 1.675 2.360 2.949

Produtos provenientes de outras atividades econômicas 5 3 4 3 4 4 2 2 3 2

Produtos normalmente oriundos dos serviços industriais de utilidade pública 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Energia elétrica, gás e distribuição de vapor e água quente 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Captação, tratamento e distribuição de água 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos normalmente oriundos de serviços 5 3 4 3 4 4 2 2 3 2

Atividades de informática - desenvolvimento de programas de informática (software) 2 1 1 1 1 3 1 1 1 1

Serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento tecnico especializado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Atividades fotográficas e microfilmagem 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0

Produç., distribuiç. filmes cinematográfs. e fitas de vídeo, estúdios de gravaç. de som 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literárias 3 0 2 1 1 0 0 0 2 1

Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Produtos não-classificados pela CIIU, revisão 3 13 15 15 18 16 18 16 25 38 65

Desperdícios e sucatas - bens da divisão 39 da CPC, rev. 1.1 ou 1.0 13 15 15 18 16 18 16 25 38 65

Obras diversas e outros itens classificados em caps. posteriores ao 97 do SH 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 11.489 13.752 10.885 12.066 14.467 10.863 11.241 13.324 16.147 20.046

Brasil - Importações de Produtos da Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica e Demais Produtos - 1º Trimestre (US$ milhões FOB)

Fonte: MDIC/Secex/ Sistema ALICE. Elaboração própria a partir da classificação tecnológica da OCDE e de material sobre correspondências entre classificações de produtos e atividades da ONU.

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