• Nenhum resultado encontrado

/Análise conômica ANOS. OoMEMORATiVA. EdiçÃo I ISSN paculdade (JE CÍÊNCÍAS ECOINÔMÍCAS CJA UFRCS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "/Análise conômica ANOS. OoMEMORATiVA. EdiçÃo I ISSN paculdade (JE CÍÊNCÍAS ECOINÔMÍCAS CJA UFRCS"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

I I S S N 0 1 0 2 - 9 9 2 4 pAculdAdE (JE CÍÊNCÍAS ECOINÔMÍCAS CJA U F R C S

/Análise

conômica

\ iNSTAbllidAdE FINANCEIRA dos ^ N O S 9 0 : AIQUMAS iMpliCAÇÕES

PARA AS ECONOMÍAS CAPITAIÍSTAS PERifÉRiCAS

ANCIRÉ CtishA E DANÍEIA PRATES

\ AMpliAÇÃo RECENTE dA PARTÍCÍPAÇÃO EsTRANqEiRA NO SíSTEMA BANCÁRÍO BRASÍIEÍRO

MARÍA CRÍSTÍNA PENÍCIO CJE FREÍTAS

INÍRA-ESTRUTURA dE INÍORMAÇÕES E SiSTEMA NACÍONAI dE INOVAÇÃO

E D U A R D O D A MOTTA E A L B U Ç U E R P U E

O CUSTO SOCÍAI dos RECURSOS HídRicos EM BACIAS HidRoqRÁfiCAS INTERNACIÓN Ais: O CASO dA BACÍA do PARANÁ

J A N D Í R PERRERA D E UMA E JOSÉ C A R R E R A ' P E R N A N D E Z

PREfERÊNCÍA PEIA LíQUídEZ E ESCOIIHA dE PORlfÓliO

JOSÉ LUÍS OREÍRO

EfiCÍÊNCÍA, ObjETÍVO E CoORdENAÇÃO dA PolÍTiCA MACROECONÔMICA NO

PERÍodo: 1974 ' 1979

JOÃO Slcsú

MACROECONOMIA ModERNA: KEYNES E A

ECONOMIA CONTEMPORÂNEA ' RESENUA S Í M O N E SílvA D E D E O S ANO I

7

5 2

E d i ç Ã o

OoMEMORATiVA

90

ANOS

SETEMBRO, 1999

(2)

UNlVERSroADE FEDERAL DO RlO GRANDE DO SuL Reitora: Prof. Wrana Maria Panizzi FACULDADE DE CIÊNCLVS ECONÔMICAS

Diretora: Prof. Otilia Beatriz Kroeff Carrion CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS ECONÔMICAS

Diretor: Prof. Femando Ferrari Filho DEPARTAMENTO DE CIÊNCUS ECONÓMICAS

Chefe: Prof. Luiz Alberto Oliveira Ribeiro de Miranda CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMLV

Coordenador: Prof. Marcelo Savino Portugal CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL

Coordenador: Prof. Carlos Guilherme A, Mielitz Netto CONSELHO EDITORUL

A c h y l e s B . Costa, Aray M . F e l d e n s , Carlos A. C r u s i u s , Carlos G . A . Mielitz N e t t o , E d u a r d o A. M a l d o n a d o Filho, E d u a r d o P. Ribeiro, E u g ê n i o L a g e m a n n , F e r n a n d o Ferrari Filho, Gentil C o r a z z a , M a r c e l o S. P o r t u g a l , Nali J. S o u z a , Otilia B . K. Carrion, Paulo A. Spohr, P a u l o D . Waquil, P e d r o C. D . Fonseca, R o b e r t o C. M o r a e s , R o n a l d Otto Hillbrecht, Stefano Florissi, E l e u t é r i o F. S. P r a d o ( U S P ) , F e r n a n d o H . B a r b o s a ( F G V / R J ) , Gustavo F r a n c o (PUC/R.T), J o ã o R. Sansón ( U F S C ) , J o a q u i m P. A n d r a d e (UnB), Juan H. Moldau (USP), Paul D a v i d s o n (LTniv. of Tennessee), Werner B a e r (Univ. of Illinois).

COMISSÃO EDITORLÍL

E d u a r d o A u g u s t o M a l d o n a d o Filho, F e r n a n d o Ferrari Filho, Gentil Corazza, M a r -celo S a v i n o Portugal, Paulo D a b d a b Waquil; R o b e r t o C a m p s M o r a e s .

EDITOR: Gentil Corazza

EDITOR ADJUNTO: Pedro Silveira Bandeira SECRETARIA: Laize Espindula.

REVISÃO DE TEXTOS: Vanete Ricacheski.

FUNDADOR: Piof. Antônio Carlos Santos Rosa

Os materiais publicados na revista Análise Econômica são da exclusiva responsabilidade dos auto-res. E permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos, desde que seja citada a fonte. Aceita-se permu-ta com revispermu-tas congêneres. Aceipermu-tam-se, permu-também, livros para divulgação, elaboração de resenhas e recensões, Toda correspondência, material para publicação (vide normas n a terceira capa), assinaturas e permutas devem ser dirigidos ao seguinte destinatário:

PROF, GENTIL CORAZZA

Revista Análise Econômica - Av João Pessoa, 52

CEP 90040-000 PORTO A L E G R E - R S , BRASIL Telefones: Oxx (51) 316-3348 e 316-3440 - Fax: Oxx (51) 316-3990 rae@vortex.ufrgs.br Análise Econômica

Ano 17, n, 32, setembro, 1999 - Porto Alegre Faculdade de Ciências Econômicas, UFRGS, 1999

Periodicidade semestral, março e setembro. ISSN 0102-9924

1, Teoria Econômica Desenvolvimento Regional -Economia Agrícola - Pesquisa Teórica e Aplicada •

Periódicos. L Brasil. Faculdade de Ciências Econômicas,

Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

CDD 330.0.5 CDU 33 (81) (05)

(3)

Macroeconomia de inspiração Keynesiana

Simone Silva de Deos'

A p e s a r do q u e o título possa sugerir a o leitor desavisado, M a c r o e c o n o m i a

M o d e r n a : K e y n e s e a e c o n o m i a c o n t e m p o r â n e a (Rio de J a n e i r o , C a m p u s ,

1999) n ã o é, e n ã o p r e t e n d e ser, u m m a n u a l de m a c r o e c o n o m i a . S e n d o a s s i m , n ã o se d e v e b u s c a r n o livro a tradicional s e q ü ê n c i a de capítulos q u e l e v a os e s t u d a n t e s de g r a d u a ç ã o , n o curso de M a c r o e c o n o m i a , da c o n t a b i l i d a d e naci-o n a l , a naci-o s diferentes m naci-o d e l naci-o s m a c r naci-o e c naci-o n ô m i c naci-o s . O naci-objetivnaci-o b á s i c naci-o d naci-o livrnaci-o, c o n f o r m e a p o n t a m seus o r g a n i z a d o r e s - Gilberto Tadeu L i m a , J o ã o Sicsú e L u i z F e m a n d o de P a u l a - é d e m o n s t r a r a r e l e v â n c i a da a b o r d a g e m k e y n e s i a n a / p ó s - k e y n e s i a n a p a r a a análise d e d i v e r s o s t e m a s n o â m b i t o da e c o n o n ü a .

P o d e ser interessante situar o leitor e m potencial a respeito d o d e b a t e e m q u e se insere o livro, d e n t r o d a teoria e c o n ô m i c a . N a literatura d a área, a e x -p r e s s ã o k e y n e s i a n o s está t r a d i c i o n a l m e n t e a s s o c i a d a aos a d e -p t o s da c h a m a d a s í n t e s e n e o c l á s s i c a e aos p r o p o s i t o r e s d a s políticas m a c r o e c o n ô m i c a s q u e d e -r i v a -r a m desta e fo-ram m u i t o p o p u l a -r e s dos anos 5 0 até os 7 0 . A f o -r m a l i z a ç ã o q u e foi feita d a Teoria Geral de K e y n e s , q u e ficou a m p l a m e n t e c o n h e c i d a c o m o m o d e l o I S - L M , a c a b o u t o m a d o - s e o p r ó p r i o s í m b o l o da síntese n e o c l á s s i c a , d o s " v e l h o s k e y n e s i a n o s " .

M a i s recentemente, o grupo de autores conhecidos c o m o novos-keynesianos fomra o mainstream, o pensamento ortodoxo predominante. A escola surge na d é c a d a de 80 e m reação à supremacia monetarista vigente, disputando c o m a eco-n o m i a eco-novo-clássica o status de correeco-nte prieco-ncipal. Seus esforços são eco-no seeco-ntido de m o d e l a r a velha macroeconomia keynesiana atendendo às duas críticas funda-mentais dos novos-clássicos: a não inclusão de expectativas (raciorrais) e m seus m o d e l o s e a falta de microfundamentos dos m e s m o s . A preocupação principal da escola é explicar rigidez de preços e falhas de mercado.

C o n t u d o o c o n t e ú d o k e y n e s i a n o p r e d o m i n a n t e neste livro n ã o e s t á dire-t a m e n dire-t e a s s o c i a d o ao que se p o s s a c h a m a r de n o v o ou v e l h o k e y n e s i a n i s m o . D e fato, várias contribuições aqui r e u n i d a s p o d e m ser rotuladas c o m o p ó s -k e y n e s i a n a s . E s t i l i z a d a m e n t e , p o d e - s e dizer q u e esta escola caracteriza-se pela r e j e i ç ã o d a leitura e interpretação dos " v e l h o s e n o v o s " k e y n e s i a n o s q u a n t o à existência e às causas do d e s e m p r e g o involurrtário, t e m a central d a Teoria Geral. O s p ó s - k e y n e s i a n o s r e s g a t a m o q u e K e y n e s c h a m o u de princípio d a d e m a n d a efetiva, s e g u n d o o qual os níveis de p r o d u ç ã o e e m p r e g o são estabelecidos e m f u n ç ã o d a e x p e c t a t i v a de l u c r o dos e m p r e s á r i o s . T a m b é m p r e o c u p a m - s e e m r e c u p e r a r e d e s e n v o l v e r aspectos d a teoria de K e y n e s que e s t ã o p o s t o s ou p o -d e m s e r i n f e r i -d o s -d a T e o r i a G e r a l , m a s t ê m s i -d o s i s t e m a t i c a m e n t e

(4)

d e s c o n s i d e r a d o s p e l o s k e y n e s i a n o s o r t o d o x o s . E n t r e e s s e s , m e r e c e m d e s t a q u e a n e c e s s i d a d e d e colocar a análise e c o n ô m i c a n o v a m e n t e n o t e m p o e d e incor-porar, c o m ênfase, a incerteza e a m o e d a . C o n t u d o , n e m t o d a s as c o n t r i b u i ç õ e s a q u i r e u n i d a s p o d e m ser e n q u a d r a d a s s o b o r ó t u l o m a i s e s t r i t o d o p ó s -k e y n e s i a n i s m o , ainda q u e r e s g a t e m insights originais d e K e y n e s e l o n g e este-j a m d e u m e n q u a d r a m e n t o m a i s o r t o d o x o .

N ã o s e n d o u m m a n u a l d e m a c r o e c o n o m i a , o livro p r e t e n d e ser mais q u e u m a c o l e t â n e a d e artigos d e " g e n u í n a i n s p i r a ç ã o k e y n e s i a n a " . B u s c a articular contribuições originárias d e diferentes autores e m três p a r t e s , c o r r e s p o n d e n t e s a distintas áreas temáticas. A s s i m , n u m a s e q ü ê n c i a l ó g i c a , a p r i m e i r a trata d e teoria pura, dos c h a m a d o s Fundamentos Teóricos dessa " e c o n o m i a keynesiana". Isto feito, a p a r t e seguinte versa sobre u m t e m a f u n d a m e n t a l e q u e c o s t u m a r e c e b e r a t e n ç ã o especial e apresenta d e s e n v o l v i m e n t o s i n t e r e s s a n t e s n o p ó s

-k e y n e s i a n i s m o : Sistema Financeiro, Financiamento e Crescimento. A t e r c e i r a

e

ultima

p a r t e trata d e Dinâmica Econômica, Políticas Macroeconômicas e

Crises Monetárias. P a s s e m o s a u m a a v a l i a ç ã o m a i s d e t a l h a d a .

O p r i m e i r o capítulo, d e autoria d e P a u l D a v i d s o n , faz a crítica à v i s ã o k e y n e s i a n a o r t o d o x a (aquela q u e , a p r o p ó s i t o , c o s t u m a f r e q ü e n t a r as p á g i n a s dos tradicionais m a n u a i s d e m a c r o e c o n o m i a ) e a r g u m e n t a p o r q u e seria e s t a i n c o m p a t í v e l c o m a contribuição d e K e y n e s . N e s s e s e n t i d o , p r o c u r a justificar a n e c e s s i d a d e e relevância d a a b o r d a g e m p ó s - k e y n e s i a n a . O c a p í t u l o seguinte, cujo autor é L u i z A n t ô n i o d e Oliveira L i m a ( F G V S P ) , a v a n ç a p a r a u m a d i s -c u s s ã o teóri-ca -c o n t e m p o r â n e a , m a t e m a t i -c a m e n t e f o r m a l i z a d a (e instigada, a p r o p ó s i t o , pela ortodoxia), acerca d a n e c e s s i d a d e d e n ü c r o f u n d a m e n t a ç ã o d a m a c r o e c o n o m i a . Conclui, d e forma m u i t o i n t e r e s s a n t e e e m o p o s i ç ã o frontal a o mainstream, p e l a n e c e s s i d a d e d e m a c r o ñ m d a m e n t a r a m i c r o e c o n o m i a . vSe-g u e - s e a este o terceiro capítulo, d e autoria d e D a v i d D e q u e c h ( U N I C A M P ) , q u e l e v a n t a u m a d a s " b a n d e i r a s " d a e s c o l a p ó s - k e y n e s i a n a , a f i r m a n d o q u e a incerteza, e m o p o s i ç ã o à n o ç ã o c o n v e n c i o n a l d e r i s c o p r o b a b i l í s t i c o , é u m e l e m e n t o central e estratural d a e c o n o m i a capitalista.

O q u a r t o c a p í t u l o , d e a u t o r i a d e C a r m e m A p a r e c i d a F e i j ó ( U F F ) , i n -t r o d u z a n o ç ã o d e e x p e c -t a -t i v a s , e s s e n c i a l n o p e n s a m e n -t o q u e d e r i v a d e K e y n e s , p o i s i n t i m a m e n t e v i n c u l a d a à n e c e s s i d a d e d e t o m a d a d e d e c i s õ e s e m p r e s a r i a i s - d e p r o d u ç ã o , i n v e s t i m e n t o e f i n a n c i a m e n t o - n u m m u n d o d e i n c e r t e z a . A r e f l e x ã o final d e s s a p r i m e i r a p a r t e e s t á n o c a p í t u l o d e n ú -m e r o c i n c o , e s c r i t o p o r F e r n a n d o N o g u e i r a d a C o s t a ( U N I C A M P ) , q u e t r a t a d e u m a p o l ê m i c a i n t e r n a a o p ó s - k e y n e s i a n i s m o n o â m b i t o d a t e o r i a m o n e t á r i a . D i s c u t e p r e f e r ê n c i a p e l a l i q u i d e z e f o r m a t o d a c u r v a d e o f e r t a d e m o e d a , q u e s t õ e s q u e d i v i d e m o s p ó s - k e y n e s i a n o s e m d u a s c o r r e n t e s : f u n d a m e n t a l i s m o x h o r i z o n t a l i s m o . O a u t o r a d v o g a , a p o i a d o n a t e o r i a d o c i r c u i t o m o n e t á r i o , u m a p o s s i b i l i d a d e d e c o m p a t i b i l i z a ç ã o e n t r e e s t a s .

(5)

A s e g u n d a p a i t e d o livro trata d e Sistema Financeiro, Financiamento e

Crescimento. E s s e s t e m a s , essenciais para a c o m p r e e n s ã o d o f u n c i o n a m e n t o

d a s e c o n o m i a s c o n t e m p o r â n e a s - e q u e , n u m a p a r e n t e p a r a d o x o , n e m s e m p r e t ê m a d e v i d a a t e n ç ã o n o â m b i t o d a teoria e c o n ô m i c a , s o b r e t u d o n o c h a m a d o

mainstream - e n c o n t r a m a q u i , sob a é g i d e d o p ó s - k e y n e s i a n i s m o , e s p a ç o

pri-vilegiado. M e r e c e d e s t a q u e o p r i m e i r o c a p í t u l o d e s s a P a r t e II e s e x t o d o livro, de a u t o r i a d e R o g é r i o Studart ( U F R J ) , q u e discute o p a p e l d a s instituições e m e r c a d o s financeiros n o f u n c i o n a m e n t o d a s e c o n o m i a s capitalistas, a p o n t a n -do seu caráter c r u c i a l . C h a m a m o s a t e n ç ã o , ainda, p a r a a o p o r t u n a d i s c u s s ã o sobre o papel d a p o u p a n ç a m a c r o e c o n ô m i c a p a r a o i n v e s t i m e n t o . O sétimo capítulo, escrito p o r L u i z F e r n a n d o d e P a u l a ( U E R J - U C A M ) , a p r o f u n d a o m e s m o t e m a , b u s c a n d o analisar o c o m p o r t a m e n t o d o s b a n c o s e s e u s efeitos sobre a oferta d e c r é d i t o .

A i n d a nesta s e g u n d a p a r t e , o capítulo s e g u i n t e , o i t a v o d o livro, interrom-pe a s e q ü ê n c i a d e t e m a s d a órbita m o n e t á r i a , c h a m a n d o a t e n ç ã o p a r a outra q u e s t ã o f u n d a m e n t a l p a r a a c o m p r e e n s ã o d a d i n â m i c a d a s e c o n o m i a s capita-listas — q u e s t ã o q u e é t a m b é m , e m b o a m e d i d a , "rerregada" n o mainstream. Gilberto Tadeu L i m a ( U N I C A M P ) , seu autor, a p r e s e n t a u m m o d e l o d e a c u m u -lação d e capital, c r e s c i m e n t o e distribuição d e r e n d a cuja trajetória é influenci-ada p o r u m p r o c e s s o e n d ó g e n o de i n o v a ç ã o t e c n o l ó g i c a . A c o m p r e e i r s ã o d o c o n t e ú d o aqui e x p o s t o e x i g i r á d o s leitores familiaridade c o m u m a l i n g u a g e m m a t e m á t i c a n ã o trivial, u m a v e z q u e o m o d e l o é f o r m a l m e n t e a p r e s e n t a d o .

O capítulo n o v e , d e a u t o r i a d e A d r i a n a M o r e i r a A m a d o ( U N B ) , r e t o m a os t e m a s d e e c o n o m i a m o n e t á r i a , m a s d e n t r o d e u m a p e r s p e c t i v a d e d e s e n v o l -v i m e n t o regional. P r o p õ e u m a análise p a r a o p o u c o d i s c u t i d o p r o c e s s o d e con-c e n t r a ç ã o b a n con-c á r i a n o país, e con-concon-clui q u e tal p r o con-c e s s o p o d e a p r o f u n d a r as desi-g u a l d a d e s r e desi-g i o n a i s . O d é c i m o capítulo, escrito p o r J o s é L u í s O r e i r o ( I B M E C ) , conclui essa p a r t e d o livro. D i s c u t e t e o r i c a m e n t e os d e t e r m i n a n t e s d a taxa d e j u r o s , r e s g a t a n d o o d e b a t e e n t r e K e y n e s e o s c l á s s i c o s .

A t e r c e i r a e ú l t i m a p a r t e d o l i v r o t r a t a d e Dinâmica Econômica,

Políticas Macroeconômicas e Crises Monetárias. E d e s s a d i n â m i c a e c o

-n ô m i c a e s u a i -n e v i t á v e l d i m e -n s ã o f i -n a -n c e i r a q u e v e r s a , a p r o p ó s i t o , o p r i m e i r o c a p í t u l o d e s s a p a r t e , d é c i m o p r i m e i r o d o l i v r o . A g r e g a n d o a s c o r r t r i b u i ç õ e s d e K a l e c k i e S t e i n d l à s d e K e y n e s , L u i z G o n z a g a B e l l u z z o e J ú l i o S é r g i o G o m e s d e A l m e i d a ( U N I C A M P ) , s e u s a u t o r e s , a c r e s c e n -t a m à a n á l i s e u m n o v o " e i x o " , a -t r a v é s d a i n -t r o d u ç ã o d a c a -t e g o r i a d o s r e n t i s t a s , i n d a g a n d o s e s o b r e c o m o s e u c o m p o r t a m e n t o a f e t a o f u n c i o -n a m e -n t o d a e c o -n o m i a . N o f i -n a l d e s s e c a p í t u l o -n o q u a l a c o m p l e x i d a d e t e ó r i c a é m u i t o m a i s q u e c o m p e n s a d a p e l a r i q u e z a d o s insights o f e r e c i -d o s , p r o p i c i a m u m a o p o r t u n a a n á l i s e -d a c r i s e f i n a n c e i r a -d o E s t a -d o , s u a

(6)

g ê n e s e , t e n s õ e s , l i m i t e s e c o n s e q ü ê n c i a s , p a r a a l é m d o i m e d i a t o . N o d é c i m o segundo capítulo, de autoria de F e m a n d o C a r d i m de Carvalho (UFRJ), passa-se expHcitamente para o âmbito da política econômica. N a introdu-ção faz-se u m a reflexão importante e oportuna sobre a dimensão política da crítica vulgar ao keynesianismo. A partir daí, o capítulo t e m c o m o objetivo recuperar a a b o r d a g e m de política econômica desenvolvida originalmente por Keynes. Con-clui, s e m m u i t a surpresa, que h á u m viés intervencionista nessa abordagem, coe-rente c o m a a n á h s e teórica. A i n d a no âmbito da política econômica está o capítulo d e n ú m e r o treze, escrito por João Sicsú (UFF), q u e trata de u m t e m a específico dentro da política monetária. Incorporando u m a temática introduzida originalmente pelos novos-clássicos, discute a questão d a reputação dos dirigentes do banco central e seu impacto, via expectativa dos agentes, sobre a eficácia destas políti-cas.

O d é c i m o q u a r t o capítulo trata d e u m t e m a b e m c o n t e m p o r â n e o : o fenô-m e n o das crises c a fenô-m b i a i s . J o a q u i fenô-m Pinto d e A n d r a d e e M a r i a L u i z a F a l c ã o S i l v a ( U N B ) , s e u s autores, f a z e m u m a c o m p a r a ç ã o de diferentes a b o r d a g e n s teóricas p a r a tal f e n ô m e n o . E a i n t e r e s s a n t e , q u i ç á p r o n ü s s o r a c o n c l u s ã o , é q u e o mainstream e a a b o r d a g e m p ó s - k e y n e s i a n a t ê m c o n d u z i d o a r e s u l t a d o s m u i t o s e m e l h a n t e s , talvez c o m p l e m e n t a r e s , s o b r e a q u e s t ã o . A i n d a d e n t r o d e s -t a -t e m á -t i c a d a s crises financeiras i n -t e m a c i o n a i s , o d é c i m o q u i n -t o c a p í -t u l o d o livro, d e a u t o r i a d e F e r n a n d o Ferrari F i l h o ( U F R G S ) , p r e t e n d e resgatar as c o n -tribuições originais de K e y n e s s o b r e o t e m a , n u m m o m e n t o e m q u e se discute u m a " n o v a a r q u i t e t u r a financeira m u n d i a l " .

O d é c i m o sexto e ú l t i m o capítulo d o livro traz diferenças significativas e m r e l a ç ã o a o s d e m a i s . P a u l o N o g u e i r a B a t i s t a Jr. ( F G V - S P ) , seu autor, n ã o e s t á t r a t a n d o t e m a s c o n t e m p o r â n e o s d a a g e n d a teórica. A p r e s e n t a e discute as reflexões e p r o p o s t a s d e K e y n e s sobre a hiperinflação e a estabilização d o m a r c o a l e m ã o , a c o n t e c i m e n t o s d o início d o s a n o s 2 0 . C o n t o d o , c o m o c o l o c a seu autor, o i n t e r e s s e d o c a p í t o l o t r a n s c e n d e a d i m e n s ã o histórica, p o i s anteci-p a e m v á r i o s anteci-p o n t o s d i s c u s s õ e s r e c e n t e s s o b r e inflação, hianteci-perinflação e anteci-p l a n o s d e e s t a b i l i z a ç ã o . P a r a a l é m d a e x e g e s e p u r a e s i m p l e s , p e l a q u a l o s p ó s -k e y n e s i a n o s s ã o m u i t a s vezes - e e m a l g u m a s a d e q u a d a m e n t e - criticados, traz à t o n a u m a reflexão i m p o r t a n t e e p o u c o c o n h e c i d a d e K e y n e s .

C o m o o b r a coletiva. M a c r o e c o n o m i a M o d e r n a m a n i f e s t a vícios e vir-t u d e s . A s diferenvir-tes filiações, p r e o c u p a ç õ e s e l i n g u a g e n s d o s auvir-tores são per-ceptíveis n o livro, e m q u e c a d a c a p í t u l o t e m p e r s o n a l i d a d e e estatura própria. M a s é s e m d ú v i d a relevante e o p o r t u n a a iniciativa d e r e u n i r e disponibilizar a u m p ú b l i c o m a i o r as c o n t r i b u i ç õ e s d e i m p o r t a n t e s e c o n o n ü s t a s brasileiros -e x c -e ç ã o f-eita a o c a p í t o l o inicial, d -e autoria d o n o r t -e - a m -e r i c a n o Paul D a v i d s o n , c o n s i d e r a d o o g r a n d e e x p o e n t e d a escola. A o b r a d e m o n s t r a o vigor, a a m p l i t u

(7)

d e e, e m alguns c a s o s m a i s e x p l i c i t a m e n t e , a q u a l i d a d e e originalidade d a p r o -d u ç ã o a c a -d ê m i c a n a c i o n a l , q u e n ã o -d e v e p e r m a n e c e r c o n f i n a -d a às revistas científicas de c i r c u l a ç ã o restrita. E é u m a o p o r t u n i d a d e p a r a refletirmos, u m a v e z m a i s , sobre a p r o d u ç ã o d o m é s t i c a d e teoria, inclusive d a teoria pura, q u e é s i s t e m a t i c a m e n t e p o s t a e m d ú v i d a . A i n d a q u e , n u m a p a r e n t e c o n t r a - s e n s o , a bibliografia referida p e l a g r a n d e m a i o r i a dos autores deste livro p o u c o cite seus " p a r c e i r o s " b r a s i l e i r o s , q u e j á h á a l g u m t e m p o p r o d u z e m trabalhos de q u a l i d a d e n a área.

P o r t u d o isso, o l i v r o é r e c o m e n d á v e l a t o d o s que p r e t e n d a m a m a d u r e c e r suas reflexões e m e c o n o m i a . M a s q u e n ã o se e s p e r e u m a "leitura fácil", p o i s o leitor s e defrontará c o m t r a b a l h o s cuja l i n g u a g e m n e m s e m p r e é i m e d i a t a m e n -te acessível. D e o u t r o l a d o , a p o s s i b i l i d a d e d e a c e s s o des-te leitor às controvér-sias teóricas p r e s e n t e s n o livro p o d e ajudá-lo a refletir sobre as dificuldades d e fazer t e o r i a e c o m p r e e n d e r , a s s i m , q u e a c i ê n c i a é u m p r o c e s s o e m aberto, d o q u a l o d e b a t e é p a r t e i r r e v o g á v e l . S e n d o a s s i m , a p a l a v r a final s e m p r e e s t a r á p o r ser dita. A l é m d o q u e , e p a r a o b e m d a c i ê n c i a e c o n ô m i c a , é urgente q u e e s s e d e b a t e seja m a i s pluralista. C o m isso q u e r e m o s dizer q u e t o d a s as c o n t r i -b u i ç õ e s h e t e r o d o x a s d e q u a l i d a d e s ã o -b e m - v i n d a s e o p o r t u n a s .

Referências

Documentos relacionados

pessoalmente assinada e apresentada em duas vias de igual teor, numa das quais deverá constar, para validade, o obrigatório ciente da empresa, em ato com a assistência do

Somente os casos de urgência e emergência, quando for comprovada a impossibilidade de utilização de uma das cooperativas integrantes do Sistema Nacional Unimed.. Hospitais

Entendemos que é fundamental ampliarmos o debate acerca da sexualidade em vários contextos, entre os quais o escolar, visto que, assim como Santos (1995), partimos

AQUISIÇÃO DO EDITAL: Poderá ser consultado gratuita- mente ou adquirido no horário de 08h30min as 12h00min, de segunda a sexta – feira, na sede da CPL na Avenida 11 de março, s/n

Magdalena Tenerife INSTITUCION EDUCATIVA DEPARTAMENTAL SIMON BOLIVAR 010868 MAÑANA. Nariño Ancuyá INSTITUCION EDUCATIVA CARLOS ALBORNOZ ROSAS

Numa leitura superficial e não atenta as nuances do pensamento de ambos filósofos, Parmênides pode ser entendido como o perfeito oposto de Heráclito, enquanto o primeiro reforçaria

Os pontos positivos são: permite ao estudante estudar além das horas de classe e seguir avançando em seus estudos, com a mesma qualidade de sala de aula; possibilita que

Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Direito da PUC-Rio.. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo