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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO QUARTO TRIMESTRE DE 2016

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RELATÓRIO DA

ADMINISTRAÇÃO

DOS RESULTADOS

(2)

ÍND

ICE

Informações Gerais...Página 03 Carta Abilio Diniz e Pedro Faria...Página 04 Destaques Financeiros...Página 05 Resultados do 4º Trimestre de 2016...Página 06 Cenário e Dinâmica Setorial...Página 07 Resultado Consolidado 4º Trimestre de 2016 / ROL...Página 11 Receita Operacional Líquida (ROL)...Página 11 Lucro Bruto...Página 11 Despesas Operacionais...Página 12 Outros Resultados Operacionais...Página 12 Resultado Operacional - EBIT...Página 13 Resultado Financeiro...Página 13 Lucro Líquido...Página 14 EBITDA...Página 14 Desempenho por Região...Página 15 Brasil...Página 16

Oriente Médio / Norte da África (MENA)...Página 18 Ásia...Página 19 Europa / Eurásia...Página 20 América Latina (LATAM)...Página 21 África...Página 22 Outros Segmentos...Página 23 Corporate...Página 24 Investimentos (CAPEX)...Página 24 Ciclo Financeiro...Página 25 Fluxo de Caixa Gerencial...Página 26 Endividamento...Página 28 Abate e Produção...Página 30 Relacionamento com Auditores Independentes...Página 30 Disclaimer...Página 30 DRE...Página 31 Balanço Patrimonial...Página 33

(3)

01

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e e do Ano de 2 015

INFORMAÇÕES

GERAIS

03

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

VALOR DE MERCADO

R$38,5 bilhões

US$11,8 bilhões

COTAÇÕES

BRFS3 R$48,25

BRFS US$14,76

AÇÕES EMITIDAS

812.473.246 ações ordinárias

13.468.001 ações em tesouraria

Base: 31.12.2016

WEBCAST

Data: 24.02.2017

09:00 Português

10:30 Inglês

TELEFONE:

Dial–in com conexões no Brasil:

+55 11 31931001 ou +55 11 28204001

Dial-in com conexões nos

Estados Unidos: +1 7869246977

www.brf-br.com/ri

CONTATOS RI:

Alexandre Borges

Vice-Presidente de Finanças e RI

Elcio Ito

Diretor de Finanças

André Mota

Gerente de Relações com Investidores

+55 11 23225052

(4)

04

CARTA DE

ABERTURA

Senhores acionistas,

O ano de 2016 foi marcado por desafios que impactaram os nossos resultados de curto prazo. A conjugação de fatores setoriais, conjunturais e de incertezas políticas, somada a alguns desafios de execução interna, nos levaram a resultados muito aquém do esperado e muito abaixo do potencial da BRF.

Ao mesmo tempo em que os resultados de curto prazo nos deixaram inconformados, ficamos satisfeitos com as evoluções estruturais feitas para a construção do longo prazo da Companhia. Seguimos com nosso crescimento global, com volumes de vendas nos mercados internacionais subindo 16,7% a/a. Mesmo se excluíssemos as aquisições do período, esse aumento ainda seria de 5,9% com destaque para Ásia, impulsionada por China.

A operação da Tailândia, que adquirimos no início do ano, entregou resultados acima do esperado, muito em função do modelo de integração e otimização das operações globais - modelo este que está sendo replicado para outras operações que possuímos.

No mundo Halal, as aquisições em Omã, Malásia e mais recentemente o anúncio na Turquia, foram passos importantes para a materialização da OneFoods. A efetivação do “carve-out” dos ativos, feita em um curto espaço de tempo, nos deixou muito orgulhosos. Com a nova entidade já operando, poderemos avaliar melhor as oportunidades estratégicas para acelerar o crescimento nos mercados mulçumanos, bem como uma potencial capitalização.

Na Argentina, a integração das duas aquisições que fizemos (Calchaqui e Campo Austral) nos permitiram criar uma operação com cadeia

integrada, tanto em frangos como em suínos, e com liderança de mercado nas principais categorias.

No Brasil, investimos em execução comercial e buscamos melhorar cada vez mais o nível de serviço por meio de: (i) uma nova estratégia GTM (“go-to-market”), que focou muito em segmentação; (ii) uma nova estratégia comercial para o canal “cash & carry”, que já vem apresentando resultados positivos; e (iii) do restabelecimento do fluxo de lançamentos e inovação da Companhia.

Nossa área de Supply teve um papel ainda mais relevante este ano, nos ajudando a mitigar parcialmente os impactos do custo da ração. Focamos em novas formulações, melhoramos os indicadores técnicos de produtividade e conversão alimentar, e realizamos ajustes de capacidade, trazendo o menor impacto possível do ciclo negativo para o nosso negócio, ao mesmo tempo que mantemos uma flexibilidade produtiva importante.

Entramos em 2017 com um cenário mais positivo do lado de custo, e completamente focados na execução comercial e operacional dos nossos negócios. Seguimos otimizando nossa cadeia produtiva, através de um melhor planejamento integrado, e ampliando nosso portfólio e nos aproximando cada mais do nosso consumidor via inovação.

Desta forma, reforçamos nosso propósito de alimentar o mundo, transformando a BRF em uma empresa mais rentável e admirada, com marcas e presença fortes nas mais diversas regiões do globo. Abilio Diniz Presidente do Conselho de Administração Pedro Faria Diretor Presidente Global Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

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05

DESTAQUES

FINANCEIROS

• Receita Operacional Líquida de R$8.590 milhões, 1,0% acima do 3T16;

• Lucro bruto de R$1.693 milhões (-10,1% t/t). Margem Bruta de 19,7%, 2,4 p.p. abaixo do 3T16; • EBITDA de R$559 milhões (-36,9% t/t), com Margem EBITDA de 6,5%, 3,9 p.p. abaixo do 3T16; • CAPEX de R$551 milhões no trimestre;

• Fluxo de caixa operacional de R$748 milhões, após investimentos;

• Ajustado pelos impactos (pro-forma) das empresas adquiridas, obtivemos: i) ciclo financeiro de 22,4 dias, melhora de 10,4 dias vs. 3T16; e ii) ROIC (Return on Invested Capital) de 8,26%.

1

Resultado por Ação (em R$) consolidado, excluindo as ações em tesouraria.

Resultado - R$ Milhões

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação Receita Bruta 8.095 9.044 9.568 10.527 37.235 9.338 9.806 9.795 10.123 39.062 (3,8%) 4,9% Receita Líquida 7.048 7.913 8.281 8.955 32.197 8.120 8.515 8.508 8.590 33.733 (4,1%) 4,8% Lucro Bruto 2.164 2.525 2.601 2.799 10.089 2.031 1.918 1.884 1.693 7.526 (39,5%) (25,4%) Margem Bruta (%) 30,7% 31,9% 31,4% 31,3% 31,3% 25,0% 22,5% 22,1% 19,7% 22,3% (11,6) p.p. (9,0) p.p. EBIT 641 1.058 969 1.560 4.228 655 529 469 163 1.815 (89,6%) (57,1%) Margem EBIT (%) 9,1% 13,4% 11,7% 17,4% 13,1% 8,1% 6,2% 5,5% 1,9% 5,4% (15,5) p.p. (7,8) p.p. EBITDA 951 1.380 1.309 1.885 5.525 1.025 944 886 559 3.413 (70,4%) (38,2%) Margem EBITDA (%) 13,5% 17,4% 15,8% 21,0% 17,2% 12,6% 11,1% 10,4% 6,5% 10,1% (14,5) p.p. (7,0) p.p. Lucro Líquido 462 364 687 1.415 2.928 39 31 18 (460) (372) (132,5%) (112,7%) Margem Líquida (%) 6,5% 4,6% 8,3% 15,8% 9,1% 0,5% 0,4% 0,2% (5,4%) (1,1%) (21,2) p.p. (10,2) p.p.

Resultado por ação1 0,54 0,43 0,83 1,75 3,62 0,05 0,04 0,02 (0,58) (0,47) (133,0%) (112,9%)

Principais Indicadores Financeiros

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

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06

RESULTADOS

4º TRIMESTRE

2016 (4T16)

• Início da operação da OneFoods, subsidiária com sede em Dubai, dedicada ao mundo halal. A empresa conta com 15 mil funcionários, presente em mais de 40 países, cadeia totalmente integrada e com sólida posição de liderança, principalmente nos países do Golfo, através da marca Sadia.

• Aquisição da Banvit, maior produtora de aves na Turquia (capacidade de 600 mil aves/dias), completamente integrada através de 5 plantas de processamento e uma fábrica de ração. Além disso, a empresa é líder de mercado, com 13% de participação de mercado, e conta com o maior reconhecimento da marca no país. O valor da transação foi de US$470 milhões, realizado em parceria com QIA (Qatar Investment Authority). • Conclusão da joint-venture na FFP, empresa processadora de alimentos Halal baseada na Malásia.

• Emissão do CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) no valor de R$1,5 bilhão, em duas tranches: (i) 4 anos a taxa de 96,00% do CDI; (ii) 7 anos com atualização monetária pela variação do IPCA e remuneração equivalente a 5,8970% a.a. • Paralisação temporária de abate de peru na planta de Uberlândia, como parte da estratégia da Companhia de adequar o parque fabril.

• Criação de uma subsidiária no Egito com a finalidade de continuar avançado na cadeia de valor.

• Conclusão da aquisição de 1,99% de participação (ou 77.583.000 ações) na COFCO Meat Holdings Ltd., empresa produtora de alimentos de origem suína na China. O valor da transação foi avaliado em US$20 milhões.

Destaques do Trimestre e Eventos Subsequentes

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

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07

CENÁRIO

E DINÂMICA

SETORIAL

O 4T16 mostrou uma recuperação marginal no cenário de custos de grãos, com tendência de queda tanto nos preços do milho quanto do farelo de soja. O ajuste no alojamento e na produção de frango se refletiu nas exportações brasileiras, que desaceleraram nos últimos meses do ano. No entanto, observamos um crescimento de produção de frango em alguns países relevantes, o que pressionou a competição com os exportadores brasileiros.

O preço do milho no 4T16 foi o menor registrado no ano, embora ainda superior aos patamares de 2014 e 2015. Já com relação ao farelo de soja, a redução do preço no 4T16 foi relativamente mais tímida, e se manteve cerca de 5% acima do patamar visto no 1T16. Vale ressaltar que no 2T16 os preços de farelo de soja subiram quase 20% t/t e 39% a/a, devido ao impacto do El Niño sobre o clima da América do Sul, afetando a produção no Brasil (maior exportador de soja) e na Argentina (maior exportador de farelo de soja). Dessa forma, o Brasil permaneceu em uma posição competitiva desfavorável em relação aos demais países produtores de frango no mundo, porém em tendência positiva, conforme demonstra o gráfico abaixo.

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

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08

CENÁRIO

E DINÂMICA

SETORIAL

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

Diante do cenário de custo de grãos ainda elevado, somado à posição competitiva desfavorável do país, as margens dos produtores brasileiros continuaram pressionadas ao longo do trimestre, levando à contínua redução de alojamento e produção de frango.

Nota ¹: Custo da ração ajustado pelo ciclo do frango (aproximadamente 60 dias). Fonte: SECEX, JOX e BM&F

Fonte: APINCO. 6.800 6.600 6.400 6.200 6.000 5.800 5.600 14.500 14.000 13.500 13.000 12.500 12.000 11.500 11.000 10.500 10.000 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% -2,0% -4,0% -6,0% -8,0% 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% -2,0% -4,0%

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09

CENÁRIO

E DINÂMICA

SETORIAL

Esse movimento foi evidenciado também nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), que mostraram mais uma queda nos volumes de exportação de frango no 4T16, ficando aproximadamente 11% abaixo dos níveis observados no 4T15. Vale ressaltar que no 2S16 esses volumes contraíram cerca de 9% na comparação anual.

No entanto, enquanto os produtores brasileiros ajustaram a produção frente ao cenário adverso do setor, outras plataformas produtoras no mundo aproveitaram o momento de maior competitividade relativa (grãos mais baratos) e aumentaram a produção. Na Tailândia, por exemplo, a produção de carne de frango cresceu 10,7% em 2016 (15% 2S16 vs. 1S16), e os volumes exportados para outros países da Ásia aumentaram consideravelmente no segmento in natura. Esse efeito foi mais percebido no Japão, onde os estoques locais já estavam em níveis elevados, o que acabou levando a uma maior pressão em preços e volumes das exportações brasileiras. Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016 Fonte: SECEX. Fonte: ALIC.

1.200

1.000

800

600

400

200

0

150

140

130

120

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Mil T

oneladas

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9%

3%

-3%

-9%

-15%

1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16

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10

CENÁRIO

E DINÂMICA

SETORIAL

Na Europa, por sua vez, a Polônia aumentou a produção em cerca de 13% em 2016 (dados disponíveis até outubro) e elevou seus embarques para outros países europeus. O mesmo ocorreu com a Ucrânia que, além do aumento de produção de frango, teve forte crescimento no volume de exportação, com destaque para o Oriente Médio e Europa.

O excedente de volumes proveniente desses países, somado aos estoques locais ainda elevados, pressionaram os preços de exportação no 4T16. Essa tendência foi mais intensa em regiões como Europa e Japão, dada a apreciação do Real frente às moedas locais: +4,0% vs. a Libra Esterlina, +2,2% vs. o Euro e +5,1% vs. Yen.

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

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RESULTADO

CONSOLIDADO

4T16

No 4T16, a Receita Líquida consolidada da BRF totalizou R$8,6 bilhões, crescendo 1% na comparação trimestral. Conseguimos manter o volume praticamente estável no trimestre, ao mesmo tempo que aumentamos em 1,3% nosso preço médio t/t.

Em 2016, o volume aumentou em 3,8% comparado com 2015. Nos mercados internacionais aumentamos em 16,7%, enquanto que no Brasil houve uma contração de 8,4%.

Receita Operacional Líquida (ROL)

Volumes - mil toneladas 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Aves (In Natura) 462 495 490 491 1.938 477 501 519 510 2.006 3,8% 3,5%

Suínos e outros (In Natura) 53 70 75 75 273 85 87 90 88 350 16,7% 28,2%

Processados 499 518 523 575 2.116 466 504 515 532 2.017 (7,6%) (4,7%)

Outras Vendas 47 36 53 52 188 69 79 87 79 314 52,7% 67,2%

Total 1.061 1.120 1.141 1.193 4.515 1.097 1.171 1.211 1.208 4.688 1,3% 3,8% ROL - R$ Milhões 7.048 7.913 8.281 8.955 32.197 8.120 8.515 8.508 8.590 33.733 (4,1%) 4,8%

Preço Médio (ROL) 6,64 7,07 7,26 7,51 7,13 7,40 7,27 7,02 7,11 7,20 (5,3%) 0,9%

Lucro Bruto - R$ Milhões 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Lucro Bruto 2.164 2.525 2.601 2.799 10.089 2.031 1.918 1.884 1.693 7.526 (39,5%) (25,4%) Margem Bruta (%) 30,7% 31,9% 31,4% 31,3% 31,3% 25,0% 22,5% 22,1% 19,7% 22,3% (11,6) p.p. (9,0) p.p. Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

No 4T16, nossa margem bruta ficou em 19,7%, uma queda de 2,4 p.p. t/t. Conseguimos reduzir as despesas com ociosidade em R$12 milhões no mesmo período, e melhoramos o desconto em função do prazo de validade (FIFO) em R$29 milhões. Entretanto, esses ganhos foram compensados pela estratégia de defender volumes em determinadas regiões, a qual resultou em menores preços e queda de margem.

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RESULTADO

CONSOLIDADO

4T16

No 4T16, a Companhia apresentou uma despesa líquida de R$97,3 milhões na linha de Outros Resultados Operacionais, um aumento de R$65mn t/t. Esse aumento é reflexo principalmente de despesas não recorrentes no período, destacando-se: (i) R$32 milhões relacionados à adesão da BRF ao Programa de Anistia (Regularize) em Minas Gerais; (ii) R$19 milhões oriundos do processo de fechamento da linhas de Perus em Uberlândia; e (iii) R$12 milhões resultantes do aumento de provisões e acordo trabalhistas municipais.

Outros Resultados Operacionais

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

O SG&A da Companhia cresceu 3,2% t/t no 4T16, impactado principalmente por: (i) campanha de comemorativos no Brasil; e (ii) maiores gastos com consultoria, logística e armazenagem, entre outros. Desse modo, nosso SG&A como % da ROL atingiu 16,7%, um aumento de 0,3 p.p. na comparação trimestral.

Despesas Operacionais

Despesas Operacionais

- R$ Milhões 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016

Variação

4T16/4T15 2016/2015Variação

Despesas com Vendas (1.084) (1.154) (1.237) (1.331) (4.806) (1.208) (1.230) (1.255) (1.273) (4.966) (4,3%) 3,3%

% sobre a ROL (15,4%) (14,6%) (14,9%) (14,9%) (14,9%) (14,9%) (14,4%) (14,7%) (14,8%) (14,7%) 0,0 p.p. 0,2 p.p. Despesas Administrativas e Honorários (108) (115) (143) (140) (506) (134) (142) (138) (163) (577) 16,4% 14,1% % sobre a ROL (1,5%) (1,5%) (1,7%) (1,6%) (1,6%) (1,6%) (1,7%) (1,6%) (1,9%) (1,7%) (0,3) p.p. (0,1) p.p. Despesas Operacionais Totais (1.191) (1.269) (1.381) (1.471) (5.312) (1.341) (1.372) (1.393) (1.437) (5.543) (2,3%) 4,3% % sobre a ROL (16,9%) (16,0%) (16,7%) (16,4%) (16,5%) (16,5%) (16,1%) (16,4%) (16,7%) (16,4%) (0,3) p.p. 0,1 p.p. Outros Resultados

Operacionais - R$ Milhões 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Outras Receitas Operacionais 15 30 191 331 567 47 89 79 85 300 (74,2%) (47,0%)

Outras Despesas Operacionais (288) (219) (400) (105) (1.011) (93) (111) (111) (183) (498) 74,7% (50,8%)

Outros Resultados Operacionais (273) (189) (209) 226 (445) (46) (22) (32) (97) (197) (143,1%) (55,6%)

(13)

13

RESULTADO

CONSOLIDADO

4T16

O EBIT consolidado totalizou R$163 milhões no 4T16, com uma margem 3,6 p.p. menor t/t. Esse resultado é fruto da compressão da margem bruta atrelada a maiores despesas operacionais.

Resultado Operacional (EBIT)

O Resultado Financeiro é uma combinação de fatores. Visando a facilitar o entendimento, agrupamos em algumas categorias principais: (i) juros líquidos sobre endividamento/aplicações; (ii) ajuste a valor presente (“AVP”) dos ativos e passivos; (iii) juros e/ou correção monetária sobre ativos/passivos, impostos, comissões; e (iv) variação cambial e outros. No 4T16, o Resultado Financeiro Líquido foi negativo em R$600 milhões, sendo:

(i) Juros líquidos de R$341 milhões, R$30 milhões menor em comparação aos R$371 milhões do 3T16. Essa redução decorre basicamente do pagamento de prêmio (diferença em relação ao par) do Tender Offer dos Bonds (2020 e 2022) realizado em setembro, que somou R$ 32 milhões;

(ii) AVP de R$ 88 milhões em comparação aos R$ 106 milhões do 3T16, devido ao menor saldo do contas a pagar das compras de milho dado o fim da safrinha no centro-oeste do Brasil;

(iii) Juros, correção monetária e outros, no valor de R$61 milhões vs. R$1 milhão do 3T16. Apesar da variação, o número é consistente com 1T16 e 2T16. A diferença decorre do impacto não recorrente dos créditos tributários no 3T16 de R$ 43 milhões; (iv) Variação cambial e outros representaram R$ 110 milhões negativos vs. R$54 milhões positivos do 3T16. Reforçamos que em nossa estratégia de hedge buscamos neutralizar os impactos de variação cambial. O resultado do trimestre decorre do elevado nível de comércio exterior e operações internacionais em diversas moedas e da elevada volatilidade cambial observada no período (apesar dos níveis estáveis no USD/BRL no fechamento do 3T16 Vs. 4T16).

Resultado Financeiro

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

EBIT - R$ Milhões 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Lucro Bruto 2.164 2.525 2.601 2.799 10.089 2.031 1.918 1.884 1.693 7.526 (39,5%) (25,4%) Despesas Operacionais (1.191) (1.269) (1.381) (1.471) (5.312) (1.341) (1.372) (1.393) (1.437) (5.543) (2,3%) 4,3% Outros Resultados (273) (189) (209) 226 (445) (46) (22) (32) (97) (197) (143,1%) (55,6%) Equivalência Patrimonial (59) (8) (43) 6 (104) 12 5 9 4 29 (38,7%) (128,2%) EBIT 641 1.058 969 1.560 4.228 655 529 469 163 1.815 (89,6%) (57,1%) Margem EBIT (%) 9,1% 13,4% 11,7% 17,4% 13,1% 8,1% 6,2% 5,5% 1,9% 5,4% (15,5) p.p. (7,8) p.p.

R$ Milhões 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Receitas Financeiras 1.877 (345) 1.700 124 3.355 953 834 96 490 2.374 296,3% (29,3%)

Despesas Financeiras (1.984) (311) (2.225) (505) (5.025) (1.557) (1.338) (521) (1.090) (4.506) 115,9% (10,3%)

Resultado Financeiro

(14)

14

RESULTADO

CONSOLIDADO

4T16

No 4T16, a Companhia auferiu um prejuízo líquido de R$460 milhões, impactado, sobretudo, pelo desempenho operacional no trimestre.

O EBITDA consolidado totalizou R$559 milhões no 4T16, com uma margem 6,5%, impactado sobretudo pelo menor resultado no lucro bruto em função do cenário setorial ainda adverso, bem como a estratégia da Companhia de defender sua participação de mercado em regiões chave.

Lucro Líquido

EBITDA

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

R$ Milhões 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Lucro (Prejuízo) Líquido 462 364 687 1.415 2.928 39 31 18 (460) (372) (132,5%) (112,7%)

Margem Líquida (%) 6,5% 4,6% 8,3% 15,8% 9,1% 0,5% 0,4% 0,2% (5,4%) (1,1%) (21,2) p.p. (10,2) p.p.

Resultado por ação1 0,54 0,43 0,83 1,75 3,62 0,05 0,04 0,02 (0,58) (0,47) (133,0%) (112,9%)

EBITDA - R$ Milhões 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Lucro (Prejuízo) Líquido 462 364 687 1.415 2.928 39 31 18 (460) (372) (132,5%) (112,7%)

Imposto de Renda e Contribuição Social 72 29 (235) (255) (390) 9 8 27 5 50 (102,0%) (112,8%) Financeiras Líquidas 108 657 525 381 1.670 604 504 425 600 2.133 57% 27,7% Depreciação e Amortização 310 330 332 344 1.317 372 401 415 414 1.603 20,3% 21,7% EBITDA 951 1.380 1.309 1.885 5.525 1.025 944 886 559 3.413 (70,4%) (38,2%) Margem EBITDA (%) 13,5% 17,4% 15,8% 21,0% 17,2% 12,6% 11,1% 10,4% 6,5% 10,1% (14,5) p.p. (7,0) p.p.

(15)

15

DESEMPENHO

POR REGIÃO

Resultado por região 4T16 Total Brasil MENA Ásia Europa/Eurásia LATAM África SegmentosOutros Corporate

Volumes - Mil Toneladas 1.208 539 226 184 97 74 50 38

-ROL (R$, Milhões) 8.590 4.036 1.481 1.129 860 585 201 297

-Preço Médio ROL - R$ 7,11 7,49 6,55 6,12 8,85 7,94 4,03 7,80

-Lucro Bruto (R$, Milhões) 1.693 1.024 333 195 22 95 34 (10)

Margem Bruta (%) 19,7% 25,4% 22,5% 17,3% 2,6% 16,2% 17,1% (3,4%) -EBIT (R$, Milhões) 163 271 20 86 (91) (9) 2 (26) (90) Margem EBIT (%) 1,9% 6,7% 1,4% 7,6% (10,6%) (1,6%) 0,8% (8,7%) -EBITDA (R$, Milhões) 559 444 108 133 (44) 20 12 (25) (90) Margem EBITDA (%) 6,5% 11,0% 7,3% 11,8% (5,1%) 3,5% 6,1% (8,4%) -Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

(16)

16

DESEMPENHO

POR REGIÃO

BRASIL

O 4T no Brasil é sempre marcado pela sazonalidade vinda dos produtos comemorativos. Historicamente, esses produtos alavancam margem e resultado para a região. Mas o ano de 2016 foi atípico nesse sentido. O período de produção dos comemorativos, que acontece principalmente no 2T, marcou o pico do forte movimento de alta nos preços dos grãos. Como consequência, esses produtos foram produzidos a um custo médio 16% maior do que o ano anterior.

Com o consumo ainda fraco no Brasil, a dinâmica competitiva dos comemorativos acabou se tornando mais acirrada e, apesar dos volumes em linha com o ano anterior, o aumento de preço foi marginal e não compensou a alta dos custos. Os destaques ficaram para a campanha de Chester Perdigão, que trouxe volumes acima do ano anterior, e pela menor sobra de produtos após o período festivo.

Para o restante do portfólio, continuamos enfrentando um cenário apertado e com queda de volumes de 9,1% a/a no 4T16, impactada principalmente pelo canal Rota. Por outro lado, no canal de Atacado, apresentamos um crescimento consistente de 17,0% no 2S16 vs. 1S16.

Nossos esforços em otimizar nossa cadeia, através de um melhor planejamento integrado, resultaram em uma redução da ociosidade e do desconto em função do prazo de validade (que caiu para R$114 milhões vs. R$143 milhões no 3Q16). Isso somado ao repasse de preços realizado em Setembro, fez com que nosso preço na categoria de processados aumentasse aproximadamente 2,5%. Com isso, terminamos o 4T16 com uma ROL de R$4 bilhões (+10% t/t).

Na parte de despesas, mantivemos a mesma disciplina vista ao longo do ano e, mesmo com os gastos de marketing com a campanha de comemorativos, conseguimos reduzir em 50bps (t/t) as despesas operacionais como % da ROL. Dessa forma, finalizamos o 4T16 com um EBITDA de R$444 milhões e uma margem EBITDA de 11% na região.

Em dezembro, implementamos um último repasse de preços com o intuito de recuperar a rentabilidade marginal por quilo, antecipando com isso o movimento que faríamos em 2017. Com isso, entramos o ano com um preço médio por kg em linha com planejado e aproximadamente 5% acima do nível do 3T16.

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

Brasil

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Volumes (Mil, Toneladas) 538 537 554 593 2.221 484 495 516 539 2.034 (9,1%) (8,4%)

Aves (In Natura) 102 94 94 98 389 92 76 97 111 377 12,6% (3,0%)

Suínos e outros (In Natura) 24 27 24 23 98 24 26 23 24 98 6,0% (0,5%)

Processados 403 421 424 462 1.710 357 381 382 393 1.514 (14,8%) (11,5%)

Outras Vendas 9 (5) 11 10 25 11 11 13 10 45 5,0% 83,8%

Receita Operacional

Líquida (R$, Milhões) 3.626 3.763 3.740 4.126 15.256 3.541 3.566 3.666 4.036 14.808 (2,2%) (2,9%)

Preço médio (R$/Kg) 6,74 7,01 6,75 6,96 6,87 7,31 7,20 7,11 7,49 7,28 7,6% 6,0%

Lucro Bruto (R$, Milhões) 1.192 1.233 1.131 1.329 4.884 1.031 912 953 1.024 3.920 (22,9%) (19,7%)

Margem Bruta (%) 32,9% 32,8% 30,2% 32,2% 32,0% 29,1% 25,6% 26,0% 25,4% 26,5% (6,8) p.p. (5,5) p.p.

EBIT (R$, Milhões) 355 427 273 492 1.547 334 202 221 271 1.028 (44,9%) (33,5%)

Margem EBIT (%) 9,8% 11,4% 7,3% 11,9% 10,1% 9,4% 5,7% 6,0% 6,7% 6,9% (5,2) p.p. (3,2) p.p.

EBITDA (R$, Milhões) 494 566 412 635 2.108 485 370 397 444 1.697 (30,1%) (19,5%)

(17)

17

DESEMPENHO

POR REGIÃO

BRASIL

Na comparação com a última leitura da Nielsen, apresentamos uma queda de 0,6 p.p. de participação total dado o cenário de consumo ainda apertado. A competição vinda de marcas regionais, cujo posicionamento fica entre 60% e 80% do índice de preço, impactou principalmente as categorias de Embutidos e Pratos Prontos. As principais sub-categorias impactadas foram as de Empanados e Lasanhas, que sofreram com essa concorrência. Apesar disso, conseguimos crescer o share em Refeições Prontas.

Em Margarinas, exercemos nosso papel de líder e seguimos na estratégia de rentabilizar a categoria, o que levou a uma queda de 0,7 p.p. de participação vs a última leitura. De acordo com a pesquisa semanal da Nielsen nos grandes varejos, o preço ao consumidor já mostra um aumento de 29% em Qualy.

O destaque positivo ficou para a categoria de Frios, onde voltamos a recuperar mercado e ganhamos 0,3 p.p., puxado principalmente pelas subcategorias de salames, que cresceu 2,7 p.p. com a volta do salame Perdigão e mostra uma melhora da nossa execução da estratégia bi-marca. Essa é uma de nossas categorias prioritárias para 2017, e já começamos o ano com grandes iniciativas de marketing e uma campanha promocional para o consumidor.

Market Share

Share Valor - Última Leitura 2016

Pratos

Prontos

Embutidos

Frios

Margarinas

Total

58,8%

36,4%

59,4%

62,7%

55,9%

Fonte: Nielsen Retail Bimestral – Margarinas e Pratos Prontos (leitura de Out/Nov); Embutidos e Frios (leitura de Nov/Dez)

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

(18)

DESEMPENHO

POR REGIÃO

MENA

(ORIENTE

MÉDIO E

NORTE DA

ÁFRICA)

18

A ROL da região MENA totalizou R$1.481 milhões no 4T16 (-5,2% t/t), decorrente de: (i) queda de 3,0% nos volumes, principalmente em função de um cenário macroeconômico mais desafiador na região; e (ii) preços médios menores em reais (-2,1% t/t) em função da estratégia de defender nossos volumes em países-chave.

Por outro lado, o volume de processados segue crescendo de forma acelerada (+15,1% t/t), em linha com a estratégia de continuar desenvolvendo a categoria na região, avançando em inovação, melhorando mix de produtos/canais e entendendo cada vez mais as necessidades dos consumidores finais.

Contudo, mesmo com os esforços de OBZ na redução de despesas, a margem EBITDA no 4T16 contraiu 3,7p.p. t/t, impactado negativamente pelo aumento do custo unitário por quilo, reflexo de um maior estoque da BRF na região.

A nossa distribuição direta (DDP) representou 59,7% do total do volume do trimestre (+6p.p. t/t), representando 77% do lucro bruto da região e realizando uma Margem Bruta média 13 p.p. superior comparado ao negócio CFR (exportação direta do Brasil). Com relação ao market share na região do Golfo, a marca Sadia continuou ganhando mercado e terminou 2016 com um share em: (i) Griller (frango leve in-natura) com 43%; (ii) Cortes de Frango com 57%; (iii) Hamburguers & Empanados com 19% e (iv) Salsichas de Frango com 46%.

*CFR (Custo e Frete) Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

MENA

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Volumes (Mil, Toneladas) 218 233 233 239 923 227 241 233 226 927 (5,3%) 0,4%

Aves (In Natura) 203 221 221 220 866 208 222 214 204 849 (7,2%) (2,0%)

Suínos e outros (In Natura) 0 1 1 1 2 1 1 1 1 3 (17,0%) 10,5%

Processados 14 12 11 17 55 18 19 18 21 76 20,2% 38,0%

Receita Operacional

Líquida (R$, Milhões) 1.343 1.579 1.677 1.758 6.358 1.584 1.600 1.562 1.481 6.227 (15,8%) (2,1%)

Preço médio (R$/Kg) 6,16 6,76 7,19 7,37 6,89 6,99 6,63 6,69 6,55 6,71 (11,1%) (2,5%)

Lucro Bruto (R$, Milhões) 397 579 667 651 2.294 447 405 395 333 1.580 (48,9%) (31,1%)

Margem Bruta (%) 29,6% 36,7% 39,7% 37,0% 36,1% 28,2% 25,3% 25,3% 22,5% 25,4% (14,6) p.p. (10,7) p.p. EBIT (R$, Milhões) 155 320 356 316 1.148 123 137 69 20 349 (93,7%) (69,6%) Margem EBIT (%) 11,6% 20,3% 21,2% 18,0% 18,1% 7,8% 8,5% 4,4% 1,4% 5,6% (16,6) p.p. (12,5) p.p. EBITDA (R$, Milhões) 224 401 454 394 1.472 214 244 171 108 736 (72,6%) (50,0%) Margem EBITDA (%) 16,7% 25,4% 27,1% 22,4% 23,2% 13,5% 15,2% 11,0% 7,3% 11,8% (15,1) p.p. (11,3) p.p. Volume de exportação do Brasil (CFR)* 114 116 124 119 473 106 119 108 91 425 (23,5%) (10,1%) Representatividade no volume total (%) 52,2% 49,7% 53,1% 49,9% 51,2% 46,8% 49,5% 46,5% 40,3% 45,8% (9,6) p.p. (5,3) p.p.

(19)

DESEMPENHO

POR REGIÃO

ÁSIA

19

A região da Ásia totalizou uma ROL de R$1.129 milhões no 4T16, resultando em uma queda de 12,3% na comparação trimestral. O recuo de 7% t/t de nossos volumes foi impactado por: (i) menor volume no Japão (-29,4% t/t), pressionado por estoques locais ainda elevados e pela desvalorização da moeda local frente ao Real (-5,1% t/t); (ii) suspensão de uma das quatro plantas habilitadas à China, levando a um decréscimo de volumes para o país; e (iii) uma competição local mais agressiva. Diante do panorama setorial ainda desafiador, nossos preços em reais recuaram -5,7% t/t.

Por outro lado, em linha com nosso plano OBZ (orçamento base zero), mantivemo-nos focados na contenção de gastos corporativos, reduzindo em 10,2% t/t as despesas operacionais, mitigando parte dos impactos negativos no trimestre. Como resultado, a margem EBITDA da região atingiu 11,8% no 4T16, uma queda de 2,5 p.p. t/t.

*CFR (Custo e Frete) Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

Ásia

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Volumes (Mil, Toneladas) 111 126 108 118 464 161 180 198 184 723 56,3% 56,1%

Aves (In Natura) 100 114 96 101 411 116 128 138 119 501 18,0% 22,0%

Suínos e outros (In Natura) 9 9 10 14 43 17 16 18 20 71 35,7% 66,3%

Processados 2 3 2 3 10 7 9 10 10 36 213,4% 266,6%

Outras Vendas 0 0 0 0 0 20 26 32 37 115 -

-Receita Operacional

Líquida (R$, Milhões) 745 899 764 882 3.290 1.071 1.261 1.288 1.129 4.749 28,0% 44,4%

Preço médio (R$/Kg) 6,70 7,14 7,06 7,47 7,10 6,67 7,01 6,49 6,12 6,56 (18,1%) (7,5%)

Lucro Bruto (R$, Milhões) 258 312 246 244 1.060 212 280 258 195 944 (20,2%) (10,9%)

Margem Bruta (%) 34,7% 34,7% 32,1% 27,7% 32,2% 19,8% 22,2% 20,0% 17,3% 19,9% (10,4) p.p. (12,3) p.p. EBIT (R$, Milhões) 187 232 150 132 701 109 164 139 86 498 (34,7%) (28,9%) Margem EBIT (%) 25,1% 25,8% 19,6% 15,0% 21,3% 10,2% 13,0% 10,8% 7,6% 10,5% (7,3) p.p. (10,8) p.p. EBITDA (R$, Milhões) 226 273 190 174 862 155 210 184 133 683 (23,2%) (20,8%) Margem EBITDA (%) 30,3% 30,3% 24,8% 19,7% 26,2% 14,5% 16,7% 14,3% 11,8% 14,4% (7,9) p.p. (11,8) p.p. Volume de exportação do Brasil (CFR)* 111 126 108 117 462 125 134 149 134 543 14,2% 17,3% Representatividade no volume total (%) 99,9% 99,9% 99,8% 99,5% 99,8% 78,0% 74,3% 75,4% 72,7% 75,0% (24,4) p.p. (24,8) p.p.

(20)

DESEMPENHO

POR REGIÃO

EUROPA/

EURÁSIA

20

A Europa continuou sofrendo diante de um cenário macroeconômico e setorial mais desafiador. O reflexo da saída do Reino Unido da União Europeia continuou impactando o câmbio no trimestre, e trouxe uma nova depreciação da Libra vs. Real (-4,0% t/t). Fazendo a mesma análise para o ano de 2016, tivemos uma depreciação da Libra vs. Real de 31,4% e uma depreciação do Euro vs. Real de 21,6%.

Além disso, um cenário de grãos relativamente favorável na região fez com que muitos produtores locais aumentassem a produção de ambas as aves (peru e frango), pressionando os preços, uma vez que não estão limitados às quotas da região. Vale ressaltar que os preços estabelecidos pelos produtores locais acabam se tornando o preço limite para os importadores, já que os importados normalmente são produtos congelados, com preços inferiores aos resfriados (principal produto ofertado pelos produtores locais).

Nesse cenário, um dos países que teve maior destaque foi a Polônia, cuja produção aumentou em 13% no acumulado do ano até outubro, com volumes acima da média histórica, e que compete diretamente com a BRF especialmente em peru no canal de “food service”, principal canal da Companhia na região. O peru é o segundo principal produto da BRF na sub-região, representando aproximadamente 20% do portfólio. Vale ressaltar que nos deparamos com um momento bastante desafiador do ciclo do peru, com o excesso de oferta não somente da Polônia mas também dos Estados Unidos.

Apesar do crescimento de 1,3% t/t nos volumes da sub-região Europa, o volume consolidado caiu 5,3% t/t em função da sazonalidade de final de ano na Eurásia. Como consequência, nossa ROL caiu 10,6% t/t e totalizou R$860 milhões no 4T16. Dada a maior competição e os altos níveis de estoque na região, priorizamos proteger o volume e nossa participação de mercado por meio de preços mais competitivos, principalmente em canais como o de “food service”. Diante de todos esses desafios, a margem EBITDA da região contraiu 8,5p.p. t/t

*CFR (Custo e Frete) Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

Europa/Eurásia

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Volumes (Mil, Toneladas) 72 88 100 92 353 93 102 103 97 395 5,1% 11,7%

Aves (In Natura) 20 23 29 23 95 21 28 20 18 88 (19,9%) (7,2%)

Suínos e outros (In Natura) 10 21 28 25 83 29 26 27 22 103 (12,2%) 23,9%

Processados 42 45 44 45 175 44 48 55 57 204 27,5% 16,2%

Receita Operacional

Líquida (R$, Milhões) 622 846 1.124 1.048 3.640 958 1.019 963 860 3.800 (17,9%) 4,4%

Preço médio (R$/Kg) 8,60 9,59 11,21 11,33 10,30 10,27 10,02 9,38 8,85 9,63 (21,9%) (6,5%)

Lucro Bruto (R$, Milhões) 168 231 326 294 1.019 168 141 95 22 426 (92,4%) (58,2%)

Margem Bruta (%) 27,1% 27,3% 29,0% 28,1% 28,0% 17,6% 13,8% 9,8% 2,6% 11,2% (25,5) p.p. (16,8) p.p. EBIT (R$, Milhões) 82 127 197 167 573 47 24 (21) (91) (41) (154,2%) (107,2%) Margem EBIT (%) 13,1% 15,0% 17,6% 16,0% 15,8% 4,9% 2,3% (2,2%) (10,6%) (1,1%) (26,5) p.p. (16,8) p.p. EBITDA (R$, Milhões) 120 165 233 199 717 96 78 32 (44) 162 (122,3%) (77,5%) Margem EBITDA (%) 19,3% 19,4% 20,7% 19,0% 19,7% 10,0% 7,7% 3,4% (5,1%) 4,3% (24,1) p.p. (15,4) p.p. Volume de exportação do Brasil (CFR)* 43 52 57 51 203 57 59 55 48 219 (5,6%) 8,2% Representatividade no volume total (%) 59,0% 58,7% 57,0% 55,2% 43,5% 61,1% 57,7% 54,0% 49,5% 55,5% 12,0 p.p. 12,0 p.p.

(21)

DESEMPENHO

POR REGIÃO

LATAM

21

A ROL de Latam totalizou R$585 milhões no 4T16 (+6,3% t/t), impactada positivamente por maiores volumes (+8,5% t/t) devido: (i) ao incremento de volumes para México e Cuba no trimestre; e (ii) aumento de volume de processados na região do Cone Sul, com destaque para hambúrguer e batata frita Sadia (lançada em dezembro no mercado Argentino).

Por outro lado, a crise econômica na Argentina continuou impactando a rentabilidade da região por conta da alta taxa de inflação e da menor renda disponível do consumidor, ocasionando o “downtrade” de categorias/canais. Além disso, o excesso de oferta de peru no Chile, que representa 50% do total desse mercado, pressionou os preços e comprimiu margens, dado o momento difícil do ciclo do peru internacionalmente. Com isso, a região apresentou uma queda de 8,9p.p. t/t em sua margem EBITDA consolidada.

*CFR (Custo e Frete) Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

LATAM

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Volumes (Mil, Toneladas) 47 53 59 65 224 49 60 68 74 251 12,6% 12,3%

Aves (In Natura) 14 17 20 22 73 15 18 16 23 71 2,6% (2,8%)

Suínos e outros (In Natura) 6 6 6 6 24 3 5 9 9 26 51,4% 8,2%

Processados 27 29 32 37 126 32 37 41 42 151 12,3% 19,7%

Outras Vendas 0 0 0 0 0 0 1 2 0 3 -

-Receita Operacional

Líquida (R$, Milhões) 394 457 565 717 2.132 438 511 550 585 2.084 (18,3%) (2,3%)

Preço médio (R$/Kg) 8,32 8,70 9,65 10,96 9,53 8,87 8,44 8,11 7,94 8,29 (27,5%) (13,0%)

Lucro Bruto (R$, Milhões) 73 98 131 181 483 83 96 130 95 404 (47,6%) (16,2%)

Margem Bruta (%) 18,5% 21,4% 23,1% 25,3% 22,6% 19,0% 18,8% 23,6% 16,2% 19,4% (9,1) p.p. (3,2) p.p. EBIT (R$, Milhões) 3 8 46 71 128 17 18 39 (9) 65 (113,0%) (49,4%) Margem EBIT (%) 0,7% 1,8% 8,2% 9,9% 6,0% 3,9% 3,5% 7,1% (1,6%) 3,1% (11,4) p.p. (2,9) p.p. EBITDA (R$, Milhões) 19 23 64 93 200 40 46 68 20 175 (78,1%) (12,5%) Margem EBITDA (%) 4,9% 5,1% 11,3% 13,0% 9,4% 9,2% 9,0% 12,4% 3,5% 8,4% (9,5) p.p. (1,0) p.p. Volume de exportação do Brasil (CFR)* 8 11 12 18 48 12 15 15 21 64 17,6% 32,4% Representatividade no volume total (%) 16,6% 20,4% 19,8% 27,7% 21,5% 24,3% 25,0% 22,7% 28,9% 25,4% 2,9 p.p. 3,8 p.p.

(22)

DESEMPENHO

POR REGIÃO

ÁFRICA

22

A África continua a sua escalada de volume (+6,5% t/t), apesar dos desafios macroeconômicos específicos da região, como o baixo preço de petróleo e a alta inflação. Como resultado, a ROL da região totalizou R$201 milhões no 4T16, um aumento de 5,1% t/t. Apesar do crescimento de volumes t/t na região, a maior participação de produtos in natura impactou negativamente a nossa margem EBITDA em 2,1 p.p. t/t. *CFR (Custo e Frete) Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

África

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Volumes (Mil, Toneladas) 35 38 41 43 156 37 45 47 50 178 16,6% 14,2%

Aves (In Natura) 22 24 26 26 98 23 28 32 35 117 33,3% 19,5%

Suínos e outros (In Natura) 4 6 6 6 22 6 7 7 6 26 2,3% 18,9%

Processados 9 7 9 11 36 8 10 8 9 35 (15,5%) (2,8%)

Receita Operacional

Líquida (R$, Milhões) 156 173 204 206 739 176 199 191 201 768 (2,5%) 3,9%

Preço médio (R$/Kg) 4,50 4,61 4,96 4,82 4,73 4,77 4,45 4,09 4,03 4,31 (16,4%) (9,1%)

Lucro Bruto (R$, Milhões) 55 58 77 70 259 48 51 37 34 170 (50,5%) (34,4%)

Margem Bruta (%) 35,1% 33,3% 37,6% 33,8% 35,0% 27,1% 25,5% 19,3% 17,1% 22,1% (16,6) p.p. (12,9) p.p. EBIT (R$, Milhões) 25 24 36 26 112 12 16 5 2 34 (94,0%) (69,4%) Margem EBIT (%) 16,2% 14,0% 17,8% 12,7% 15,2% 7,0% 7,8% 2,5% 0,8% 4,5% (11,9) p.p. (10,7) p.p. EBITDA (R$, Milhões) 33 33 47 34 147 22 26 16 12 76 (64,4%) (48,5%) Margem EBITDA (%) 21,2% 19,3% 22,8% 16,7% 19,9% 12,5% 13,0% 8,2% 6,1% 9,9% (10,6) p.p. (10,0) p.p. Volume de exportação do Brasil (CFR)* 35 38 41 43 156 37 45 47 50 178 16,6% 14,2% Representatividade no volume total (%) 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0 p.p. 0,00 p.p.

(23)

OUTROS

SEGMENTOS

23

Incluímos em “Outros Segmentos” todos os volumes de produtos não core da BRF, tais como, rações, farinhas, bovinos, etc., e que são realizados pelo “Global Desk”. No 4T16, devido a uma maior liquidação de matéria prima de maior valor agregado com intuito de reduzir os estoques, o EBITDA ficou negativo em R$25 milhões.

Conforme mencionado em “outros resultados operacionais”, os principais impactos foram: (i) R$32 milhões relacionados à adesão da BRF ao Programa de Anistia (Regularize) em Minas Gerais; (ii) R$19 milhões oriundos do processo de fechamento da linhas de Perus em Uberlândia; e (iii) R$12 milhões resultantes do aumento de provisões e acordo trabalhistas municipais.

Corporate

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

Outros Segmentos

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Volumes (Mil, Toneladas) 40 45 46 43 173 46 48 47 38 179 (11,1%) 3,1%

Aves (In Natura) 0 2 3 1 7 1 1 1 0 3 (52,8%) (55,7%)

Suínos e outros (In Natura) 0 0 0 0 0 6 6 6 6 23 -

-Processados 1 1 1 1 3 0 0 1 0 1 (76,3%) (54,7%)

Outras Vendas 39 41 42 42 163 39 41 40 32 151 (24,1%) (7,3%)

Receita Operacional

Líquida (R$, Milhões) 163 195 206 218 782 353 358 288 297 1.297 36,2% 65,9%

Preço médio (R$/Kg) 4,07 4,37 4,49 5,09 4,51 7,72 7,44 6,18 7,80 7,26 53,2% 60,9%

Lucro Bruto (R$, Milhões) 20 15 25 30 90 42 33 17 (10) 82 (133,3%) (8,7%)

Margem Bruta (%) 12,3% 7,5% 12,1% 14,0% 11,5% 12,0% 9,2% 5,8% (3,4%) 6,3% (17,4) p.p. (5,2) p.p.

EBIT (R$, Milhões) 13 4 (6) 20 31 28 17 1 (26) 21 (230,4%) (31,8%)

Margem EBIT (%) 8,0% 2,2% (3,0%) 9,1% 4,0% 8,1% 4,8% 0,5% (8,7%) 1,6% (17,8) p.p. (2,3) p.p.

EBITDA (R$, Milhões) 13 5 (6) 20 32 29 18 2 (25) 25 (225,4%) (22,0%)

Margem EBITDA (%) 8,0% 2,5% (3,0%) 9,1% 4,0% 8,3% 5,1% 0,8% (8,4%) 1,9% (17,5) p.p. (2,1) p.p.

R$ Milhões

1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Outros Resultados (112) (66) (36) 336 121 (16) (49) 15 (90) (140) (126,8%) (214,9%)

Equivalência Patrimonial (67) (20) (48) 0 (135) - - - - - -

-EBIT (179) (86) (84) 336 (13) (16) (49) 15 (90) (140) (126,8%)

(24)

-24

Os investimentos realizados no trimestre totalizaram R$551 milhões, sendo R$350 milhões destinados para crescimento, eficiência, suporte e outros e R$201 milhões para ativos biológicos.

No acumulado do ano, realizamos R$1.516 milhões de investimentos em crescimento, eficiência e suporte, e R$784 milhões para ativos biológicos, totalizando R$2.300 milhões. Ainda destacamos R$295 milhões de aumento no nosso ativo fixo devido ao arrendamento mercantil, juros capitalizados, intangível entre outros.

Dentre os principais projetos do 4T16 estão:

• Inovação e Qualidade: investimentos de R$38 milhões, nos quais se destacam: (i) a reformulação de embalagens; (ii) a linha de pratos prontos em parceria com o chef Jamie Oliver; (iii) o lançamento de novos SKUs de pratos prontos, entre outros, além de todos os investimentos para manutenção e constante melhoria da qualidade dos nossos produtos.

• Atendimento a Mercado: R$102 milhões investidos, sendo os principais investimentos para o mercado Chinês com cortes especiais de frangos (IQF) e suínos com maior valor agregado, ao Oriente Médio com cortes especiais de frango griller, a Argentina com melhoria do mix de produtos processados (Hamburguesas), o Brasil com salames fatiados, linguiças finas e melhorias na malha logística, entre outros.

• Eficiência e Suporte/TI: destacamos os investimentos em sistemas para melhoria na gestão de estoques (SAP EIS) e no sistema de vendas (“Sales Force”).

INVESTIMENTOS

(CAPEX)

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

(25)

25

CICLO

FINANCEIRO

O ciclo financeiro da Companhia pro-forma apresentou o menor nível dos últimos anos, totalizando 22,4 dias no 4T16. Isso representou uma melhora de 10,4 dias na comparação trimestral.

A redução do ciclo financeiro foi resultado principalmente de: (i) redução de estoques de produtos acabados no Brasil (comemorativos) e em alguns mercados internacionais; (ii) menor estoque de milho (safrinha) comparado com 3T16; e (iii) contínuo esforço da Companhia na melhoria de contas a pagar.

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

(26)

26

FLUXO

DE CAIXA

GERENCIAL

No intuito de aumentar ainda mais a qualidade e transparência da informação divulgada, facilitando o entendimento de nossos investidores e “stakeholders” sobre o andamento dos nossos negócios, passamos a divulgar a partir do 2T16 uma visão gerencial do Fluxo de Caixa da Companhia. As informações aqui apresentadas são extraídas das Informações Contábeis Trimestrais.

A geração de caixa operacional no 4T16 foi positiva em R$1.299 milhões, devido ao EBITDA caixa positivo de R$737 milhões e também em função da variação positiva no capital de giro e demais contas do balanço. Essa geração de caixa possibilitou financiar a necessidade de Capex do trimestre, que ficou em R$551 milhões. Sendo assim, a geração de caixa após Capex foi positiva em R$748 milhões, mostrando resiliência de geração de caixa da Companhia mesmo no momento adverso que enfrentamos. O impacto do resultado financeiro e variações cambiais no fluxo de caixa do trimestre foi negativo em R$494 milhões. Assim, a variação do fluxo de caixa ficou positivo em R$372 milhões.

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

Evolução da Geração de Caixa (Fluxo de Caixa Operacional - Capex) - R$ milhões

1T15 2T15 3T15 4T15 562 113 778 (232) 414 844 975 1T16 2T16 3T16 4T16

748

(27)

FLUXO

DE CAIXA

GERENCIAL

27

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

Fluxo de Caixa Gerencial - R$ Milhões 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016

EBITDA 951 1.380 1.522 1.885 5.738 1.025 944 886 559 3.413 Ajustes 65 66 57 (75) 113 49 8 58 178 292 EBTIDA Caixa 1.016 1.446 1.579 1.810 5.851 1.074 951 943 737 3.705 ∆ Capital de Giro 250 (87) (534) (547) (919) (698) (43) 475 562 296 ∆ Contas a receber 484 (305) (473) (494) (788) 946 (35) 419 (123) 1.208 ∆ Estoques (465) (142) (689) 52 (1.245) (380) (265) (582) 511 (716) ∆ Fornecedores 380 325 751 442 1.898 (445) 381 640 422 998 Outras variações (149) 35 (123) (547) (784) (819) (124) (3) (247) (1.193)

Fluxo de Caixa Operacional 1.266 1.359 1.045 1.263 4.933 375 908 1.419 1.299 4.001

Capex (292) (515) (631) (701) (2.139) (608) (795) (641) (551) (2.595)

M&A (aquisição e vendas de ativos) 104 (171) 2.101 (148) 1.887 (2.088) (595) 27 118 (2.538)

Fluxo de Caixa Investimentos (188) (686) 1.471 (848) (252) (2.696) (1.390) (614) (433) (5.133)

Resultado Financeiro e VCs (804) (139) (1.951) 480 (2.414) 353 (53) (763) (550) (1.013)

Recompra de ações (1.009) (255) (1.137) (1.282) (3.683) (179) (360) 0 2 (537)

Dividendos/JCP (463) - (426) - (889) (663) - (460) - (1.123)

Tomada/Pagamentos de financiamentos 1.531 (1.614) 4.211 (129) 3.999 2.060 (53) 1.586 54 3.646

Fluxo de Caixa Financeiro (745) (2.008) 697 (931) (2.987) 1.571 (466) 363 (494) 973 Variação de Caixa 333 (1.335) 3.213 (517) 1.694 (749) (948) 1.167 372 (158) Caixa Inicial* 6.815 7.148 5.813 9.026 6.815 8.509 7.760 6.811 7.979 8.509 Caixa Final* 7.148 5.813 9.026 8.509 8.509 7.760 6.811 7.979 8.351 8.351 Dívida Inicial 11.847 13.378 11.764 15.975 11.847 15.846 17.905 17.852 19.438 15.846 Dívida Final 13.378 11.764 15.975 15.846 15.846 17.905 17.852 19.438 19.492 19.492 Dívida Líquida 6.230 5.951 6.949 7.337 7.337 10.146 11.041 11.459 11.141 11.141

(28)

28

ENDIVIDAMENTO

No 4T16, a dívida líquida da Companhia ficou em R$11,1 bilhões, comparado aos R$11,5 bilhões no 3T16. A redução de R$318 milhões no trimestre foi reflexo, principalmente, da melhora nas contas de capital de giro e da redução do Capex.

No entanto, a piora do resultado operacional no 4T16 impactou a alavancagem líquida da Companhia, registrando uma dívida líquida sobre EBITDA (últimos doze meses) pro-forma de 3,25x vs. 2,36x no 3T16.

O Endividamento Bruto Total no valor R$19.492 milhões, conforme demonstrado acima, contabiliza o endividamento total financeiro, somado a outros passivos financeiros, no valor R$530 milhões, conforme Nota Explicativa 23 do DFP de 31.12.2016.

Endividamento

Circulante

Não Circulante

Total

Total

Moeda Nacional (1.988) (6.656) (8.644) (3.820) 126,3% Moeda Estrangeira (1.787) (9.062) (10.848) (12.026) (9,8%) Endividamento Bruto (3.775) (15.717) (19.492) (15.846) 23,0%

Aplicações

Moeda Nacional 4.521 807 5.328 1.711 211,5% Moeda Estrangeira 2.875 148 3.023 6.799 (55,5%) Total Aplicações 7.395 955 8.351 8.509 (1,9%) Endividamento Líquido 3.621 (14.762) (11.141) (7.337) 51,9%

Exposição Cambial - US$ Milhões - - (184) (40) 361,5%

R$ Milhões

Em 31/12/2016

Em 31/12/2015

∆%

Evolução da Dívida Líquida / EBITDA

6,230 1T15 1.26 5,951 2T15 1.12 6,949 3T15 1.24 7,337 4T15 1.28 10,146 1T16 1.69 11,041 11,459 11,141 2T16 3T16 4T16 1.99 2.36 3.25

Dívida Líquida Dív. Líq./EBITDA pró-forma Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

(29)

ENDIVIDAMENTO

29

Variação da Dívida Líquida Trimestral - R$MM

Dívida Líquida

Set 16 EBTIDACaixa + Outras VariaçõesCapital de Giro Capex M&A RecompraAções +

Dividendos Resultados Financeiros e VCs Dívida Líquida Dez 16 Dívida Líquida Dez 16

(ex. M&A* & Recompra de Ações) Caixa Operacional = R$ 1.299 11,459 11,261 11,141 562 551 550 118 2 737 Dívida Líquida

Dez 15 EBTIDACaixa + Outras VariaçõesCapital de Giro Capex M&A RecompraAções +

Dividendos Resultados Financeiros e VCs Dívida Líquida Dez 16 Dívida Líquida Dez 16

(ex. M&A* & Recompra de Ações)

Bridge Dívida Líquida Acumulado 2016 - R$ milhões

= Dívida Líquida / EBTIDA LTM

7,337 6,943 11,141 3,705 296 2,595 1,013 2,538 1,660 1.28x 2.02x 3.25x Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016 Caixa Operacional = R$ 4.001

(30)

30

Abate e Produção

O abate de aves e de suínos reduziu no 4T16, -1.6% t/t e -1,7% t/t, respectivamente. Dessa forma, o volume de alimentos produzidos no 4T16 apresentou uma queda de 3,3% na comparação trimestral.

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

As declarações contidas neste relatório relativas à perspectiva dos negócios da Empresa, às projeções e resultados e ao potencial de crescimento dela constituem-se em meras previsões e foram baseadas nas expectativas da administração em relação ao futuro da Empresa. Essas expectativas são altamente dependentes de mudanças no mercado e no desempenho econômico geral do país, do setor e do mercado internacional; estando, portanto, sujeitas a mudanças.

Nos termos da Instrução CVM nº 381, de 14 de janeiro de 2003, a Companhia informa que a sua política de contratação de serviços não relacionados à auditoria externa se substancia nos princípios que preservam a independência do auditor.

Em atendimento à Instrução CVM nº 381/03, no exercício social findo em 31 de Dezembro de 2016 a Ernst & Young Auditores Independentes S.S. foi contratada para a execução de serviços não relacionados à auditoria externa (carta conforto para emissão de Senior Notes, consultoria na identificação de ruptura no processo de armazenagem, laudo de avaliação de acervo líquido, auditoria e emissão de opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas históricas de nova empresa a ser constituída e procedimentos de auditoria acordados com a Administração), representando aproximadamente 77,1% do valor dos honorários consolidados relativos à auditoria externa para a BRF e suas controladas. A Ernst & Young Auditores Independentes S.S. nos comunicou que as prestações de tais serviços não afetaram a sua independência e objetividade, em razão da definição do escopo e dos procedimentos executados.

Disclaimer

Relacionamento com os auditores independentes

Produção 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 1T16 2T16 3T16 4T16 2016 4T16/4T15Variação 2016/2015Variação

Abate de aves (milhões de cab.) 407 421 448 448 1.724 428 434 430 423 1.715 (5,6%) (0,5%)

Abate de Suínos (mil cab.) 2.209 2.287 2.464 2.407 9.367 2.414 2.318 2.387 2.345 9.465 (2,6%) 1,0%

Abate de Bovinos (mil cab.) 38 38 37 31 144 38 36 38 37 149 20,6% 3,7%

Produção (mil t) 1.090 1.091 1.112 1.099 4.392 1.019 1.074 1.098 1.062 4.252 (3,4%) (3,2%)

Carnes 978 961 991 967 3.898 915 953 968 961 3.797 (0,7%) (2,6%)

Outros Produtos Processados 112 130 121 132 494 104 121 129 101 455 (23,6%) (8,0%)

(31)

31

DRE

DRE - R$ Milhões 4T16 4T15 a/a 3T16 t/t

Receita Operacional Líquida 8.590 8.955 (4,1%) 8.508 1,0%

Custo das Vendas (6.897) (6.155) 12,1% (6.623) 4,1%

% sobre a ROL (80,3%) (68,7%) (11,6) p.p. (77,9%) (2,4) p.p.

Lucro Bruto 1.693 2.799 (39,5%) 1.884 (10,1%)

% sobre a ROL 19,7% 31,3% (11,6) p.p. 22,1% (2,4) p.p.

Despesas Operacionais (1.437) (1.471) (2,3%) (1.393) 3,1%

% sobre a ROL (16,7%) (16,4%) (0,3) p.p. (16,4%) (0,4) p.p.

Despesas com Vendas (1.273) (1.331) (4,3%) (1.255) 1,5%

% sobre a ROL (14,8%) (14,9%) 0,0 p.p. (14,7%) (0,1) p.p. Fixas (861) (852) 1,0% (856) 0,6% Variáveis (412) (478) (13,8%) (399) 3,5% Despesas administrativas e honorários (163) (140) 16,4% (138) 18,2% % sobre a ROL (1,9%) (1,6%) (0,3) p.p. (1,6%) (0,3) p.p. Honorários dos administradores (7) (7) (0,2%) (7) (2,1%) % sobre a ROL (0,1%) (0,1%) 0,0 p.p. (0,1%) 0,0 p.p. Gerais e administrativas (156) (133) 17,3% (131) 19,3% % sobre a ROL (1,8%) (1,5%) (0,3) p.p. (1,5%) (0,3) p.p. Resultado Operacional 257 1.329 (80,7%) 492 (47,8%) % sobre a ROL 3,0% 14,8% (11,8) p.p. 5,8% (2,8) p.p. Outros Resultados Operacionais (97) 226 (143,1%) (32) 203,6%

Resultado da Equivalência Patrimonial 4 6 (38,7%) 9 (60,1%)

EBIT 163 1.560 (89,6%) 469 (65,2%)

% sobre a ROL 1,9% 17,4% (15,5) p.p. 5,5% (3,6) p.p.

Financeiras Líquidas (600) (381) 57,4% (425) 41,2% Resultado antes dos Impostos (437) 1.179 (137,1%) 44

-% sobre a ROL (5,1%) 13,2% (18,3) p.p. 0,5% (5,6) p.p.

Imposto de renda e

contribuição social (5) 255 (102,0%) (27) (81,2%)

% sobre o resultado antes dos impostos 1,2% 21,6% (20,5) p.p. (62,7%) 63,8 p.p.

Lucro Líquido (460) 1.415 (132,5%) 18 -% sobre a ROL (5,4%) 15,8% (21,2) p.p. 0,2% (5,6) p.p. EBITDA 559 1.885 (70,4%) 886 (36,9%) % sobre a ROL 6,5% 21,0% (14,5) p.p. 10,4% (3,9) p.p. Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

(32)

32

BALANÇO

PATRIMONIAL

Balanço Patrimonial - R$ Milhões 31/12/16 31/12/15

Ativo Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 6.357 5.363

Aplicações financeiras 622 735

Contas a receber 3.085 3.876

Tributos a recuperar 1.235 1.232

Dividendos e Juros sobre Capital Próprio a Receber 7 22

Títulos a receber 149 304

Estoques 4.792 4.033

Ativos biológicos 1.645 1.330

Outros ativos financeiros 198 129

Outros direitos 422 369

Despesas antecipadas 137 409

Caixa Restrito 218 1.346

Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas 26 32

Total Circulante 18.894 19.180

Não Circulante

Ativo realizável a longo prazo 5.574 5.095

Aplicações financeiras 528 456

Contas a receber de clientes 11 4

Depósitos judiciais 733 732 Ativos biológicos 917 761 Títulos a receber 187 231 Tributos a recuperar 1.519 969 Impostos diferidos 1.103 1.256 Caixa restrito 428 480 Outros direitos 150 207 Permanente 18.477 16.113 Investimentos 59 186 Imobilizado 11.746 10.916 Intangível 6.673 5.011

Total do Não Circulante 24.051 21.208

Total do Ativo 42.945 40.388 Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

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33

Balanço Patrimonial - R$ Milhões 31/12/16 31/12/15 Passivo e Patrimônio Líquido

Circulante

Empréstimos e financiamentos 3.245 2.628

Fornecedores 5.840 4.745

Fornecedores Risco Sacado 1.336 1.175

Salários e obrigações sociais 611 478

Obrigações tributárias 320 353

Dividendos/juros sobre capital próprio 2 518

Participações de administradores e funcionários 5 296

Outros passivos financeiros 530 667

Provisões 276 231

Plano de benefício a empregados 77 67

Outras obrigações 400 462

Total Circulante 12.640 11.621

Não Circulante

Empréstimos a financiamentos 15.717 12.551

Fornecedores 159 155

Obrigações sociais e tributárias 13 26

Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 1.108 974

Impostos diferidos 156 188

Plano de benefício a empregados 253 232

Outras obrigações 678 804

Total do Não Circulante 18.085 14.931

Total do Passivo 30.726 26.552

Patrimônio Líquido

Capital social realizado 12.460 12.460

Reservas de capital 41 7

Reservas de lucros 1.351 6.077

Outros resultados abrangentes (1.290) (1.080)

Ações em tesouraria (722) (3.948)

Participação dos acionistas não controladores 379 319

Total do Patrimônio Líquido 12.219 13.836

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 42.945 40.388

BALANÇO

PATRIMONIAL

Relat ório da Administr ação do s Resultado s do Quar to T rimestr e de 2 016

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