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ERM 113 PROCESSO SAÚDE- DOENÇA MODELOS DE INTERPRETAÇÃO E INTERVENÇÃO

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Academic year: 2021

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Objetivo: Compreender os modelos de interpretação do processo saúde-doença a partir de uma perspectiva histórica, tendo em vista as possibilidades de intervenção nas diferentes situações.

Conteúdo: Modelo unicausal: teoria mágico religiosa, miasmas, contato,

bacteriológica.

ERM 113 – PROCESSO

SAÚDE-DOENÇA – MODELOS DE

(2)

SAÚDE – DOENÇA

ü É um processo onde sempre se tem presente

uma vivência diferenciada.

ü Saúde/doença apresenta um investimento

simbólico. Em torno de saúde e doença há

diferentes concepções/ diferentes significados.

ü É um complexo físico- psíquico, biológico

social e ambiental. Neste sentido se faz em um contexto/ um entorno/ um cenário que não

(3)

Saúde e doença são de difícil

conceituação

Em cada período histórico é possível

encontrar as mais diferentes

(4)

explicavam a doença dentro de uma concepção mágica do mundo

ü Doença era atribuída as forças

sobrenaturais, demônios, espíritos malignos

ANTIGUIDADE

(assírios, babilônios, egípcios)

ü Doença era um sinal da cólera

divina diante dos pecados humanos ü As doenças eram explicadas a partir da

concepção religiosa, possessão do diabo

explicação das doenças a partir de uma visão do mundo teocentrada

Teoria ou

Concepção

(5)

ü Doença era atribuída as forças sobrenaturais,

demônios, espíritos malignos

Teoria ou Concepção Mágico-Religiosa

As práticas de cura eram os feitiços, as rezas, benzeduras, procedimentos rituais, magias

(feiticeiros, sacerdotes)

ü Doença era um sinal da cólera divina diante

dos pecados humanos (hebreus)

lepra

A prática de cura é através da purificação, de milagres, da expiação dos pecados, do

arrependimento, súplicas e mortificação.

(6)

O modelo observacional

Grécia (séc V a.C.)

- O ser humano era uma criatura equilibrada no corpo e na mente. Equilíbrio entre indivíduo e seu ambiente

Medicina centrada no cuidado do corpo

A cura era obtida pelo uso de plantas, além dos procedimentos ritualísticos

Hipócrates

Valorização da observação empírica (visão epidemiológica)

“A doença chamada sagrada [...] não é, em minha opinião, mais divina ou sagrada que qualquer outra doença; tem uma causa natural e sua origem supostamente divina reflete a ignorância humana”.

Hipócrates. “The Sacred Disease”, em Lester S. King (org.), A History of Medicine (Londres: Penguin Books Middlesex, 1971), p. 54.

(7)

“Quem quer que estude medicina deve investigar os

seguintes aspectos. Primeiro, o efeito das estações do ano, e as diferenças entre elas. Segundo, os ventos, quentes ou frios, característicos do país ou de um lugar particular. O

efeito da água sobre a saúde não deve ser esquecido. Por último, deve-se considerar o modo de vida das pessoas:

são glutões e beberrões, e consequentemente incapazes de suportar a fadiga, ou, apreciando o trabalho e o exercício, comem e bebem moderadamente”.

Hipócrates. “Airs, Waters, Places”, em The Medical Works of Hipocrates, trad. John Chadwick & W. N. Mann (Londres: Blackwell, 1950), p. 90.

Doença concebida como desequilíbrio dos 4 humores: sangue, linfa, bile amarela e bile negra

- Ideias que difundem-se pelo Ocidente, sob o Império Romano

(8)

explicavam a doença a partir da existência de humores, presença de miasmas (maus ares)

ü Doença era atribuída a presença de

miasmas – maus-ares (meio ambiente) Malária (Império Romano)

ANTIGUIDADE IDADE MÉDIA RENASCIMENTO

Concepção

Miasmática

Teoria dos

Miasmas

A prática de cura se dá através do

controle dos miasmas: proteção contra os fedores, emanações que pudessem causar maus odores,

drenagem de pântanos, construção de esgotos, melhoria da circulação de ar nas cidades, local adequado para os mortos (cemitérios)

(9)

Queda do Império Romano - ascensão do regime feudal

Idade Média – Era das Trevas

Pestes (séc XIV) - peste negra, bubônica Quarentena – contágio

Judeus e mulheres acusados de feitiçaria foram massacrados

Práticas supersticiosas – amuleto abracadabra

Cristianismo: doença vista como purificação Epidemias eram o castigo divino para os

pecados do mundo Multiplicação dos leprosários (leproso - impuro)

(10)

Renascimento

(séc XV, XVI)

- Revolução mercantilista

ordenamento do espaço urbano

- Pensamento científico - Método científico

- Compreensão da constituição do corpo humano

Descartes (corpo humano como uma máquina) - doenças atribuídas a causas naturais

(11)

Mercantilismo, Colonialismo (séc XV – final séc XVIII)

- sarampo, cólera, varíola, sífilis - malária, febre amarela (colônias)

Industrialização (meados séc XVIII, séc XIX)

- desnutrição, alcoolismo, doenças mentais e violência - febre tifóide, cólera, tuberculose

- crise sanitária

- participação dos Estados na

regulamentação das condições de trabalho e de uso do espaço urbano - reformas urbanas nos centros

industriais (teoria dos miasmas)

(12)

Através da observação das epidemias, da contagem dos casos e da comparação dos fatos começaram a explicar a doença a partir da “existência de ‘algo’ que passa do doente para o são e que tem a propriedade de se multiplicar no organismo”

ü Doença era atribuída a presença de ‘algo’ -

partículas invisíveis no corpo, capazes de passar de uma pessoa a outra

SÉCULO XIX

Teoria do

Contato ou

do Contágio

A prática de cura se dá através de

medidas de proteção e controle: lavagem das mãos, separação de

doentes e sãos, quarentena, limitação da liberdade individual, controle das águas de beber e dos esgotos

(13)

Pasteur (químico) – estudando o processo de

fermentação do vinho demonstrou que o vinho torna-se azedo pela ação de um microrganismo que poderia ser destruído pelo aquecimento.

ü Doença era atribuída a presença de um

germe - partículas vivas capazes de passar de uma pessoa e causar doença

SÉCULO XIX

Teoria

Bacteriológica

A prática de cura se dá através de

medidas de proteção e controle: uso de anti-sépticos, produção de vacinas, medicações específicas

(14)

MODELO

UNICAUSAL

ü

Teoria Mágico-religiosa

ü

Teoria dos Miasmas

ü

Teoria do contato ou

contágio

ü

Teoria dos germes ou

Bacteriológica

Uma causa – um

efeito

(15)

Referências

SCLIAR, M. Do mágico ao social. A trajetória da Saúde Pública. São Paulo: Editora SENAC, São Paulo, 2002.

BATISTELLA, C. Saúde, Doença e Cuidado: complexidade teórica e necessidade histórica. In: FONSECA, A.F.; CORBO, A.M.D. (orgs) O

território e o processo saúde doença. Rio de Janeiro. Escola Politécnica de Saúde João Venâncio. FIOCRUZ, 2007. p. 25-50.

BATISTELLA, C. Abordagens contemporâneas do conceito de saúde. In: FONSECA, A.F.; CORBO, A.M.D. (orgs) O território e o processo saúde doença. Rio de Janeiro. Escola Politécnica de Saúde João Venâncio. FIOCRUZ, 2007. p. 51-85

Referências

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