• Nenhum resultado encontrado

INFLUÊNCIA DOS ZEROS DE FASE NÃO-MÍNIMA NO DESEMPENHO DE UM CONTROLADOR POR POSICIONAMENTO DE POLOS E ESTRUTURA VARIÁVEL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "INFLUÊNCIA DOS ZEROS DE FASE NÃO-MÍNIMA NO DESEMPENHO DE UM CONTROLADOR POR POSICIONAMENTO DE POLOS E ESTRUTURA VARIÁVEL"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

INFLU ˆENCIA DOS ZEROS DE FASE N ˜AO-M´INIMA NO DESEMPENHO DE UM

CONTROLADOR POR POSICIONAMENTO DE POLOS E ESTRUTURA VARI ´AVEL

Francisco das Chagas da Silva J´unior∗, Josenalde Barbosa de Oliveira†, Aldayr Dantas

de Ara´ujo‡

Instituto Federal de Educa¸ao, Ciˆencia e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Campus Natal - Zona Norte Natal, RN, Brasil

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Escola Agr´ıcola de Jundia´ı Maca´ıba, RN, Brasil

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Engenharia El´etrica

Natal, RN, Brasil

Emails: francisco.junior@ifrn.edu.br, josenalde@eaj.ufrn.br, aldayr@dca.ufrn.br

Abstract— Design limitations due to nonminimum phase plant zeros have been extensively studied for unity feedback systems. In this paper, it is presented a study of the effect of these zeros location on the response of second order nonminimum phase systems controlled by a recently proposed technique to deal with it, named Variable Structure Adaptive Pole Placement Control (VS-APPC). This strategy provides a fast transient and also it guarantees robustness to parameter uncertainties and disturbances, by using switching laws for the plant parameters, instead of the traditional integral ones. Some simulations results for several second order systems are shown and do suggest that the relative distance between the system unstable zeros and poles affects directly the closed loop system behavior.

Keywords— Nonminimum phase systems, Pole Placement, Variable Structure Systems

Resumo— Limita¸c˜oes em projetos devido a zeros de plantas de fase n˜ao m´ınima tˆem sido extensivamente estudados para sistemas com realimenta¸c˜ao unit´aria. Neste artigo, ´e apresentado um estudo do efeito da locali-za¸c˜ao destes zeros na resposta de sistemas de fase n˜ao m´ınima de segunda ordem controlados por uma t´ecnica proposta recentemente para tratar com os mesmos, denominada Controle Adaptativo por Posicionamento de Polos e Estrutura Vari´avel (VS-APPC). Esta estrat´egia provˆe um transit´orio r´apido e tamb´em garante robustez a incertezas param´etricas e perturba¸c˜oes, por usar leis adaptativas chaveadas para os parˆametros da planta, ao inv´es das leis integrais tradicionais. Alguns resultados de simula¸c˜oes para v´arios sistemas de segunda ordem s˜ao mostrados e sugerem que a distˆancia relativa entre os zeros e polos inst´aveis do sistema afeta diretamente o comportamento do sistema em malha fechada.

Palavras-chave— Sistemas de Fase N˜ao-M´ınima, Posicionamento de Polos, Sistemas com Estrutura Vari´avel

1 Introdu¸c˜ao

J´a ´e conhecido que a presen¸ca de zeros de fase

n˜ao m´ınima (NMP - nonminimum phase) limita

o desempenho de sistemas em malha fechada (Freudenberg and Looze, 1985) e, portanto, a ha-bilidade de sistemas realimentados em seguir

co-mandos e atenuar perturba¸c˜oes, tornando

mui-tas vezes o controle da planta dif´ıcil. V´arios

es-tudos sobre caracter´ısticas particulares de

plan-tas de fase n˜ao m´ınima j´a foram publicados, no

que se refere a limita¸c˜oes de desempenho (Qiu

and Davison, 1993), a presen¸ca de undershoot

ini-cial (Vidyasagar, 1986) e cruzamentos em zero (Rao, 1969).

Alguns esquemas de controle no caso de

pa-rˆametros conhecidos mudam os polos e n˜ao

envol-vem cancelamentos de zeros e polos, sendo ent˜ao

aplic´aveis a plantas lineares invariantes no tempo

(LTI - linear time invariant ) de fase m´ınima e

n˜ao m´ınima. Estes esquemas s˜ao referidos como

controle de posicionamento de polos (PPC - Pole

Placement Control ), que combinados com uma lei

adaptativa para estima¸c˜ao de parˆametros

desco-nhecidos levam ao esquema denominado controle adaptativo por posicionamento de polos (APPC -Adaptive Pole Placement Control ). Tais esquemas foram desenvolvidos baseados nas abordagens de controle adaptativo indireto, onde o sinal de con-trole ´e uma fun¸c˜ao das estimativas dos parˆametros da planta.

Por outro lado, a t´ecnica de controle por

es-trutura vari´avel (VSC - Variable Structure

Con-trol ) (Utkin, 1978), tem sua fundamenta¸c˜ao no

controle por rel´es, e consiste em utilizar uma lei

de controle chaveada como fun¸c˜ao das vari´aveis de estado do sistema, e, em sua forma mais comum,

restringir a dinˆamica do sistema a uma superf´ıcie

chamada superf´ıcie deslizante. Os sistemas com estrutura vari´avel tˆem como principais

caracter´ıs-ticas a rapidez no transit´orio e robustez a

varia-¸

c˜oes param´etricas e perturba¸c˜oes (dentro de uma faixa estipulada no projeto), embora necessitem

(2)

sis-tema, o que nem sempre ´e poss´ıvel e/ou desej´avel (Utkin, 1978).

Em um trabalho recente, foi apresentada uma

t´ecnica que agregava o VSC ao APPC,

denomi-nada controle adaptativo por posicionamento de

polos e estrutura vari´avel (VS-APPC -

Varia-ble Structure Adaptive Pole Placement Control )

(Silva Jr. and Ara´ujo, 2005). O objetivo deste

controlador ´e a aplicabilidade a plantas de fase

n˜ao m´ınima, rapidez no transit´orio e robustez a

incertezas param´etricas e perturba¸c˜oes. No

VS-APPC, assim como no VS-MRAC direto origi-nal (Variable Structure Model Reference Adaptive Control ) (Hsu et al., 1994) e no VS-MRAC

indi-reto (Oliveira and Ara´ujo, 2008), leis chaveadas

s˜ao utilizadas em substitui¸c˜ao `as leis adaptativas integrais (Ioannou and Sun, 1996) e somente a

en-trada e a sa´ıda s˜ao mensur´aveis. Em (Ribeiro and

Queiroz, 2009), foi apresentada uma an´alise

com-parativa entre o VS-APPC e o VS-MRAC, no que se refere a estrutura de projeto, propriedades de robustez e aplica¸c˜ao no controle de corrente de um motor de indu¸c˜ao.

Este artigo foca no estudo do uso do VS-APPC para o controle de plantas de segunda

or-dem cont´ınuas no tempo inst´aveis que tem zeros

NMP, ou seja, zeros com parte real positiva. Mui-tos sistemas importantes exibem comportamento de sistemas de segunda ordem, e, portanto o en-tendimento deste comportamento leva a entender como se comportam os sistemas de ordens mais

elevadas. Muitos sistemas mecˆanicos e circuitos

el´etricos podem ser modelados como sistemas de

segunda ordem. Atrav´es de simula¸c˜oes e gr´aficos,

estudamos como a mudan¸ca na posi¸c˜ao dos zeros

de uma planta de fase n˜ao m´ınima inst´avel pode

interferir na resposta de um sistema controlado

pelo VS-APPC. A importˆancia deste estudo est´a

no fato de procurar esclarecer dificuldades e res-tri¸c˜oes encontradas na an´alise de estabilidade do VS-APPC para o caso geral.

2 Considera¸c˜oes sobre a Planta

Consideremos a planta monovari´avel (SISO -

sin-gle input/sinsin-gle output ) e LTI

y = Z(s) R(s)u = bn−1sn−1+ · · · + b1s + b0 sn+ a n−1sn−1+ · · · + a1s + a0 u (1)

Podemos escrever todos os parˆametros em (1) no

vetor de parˆametros θ∗

[bn−1, . . . , b0, an−1, . . . , a0]T = [θ1∗, . . . , θ∗2n] T (2)

O objetivo de controle ´e escolher o sinal de

con-trole u de maneira que os polos de malha fechada

sejam as ra´ızes do polinˆomio mˆonico Hurwitz

A∗(s). O polinˆomio A∗(s), referido como o

po-linˆomio caracter´ıstico de malha fechada desejado,

´e escolhido baseado nos requisitos de desempenho

em malha fechada. Para conseguir o objetivo de

controle, fazemos as seguintes suposi¸c˜oes sobre a

planta:

(S1) R(s) ´e um polinˆomio mˆonico cujo grau

n ´e conhecido.

(S2) Z(s) e R(s) s˜ao coprimos e grau(Z) < n.

As suposi¸c˜oes (S1) e (S2) permitem que Z(s)

e R(s) n˜ao sejam Hurwitz em contraste ao que

acontece no caso do Controle por Modelo de

Re-ferˆencia (MRC - Model Reference Control ) onde

Z(s) ´e requerido ser Hurwitz.

N´os podemos estender o objetivo do PPC

incluindo rastreamento, onde y ´e requerido

se-guir uma certa classe de sinais de referˆencia r,

usando o princ´ıpio do modelo interno (Ioannou

and Sun, 1996). O sinal de referˆencia

uniforme-mente limitado ´e assumido satisfazer

Qm(s)r = 0 (3)

onde Qm(s), o modelo interno de r, ´e um polinˆ

o-mio mˆonico conhecido de grau q com ra´ızes n˜ao

repetidas no eixo jω e satisfaz

(S3) Qm(s) e Z(s) s˜ao coprimos.

3 PPC - M´etodo Polinomial

Vamos considerar a lei de controle

Qm(s)Lc(s)u = −Pc(s)y + Mc(s)r (4)

onde Pc(s), Lc(s) e Mc(s) s˜ao polinˆomios (com

Lc(s) mˆonico) de graus q + n − 1, n − 1 e q + n −

1, respectivamente, a serem encontrados e Qm(s) satisfaz (3) e a suposi¸c˜ao (S3). Aplicando (4) `a

planta (1), n´os obtemos a equa¸c˜ao do sistema em

malha fechada

y = Z(s)Mc(s)

QmLc(s)R(s) + Pc(s)Z(s)r (5)

cuja equa¸c˜ao caracter´ıstica

Qm(s)Lc(s)R(s) + Pc(s)Z(s) = 0 (6)

tem ordem 2n + q − 1. O objetivo agora ´e escolher

Pc(s) e Lc(s) de maneira que

Qm(s)Lc(s)R(s) + Pc(s)Z(s) = A∗(s) (7)

´e satisfeita por um polinˆomio mˆonico Hurwitz

A∗(s) de grau 2n + q − 1. Devido `as suposi¸c˜oes (S2) e (S3) garantirem que Qm(s), R(s) e Z(s) s˜ao coprimos, segue que a solu¸c˜ao para (7), Lc(s) e Pc(s), existe e ´e ´unica.

Em (Ioannou and Sun, 1996) ´e sugerida a

es-colha de Mc(s) = Pc(s). Portanto, os objetivos de

posicionamento de polos e rastreamento s˜ao

con-seguidos usando a lei de controle

QmLcu = Pc(r − y) (8)

que ´e implementada usando n + q − 1 integradores

para realizarC(s) = Pc(s)

Qm(s)Lc(s)

(3)

Devido Lc(s) n˜ao ser necessariamente

Hurwitz, a realiza¸c˜ao de (8) com n + q − 1

integradores pode ter uma fun¸c˜ao de transferˆ

en-cia, nomeada C(s), com polos fora do C−. Uma

realiza¸c˜ao alternativa de (8) ´e obtida reescrevendo (8) como

u = F − LcQm

F u −

Pc

F(y − r) (9)

onde F ´e um polinˆomio mˆonico Hurwitz qualquer

de grau n + q − 1 (Ioannou and Sun, 1996).

4 C´alculo dos Parˆametros do VS-APPC

Conforme mostrado na Se¸c˜ao 3, a lei de controle

em (9) pode ser usada para se conseguir o obje-tivo de controle. A solu¸c˜ao para os coeficientes de Lc(s) e Pc(s) da equa¸c˜ao (7) pode ser obtida pela resolu¸c˜ao da equa¸c˜ao alg´ebrica

Slβl= α∗l (10)

onde Sl ´e a matriz de Sylvester de QmR e Z de

dimens˜ao 2(n + q) × 2(n + q) e βl= [0, . . . , 0 | {z } q , 1, ln−2, . . . , l0, pn+q−1, . . . , p0]T α∗l = [0, . . . , 0 | {z } q , 1, α∗2n+q−2, . . . , α∗0]T

Considerando que temos os parˆametros da

planta desconhecidos, o VS-APPC utiliza o m´

e-todo polinomial do PPC (Se¸c˜ao 3), mas com

esti-mativas destes parˆametros para o c´alculo dos

pa-rˆametros do controlador. Ou seja, o VS-APPC

utiliza a lei de controle em (9), mas com os po-linˆomios ˆPc(s) e ˆLc(s), ao inv´es de Pc e Lc. As

estimativas dos parˆametros da planta s˜ao geradas

pelas seguintes leis chaveadas:

θi= ¯θisgn(ε0φi) + θi,nom (11)

onde |θi∗− θi,nom| < ¯θi < θi,nom (Silva Jr. and

Ara´ujo, 2005). Os resultados de (11) s˜ao usados

para o c´alculo de ˆPc(s) e ˆLc(s).

5 Sistemas de Fase M´ınima e N˜ao

M´ınima

O VS-APPC tem sido aplicado com sucesso em

plantas de fase m´ınima e n˜ao m´ınima est´aveis.

Temos nas Figuras 1, 2 e 3 o comportamento das seguintes plantas quando controladas pelo

VS-APPC, utilizando um polinˆomio A∗(s) = (s + 3)4

com sinal de referˆencia r = 1:

G1(s) = s + 2 (s + 1)(s + 3) = s + 2 s2+ 4s + 3 (12) G3(s) = s + 2 (s − 1)(s − 3) = s + 2 s2− 4s + 3 (13) G2(s) = s − 2 (s + 1)(s + 3) = s − 2 s2+ 4s + 3 (14)

Figura 1: VS-APPC aplicado a uma planta de fase m´ınima est´avel.

Figura 2: VS-APPC aplicado a uma planta de fase m´ınima inst´avel.

Figura 3: VS-APPC aplicado a uma planta de fase n˜ao m´ınima est´avel.

6 Sistemas de Fase N˜ao M´ınima Inst´aveis

6.1 Erro de Modelagem

Come¸camos a verificar as dificuldades em se

con-trolar determinadas plantas de fase n˜ao m´ınima

inst´aveis com a implementa¸c˜ao do PPC com a

abordagem do m´etodo polinomial, cujo

desenvol-vimento foi mostrado na Se¸c˜ao 3. As simula¸c˜oes a

seguir consistem em comparar a aplica¸c˜ao do PPC

a plantas com parˆametros nominais e a plantas

(4)

(in-certezas) em torno dos parˆametros nominais, a fim de mostrar o quanto estas ´ultimas s˜ao sens´ıveis `as

incertezas param´etricas. Contudo, ´e importante

destacar que sistemas com tais incertezas s˜ao o

foco de aplica¸c˜oes do controle adaptativo. Na primeira simula¸c˜ao, a planta simulada ´e a seguinte:

G(s) = s − 2

(s − 1)(s − 3)=

s − 2

s2− 4s + 3 (15)

O controlador PPC para a planta (15) tem como fun¸c˜ao de transferˆencia

C(s) = 330, 5s

2− 546, 5s − 40, 5 s2− 314, 5s

A simula¸c˜ao do uso do PPC para a planta (15),

com o polinˆomio caracter´ıstico A∗(s) = (s + 3)4,

´e mostrada na Figura 4.

O passo seguinte ´e verificar como pequenos

erros de modelagem na planta (15) podem alterar

o resultado da aplica¸c˜ao do controlador PPC. O

controlador ser´a aplicado `a seguinte planta

G(s) = 0, 94s − 2, 06

s2− 4, 06s + 2, 94

como se ela fosse a planta (15), ou seja, temos um

erro de modelagem de −0, 06 em cada parˆametro.

A Figura 5 mostra o comportamento do sistema, que se torna inst´avel.

O mesmo procedimento feito com a planta

(15) ser´a feito agora com a seguinte planta:

G(s) = s − 6

(s − 4)(s − 5) =

s − 6

s2− 9s + 20 (16)

Assim como a planta (15), temos uma planta de fase n˜ao m´ınima inst´avel, com o zero bem pr´oximo aos polos. A Figura 6 mostra o comportamento

desta planta com a aplica¸c˜ao do PPC, utilizando

um polinˆomio caracter´ıstico A∗(s) = (s + 3)4.

Figura 4: PPC para uma planta de fase n˜ao

m´ı-nima com parˆametros conhecidos exatamente.

Figura 5: PPC para uma planta de fase n˜ao

m´ı-nima com erros de modelagem.

Figura 6: PPC para uma planta de fase n˜ao

m´ı-nima com parˆametros conhecidos exatamente.

Simulando novamente pequenos erros de

mo-delagem, o controlador ser´a aplicado `a seguinte

planta, como se ela fosse a planta (16):

G(s) = 0, 97s − 6, 03

s2− 9, 03s + 19, 97

Como podemos observar no resultado da simula-¸

c˜ao, mostrado na Figura 7, esta planta ´e ainda

mais sens´ıvel a incertezas do que a planta anterior,

j´a que se instabiliza com um erro de modelagem

de apenas −0, 03 em cada parˆametro.

6.2 Aplica¸c˜ao do VS-APPC

Agora, vejamos a aplica¸c˜ao do controlador

VS-APPC sendo aplicado `as plantas (15) e (16).

Na simula¸c˜ao com a planta (15), s˜ao

uti-lizadas as seguintes constantes: θ1,nom = 0, 9,

θ2,nom = −2, 1, θ3,nom = −4, 1, θ4,nom = 2, 9, ¯

θ1 = 0, 2, ¯θ2 = 0, 2, ¯θ3 = 0, 2 e ¯θ4 = 0, 2. Com

estas constantes, h´a um chaveamento entre quatro

controladores:

C1(s) = 1109, 2s

2− 1153, 3s − 42.6

(5)

Figura 7: PPC para uma planta de fase n˜ao m´ı-nima com erros de modelagem.

C2(s) = 208, 9s2− 351, 6s − 35.2 s2− 213, 5s C3(s) = 286, 1s 2− 414, 5s − 35, 2 s2− 298, 8s C4(s) = 493, 2s 2− 609, 2s − 42, 6 s2− 328, 9s

Como podemos perceber nas express˜oes

an-teriores, todos os controladores encontrados pela equa¸c˜ao Diofantina s˜ao inst´aveis. Ao aplicar o VS-APPC nesta planta, o sistema em malha fechada se instabiliza. A Figura 8 mostra o lugar das ra´ızes do sistema com cada controlador VS-APPC.

O controlador VS-APPC aplicado `a planta

(16) tamb´em torna o sistema em malha fechada

inst´avel.

A terceira planta simulada foi

G(s) = s − 6

(s − 1)(s − 2)=

s − 6

s2− 3s + 2 (17)

cujas constantes utilizadas foram: θ1,nom = 0, 9,

θ2,nom = −6, 1, θ3,nom = −3, 1, θ4,nom = 1, 9,

Figura 8: Lugar das ra´ızes dos controladores VS-APPC.

Figura 9: VS-APPC aplicado a uma planta de fase n˜ao m´ınima inst´avel.

¯

θ1 = 0, 2, ¯θ2 = 0, 2, ¯θ3 = 0, 2 e ¯θ4 = 0, 2. Com estas constantes, observamos que durante a

simu-la¸c˜ao h´a um chaveamento entre quatro

controla-dores est´aveis:

C5(s) = −26, 5s 2− 10, 2s − 13, 7 s2+ 33, 4s C6(s) = −38, 4s 2− 0, 1s − 12, 8 s2+ 57, 5s C7(s) = −32, 7s 2− 5, 6s − 12, 8 s2+ 50, 8s C8(s) = −29, 8s 2− 7, 0s − 13, 7 s2+ 36, 2s

Nesta simula¸c˜ao o sistema em malha fechada

se estabiliza, conforme ´e mostrado na Figura 9.

Podemos observar que o zero da planta est´a `a

di-reita dos polos, assim como em (16), mas com uma

distˆancia relativa maior desta vez. A Figura 10

mostra o lugar das ra´ızes do sistema com cada controlador VS-APPC. Na Figura 8, apesar do

lugar das ra´ızes com o controlador C2 ser

simi-lar aos mostrados da Figura 10, o chaveamento

entre os demais controladores leva o sistema `a

ins-tabiliza¸c˜ao. Na Figura 10, a penetra¸c˜ao do lugar das ra´ızes dos quatro controladores no semi-plano

esquerdo leva o sistema em malha fechada `a

esta-biliza¸c˜ao.

Em muitos problemas pr´aticos, onde os

pa-rˆametros da planta representam grandezas f´ısicas,

podemos ter conhecimento de onde estes parˆ

ame-tros se localizam e consequentemente onde se

lo-calizar˜ao os parˆametros do controlador, dado um

mapeamento entre esses parˆametros. Portanto,

utilizar proje¸c˜ao de parˆametros facilita ainda mais

o controle adaptativo de plantas, j´a que se conhece

a regi˜ao onde os parˆametros se encontram.

Para verificar como se comporta um sistema

com proje¸c˜ao de parˆametros, vamos considerar a

(6)

Figura 10: Lugar das ra´ızes do controlador PPC.

Figura 11: VS-APPC com proje¸c˜ao de parˆ

ame-tros.

os parˆametros reais da planta, ter´ıamos os

se-guintes parˆametros do controlador: l0= −314, 5,

p2 = 330, 5, p1 = −546 e p0 = −40, 5.

Consi-deremos ent˜ao as seguintes regi˜oes em torno dos

parˆametros do controlador, para a utiliza¸c˜ao do

VS-APPC: l0 de −330 a −300, p2 de 315 a 345,

p1de −550 a −520 e p0de −55 a −25. O

compor-tamento para esta proje¸c˜ao com as mesmas

cons-tantes utilizadas na se¸c˜ao anterior ´e mostrado na

Figura 11, onde apesar da convergˆencia do sinal

de sa´ıda, temos uma alta magnitude do sinal de controle.

O mesmo procedimento foi feito ent˜ao para a

planta (16). No caso do PPC, temos os seguintes

parˆametros do controlador para esta planta: l0=

540, 7, p2 = −519, 8, p1 = 1782, 2 e p0 = −13, 5.

Vamos considerar as seguintes regi˜oes em torno

dos parˆametros do controlador, para a utiliza¸c˜ao

do VS-APPC: l0de 530 a 550, p2de −530 a −510,

p1 de 1770 a 1790 e p0 de −23 a −3. Mesmo

tornando estas regi˜oes ainda menores que no caso

anterior, n˜ao ´e poss´ıvel estabilizar o sistema em

malha fechada em quest˜ao.

7 Conclus˜oes

Este artigo apresentou um estudo, atrav´es de

si-mula¸c˜oes, de como a posi¸c˜ao de zeros de fase n˜ao m´ınima pode interferir no desempenho de um sis-tema em malha fechada, cujo controlador

apre-senta estrutura vari´avel, denominado VS-APPC.

A sequˆencia deste trabalho se dar´a com a an´

a-lise de estabilidade e verifica¸c˜ao da aplica¸c˜ao do

controlador a certas plantas de fase n˜ao m´ınima

inst´aveis, com ou sem restri¸c˜oes.

Referˆencias

Freudenberg, J. S. and Looze, D. P. (1985). Right Half Plane Poles and Zeros and

Design Tradeoffs in Feedback Systems,

IEEE Transactions on Automatic Control AC-23(6): 555–565.

Hsu, L., Araujo, A. D. and Costa, R. R. (1994). Analysis and Design of I/O Based Variable Structure Adaptive Control, IEEE Transac-tions on Automatic Control 39: 4–21.

Ioannou, P. A. and Sun, J. (1996). Robust

Adaptive Control, Prentice Hall, New Jersey.

Oliveira, J. B. and Ara´ujo, A. D. (2008). Design

and Stability Analysis of an Indirect

Variable Structure Model Reference

Adaptive Control, International Journal of Control 81(12): 1870–1877.

Qiu, L. and Davison, E. (1993). Performance

Limitations of Nonminimum Phase Systems in the Servomechanism Problem, Automatica 29(2): 337–349.

Rao, S. N. (1969). On The Step Response

of Nonminimum Phase Transfer Functions, IEEE Transactions on Education 12: 80. Ribeiro, R. L. A. and Queiroz, K. I. P. M. (2009).

H ybrid S chemes for Adaptive C ontrol

S trategies, Adaptive C ontrol, Kwanho You edn, InTech.

Silva Jr., F. C. and Ara´ujo, A. D. (2005). Variable

Structure Adaptive Pole Placement Control, Proceedings of the 44th IEEE Conference on Decision and Control pp. 2859–2864. Utkin, V. I. (1978). S liding M odes and T heir

Applications in V ariable S tructure S ystems, Mir Publishers, Moscow.

Vidyasagar, M. (1986). On Undershoot and

Nonminimum Phase Zeros, IEEE Transac-tions on Automatic Control AC-31(5): 440.

Referências

Documentos relacionados

Effects of the bite splint 15-day treatment termination in patients with temporomandibular disorder with a clinical history of sleep bruxism: a longitudinal single-cohort

No Estado do Pará as seguintes potencialidades são observadas a partir do processo de descentralização da gestão florestal: i desenvolvimento da política florestal estadual; ii

Compreendendo- se que o estudo dos eventos do século XX podem ser relevantes e esclarecedores para a compreensão da história e da sociedade de hoje, e levando-se em conta o

O mecanismo de competição atribuído aos antagonistas como responsável pelo controle da doença faz com que meios que promovam restrições de elementos essenciais ao desenvolvimento

◦ Os filtros FIR implementados através de estruturas não recursivas têm menor propagação de erros. ◦ Ruído de quantificação inerente a

F REQUÊNCIAS PRÓPRIAS E MODOS DE VIBRAÇÃO ( MÉTODO ANALÍTICO ) ... O RIENTAÇÃO PELAS EQUAÇÕES DE PROPAGAÇÃO DE VIBRAÇÕES ... P REVISÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE PPV ...

Assim, propusemos que o processo criado pelo PPC é um processo de natureza iterativa e que esta iteração veiculada pelo PPC, contrariamente ao que é proposto em Cunha (2006)

Dessa maneira, os resultados desta tese são uma síntese que propõe o uso de índices não convencionais de conforto térmico, utilizando o Índice de Temperatura de Globo Negro e