• Nenhum resultado encontrado

Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha ISSN: Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha ISSN: Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

rebasa@hmo.megared.net.mx

Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.

México

Prati, Patricia; Foltran, Dulcinéia E.; Henrique, Celina M.; Paes C.C. Martins, Carla ALTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS EM PASTAS DE ALHO

Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, vol. 11, núm. 2, diciembre, 2010, pp. 191-195 Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.

Hermosillo, México

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=81315809011

Como citar este artigo Número completo Mais artigos

Home da revista no Redalyc

Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

(2)

ALTERAÇÕES FÍSICO‐QUÍMICAS EM PASTAS DE ALHO 

 

Patricia Prati1, Dulcinéia E. Foltran2, Celina M. Henrique1, Carla Paes C.C. Martins3   

1.‐Apta Pólo Centro Sul, Rodovia SP 127 km 30 CP 28, Piracicaba/SP/Brasil, CEP 13400‐970. Tel: 55‐1934215196.  Email: pprati@apta.sp.gov.br; celina@apta.sp.gov.br.  2.‐Unidade  de  Pesquisa  e  Desenvolvimento  de  Tietê  ‐  Apta  Pólo  Centro  Sul,  Rodovia  SP  127  km  69  +  100m,  Tietê/SP/Brasil,  CEP  18530‐000.  Tel:  55‐1532821000.  Email: dulcineia@apta.sp.gov.br.  3.‐Departamento  de  Agroindústria,  Alimentos  e  Nutrição,  ESALQ/USP.  Rua  Coronel  Fonseca,  584,  Botucatu/SP/Brasil,  CEP  18603‐740.  Tel:  55‐1998484345.  Email: 

carla.paes.martins@usp.br     Palavras‐chave: alho, processamento, conservação.    RESUMO  Foram avaliadas as alterações físico‐químicas em pastas de alho de três cultivares semi‐nobres nacionais e um  cultivar  importado,  armazenadas  por  180  dias  à  temperatura  ambiente,  utilizando‐se  o  delineamento  inteiramente  casualizado,  com  três  repetições  para  cada  amostra.  As  matérias‐primas  foram  processadas  na  forma de pasta de alho sem sal, acidificada e adicionada de conservante, embalada em potes plásticos de 200g  de capacidade. Os produtos foram avaliados logo após o processamento e a cada 30 dias quanto ao pH, acidez  total titulável, sólidos solúveis, pH, teores de açúcares totais, redutores e ácido ascórbico. As contagens (total,  bolores e leveduras) foram realizadas nos tempos 0, 90 e 180 dias. Os resultados das avaliações físico‐químicas  foram  analisados  pela  ANOVA  (Análise  de  Variância)  e  testes  de  médias  de  Tukey  a  5%  de  significância.  As  contagens microbianas se mostraram abaixo do máximo permitido pela legislação brasileira. Todos os produtos,  ao longo do armazenamento apresentaram comportamentos semelhantes em relação às determinações de pH,  acidez, sólidos solúveis, açúcares totais e redutores, tendo  ocorrido aumento de pH e diminuição dos demais  valores. A pasta do alho Comercial apresentou os maiores níveis de ácido ascórbico, e a do Santa Catarina Roxo,  os menores. De forma geral, o comportamento entre os produtos dos cultivares estudados foi diversificado, não  se  tendo  obtido  um  padrão  nem  uma  conclusão  geral  quando  se  comparou  os  cultivares  nacionais  com  o  importado.        PHYSICAL AND CHEMICAL ALTERATIONS IN GARLIC PASTES    Key‐words: garlic, processing, conservation.  ABSTRACT 

Were  evaluated  the  physical  and  chemical  changes  in  pastes  garlic  cultivars  of  three  semi‐noble  cultivate  a  national and imported, stored for 180 days at room temperature, using a completely randomized design with  three replications for each sample. The raw materials were processed in the form of garlic paste without salt,  acid  and  added  preservatives,  packed  in  plastic  pots  of  200g  capacity.  The  products  were  evaluated  after  processing and every 30 days for pH, total acidity, soluble solids, pH, total sugars, reducing sugars and ascorbic  acid. The counts (total, yeasts and molds) were performed on days 0, 90 and 180 days. The results of physical‐ chemical evaluations were analyzed by ANOVA (Variance Analysis) tests and Tukey test at 5% significance level.  The count is shown below the maximum allowed under Brazilian law. All products throughout the store showed  similar behavior with respect to pH, acidity, soluble solids, total and reducing sugars, has been increasing and  decreasing pH values of others. The Commercial garlic paste showed the highest levels of ascorbic acid, and the  Santa Catarina Roxo minors. In general, the behavior between the products of the cultivars studied was diverse,  not having obtained a default or a general conclusion when comparing the national cultivars with the imported  one.       

(3)

INTRODUÇÃO 

A  busca  dos  consumidores  por  produtos  prontos  para  consumo  cresceu  substancialmente  na  última  década,  incentivando  o  desenvolvimento  de  tecnologias que permitam sua fabricação com  a  manutenção  da  qualidade  (Berbari  et  al.,  2003). 

A  transformação  do  alho  em  pasta  pronta  para  consumo  facilita  a  utilização  desta  hortícola,  que  causa  desconforto  quando  da  sua  manipulação,  devido  ao  cheiro  forte  e  característico  causado  pelos  compostos  organossulfurados,  principalmente  alicina  (Juswiak, 1999). 

A  pasta  é  a  forma  mais  usual  de  industrialização  e  consumo  do  alho.  Quanto  mais  cedo  o  alho  for  processado  mais  clara  será a pasta, devido aos processos fisiológicos  que  levam  à    brotação  (Saturnino,  1978)    e  maior será o rendimento, em função da menor  perda de umidade dos bulbos. 

A produção nacional de  alho não  atende  à  demanda  interna  por  vários  motivos.  Um  dos  fatores  seria  a  importação,  principalmente  da  Argentina e da China, a um preço menor que o  praticado internamente. Apesar do alho chinês  não  competir  em  qualidade  com  o  alho  nacional,  na  China,  a  produção  de  alho  é  subsidiada pelo governo e, ao entrar no Brasil,  o  custo  final  do  alho  chinês  é  menor,  garantindo o seu mercado (Oliveira, 1999). 

Esta pesquisa objetivou avaliar, ao longo do  armazenamento  de  180  dias  à  temperatura  ambiente,  as  alterações  físico‐químicas  ocorridas  em  pastas  de  alho  provenientes  de  três  cultivares  de  alho  semi‐nobres  nacionais  (Assai, Gigante de Curitibanos e Santa Catarina  Roxo) e um importado (Chinês). 

 

MATERIAL E MÉTODOS  Matérias‐primas 

Os  alhos  dos  cultivares  semi‐nobres  nacionais  (Assai,  Gigante  de  Curitibanos  e  Santa  Catarina  Roxo)  foram  provenientes  da  UPD  de  Tietê  (UNIDADE  DE  PESQUISA  E 

DESELVOLVIMENTO  DE  TIETÊ)  localizada  no  município  de  Tietê  e  pertencente  ao  Pólo  Regional  Centro  Sul.  O  alho  do  cultivar  importado foi adquirido no comércio local. 

 

Processamento 

As  matérias‐primas,  descascadas  manualmente  após  imersão  em  água  fria,  foram processadas na forma de pasta de alho  triturada  em  liquidificador  industrial  de  inox,  sendo adicionada de 50% de água (em relação  ao  peso  de  alho)  a  fim  de  facilitar  a  homogeneização do produto. 

A  quantidade  de ácido cítrico determinada  em testes preliminares, necessária para que a  pasta chegasse a pH < 4,0, auxiliando também  na manutenção da cor clara do produto, foi 2%  em relação ao peso de alho. 

O  acondicionamento  foi  realizado  manualmente  utilizando‐se  potes  plásticos  com  capacidade  de  200g,  estocados  à  temperatura ambiente por 180 dias. 

Os  produtos  foram  analisados  no  tempo  zero (logo após o processamento) e a cada 30  dias  de  acordo  com  as  seguintes  determinações: 

a)  pH:  determinado  em  potenciômetro  segundo método N° 981.12 – AOAC, 1997;  b)  acidez  total  titulável  (%  ácido  cítrico):  determinada  por  titulação  potenciométrica,  segundo método N° 942.15 – AOAC, 1997;  c)  sólidos  solúveis  (°Brix):  determinados  em  refratômetro  segundo  método  N°  932.12  –  AOAC, 1997; 

d)  teores  de  açúcares  totais  e  redutores  (%):  pelo  método  de  Eynon  e  Lane  descrito  por  Carvalho et al. (1990), utilizando o aparelho;  e)  ácido  ascórbico  (mg/100g):  quantificado  segundo  método  nº  43.065  da  AOAC  (1984),  modificado por Benassi (1990), que substitui o  solvente  extrator  ácido  metafosfórico  por  ácido oxálico. 

Nos  tempos  zero  (logo  após  o  processamento),  90  e  180  dias  de  estocagem  também  foram  realizadas  análises  microbiológicas de contagem total e bolores e 

(4)

leveduras de acordo com metodologia descrita  em Silva et al. (2002). 

 

Análise estatística 

As  médias  de  todas  as  determinações  físico‐químicas  foram  analisadas  utilizando‐se  o  software  SAS  (1993)  para  a  Análise  de  Variância (ANOVA) e o teste Tukey, ao nível de  5% de significância, utilizando o delineamento  inteiramente casualizado.    RESULTADOS E DISCUSSÃO  As Tabelas 1 e 2 apresentam os resultados  das análises microbiológicas das pastas de alho  dos quatro cultivares.   

Tabela  1.  Contagem  total  de  aeróbios  mesófilos  (UFC/g)* nas pastas de alho. 

Variedade  Tempo  Tempo  Tempo  

  0  90  180  Santa Catarina Roxo  < 10  < 10  < 10  Comercial (Chinês)   50  3,7x102  5,5x102  Gigante de Curitibanos 80  1,2x102  3,4x102  Assaí  < 10  1,8x102  4,1x102  * Unidades formadoras de colônias.   

Tabela  2.  Contagem  de  bolores  e  leveduras  (UFC/g)* nas pastas de alho. 

Variedade  Tempo 0  Tempo 180  Santa Catarina Roxo  < 100  < 100  Comercial (Chinês)  < 100  < 100  Gigante de Curitibanos  < 100  < 100  Assaí  < 100  < 100  * Unidades formadoras de colônias.    Nas épocas avaliadas, e em todas as pastas  de  alho,  as  contagens  totais  de  aeróbios  mesófilos  ficaram  abaixo  do  máximo  estipulado  pela  legislação  brasileira  para  produtos  prontos  para  consumo  (ANVISA,  2001)  que  é  de  104  UFC/g.  Apesar  do  baixo  pH,    bactérias  láticas  capazes  de  crescer  em  condições  ácidas,  podem  ter  se  desenvolvido  justificando  assim  tais  contagens,  porém  não  comprometeram a conservação dos produtos,  já  que  os  valores  encontrados  são  considerados  toleráveis  pela  legislação  brasileira. 

Em  relação  aos  bolores  e  leveduras,  as  contagens foram baixas, demonstrando que os  fatores  antimicrobianos  existentes  no  alho,  aliados  ao  baixo  pH,  foram  eficientes  para  a  manutenção  do  crescimento  desses   microrganismos.  Tais  resultados  também  estão  abaixo  do  limite  máximo  exigido  pela  legislação  brasileira  (ANVISA,  2001).  Resultados  semelhantes  foram  obtidos  por  Berbari et al. (2003) em estudo realizado com  pastas  de  alho  acondicionadas  em  diferentes  embalagens. 

As Tabelas 3 a 8 apresentam os resultados  das  determinações  físico‐químicas  realizadas  nas  pastas  de  alho  até  os  180  dias  de  estocagem. 

 

Tabela  3.  Valores  de  pH  das  pastas  de  alho  durante o armazenamento (triplicata). 

Variedades  Santa  Comercial Gigante    Assaí    Catarina  (Chinês)  de 

  Roxo    Curitibanos   Tempo 0  3,77 eA  3,63 bB  3,63 bB  3,62 bB  Tempo 30  3,90 cA  3,80 aB  3,59 cC  3,53 cC  Tempo 60  3,82 dA  3,55 cB  3,59 cB  3,56 cB  Tempo 90  3,82 dA  3,54 cB  3,53 dB  3,77 aA  Tempo 120  4,01 bA  3,60 bcB  3,55 dB  3,59 bB  Tempo 150  4,00 bA  3,61 bcC  3,79 aB  3,59 bD  Tempo 180  4,10 aA  3,87 aB  3,80 aB  3,79 aB 

*médias  seguidas  de  mesma  letra  minúscula,  dentro  das  colunas,  e  mesma  letra  maiúscula,  dentro  das  linhas,  não  diferem entre si (p < 0,05). 

 

Tabela 4. Valores de acidez total titulável (% ácido  cítrico)  das  pastas  de  alho  durante  o  armazenamento (triplicata). 

Variedades  Santa  Comercial Gigante    Assaí    Catarina  (Chinês)  de 

  Roxo    Curitibanos   Tempo 0  2,17aC  2,76aA  2,58aB  2,65aA  Tempo 30  2,16abB  2,62bcA  2,57aA  2,47bcAB  Tempo 60  2,12abcB  2,70abA  2,58aA  2,52abcAB  Tempo 90  2,09abcC  2,76aA  2,58aA  2,43cB  Tempo 120  2,08bcB  2,59bcA  2,54abA 2,48bcAB  Tempo 150  2,10abcB  2,72abA  2,50abA 2,60abA  Tempo 180  2,03cB  2,53cA  2,46bA  2,45cA 

*  médias  seguidas  de  mesma  letra  minúscula,  dentro  das  colunas,  e  mesma  letra  maiúscula,  dentro  das  linhas,  não  diferem entre si (p < 0,05). 

(5)

Ao  longo  do  armazenamento,  o  pH  das  pastas  aumentou  e  conseqüentemente  a  acidez  diminuiu,  fato  que  pode  ser  explicado  pelo  crescimento  microbiano  (Jay,  2005;  Sapers et al., 2006). Comparando os cultivares  entre  si,  Santa  Catarina  Roxo  apresentou  em  todos  os  tempos  maiores  valores  de  pH  e  menores de acidez, sendo portanto o produto  mais  alcalino.  As  pastas  de  Gigante  de  Curitibanos  e  Assaí  demonstraram  comportamento muito semelhante entre si em  relação ao pH. 

 

Tabela  5.  Teores  de  sólidos  solúveis  (º  Brix)  das  pastas  de  alho  durante  o  armazenamento  (triplicata). 

Variedades  Santa  Comercial Gigante    Assaí    Catarina  (Chinês)  de 

  Roxo    Curitibanos   Tempo 0  26,00aB  26,00aB 28,00aA  28,00aA  Tempo 30  27,00aAB  26,00aB 28,00aA  27,00abAB  Tempo 60  27,00aA  26,00aA 25,50bcA  26,00abA  Tempo 90  26,00aA  24,00bA 25,50bcA  26,00abA  Tempo 120  26,50aA  26,00aA 26,50 abA 25,00bA  Tempo 150  25,00abB  26,00aAB26,50abA 6,00abAB  Tempo 180  23,50bAB  21,60cB 24,00cA  25,00bA 

*  médias  seguidas  de  mesma  letra  minúscula,  dentro  das  colunas,  e  mesma  letra  maiúscula,  dentro  das  linhas,  não  diferem entre si (p < 0,05). 

 

Tabela 6. Teores de açúcares totais (%) das pastas  de alho durante o armazenamento (triplicata). 

Variedades  Santa  Comercial Gigante    Assaí    Catarina  (Chinês)  de 

  Roxo    Curitibanos   Tempo 0  11,75aA  12,39aA  11,57aA 12,41aA  Tempo 30  6,94cdB  7,91bAB  7,76bAB 10,06bA  Tempo 60  8,03bcA  6,16cB  6,30cB  10,15bA  Tempo 90  9,29bA  5,01cdB  5,08cdB 10,48bA  Tempo 120  5,39deA  4,36dAB  3,13fB  6,35cA  Tempo 150  6,07cdeA  4,56cdB  4,57deB 4,80dAB  Tempo 180  4,32eA  3,43dA  3,66efA  4,01dA 

*médias  seguidas  de  mesma  letra  minúscula,  dentro  das  colunas,  e  mesma  letra  maiúscula,  dentro  das  linhas,  não  diferem entre si (p < 0,05). 

 

Comparando  as  pastas  dos  diversos  cultivares, foram observados comportamentos  diversos nos diferentes tempos de análise com  relação  aos  teores  de  sólidos  solúveis  e  açúcares. Os cultivares Gigante de Curitibanos 

e  Assaí  apresentaram  valores  maiores  de  sólidos  solúveis,  enquanto  o  cultivar  Assaí  se  destacou  em  diferentes  tempos,  quanto  aos  teores de açúcares totais e redutores. Durante  a  estocagem,  os  teores  de  sólidos  solúveis  e  açúcares  diminuíram,  provavelmente  pela  ocorrência  de  crescimento  microbiano  que  promove  o  consumo  de  tais  constituintes  (Franco & Landgraf, 2005). 

 

Tabela  7.  Teores  de  açúcares  redutores  (%)  das  pastas  de  alho  durante  o  armazenamento  (triplicata). 

Variedades  Santa  Comercial Gigante    Assaí    Catarina  (Chinês)  de 

  Roxo    Curitibanos   Tempo 0  5,55aA  5,51aA  3,64aB  5,93aA  Tempo 30  4,67abA 4,22abAB  3,02abB 4,57abA  Tempo 60  4,67abA 3,39abB  3,59aB  4,08bAB  Tempo 90  4,71abA 4,29abAB  3,49aC  4,19bB  Tempo 120  2,30bB  2,90bB  3,64aA  4,28bA  Tempo 150  2,47bB  2,43bB  3,73aA  4,33bA  Tempo 180  3,13abA 2,87bA  2,24bA  2,34cA 

*médias  seguidas  de  mesma  letra  minúscula,  dentro  das  colunas,  e  mesma  letra  maiúscula,  dentro  das  linhas,  não  diferem entre si (p < 0,05). 

 

Tabela 8. Teores de ácido ascórbico (mg/100g) de  pastas  de  alho  durante  o  armazenamento  (triplicata). 

Variedades  Santa  Comercial Gigante    Assaí    Catarina  (Chinês)  de 

  Roxo    Curitibanos   Tempo 0  0,871aA 1,215aA  0,955aA  0,951aA  Tempo 30  0,787aB 1,206aA  0,951aAB  0,956aAB  Tempo 60  0,783aB 1,047aA  0,872aAB  0,872aAB  Tempo 90  0,765aB 1,191aA  0,936aAB  0,936aAB  Tempo 120  0,765aB 1,190aA  0,861aAB  0,957aAB  Tempo 150  0,766aB 1,191aA  0,946aAB  0,934aAB  Tempo 180  0,724aA 0,765bA  0,767aA  0,936aA 

*médias  seguidas  de  mesma  letra  minúscula,  dentro  das  colunas,  e  mesma  letra  maiúscula,  dentro  das  linhas,  não  diferem entre si (p < 0,05). 

 

Não houve diferenças estatísticas  ao longo  do  armazenamento  quanto  ao  conteúdo  de  ácido ascórbico das pastas. Comparando‐se as  amostras entre si, os níveis de ácido ascórbico  das pastas de Santa Catarina Roxo e Comercial  foram diferentes estatisticamente a partir dos  30 dias de estocagem, sendo que o produto do 

(6)

Chinês apresentou, na maioria dos tempos, os  maiores  valores  deste  constituinte.  Todos  os  valores  encontrados  foram  considerados  baixos. As pastas de alho não são boas fontes  de vitamina C, cujos valores já são bem baixos  na  própria  matéria‐prima  “in  natura”  (Montaño et al., 2004). 

 

CONCLUSÕES 

Observou‐se  crescimento  de 

microorganismos nas pastas de alho avaliadas  ao longo de 6 meses de armazenamento, mas  os  valores  encontrados  ficaram  dentro  do  permitido  pela  legislação  brasileira  para  produtos prontos para o consumo humano.  

Os  resultados  das  determinações  físico‐ químicas  comprovaram  o  aumento  de  pH  e  diminuição  dos  teores  de    acidez,  sólidos  solúveis  e  açúcares    das  pastas  de  alho  testadas. 

Os níveis de ácido ascórbico permaneceram  estáveis  durante  a  estocagem,  sendo  que  o  produto  do  cultivar  comercial  apresentou  os  maiores valores e o de Santa Catarina Roxo os  menores. 

De forma geral, o comportamento entre as  pastas  de  alho  dos  cultivares  avaliados  foi  diversificado em todos os casos, não se tendo  observado  diferenciação  devido  a  cultivar  ou  procedência da matéria‐prima. 

 

AGRADECIMENTOS 

Á  FAPESP  (FUNDAÇÃO  DE  AMPARO  Á  PESQUISA  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO),  pelo  apoio financeiro. 

   

REFERÊNCIAS 

ANVISA  (Agência  Nacional  De  Vigilância  Sanitária).  Resolução  RDC  –  12  de  2  de  janeiro de 2001 – D.O.U. de 10/01/2001.  AOAC.  Association  Of  Oficial  Analytical 

Chemists.  1984.  Official  methods  of  analysis.  14th  ed.  Arlingyon,  Sidney  Willians. 

AOAC.  Association  Of  Oficial  Analytical  Chemists.  1997.  Official  methods  of  analysis.  16th ed. Washington D.C., v.2.  Benassi,  M.T.  1990.  Análise  dos  estudos  de 

diferentes  parâmetros  na  estabilidade  de  vitamina C em vegetais processados. 159p.  Dissertação  (Mestre  em  Tecnologia  de  Alimentos)  –  Faculdade  de  Engenharia  de  Alimentos,  Universidade  Estadual  de  Campinas, Campinas. 

Berbari,  S.A.G.;  Silveira,  N.F.A.;  Oliveira,  L.A.T.  2003.  Avaliação  do  comportamento  de  pasta  de  alho  durante  o  armazenamento  (Allium sativum L.).  Ciência e Tecnologia de  Alimentos, Campinas, 23 (3): 468‐472  Carvalho, C.R.L.; Mantovani, D.M.B.; Carvalho, 

P.R.N.;  Moraes,  R.M.  1990.  Análises  Químicas de Alimentos. Campinas, Instituto  de  Tecnologia  de  Alimentos  (ITAL),  121p.  (Manual Técnico) 

Franco,  B.D.G.M.;  Landgraf,  M.  2005.  Microbiologia  dos  Alimentos.  São  Paulo,  Atheneu, 182p. 

Jay,  J.M.  2005.  Microbiologia  de  Alimentos.  6.ed. Porto Alegre, Artmed, 711p. 

Juswiak,  C.R.  1999.  Alho:  considerações  sobre  as  alegações  funcionais.    Cadernos  de  Nutrição, 18: 13‐21. 

Montaño, A.; Casado, F.J.; Castro, A.; Sánchez,  A.H.;  Rejano,  L.  2004.  Vitamin  content  and  amino  acid  composition  of  pickled  garlic  processed  with  and  without  fermentation.  Journal of Agricultural and Food Chemistry,  Washington, 52: 7324‐7330. 

Oliveira,  C.M.  1999.  Determinação  do  ponto  de  colheita  em  cultivares  de  alho.  41p.  Dissertação  (Mestrado  em  Fitotecnia).  Universidade Federal de Lavras, Lavras.  Sapers,  G.M.;  Gorny,  J.R.;  Yousef  A.E.  (ed.) 

2006.  Microbiology  of  fruits  and  vegetables. Boca Raton, CRC Press, 634p.  SAS  Institute.    1993.  SAS  User´s  Guide: 

statistics.  Cary, USA. 

Saturnino, H.M. 1978. Industrialização do alho.  Informações agropecuárias, Belo Horizonte,  4 (48): 61‐63. 

Referências

Documentos relacionados

Ao conceituar a Teoria do Agenda Setting, explicitando-a como um campo teórico no qual a mídia influencia diretamente a agenda social e individual, Maxwell McCombs (2009)

Cézar Augusto Ferreira Alves de Jesus, Geraldo Terceiro, Hebert Moreira Diniz, Henrique César de Rezende, Jeane Mara do Monte Martins, Júlio César Nogueira da Silva, Lucas

Trabalho de Conclusão de Curso do Bacharelado em Línguas Estrangeiras Aplicadas ao Multilinguismo e à Sociedade da Informação (LEA-MSI) da Universidade de

Proponha que seus alunos testem na prática aquilo que o autor do livro ensina a respeito das cores: peça que peguem três cores de tinta guache — vermelho, amarelo e azul — e

Dessa maneira, notamos marcas dessa relação da criança consigo e com o adulto no discurso da protagonista, sobretudo quando se refere às suas vontades. Para Raquel,

Mas deverá ser na mesma categoria (desbravador por desbravador e diretoria e outros adultos por adultos). Última data para pagamento das Inscrições: 02/09/2013 com pontuação. a)

Desta forma, consideramos que é possível enriquecer de uma maneira intensa e activa o processo de operacionalização do projecto socioeducativo e simultaneamente

BASE: Não é esperado que o produto apresente toxicidade ao órgão-alvo específico por exposição única.. ENDURECEDOR: A ingestão pode provocar náuseas, vômitos e