A DESCARBONIZAÇÃO DA ECONOMIA
LUÍS MIRA AMARAL Engenheiro e Economista
Professor Catedrático Convidado de Economia e Gestão – DEG/IST
CEEGI-OE
A DESCARBONIZAÇÃO DA ECONOMIA
I – A ENERGIA E O CO2 EM PORTUGAL
Portugal é exemplar no que toca à transição para uma economia de baixo carbono: Em 2013, ocupa o 3º lugar no ranking mundial de combate às alterações climáticas; Está a superar os objectivos delineados para a estratégia 20-20-20 com redução das emissões de CO2 de 4% em 2012, o que é um dos melhores registos na UE (que reduziu 2.1%); Vai superar quer a meta global de utilização das renováveis em 2020 (35% vs. 31%), quer a meta da electricidade de base renovável (60% vs 55%), uma das maiores
penetrações mundiais!!
Isto manteve-se neste governo, designadamente com a continuação do programa nacional de barragens e da instalação de parques eólicos (off-shore inclusive), solares e de
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Tudo isto está a levar a um sobrecusto tremendo no preço da electricidade, traduzido nos famosos CIEG e na dívida tarifária. 66% do valor da factura correspondem a esses
sobrecustos. Não só apenas os consumidores domésticos a pagar a factura mas também as empresas e os consumidores industriais.
De acordo com os números oficiais da ERSE sobre o que os consumidores industriais pagam em CIEG’s:
-Mesmo em MT, pagam já 17% da factura para os CIEG’s; -Em BTE pagam 22%;
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II – CLIMA, CO2 E EÓLICAS
Parecia haver unanimidade na ligação entre o CO2 e o aquecimento global. Mas houve cem cientistas que numa exposição à ONU refutaram essa tese.
Depois percebeu-se a manipulação de dados e a pressão sobre os governos dos defensores da tese no chamado episódio “climagate”. Num recente artigo Christopher Booker dizia que “nos anos recentes, as temperaturas não subiram como era previsto nos modelos do IPCC” e que “os cientistas das mudanças climáticas são no fundo mais um grupo de
pressão”. Em Portugal, o Prof. Delgado Domingos, um dos primeiros a bater-se pelo
ambiente, disse que “a relação causal entre emissões de CO2 e aumento da temperatura média global não está cientificamente provada”. Acrescenta que o “CO2 é fundamental para a existência de vida, pois sem CO2 não existiria a fotossíntese que está na base da alimentação de todos os seres vivos”.
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Seja como for, a percentagem de CO2 emitido por Portugal em combustíveis fósseis para a indústria é de 0.19% do CO2 da UE a 27 e esta emite apenas 14% do total mundial! E a produção industrial de CO2 é apenas ¼ a ½ da totalidade mundial de gases causadores de efeitos de estufa. O Comissário Europeu para a Industria diz que “não podemos sacrificar a nossa indústria em nome de mudanças climáticas irrealistas”.
O CO2 não é pois o grande problema português nem somos relevantes para o CO2 mundial!
À boleia do alarmismo do aquecimento global, os nossos espertalhões do lóbi eólico
aproveitaram para facturar quando a produção de electricidade só contribui com 26% da emissão de gases de efeito de estufa!
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CLIMATE CHANGE: EUROBAROMETER 409
“The country with the lowest proportion of respondents mentioning climate change as the most serious problem facing the world is Portugal (6%).”
Como se depreende, os portugueses não estão sintonizados com a linha do governo e do Ministro do Ambiente e Energia, que se revela tão preocupado com o problema climate
change.
Mas as linhas não se ficam por aqui. É sintomática a revelação de que : “A total of 19 Member States rate poverty, lack of food and drinking water as the most serious problem, ranging from a high of 49% of respondents in Portugal to a low of 31% of respondents in Austria.”
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III – MOBILIDADE ELÉCTRICA , PETRÓLEO E CO2
A seguir ao segundo choque petrolífero, o mundo ocidental deixou de queimar petróleo nas centrais eléctricas, tendo passado a utilizar carvão e gás natural. Eu próprio estive no Conselho de Ministros da Energia em Bruxelas em que a União Europeia aboliu a proibição da utilização do gás nas centrais eléctricas.
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Já não se utiliza pois petróleo nas centrais eléctricas em Portugal e por isso é falso o que o lóbi eólico costuma dizer, pois a utilização das renováveis não poupa a importação de petróleo em Portugal. A crise económica é que fez reduzir essas importações! Quando o lóbi eólico diz que as renováveis poupam 800 milhões de euros na importação de
combustíveis, 600 milhões são poupados pela velha renovável, a hídrica, lançada pelo então Ministro da Economia e nosso saudoso Professor do IST Ferreira Dias! As novas
renováveis só poupam 200 milhões de euros e mesmo aqui o valor líquido das poupanças é menor pois troca-se a importação do carvão e gás natural pelos equipamentos dessas
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A grande questão é então nesta transição energética a substituição do petróleo no sistema de transportes, deixando-o para aplicações mais nobres na indústria.
O carro eléctrico puro só será massificado com uma nova tecnologia para as baterias, pois com as actuais não é proposta de valor para o “mass-market”. Curiosamente a primeira corrida de automóveis foi nos EUA com veículos eléctricos. Mas depois por alguma razão Henry Ford ganhou a Thomaz Edison…
O sonho utópico do governo anterior com o impagável Manuel Pinho levou a que se instalassem por todo o país postos de carga que estão completamente vazios…
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A mobilidade eléctrica devia então começar à escala urbana incentivando: (1) a crescente utilização de bicicletas e motos eléctricas; (2) estimulando a passagem para frotas
colectivas de transporte de qualidade, em detrimento do automóvel individual, e para isso até já tínhamos produção nacional na Salvador Caetano que exporta autocarros eléctricos!
Os híbridos são a solução natural e inteligente para a transição dos automóveis de motor térmico para o veículo eléctrico do futuro. Tal como os Checos fizeram com a Skoda, se o nosso governo estivesse interessado no modelo eléctrico, devia era ter negociado com a VW a produção de híbridos na Auto Europa…
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No transporte de mercadorias, o actual modo rodoviário de longo curso na Europa vai ser posto em causa por razões ambientais e energéticas e por saturação das auto estradas, urgindo cá passar para os modos marítimo (para o que é preciso a gestão dos contentores em portos eficientes) e para linhas ferroviárias de bitola europeia, começando pelas duas linhas, uma ao sul que ligue Sines, Setúbal e Barreiro ao Caia e outra ao norte, Aveiro – Vilar Formoso.
Em suma, nos transportes o governo nada fez… Mas continua concentrado nas ventoinhas e no CO2….
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IV – O CO2 E O AQUECIMENTO GLOBAL
Entre 1998 e 2013, a temperatura da superfície da terra cresceu a uma taxa de 0,04% por década, muito mais baixa que a taxa de crescimento de 0,18% durante a década de 1990. Ao mesmo tempo, as emissões de CO2 (que segundo alguns são responsáveis pela subida das temperaturas) subiram inimterruptamente!
Alguns dirão que parou o aquecimento global! Outros dirão que a compreensão e
conhecimento cientifico dos fenómenos climáticos é tão limitada que as informações sobre esta matéria não são credíveis!
O mundo tem na realidade tido ciclos longos de aquecimento e arrefecimento. Basta visitar os glaciares do Alasca e observar a sua dinâmica a longo prazo para perceber
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O argumento mais racional que li sobre esta matéria veio no “Economist”; na dúvida sobre a ligação CO2-Aquecimento Global, vale a pena fazer um seguro contra o CO2, tal como nós fazemos um seguro contra incêndio na nossa casa, embora possamos nunca ter esse incêndio! Só que isso não significa que fiquemos reféns do lóbi eólico e dos
fundamentalistas do aquecimento global!
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Relatório IPC 2013 Documento político… Estratégia de apropriação da credibilidade atribuída à ciência pelos políticos para fazerem passar por cientifico aquilo que não é…IPCC reconhece que não houve
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• AQUECIMENTO GLOBAL OU ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS ? • ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO • FENÓMENOS NATURAISA DESCARBONIZAÇÃO DA ECONOMIA
MODELOS DE PREVISÃO A MÉDIO-LONGO PRAZO OS MODELOS METEREOLÓGICOS CONSEGUEM PREVER A MÉDIO-LONGO PRAZO? E OS MODELOS CLIMÁTICOS? AL GORE E A MENTIRA INCONVENIENTE…Quem são os seus discípulos em Portugal?...
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PROTOCOLO DE MONTREAL
para acabar com a destruição da camada de Ozono, suprimindo o CFC’s Tinha tecnologia e objectivos claramente definidos PROTOCOLO DE QUIOTO As mudanças têm que ser feitas ao ritmo compatível com a capacidade da sociedade se adaptar e da tecnologia e dos mercados se desenvolverem
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FOGOS FLORESTAIS
Biomassa e não as eólicas é que pode contribuir para a limpeza das matas…
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Os grandes países em
desenvolvimento, como a China, a India e o Brasil, são insensíveis à insistência em apontar o dedo às alterações climáticas… A Europa comporta-se como um fidalgo falido que ainda se julga o absoluto detentor da verdade… E julga que prega moral aos outros…
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Relatório STERN não teve revisão cientifica POLITICA ENERGÉTICA (M.Pinho) Baseada na leitura incompetente dum relatório manipulado… MANUEL PINHO E O RELATÓRIO STERN… EDP – Curto-prazo só visão financeira e de marketingGALP – médio-longo prazo Engenharia + gestão!