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INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA EM HUMANOS: MAGNITUDE NAS REGIÕES BRASILEIRAS NO DECÊNIO

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Academic year: 2021

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SILVA, Aline Pereira da Costa1; FANELI, Carlos Murilo Miatelo1; MANIERO, Diego1; RIBEIRO, Jayne Neves1; CARVALHO, Stephânia Eunilia Botelho de1; MATOS, Rafael Rodrigues2;GRASSI, Liliane Trivellato3

Resumo: Os medicamentos são de suma importância para a saúde, sendo associado às

finalidades profiláticas, curativas, paliativas ou de diagnóstico. O aumento de consumo irresponsável de medicamentos tem correlação direta com o crescimento dos problemas relacionados à medicação, assim como as intoxicações medicamentosas. As maiores causas das intoxicações medicamentosas decorrem de tentativas de suicídio, acidentes e erros terapêuticos, erros de dosagens, troca de medicamento e repetição de doses em intervalo de tempo muito curto. Objetivo: verificar a tendência e sazonalidade das intoxicações medicamentosas no Brasil e regiões (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) no período de 2008 à 2017. Método: Estudo ecológico da taxa de incidência de intoxicações medicamentosas nas regiões brasileiras no período de 2008 à 2017. Os dados de intoxicação são os disponíveis no SINAN e os de população fornecidos pelo IBGE. A análise estatística foi realizada por meio do programa estatístico R, calculando-se a taxa de incidência por 100.000 habitantes e a distribuição das intoxicações em relação às regiões. A tendência foi avaliada pelo método de Prais Winsten e sazonalidade através do modelo de Poisson.

Resultado: foram notificados no período 779.180 casos de intoxicação medicamentosa no Brasil. A região sudeste concentrou a maioria dos casos com 48%, seguida pela região Nordeste (23%), Sul (18%), Centro-Oeste (8%) e Norte (3%). No Brasil o número de intoxicações expandiu de 33.497 em 2008 para 108.455 em 2017, quanto à taxa de incidência, em 2008 verificou-se 17,66 intoxicações por 100.000 habitantes e em 2017 observou-se 52,22 por 100.000 habitantes. Os meses de setembro, outubro e novembro foram os meses com maior sazonalidade e com índice de maior tendência ficou a região Norte. Conclusão: A taxa de incidência anual aumentou durante todo o período analisado para o país como um todo. Os meses com maior índice de intoxicação medicamentosa foi no trimestre de setembro, outubro e novembro e a região com maior tendência foi à região Norte.

Palavras-chave: intoxicação medicamentosa; epidemiologia, incidência.

Abstract: The drugs are of sum importance to health, when associated with prophylatics,

curative, palliative or diagnostic purposes. The irresponsible rise of medicine has been expanding the problems related of medication as well as the drug intoxication. The largest

1Acadêmica do curso de Farmácia da Faculdade do Pantanal – FAPAN. Contato: alinepc18@hotmail.com 1Acadêmico do curso de Farmácia da Faculdade do Pantanal – FAPAN. Contato: murillofaneli@hotmail.com.br 1Acadêmico do curso de Farmácia da Faculdade do Pantanal – FAPAN. Contato: manierodiego95@gmail.com 1Acadêmico do curso de Farmácia da Faculdade do Pantanal – FAPAN. Contato: jayne2ribe@gmail.com

1Acadêmico do curso de Farmácia da Faculdade do Pantanal FAPAN. Contato:

sthephania_botelho25@homail.com

2 Orientador. Farmacêutico Bioquímico pela Universidade de Cuiabá – UNIC. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Mato Grosso/Cáceres – UNEMAT (2018). Contato: matosrafael@outlook.com. 3Co-orientadora. Farmacêutica Bioquímica pela Universidade de Cuiabá – UNIC. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí/SC - UNIVALI (2011). Contato: lilianegrassi@hotmail.com.

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causes of drug intoxication derive from suicide attempt, accident and therapeutic mistakes, dosage mistake, change of drug and repetition of doses in time interval too short. Objective: to check the tendency and seasonality of drug intoxications in Brazil and regions (North, Northeast, South, Southeast and Center West) in the period from 2008 to 2017. Method: Ecologic Study of the incidence rate of the drugs intoxication in the Brazilian Regions in the period from 2008 to 2017. The intoxication data are available at SINAN and the population data provided by IBGE. The statistical analysis had made by the statistical program R, calculating the incidence rate per 100.000 inhabitants and the distribution of intoxication in relation to the regions. The tendency was evaluated by the method of Prais Winsten and seasonality through the model of Poisson. Result: It was notified in that period 779.180 drug intoxication cases in Brazil. In the southeast reagion was concrentrated the majority of cases with 48%, in a row northeast region (23%), south (18%), center west (8%) and north (3%). In Brazil, the number of intoxications increased from 33.497 in 2008 to 108.455 in 2017, in relation of the incidence rate, in 2008 it was check 17,66 intoxication per 100.000 inhabitants and in 2017 it was observed 52,22 per 100.000 inhabitants. The months of September, October and November were the months with major seasonality and with greater tendency index stayed with the North Region. Conclusion: The anual incidence rate increased during all the evaluated period in the country. The months with greater index of drugs intoxication were September, October and November. The region with greater tendency was the North Region.

Keywords: drug intoxication; epidemiology, incidence.

1 INTRODUÇÃO

O ser humano desde a pré-história utiliza substâncias químicas de origem animal, vegetal e mineral, com intenção de cura, homicídio ou suicídio estabelecendo assim a fase de descoberta do potencial terapêutico e tóxico de diversas substâncias naturais (OGA; SIQUEIRA, 2003).

A intoxicação por medicamento é um processo patológico decorrente da exposição a um agente tóxico exógeno que irá desequilibrar o sistema fisiológico, e em seguida as alterações bioquímicas no organismo determinarão a apresentação dos sinais e sintomas (FREITAS, 2012).

As intoxicações medicamentosas, na maioria das vezes ocorrem quando utiliza-se doses acima do indicado para o seu uso, seja ela para profilaxia, diagnóstico ou tratamento (MAIOR, 2012).

Com o crescimento da indústria farmacêutica e a variedade de medicamentos disponíveis nas drogarias aumentam-se os casos de intoxicações por medicamentos, devido à ingestão de doses além do indicado, sendo destaque no Brasil. Em outros casos entram as tentativas de suicídios, onde as mulheres são o grupo de maior destaque (TEIXEIRA, 2014). Não se enquadram em suicídio as crianças, pois com a facilidade de acesso aos medicamentos

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acabam por curiosidade fazendo a ingestão, devido algumas características organolépticas como cor e sabor, provocando danos e prejuízos à saúde (FREITAS, et al., 2012).

De acordo com Alcântara et al. (2003), outros fatos que pode colaborar para os casos de intoxicações medicamentosas são: cultura de um indivíduo que segue as orientações de familiares ou até mesmo de alguma rede social, autoconvicção pela propaganda enganosa de certos produtos que tem função terapêutica duvidosa, que as vezes é mais nociva do que benéfica para a saúde do indivíduo.

A intoxicação manifesta-se através de sinais e sintomas que resultam da interação com alguma substância química exógena, ou seja, efeitos danosos produzidos em um organismo vivo. A intoxicação por medicamento é um processo patológico decorrente da exposição a um atuante exógeno que irá desequilibrar o sistema fisiológico, em seguida ocorrem alterações bioquímicas no organismo que irá apresentar os sinais e sintomas (MAIOR et al., 2017).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002 ocorreu cerca de 350 mil mortes devido a intoxicações no mundo. Na maioria das vezes ocorre na própria moradia do intoxicado, sendo que as substâncias relacionadas ao acidente em grande parte estão armazenadas inadequadamente (WERNECK; HASSELMANN, 2009).

No Brasil, como na maioria dos países, o mau uso dos medicamentos preocupa as autoridades e os profissionais de saúde, pois, os medicamentos se apresentam como o principal agente tóxico responsável pelos casos de intoxicações humanas, constituindo, um grande desafio para os que trabalham na Saúde Pública (MORAIS et al., 2008).

Diante disso, no presente estudo, justifica-se que as prevenções de intoxicações medicamentosas devem começar nas escolas, hospitais, unidades básicas de saúde, entre outros locais que aglomeram um grande número de pessoas, principalmente nas escolas, aonde as crianças vêm desde cedo sendo prevenidas. Baseado na evidência de que os medicamentos são a principal causa de intoxicação exógena em humanos, faz-se necessário esclarecer a evolução temporal deste fenômeno, averiguando se há aumento da incidência, bem como observar o comportamento ao longo do tempo.

Objetivou-se com este estudo verificar a tendência e sazonalidade das intoxicações medicamentosas no Brasil e regiões (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) no período de 2008 à 2017.

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2 METODOLOGIA

Estudo ecológico com utilização de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2008 à 2017 sobre intoxicações por medicamentos. Para a agregação populacional dos municípios por regiões utilizou-se a classificação disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A tendência foi calculada a partir da taxa de incidência por 100.000 habitantes para cada região utilizando o método Prais-Winsten, no programa R. Os resultados são expressos em Annual Percent Change (APC), de forma que representa a percentagem de mudança anual do evento no período. Para o cálculo do APC utilizou-se a seguinte fórmula: APC= -1+10 [b1] *100% (ARAÚJO et al., 2017).

Na análise de tendência temporal, utilizou os procedimentos de regressão linear generalizada de Prais-Winsten, que considera a autocorrelação serial. Para isso, estimou-se a variação percentual e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Os valores de p foram obtidos pelo teste. Foi adotado o nível de significância estatística de 5% Para o intervalo de confiança, temos a seguinte fórmula: 00%;

[-1+10bmáximo]* 100% (ARAÚJO et al., 2017).

Para o cálculo de sazonalidade utilizou-se modelos de regressão de Poisson para taxas do número de casos notificados nos municípios que compõem a região, utilizados como proxy da incidência, aplicado ao offset do logaritmo da população, tendo junho como o mês de referência, por meio do programa R.

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REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Mecanismo da intoxicação

A intoxicação exógena pode ser definida como a consequência clínica e bioquímica da exposição à substâncias químicas encontradas no ambiente ou isoladas, conforme o autor a seguir:

Intoxicação é a manifestação, através de sinais e sintomas, dos efeitos nocivos produzidos em um organismo vivo como resultado da sua interação com substância exógena de potencial tóxico (ZAMBOLIM; OLIVEIRA; HOFFMANN; VILELA; NEVES, 2008, p. 120).

De acordo com a lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, os medicamentos são ferramentas essenciais utilizados, em todo o mundo, em função dos benefícios que

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proporcionam como por exemplo: melhora da qualidade e expectativa de vida dos indivíduos. E são definidos como produtos farmacêuticos, tecnicamente obtidos ou elaborados, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Porém devido à facilidade de acesso atual, a ingestão e consumo de medicamentos acabam consequentemente perdendo esses benefícios principais e acarretando malefícios a saúde da população, atingindo diversas idades e classes sociais.

Na história existem grandes casos de intoxicações, dois exemplos significativos são: nos Estados Unidos em 1937, em que mais de 100 crianças morreram pelo uso de um elixir de sulfanilamida que continha como veículo, o dietilenoglicol, solvente cuja toxicidade foi responsável pela intoxicação fatal, o outro acidente marcante ocorreu na Alemanha Oriental em 1961, pelo uso da Talidomida, um medicamento sedativo e hipnótico não barbitúrico, prescrito na época para tratar náuseas e vômitos em mulheres grávidas, o resultado foi mais de 10.000 crianças afetadas na época com focomelia (anomalia congênita que impede a formação normal de braços e pernas) (OGA; SIQUEIRA, 2003).

O estudo da intoxicação no organismo fica dividido entre a toxicocinética e toxicodinâmica. A primeira estuda a relação entre a quantidade de um agente tóxico que atua sobre o organismo e a concentração dele no plasma, é constituída pela absorção, distribuição, biotransformação e excreção (CAMASSÃO, 2014).

A segunda fase toxicodinâmica, envolve a resposta biológica resultante da chegada do agente aos sítios de ação e sua interação para produzir efeito (RAND & PETROCELLI et al., 1985).

3.2 Sistema de informação/ notificação de intoxicação

O Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN) tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar informações geradas frequentemente pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das três esferas de governo (Governo Federal, Estadual e Municipal), sendo intermediado através de uma rede informatizada, para apoiar o processo de investigação e dar contribuições à análise das informações de vigilância epidemiológica das doenças de notificação compulsória (BRASIL, 2007).

A notificação das intoxicações exógenas pelo SINAN deu-se início em 1997, quando a Portaria nº 168 inseriu a intoxicação por agrotóxicos na Lista Nacional das Doenças de Notificação Compulsória. Durante esse período, o sistema era vinculado à Divisão de Meio Ambiente e Ecologia Humana. Em seguida, foram promulgadas as Portarias nº 2.325/2003 e

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33/2005, porém estas não mantinham as intoxicações por agrotóxicos nesta lista (ASSIS et al., 2012).

A utilização desta ferramenta (SINAN) permite que seja realizado um diagnóstico competente das notificações ocorridas na população em determinado período de tempo, esta ferramenta ajuda principalmente nas pesquisas, projetos e trabalhos para desenvolverem quais foram os problemas que chegaram naquele motivo, o porquê dos índices aumentarem, quais foram a novas técnicas utilizadas para melhoria, continua piorando, enfim, são dados disponíveis que faz qualificação de inúmeras áreas e apontando quais e local esta substância se agrava mais (BRASIL, 2016).

3.3 Principais causadores de intoxicações exógenas

Apesar da deficiência de dados estatísticos, é possível admitir que, no Brasil, a intoxicação constitui importante problema de saúde pública, particularmente na faixa etária pediátrica. As intoxicações, principalmente as não intencionais constituem uma das principais causas de atendimento de emergência pediátrica. A intoxicação infantil está relacionada à via de exposição oral e ao consumo de medicamentos não intencionalmente, e isso ocorre na própria residência do indivíduo. Outro dado importante é que esse tipo de intoxicação é mais comum em famílias com o número superior a 3 crianças e em pais com baixo nível educacional e também de baixa renda. A intoxicação em adultos está relacionada principalmente as tentativas de suicídio (SCHVARTSMAN & SCHVARTSMAN, 1999).

Para ter uma divisão mais didática foram relacionados apenas os principais causadores da intoxicação. Como por exemplo: Intoxicação Alimentar; Intoxicação por pesticidas agrícolas; Medicamentos depressores do Sistema Nervoso Central e Raticidas.

Intoxicação alimentar: A intoxicação alimentar pode ser definida como o resultado da ingestão de alimentos contaminados por microrganismos patogênicos, toxinas microbianas e substâncias químicas. A maioria dos casos das intoxicações é proveniente de etiologia bacteriana (ALMEIDA, et al., 2008).

Pesticidas agrícolas: São compostos químicos amplamente utilizados em agropecuária como inseticidas, no controle de pragas em plantações e de parasitas em animais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998). Os organofosforados e carbamatos são os mais conhecidos, ambos compostos são tóxicos para o ser humano e apresentam mecanismo de ação comum, baseado na inibição da acetilcolinesterase, causando um acúmulo de acetilcolina nas sinapses nervosas (ESCAMÉZ et al., 1998). Os piretróides possuem ação neurotóxica,

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atuam na transmissão do impulso nervoso. Esse modo de ação é semelhante ao mecanismo de ação dos organoclorados, isto é, são neurotóxicos atuando na transmissão axônica, interferindo no fluxo normal dos íons sódio envolvido na transmissão do impulso nervoso (SODERLUND, 2002).

Medicamentos depressores do SNC: Nesse grupo encontram-se os Benzodiazepínicos, Barbitúricos, Antidepressivos e Neurolépticos. Os benzodiazepínicos são sedativos, hipnóticos e ansiolíticos, atuam aumentando a neurotransmissão inibitória GABAérgica no Sistema Nervoso Central, através do aumento do número de canais abertos de cloro. Os barbitúricos são anticonvulsionantes, atuam, prolongando o período de abertura dos canais de cloro, associado aos receptores GABA (OLIVEIRA; MENEZES, 2003). Os antidepressivos são subdivididos em dois grupos: os de primeira geração e os de segunda geração. Os primeiros atuam inibindo a recaptação de noradrenalina e serotonina, e os de segunda geração atuam inibindo apenas a recaptação de serotonina. Os neurolépticos atuam inibindo os receptores dopaminérgicos, colinérgicos, alfa1, alfa2, adrenérgicos, histaminérgicos e serotoninérgicos (OLIVEIRA; MENEZES, 2003).

Raticidas: Destaca-se os raticidas (chumbinho) nas intoxicações por acidente e nas tentativas de autoextermínio (RODRIGUES, 2009). O Aldicarb, conhecido por chumbinho, é utilizado como raticida de forma irregular, trata-se de um agrotóxico que deveria ser de uso exclusivo da lavoura (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

3.1 Epidemiologia das intoxicações medicamentosas

A epidemiologia pode ser definida como, ciência que estuda o processo saúde-doença na coletividade humana, analisando a distribuição e fatores determinantes de enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle e erradicação das doenças, fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde (ALMEIDA et al., 2015).

Acometendo principalmente as regiões urbanas, isso acontece pelo uso irracional de medicamentos, ou seja, a população acaba fazendo uso por indicação de terceiros ou até mesmo por publicidade sem indicação médica, fazendo ingestão de doses não correspondente ao seu tratamento, outros motivos bem frequentes são as prescrições médicas errôneas, erros na dispensação, eficácia e segurança duvidosas de alguns fármacos e vasta quantidade de farmácias distribuídas por todo país, facilitando absurdamente o acesso à fármacos sem

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prescrição ou informações confiáveis de um profissional que tenha conhecimento sobre o assunto (SOTERIO; SANTOS, 2016).

Apesar da insuficiência de dados estatísticos, é possível admitir que, no Brasil, a intoxicação aguda constitui importante problema de saúde pública, particularmente na faixa etária pediátrica. Medicamentos são os principais agentes responsáveis, seguidos muito de perto pelas intoxicações por animais peçonhentos. Seguem-se, de modo expressivo, as intoxicações por produtos domissanitários, pesticidas e produtos químicos de uso industrial (SCHVARTSMAN & SCHVARTSMAN, 1999, p. 01).

As pessoas mais acometidas com essas intoxicações são as crianças pelo fato da curiosidade e facilidade de acesso aos medicamentos, destacando o ácido acetilsalicílico por possuir um sabor adocicado, levando a uma ingestão descontrolada; seguido das tentativas de suicídio, variando entre adolescentes e adultos, a ingestão excessiva por barbitúricos, benzodiazepínicos, dentre outros, acarretando sintomas desagradáveis que causam alterações no sistema fisiológico, alterando a homeostase do organismo. Outros afetados e não menos importantes são as pessoas que fazem uso sem prescrição, com doses elevadas, sem o mínimo de orientações, acarretando a intoxicação devido à falta de conhecimentos necessários (ALMEIDA et al., 2008).

3.2 Tratamento das intoxicações

Segundo de Schvartsman et al. (1999), é impossível abordar adequadamente todas as intoxicações por medicamentos em um curto espaço de tempo, porém os autores priorizam as intoxicações mais frequentes, sendo por acetona, anfetaminas, anticolinérgicos, barbitúricos, benzoilecgonina, cafeína, canabinóides, cocaína, codeína, deidrocodeína, etanol, fenotiazínicos, heroína, morfina, nicotina, antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores, cloroquina, diquat, disopiramida, estricnina, glicóis, herbicidas fenoxiclorados, isopropanol, metanol, metoclopramida, paracetamol, paraquat, salicilatos e teofilina. É indispensável iniciar o processo do tratamento desintoxicando o organismo afetado.

A descontaminação é a etapa em que se procura diminuir a exposição do organismo ao tóxico, quer reduzindo o tempo e/ou a superfície de exposição, quer reduzindo a quantidade do agente químico em contato com o organismo. A conduta varia de acordo com a via da possível absorção do tóxico. As principais vias de exposição aguda humana são digestiva, respiratória, cutânea e percutânea (SCHVARTSMAN et al., 1999).

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A lavagem gástrica é realizada em quase todos os pacientes intoxicados, onde os mesmos devem ser submetidos à sondagem nasogástrica e lavagem do conteúdo gástrico (OLIVEIRA; MENEZES, 2003). A neutralização do produto tóxico ácido ou básico, de um modo geral, contraindicada, pois, como a maioria das reações de neutralização liberam calor, aumentam os riscos de lesão ou de agravamento de lesões mucosas (SCHVARTSMAN et al., 1999).

Dentre os principais antídotos utilizados, está a acetilcisteína que possui um efeito poupador de glutation, onde previne a formação de metabólitos hepatotóxicos do acetaminofeno. Este medicamento é um dos principais utilizados no tratamento por intoxicação de acetaminofeno. As doses recomendadas são de 140 mg/kg, via oral e após a primeira dose ingerir 70 mg/kg, durante 3 dias (SCHVARTSMAN et al., 1999).

A vitamina K ou fitonadiona restaura o tempo da protrombina e interrompe o sangramento de intoxicação por medicamentos. As doses recomendadas para crianças são de 5-10 mg via oral, repetida várias vezes por dia. Já por via intramuscular é de 1-5mg (SCHVARTSMAN et al., 1999). A Fisostigmina é um agente inibidor da colinesterase indicado no tratamento da intoxicação por atropina e derivados, fenotiazínicos e antidepressivos tricíclicos (SCHVARTSMAN et al., 1999).

3.3 Sazonalidade/ risco relativo

A sazonalidade é um componente da série histórica difícil de ser estimado, pois é necessário compatibilizar a questão conceitual do fenômeno em estudo com a questão estatística. Define-se um fenômeno sazonal como aquele que ocorre regularmente em períodos fixos de tempo (EVERITT BS, 1995).

Se houver uma sazonalidade dita determinística podem ser utilizados modelos de regressão que incorporem funções do tipo seno ou cosseno à variável tempo. Para se descobrir se existe sazonalidade na série de valores e verificar qual o seu ritmo é importante realizar uma análise espectral (DIGLLE, 1992).

O Risco Relativo (RR), é um estudo de visão futura, que visa avaliar a probabilidade de ocorrência de um certo evento. É um estudo utilizado na maioria das vezes em que se trabalha com a taxa de incidência, ou seja, os casos novos, de acordo com as normas, ele varia de 0 à 1 (COUTINHO; CUNHA, 2005).

Quando o risco relativo é igual a 1, não existe associação, ficando como risco relativo de valor nulo. Se o valor for maior que 1, pode-se dizer que este é um valor positivo e ele

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estará aumentando o risco e irá atingir mais a população exposta. Quando o risco relativo for menor que 1, há um fator de proteção, ou seja, o risco estará diminuído entre os expostos (ANGELO et al., 2011).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos na presente pesquisa referem-se aos dados consolidados e divulgados pelo Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2008 à 2017.

Pode-se observar no gráfico 1, o aumento do número de casos por ano durante o decênio de 2008 à 2017 e o aumento da taxa de incidência por 100.000 habitantes. No Brasil o número de intoxicações aumentou de 33.497 em 2008 para 108.455 em 2017, quanto à taxa de incidência, em 2008 verificou-se 17,66 intoxicações por 100.000 habitantes e em 2017 observou-se 52,22 por 100.000 habitantes.

Gráfico 1: Ocorrência e taxa de incidência por 100.000 habitantes de intoxicações medicamentosas ocorridas no Brasil no período de 2008 a 2017.

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A ocorrência de intoxicações medicamentosas no Brasil, entre o período analisado, teve aproximadamente 323,77% a mais de casos de intoxicações entre 2008 e 2017. O elevado índice de ocorrência de intoxicações medicamentosas também é apontado por Mota et al., (2012) que ao analisar dados da mortalidade por intoxicação com medicamentos no Brasil entre 1996-2005 faz inferência quanto aos agravos da saúde pública, os resultados de sua pesquisa apontam que a principal circunstância do óbito por intoxicação com medicamentos é o suicídio, com percentual de 57,2% dos casos. A maioria dos óbitos foi por autointoxicação intencional por anticonvulsivantes, sedativos, antiparkinsonianos e psicotrópicos. As intoxicações medicamentosas no Brasil resultam, entre diversos fatores, os relacionados a uma frágil política de medicamentos no país e ainda, a formação de profissionais de saúde capacitados a orientar a correta utilização e armazenamento de medicamentos, possa reduzir consideravelmente os índices de intoxicações medicamentosas agudas na população em geral (MARGONATO, et al., 2008).

Quanto à taxa de incidência por 100 mil habitantes, a variação foi de 17,66/100 mil habitantes em 2008 para 52,22/100 mil habitantes no ano de 2017 no Brasil. Resultados semelhantes foram encontrados por Santos e Boing (2018) em seu estudo sobre mortalidade e internações hospitalares por intoxicações e reações adversas a medicamentos no Brasil entre 2000 e 2014. Os mesmos autores apontam que a taxa de hospitalizações aumentou em 1,6 vezes, passando de 14,4 hospitalizações/100 mil habitantes em 2000 para 23,8 hospitalizações/100 mil habitantes em 2014.

De acordo com o gráfico 2, foram notificados no período de 2008 à 2017 o valor de 779.180 casos de intoxicação medicamentosa no Brasil. A Região Sul concentrou a maioria dos casos, em seguida a Região Sudeste, depois o Centro Oeste, em seguida o Nordeste,após a Região Norte e ficando o Brasil entre todas as taxas pois ele é o agregado de todas a taxas de incidência nas regiões Brasileiras.

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Gráfico 2: Taxa de incidência das intoxicações medicamentosas no Brasil e regiões no período de 2008 à 2017.

Fonte: Próprio autor

No Brasil o número de intoxicações se elevou de 33.497 em 2008 para 108.455 e 2017, quanto à taxa de incidência, em 2008 verificou-se 17,66 intoxicações por 100.000 habitantes e em 2017 observou-se 52,22 por 100.000 habitantes. As taxas vêm aumentando anualmente em cada região brasileira com o uso abusivo de medicação, tentativas de suicídios, acidentes por embalagem diferentes no caso de crianças, fácil acesso em farmácias e drogarias, entre outros fatores contribuintes.

O uso racional de medicamentos ainda é um fator de pouca importância pelos governos dos países menos desenvolvidos, há ainda muita falta de sistemas de informações para que a saúde possa transparecer para a sociedade as causas prejudiciais como as intoxicações, reações adversas, entre outros. Para solucionar e diminuir a incidência de intoxicação medicamentosa no Brasil tem um longo trajeto a ser percorrido para ter um ótimo desempenho no uso racional de medicamentos e se tornar um país com mais qualidade de vida (BÉRIA et al., 1993).

A região sul é considerada uma das regiões mais desenvolvidas do país, sendo este um fator relativo para que o índice de intoxicação medicamentosa seja mais predominante e baixo na região norte. De acordo com Drummond et al. (2018) grande parte dos indivíduos que não tem condições financeiras para o acesso direto ao uso de medicação em que tenham que pagar por ele, essas pessoas procura um serviço público de saúde na ausência de dinheiro para a

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compra, sendo assim, o acesso à medicamentos sempre está mais associado às condições socioeconômicas e ao uso de serviços.

De acordo com a tabela 1, para as análises estatísticas desta tendência temos para o Norte uma taxa de incremento anual, um Annual Percent Change (APC), uma tendência ascensional de 13,5% ao ano, tendo esta região como a que mais aumentou os casos de intoxicação medicamentosa. O intervalo de confiança sempre nos dá a certeza de se tratar de um evento ascensional porque ele não passa pelos valores negativo e nem pelo 1. O Nordeste ficando em segundo com 11,56% ao ano, Sudeste com 11,93%, Sul com 8,19 e Centro Oeste com 10,84%. O incremento da região Sul não foi maior, porém a taxa de incidência por 100.000 habitantes desta região é a maior.

Corroborando com os resultados encontrados de maiores taxas de incremento anual na região Norte, Liberato et al., (2017) avaliaram os casos de intoxicação exógenas na região Norte e observaram níveis de ocorrência aumentando anualmente as taxas nos anos estudados (2012 a 2015), e um predomínio dos casos no estado do Tocantins, em desproporção aos demais estados da região. Segundo o autor, os dados analisados traduzem a falta de políticas públicas de prevenção primária, como a orientação sobre o manuseio correto de substâncias para fins próprios ou laborais.

Posteriormente, o segundo maior incremento ocorreu na região Sudeste, os dados podem ser explicados pelo fato de que a região é responsável pelo maior número de consumo de medicamentos, representando aproximadamente 50% das farmácias e drogarias oficialmente existentes no país, além de ser a região que mais apresenta Centros de Informações Toxicológicas estruturados, realizando os registros de casos adequadamente e por ser a região que possui maiores populações (NUNES et al., 2017; SILVA et al., 2016).

Tabela 1: Magnitude da tendência das intoxicações medicamentosas no Brasil e regiões.

Região

APC

IC

P-valor

Norte

13,05

9,99 - 16,17

> 0,001

Nordeste

11,56

4,52 - 19,06

0,005

Sudeste

11,93

6,16 - 18,01

>0,001

Sul

8,19

6,68 - 9,72

>0,001

Centro Oeste

10,84

4,42 - 17,65

0,004

Brasil

11,13

6,18 - 16,31

>0,001

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Em observação do gráfico 3, quando fala-se em sazonalidade, o mês de junho, em geral é o mês com menos casos, exceto o Norte. Os meses com maior risco de intoxicação medicamentosa são basicamente setembro, outubro e novembro, sendo estes o trimestre que tem o maior risco de intoxicação medicamentosa no ano, exceto a região Norte.

Gráfico 3: Sazonalidade das intoxicações medicamentosas no Brasil e região no período de

2008 à 2017.

Fonte: próprio autor.

A sazonalidade dos riscos de intoxicação medicamentosa no Brasil também é relatada por outros autores. Vieira et al., (2015), ao estudar as tentativas de suicídio por intoxicações exógenas ocorridas em Barra do Garças, no Estado de Mato Grosso, observaram que os meses com maior número de notificações por autointoxicações intencionais foram os meses de maio (12,8%) e outubro (11%), seguidos por dezembro e agosto, ambos com 10,3% dos casos, meses semelhantes encontrados na pesquisa.

Em discrepância com os resultados encontrados, a proporção dos casos entre os meses avaliados por Germano e Alonzo (2017), outubro foi o mês com menor número de casos de intoxicações medicamentosas (226) e março o de maior número (329) para o município de Itapira – São Paulo.

(15)

5 CONCLUSÃO

A região Sudeste concentra a maior parte dos casos de intoxicações medicamentosas. A taxa de incidência anual aumentou durante todo o período analisado para o Brasil, bem como para todas as regiões, com tendência ascensional em torno de 10% ao ano. O evento analisado mostrou sazonalidade marcante em outubro sendo o mês de maior risco de ocorrência no Brasil e a região com maior tendência foi a região Norte.

(16)

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