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INSERÇÃO DO GOOGLE EARTH NO ENSINO DE GEOGRAFIA

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Academic year: 2021

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INSERÇÃO DO GOOGLE EARTH NO ENSINO DE GEOGRAFIA

Ana Claudia Carvalho Giordani1 Daniel Fagundes Audino2 Roberto Cassol3 RESUMO

O artigo tem como objetivo aludir conteúdos da Geografia que podem ser trabalhados com o auxilio do programa Google Earth. Destaca-se a importância do professor assumir um papel de mediador do processo de ensino e aprendizagem, auxiliando o educando na utilização de novas tecnologias. Como procedimentos metodológicos cita-se a utilização do programa Google Earth, seguido de elencamento de conteúdos da Geografia, a partir de então se realizou a análise dos quais tem beneficio do uso do programa Google Earth. Como resultados enfatiza-se que conteúdos referentes aos aspectos físicos e humanos são favorecidos pelo emprego do referido programa. Deste modo, coloca-se que as políticas educacionais brasileira, em suas diretrizes expõem, a necessidade de novas tecnologias no ensino. Além do mais a nova ordem mundial atribui o processo de aquisição de novas habilidades à educação, a qual é a base fundamental de um processo de desenvolvimento. O processo de melhoria da qualidade do ensino passa, além de outros fatores, pela utilização das tecnologias na educação, adotando novas metodologias de ensino e aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: ensino e aprendizagem, Google Earth, Geografia 1 INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento das novas tecnologias a partir dos lançamentos dos primeiros satélites artificiais o (re) conhecimento do planeta Terra merece novas abordagens. As imagens de satélite, o principal produto do sensoriamento remoto, estão sendo cada vez mais aplicadas em diferentes áreas, como engenharia florestal, agromonia, transações imobiliárias, entre outras, especialmente como ferramenta para o planejamento ambiental, implicações sócio-econômicas atividades ligadas a geografia. São demandados profissionais, com aptidão para utilizar as

1 Autora e graduanda do curso de Geografia da UFSM 2 Co-autor e graduando do curso de Geografia da UFSM

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imagens de satélite através de qualificada interpretação das mesmas. Assim a escola incorpora a missão e introduzir novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem.

Neste sentido, Santos (1999) coloca que é na escola que encontramos o espaço adequado para introduzir e processar novas informações transformando-as em conhecimento e através desse processo formar cidadãos preparados para desenvolver sua função social de forma consciente e construtiva.

Em nível das políticas educacionais brasileiras destaca-se que a nova lei de diretrizes e bases da educação (9394/96) expõe a necessidade da educação escolar trabalhar com conteúdos e recursos que qualifiquem o cidadão para viver na sociedade moderna tecnológica. Além disso, os parâmetros curriculares nacionais (PCNs) preconizam para o ensino médio a importância do trabalho com o conhecimento cientifico e tecnológico neste nível de ensino.

Insere-se neste contexto o Google Earth, o qual é, segundo a Wikipédia 2006, um programa desenvolvido e distribuído pelo Google cuja função é apresentar um modelo tridimensional do globo terrestre, construído a partir de fotografias de satélite obtidas em fontes diversas. A utilização deste programa como recurso didático em sala de aula tem o intuito de estimular o senso crítico dos alunos bem como seu raciocínio.

Neste sentido, o objetivo é não ser um substituto de aulas, mas sim um recurso que se integrará no desenvolvimento curricular das escolas, com uma orientação pedagógica voltada para a possibilidade dos professores se tornarem mediadores do processo de ensino e aprendizado e também possibilitar aos alunos uma postura de aprendizes pensadores, investigadores e solucionadores de problemas, diante dos conteúdos apresentados Diante do exposto o artigo tem como objetivo sugerir utilizações para o programa Google Earth no processo de ensino aprendizagem da Geografia, contribuindo desta forma com os sujeitos da edcação no âmbito de inserir novas tecnologas na escola.

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

A nova ordem social atribui o processo de aquisição de novas habilidades à educação, o que está levando à escola e a universidade, mais precisamente ao professor, uma tarefa muito importante a de contribuir na formação desses sujeitos que inevitavelmente enfrentarão na prática, as exigências desses paradigmas.

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A educação é a base fundamental de um processo de desenvolvimento. O processo de melhoria da qualidade do ensino passa, além de outros fatores, pela utilização das tecnologias na educação, adotando novas metodologias de ensino e aprendizagem. Um dos pontos fundamentais em qualquer iniciativa que contemple a introdução de tecnologias na educação é a integração destas à prática pedagógica. Isto requer um conhecimento dessas tecnologias e de suas potencialidades como instrumento didático, além de tê-las disponíveis para sua utilização.

Resgata-se o valor o valor do professor, não como aquele que se preocupa com a simples transmissão do conteúdo, mas como um mediador dos processos de aprendizagem, cuja atuação será pautada pelo trabalho de estimular o aluno a ter consciência de seu próprio ato de pensar e a reconhecer a forma como aprende. (Carvalho et al, 2004),

Para Feuerstein (1994), o processo de aprendizagem mediado por um educador está no cerne de toda a questão que envolve o desenvolvimento da inteligência, “o mais importante é a figura do mediador, aquele que intervirá, que induzirá a análise, a dedução e a percepção. O educador é peça-chave. Ele transmitirá valores, motivações e estratégias. Ajudará a interpretar a vida. Nós, educadores, estamos mais em jogo do que as crianças e os jovens. Se não formos capazes de ensinar, será impossível aprender”.

Dessa forma, se considera que a ação do professor deve ser a de um mediador, se preocupando em cotidianamente produzir conflitos cognitivos em seus alunos, incentivando a capacidade de pensar, de analisar quaisquer conteúdos, através do raciocínio lógico, da análise, da comparação (Gomes, 2002). O professor, ao analisar os materiais de que dispõe, em espacial o Google Earth descobrindo as exigências que estes fazem ao pensamento, pode, a partir daí conduzir, estrategicamente, o processo de aprendizagem mediada, cuja principal característica é a de se realizar por meio de um intenso diálogo intencional, orientado para os processos de raciocínio, para os processos implicados no “aprender a pensar” ou para o “aprender a aprender”. Dessa forma o professor se preocupa em encaminhar perguntas que acentuem o processo de aprendizagem e não o seu produto.

Nessa abordagem, a utilização do programa Google Earth não deve se dar de forma passiva pelo aluno, o que significaria uma exposição direta ao estímulo; ao contrário, o que se propõe é que haja uma intensa atuação do professor, a partir da prévia identificação programa das formas de melhorar o aparato cognitivo do aluno, em uma contribuição para uma escola que interaja com a sociedade e com a contemporaneidade que seus alunos vivem.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os procedimentos metodológicos combinaram:

Utilização do programa Google Earth a fim de verificar suas possibilidades enquanto recurso didático para o processo de ensino e aprendizagem da Geografia. Desta forma, duas concepções foram estabelecidas:

entendimento de ensino e aprendizagem com tecnologias apropriadas em matéria e comunicações;

uma proposta que compreende o estabelecimento de metodologias para o aprendizado, que norteiam as atividades pedagógicas e de aprendizado.

Além disto elencaram-se conteúdos da Geografia a partir dos quais chego ao resultado de sugestões para a utilização do Google Earth no ensino e aprendizado da Geografia.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Como o artigo visa sugerir conteúdos que podem ser trabalhados com o programa Google Earth, com a mediação do professor, preferiu-se expor os resultados na forma de lista para promover a busca de conteúdos que o professor pode utilizar o recurso em questão:

Aspectos físicos Aspectos humanos

Localização Conurbação

Escala cartográfica Escala geográfica

Relevo Distinção entre zona rural e urbana

Vegetação Limites e fronteiras

Hidrografia Impactos que a monocultura pode causar ao solo

Topográfica Demográfica

Evolução da cartografia os alunos poderão comparar mapas antigos com as atuais imagens do Google Earth

Impactos ambientais

Desmatamento Monumentos e lugares históricos e culturais

Quadro 1: Quadro de sugestões para a aplicação do Google Earth no ensino da Geografia Fonte: Pesquisa de gabinete, 2006

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Através das informações do quadro 1 e além destas, destaca-se as segunites aplicações do Google Earth no ensino da Geografia:

Observar a Terra em três dimensões

Selecionar um lugar especifico aproximar deste a atmosfera em diferentes alturas, menor a altura maior os detalhes.

Observar cidades de distintos países, ir de um país a outro, de um continente a outro, cruzar oceanos, desertos e selvas

Conhecer os nomes dos países, suas cidades principais, população, mares, lagos, rios, vulcões, acidentes geográficos mais importantes

Observar patrimônios culturais, religiosos e históricos. Assim como casas e edifícios Ver em perspectiva a visualização dos territórios

Visualizar meridianos, paralelos e trópicos.

Conhecer as coordenadas de qualquer ponto da Terra Medir distâncias

Destaca-se que as aplicações acima descritas e as do quadro 1 podem ser analisadas nos recortes espaciais local, regional e global. Permitindo, duas abordagens teórico-metodológicas: sintética e analítica. Para Santos (1991) a primeira abordagem caracteriza-se por apresentar o estudo da localidade como ponto de partida, aumentando gradativamente as dimensões espaciais a serem estudadas. Na segunda, o processo é inverso, ou seja, inicia-se com o desconhecido e distante, para depois segui em direção ao lugar de convivência do educando

Diante do exposto elaborou-se a seqüência das imagens do Google Earth, considerou-se o município de Manuel Viana – RS como espaço vivido, a seqüência apresenta a abordagem teórica metodológica analítica, porém se for vista do mundo para Manuel Viana irá abordar sinteticamente o município de Manuel Viana – RS.

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Figura 1: Imagem do município de Manuel Viana Fonte: Google Earth

Org.: Giordani, A. C. 2006

Figura 2: Imagem do município de Manuel Viana no planeta Terra Fonte: Google Earth

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O professor de Geografia deve conseguir trabalhar com novas ferramentas que permitam tratar de informações geográficas indispensáveis no século XXI. As preocupações com a representação espacial remontam aos primórdios da humanidade, que se deslocava à procura de alimentos e “desenhava” seus caminhos, as dimensões sociais, econômica, política e ambiental. De acordo com essas preocupações a evolução da humanidade desenvolveu tecnologias para representar o espaço. Assim, a introdução do conhecimento de dados obtidos por sensoriamento remoto na escola representa outra forma de os alunos perceberem a espacialidade dos fenômenos. Giordani, A. C. 2005.

É importante salientar, entretanto que esta proposta de trabalho é um desafio, uma vez que não pode se limitar a mera transferência de informações, mas refletir e trabalhar suas relações com o tratamento dos conteúdos curriculares, visando a construção de conhecimento por professos e alunos. Gutierrez (1979) diz que o mero fato de interpretar ou apropriar-se de um saber não é suficiente para que, com propriedade de termos, possamos falar de aprendizagem autêntica. Somente pode-se chamar de autêntico conhecimento que em si e por si mesmo seja produtivo e transformador, o que requer do preceptor que ele o transforme em conhecimento seu e reestruture a sua maneira a informação.

6 REFERÊNCIAS

CARVALHO, V.M.S. Guaycuru de, Cruz, C.B.M. y E.M.F. Rocha, Sensoriamento Remoto e o Ensino da Geografia - Novos Desafios e Metas. IV Jornada de

Educação em Sensoriamento Remoto no Âmbito do Mercosul, São Leopoldo – RS. CD – Rom

FEUERSTEIN, R., (1994). Inteligência se aprende.Revista Istoé, nº 1297, p. 5-7, 10 ago. Entrevista concedida a Gisele Vitória.

GIORDANI, A. C. et. al, A utilização no ensino das composições coloridas falsas cores com as bandas 2, 3 e 4 do sensor CBERS 2 CCD. IV Jornada de Educação em Sensoriamento Remoto no Âmbito do Mercosul, Falda Del Carmen, Córdoba – Argentina. CD – Rom, 2005

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GUTIERREZ, F. Linguagem total: uma pedagogia dos meios de comunicação. São Paulo: Summus, 1979.

GOMES, C.M.A., (2002). Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Porto Alegre, Artmed Editora

SANTOS, M. M. D. O uso do mapa no ensino aprendizagem da Geografia. Geografia Rio CLARO, 16, 1991.

SANTOS, V. M. N. dos Escola, cidadania e novas tecnologias: o sensoriamento remoto no ensino. São Paulo: Paulinas, 2002.

Referências

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