• Nenhum resultado encontrado

INFLUÊNCIA DA GESTAÇÃO E DO PUERPÉRIO SOBRE O QUADRO HEMÁTICO DE BOVINOS DA RAÇA HOLANDESA BRANCA E PRETA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "INFLUÊNCIA DA GESTAÇÃO E DO PUERPÉRIO SOBRE O QUADRO HEMÁTICO DE BOVINOS DA RAÇA HOLANDESA BRANCA E PRETA"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo 14(1) :11-21, 1977

INFLUÊNCIA DA GESTAÇÃO E DO PUERPÉRIO SOBRE O QUADRO

HEMÁTICO DE BOVINOS DA RAÇA HOLANDESA BRANCA E PRETA

José Luiz D ’ANGELINO *

Leonardo Miranda de ARAUJO *** Eduardo H. BIRGEL ***

Wanderley Pereira de ARAUJO * Carlos Eduardo REICHMANN **

RFMV-A/1

D*ANGELINO, J.L.; ARAÚJO, L.M.; BIRGEL, E.H.; ARAÚJO, W.P.; REICHMANN, C.E. Influência

da gestação e do puerpério sobre o quadro hemático de bovinos da raça Holandesa branca e preta. Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 14(1): 11-21, 1977.

RESUMO: A s variações do quadro hemático de bovinos em gestação foram estudadas em 75

novilhas da raça holandesa branca e preta. No final da gestação observou-se um aum ento estatisticamente significante do volume médio de hemdcias (VCM), responsável direto pelo maior valor do hematócrito, no mesmo período. De maneira contrária, por permanecerem inalteradas as taxas de hemoglobina, obser- vouse uma diminuição estatisticamente significante da concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) no final da gestação. A contagem global de leucócitos e os diferentes tipos destas células não sofreram influência estatisticamente significantes da gestação e do puerpério. Os resultados obtidos para o grupo das novilhas vazias, de animais na fase inicial da gestação, entre 4 e 6 meses de gestação, de novilhas na fase final da gestação e vacas durante o puerpério, foram respectivamente:

Hemácias x I (/' mm ’ - 6,01; 5,89; 5,95; 5,95 e 6,39 hemoglobina g% - 9,63; 10,22; 10,24; 9,85 e 9,58 hematócrito % - 27,52; 28,79; 29,05; 31,62 e 28,93

vol. cop. médio H 3 - 46,43; 49,41; 49,17; 53,57 e 44,63 hemoglob. corp. média y y — 16,27; 17,47; 17,28; 16,82 e 15,18 conc. Hemoglob. corp. média % - 34,63; 35,15; 35,20; 31,13 e 33,03 Leucócitos x 10 3 m m 3 - 16,17; 18,45; 16,14; 18,03 e 15,15 % - 21,7; 24,3; 19,1; 18,0 e 24,8 Neutrófilos m nj3 _ 3528,7; 4505,7; 3026,1; 3198,5 e 3616,6 % - 3,9; 3,9; 4,9; 4,9 e 4,1 Eosmófilos m nj3 _ 625 7. 734 5 . 803 9; 925,3 e 605,3 D % - 0; 0,1; 0,2; 0,1 e 0,1 Basófilos m m 3 _ 0_ J 5 3 ; 33 6; 22 l e l9 ? r . f A .. % - 72,4; 67,9; 74,5; 74,9 e 69,1 Linjòcitos m m 3 _ U 6 7 3 6; ]2894,3; 12067,8; 13524,6 e 10650,2 . . x % ~ 2,1; 1,3; 1,3; 2,0 e 1,8 Monócitos mm3 _ 3 5 1 0 . 28I 9; 209 0; 355 3 e 261,5

UNITERMOS: Hematologia *; Prenhez, bovinos *; Puerperio; Quadro hemático.

* * * * * *

Auxiliar de Ensino. Professor Assistente Doutor. Professor Livre-Docente.

Departamento de Patologia e Clínica Médicas da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

(2)

INTRODUÇÃO

A hematologia veterinaria tem apresen­ tado nos últimos anos evidentes e marcantes progressos no sentido de se conhecer os ele­ mentos constituintes do sangue dos animais, como também, procurar elucidar os fatores que causam sua variabilidade, entre os quais, salientam-se as condiçoes ambientais e regio­ nais, o tipo de criação e alimentação, além de variações ligadas ao sexo, à idade e even­ tualm ente à raça. Somente após o estabeleci­ mento da amplitude de variação dos resulta­ dos devido às referidas causas é que se esta­ belece um parâmetro regional normal poden­ do-se assim comparar esses dados, com os resultados em animais acometidos de enfer­ midades.

Apesar de encontrarmos na literatura muitos trabalhos referentes a hematologia clínica veterinaria, o campo é ainda fértil pa­ ra novas pesquisas, pois reportando-nos à bi­ bliografia nacional, n3o se encontram pesqui­ sas sistemáticas sobre as variações do quadro sanguíneo de fêmeas bovinas, nos diferentes períodos da gestação, por este motivo é que resolvemos fazer um estudo do quadro he­ matológico. Assim sendo, a presente pesqui­ sa tem como escopo, de um lado uma contri­ buição à hematologia veterinária e por outro uma orientação ao clínico por estabelecer padrões hematológicos regionais.

Apesar de muitos trabalhos encontra­ dos, verificamos que os autores não realiza­ ram um estudo completo, salientando apenas um ou outro elemento do eritrograma. MORRIS10 (1944), ao estudar o com porta­ mento do numero de hemácias e dos teores de hemoglobina em uma vaca da raça Shorthorn, durante a gestação e parto, cons­ tatou ligeira diminuição dos entrócitos na se­ gunda metade da gestação, sendo esta dimi­ nuição mais evidente 36 horas apo's o parto, havendo normalização destes níveis 15 dias após o evento, salientando ainda que os teo­ res de hemoglobina mantiveram-se sempre constantes durante toda a fase gestacional.

Estudando os efeitos da gestação e da lactação sobre o quadro hemático de vacas primíparas, REYNOLDS13 (1953) consta­ tou um aum ento do volume sanguíneo, em­ bora o hem atócrito permanecesse normal.

Por seu turno, PATTERSON et alii12 (1960) preconizaram que os níveis de hemo­ globina sofrem efeito da gestação e da lacta­ ção; ELECKO5 (1967), também encontrou diminuição do número de hemácias e dos teores de hemoglobina em vacas no final da gestação, durante o parto e no puerpério.

C o n t r a r i a n d o e s te s r e s u lta d o s , CONNER et alli4 (1967), trabalhando cont vacas adultas, evidenciaram não haver altera ções do hem atócrito, salientando porém aum ento considerável do numero de hemá­ cias com o progredir da gestação.

Mais recentemente, LANE ? CAM- PELL9 (1969), em 236 vacas em gestação, notaram ser altam ente significante os efeitos da gestaçao sobre o hem atócrito, pois verifi­ caram o aum ento desse índice, a partir do

6? mês de gestação; resultados estes tam ­

b ém c o n sta ta d o s por VAN SOEST & BLOSSER20 (1954), salientando no entan­ to, haver diminuição paulatina dos valores do hem atócrito no puerpério.

Estudos completos do quadro leucoci- tário foram realizados por diversos autores, d e s ta c a n d o -s e os trabalhos de Moberg (1 9 5 5 ), citado por SCHALM17 (1964), observou que o numero tíe leucócitos au­ menta até o quarto mês de gestação para, a partir daí, diminuir. Salienta ainda este autor um com portam ento irregular dos neutrófilos que sofre no m omento do parto, e diminui­ ção dos linfócitos a partir do 3? mes, bem como» oscilações dos eosinòfilos durante to* do o período da gestação.

Entretanto, contrariando o primeiro, STRAUB et alii19 (1959), encontraram, du­ rante o parto um aum ento considerável do número de leucócitos, neutrófilos, linfócitos e m onócitos e uma diminuição de eosinófi- los, sendo este resultado semelhante aos obtidos, nas condições já salientadas por O T S U K A & N A K A JIM A 11 (1961) e BOSTEDT & BERCHTOLD3 (1968). Em re­ lação aos valores de eosinòfilos, KHAJURIA & RAZDAN8 (1966), constataram que orui- mero desses elementos do quadro leucocitá rio não sofre absolutamente influencia da gestação

CONNER et alii4 (1967), trabalhando com vacas prenhes, observaram diminuição do número de leucócitos e neutrófilos, não

(3)

constatando variações em relação aos linfóci- tos e eosinofilos,

ELECKO5 (1967), estudando o com­ portam ento do quadro leucocitário de vacas, antes, durante o parto e no puerpério verifi­ cou um aumento gradual do número de leu* cócitos e neutrófilos som ente 15 dias após o parto; já os linfócitos e eusinófilos compor- taram-se contrariam ente.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram estudadas 75 amostras sanguí­ neas de bovinos (Bos taurus) fêmeas, da raça holandesa branca e preta, puros de origem, com idades compreendidas entre 15 e 33 me­ ses, não prenhes, em diferentes fases de ges­ tação e no puerperio.

Com o fito de melhor avaliarmos os resultados, procuramos homogeneizar a amos­ tragem, de tal sorte que no presente experi­ mento os animais eram submetidos a iguais condições de manejo e de alimentação Para evitarmos uma possível influência da lacta­ ção sobre o quadro hemático utilizamos apenas animais de primeira cria.

Visando uma melhor distribuição dos efeitos da gestação sobre a crase sanguínea, os animais utilizados na presente pesquisa fo­ ram divididos em 5 grupos, cada um forma­ do por 15 animais, que ficaram assim consti­ tuídos: grupo I — com posto de fêmeas não prenhes, cuja idade variava de 15 a 22 meses; grupo II — constituído por fêmeas na fase inicial da prenhez isto é, com até 3 meses de gestação, subdivididas em 3 lotes de 5 ani­ mais, com aproximadamente 1, 2 e 3 meses de gestação; grupo III — composto por fê­ meas prenhes, cujo período de gestação va­ riava entre 4 e 6 meses, subdivididos em lo­ tes de 5 animais com aproximadamente 4, 5 e 6 meses de gestação; grupo IV — formado por fêmeas no período final da prenhez, ou seja entre 7 e 9 meses, subdivididos em lotes de 5 animais, com aproximadamente, 7, 8 e 9 meses de gestação; grupo V — constituído por fêmeas recém paridas, subdivididas em lotes de 5 animais com aproximadamente 1, 2 e 3 semanas de puerpério.

Antes da coleta, os animais eram submetidos a exame clínico, sendo incluídos

no experimento somente aqueles considera­ dos clinicamente sãos.

Por punção da veia jugular, usando-se agulhas apropriadas, recolhíamos 5 ml de sangue, em frascos contendo 0,05 ml de uma solução aquosa a 10% de ED TA(sal dissódi- co do ácido etileno-diamino tetracético) cor­ respondendo a 5 mg do sal para 5 ml de sa n g u e c o n f o r m e recom enda ROSEN- FELD1 5 (1955).

0 transporte de todo o material a ser analisado foi realizado logo após a coleta, sendo os mesmos acondicionados em recipi­ entes de isopor, mantidos refrigerados, reali- zando.se as provas nas 24 horas que se segui­ ram à coleta.

0 sangue após agitação mecânica du­ rante 2 minutos em aparelho de “ Kahn” , era coletado em pipetas e a seguir diluído a 1/200 em líquido de Gower, procedendo-se então a contagem das hemácias, em hemaci- tôm etro de Neubauer modificado, segundo a técnica usualmente empregada.

A do agem de hemoglobina foi feita sob a forma de cianometahemoglobina, em­ p re g a n d o * o 1'quido de Van Kampen e Z ijls tr a , segundo técnica indicada por KAMPEN & ZIJLSTRA7 (1963). Os resulta­ dos foram obtidos empregando-se uma curva padrão estabelecida a partir de uma amostra sanguínea padronizada, segundo as recomen* dações de BOROVICZENY2 (1963).

0 volume globular foi determinado pe­ lo método de microhematócrito, usando-se os tubos capilares vedados com plastilina e centrifugados a 13.000 r.p.m. durante 5 mi­ nutos, sendo assim submetidas as amostras a uma força real de centrifugação de 11- 000 g, como recomenda BIRGEL (1969).

O volume corpuscular médio (VCM), a

hemoglobina corpuscular média (HCM) e a c o n c e n tra ç ã o hemoglobínica corpuscular média (CHCM), foram calculadas conforme preceitua WINTROBE21 (1962).

0 sangue sofrendo tratam ento idêntico

ao utilizado para a contagem de hemácias, era coletado em pipetas hematimétricas de Thomas, para leucócitos onde, seguindo-se a técnica preconizada fazia-se a contagem dos leucócitos.

As contagens diferenciais de leucócitos foram feitas em esfregaços sanguíneos

(4)

TA B E L A 1 R es u lta do s méd ios J os e le m e n to s q ue c o n st itu e m o e rit o gr am a , o b tid o s de b o v in o s , m e a s da r a ho la n de sa b ra n ca e p re ta , va zia s , e m v ár ia s fa ses d a ge st ão e no pue rpé rio , cr ia d a s no Estado de o P a u lo C ar ac te st ic as est atísticas. G RUP OS I (Vazias)

n

(0 3 m es es d e ge sta çã o) II I (4 m 6 m es es d e gestaç ão) IV (7 9 m ese s de ges ta çã o) V Pu erp éri o m 6 ,0 1 5 ,8 9 5 ,9 5 5 ,9 5 6 ,3 9 H e x s 0 ,7 3 0 ,7 9 0 ,8 3 0 ,8 6 0,9 8 1 0 6 m m 3 s( m ) 0 ,1 9 0 ,2 0 0, 2 1 0,22 0 ,2 5 C .V . % 1 2 ,2 1 13 ,3 4 13 ,8 9 14 ,4 5 1 5 ,3 7 m 9, 6 3 1 0, 2 2 10 ,2 4 9, 8 5 9,58 Hb s 1, 0 6 1 ,1 1 1,25 1, 8 9 1 ,1 0 g % $ (A ) 0 ,2 7 0 ,2 9 0 ,3 2 0 ,4 9 0,2 8 C .V . % 1 1 ,0 1 10 ,9 0 12 ,1 8 19 ,2 2 11,44 m 2 7 ,5 2 2 8 ,7 9 2 9 ,0 5 31 ,6 2 2 8 ,9 3 H t % t 1,94 2,22 3, 44 5 ,8 7 4 ,5 9 s( m ) 0 ,5 0 0 ,5 7 0 ,8 9 1, 52 1, 19 C .V . % 7,04 7,72 11 ,8 3 1 8 ,5 7 1 5 ,8 7 m 4 6 ,4 3 49 ,41 4 9 ,1 7 5 3 ,5 7 4 4 ,6 3 V C M s 6 ,7 1 5,9 3 5 ,2 6 9, 6 9 6,53 M 3 i( m ) 1,73 1 ,5 3 1,36 2 ,5 0 1 ,6 8 C .V . % 1 4 ,4 5 1 2, 0 0 10 ,7 0 18 ,0 8 14,6 2 m 1 6 ,2 7 17 ,4 7 1 7 ,2 8 1 6 ,8 2 15 ,1 8 HCM s 3 ,0 0 1, 97 2 ,0 4 3 ,9 0 2, 2 2 65 s( m ) 0 ,7 8 0 ,5 1 0 ,5 3 1, 01 0 ,5 7 C .V . % 18 ,4 6 11 ,29 11 ,7 9 2 3 ,1 9 1 4 ,6 1 m 3 4 ,6 3 35 ,1 5 3 5 ,2 0 3 1 ,1 3 33 ,0 3 C H C M s 2 ,1 9 3,24 3 ,5 7 5 ,9 9 3,4 3 % s ( m ) 0 ,5 7 0 ,8 4 0 ,9 2 1,55 0, 8 8 C .V . % 6,3 3 9 ,2 1 10 ,1 5 19,23 10,3 7 Con trastes significantes a n ív e l de 5 % H e m a cr ito I x I V V ol,C or p, Médio IV x V Co ne. H e m o td o b . C o ro . M éd ia I x I V

Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 14(1):11-21, 1977.

(5)

Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo 14(1):11-21, 1977. TA BEL A 2 Re su lta d o s m éd io s da c on ta g em total d e le u ci to s e d o s va lo re s ab so lu to s d e n eu tró fil os to ta is , eo sin ó fil o s, ba fi lo s, linfó citos e m onóc itos , obtidos d e b o vi n o s, fêmeas da r a h o la n d es a b ra nc a e p re ta , va zi as , em v ár ia s f a se s da g es ta çã o e n o p u er ér io y cr ia da s n o E st a d o d e S ã o P au lo C a ra ct er ís ti ca s es ta st ic a s. G R U P O S 1 II II I IV V (V a zi a s) (0 ~ 3 m es es (4 6 m es es (7 9 m es es P u er p ér io V A R IA V E IS ^ ^ E st a st ic a s d e g es ta çã o ) d e ge st a çã o ) d e g es ta çã o ) m 16,1 7 1 8 ,4 5 1 6 ,1 4 1 8 ,0 3 15, 15 L euc o s 2, 53 3 ,3 1 2,75 4 ,9 0 4,6 5 x 10 3 m m3 s(m ) 0, 65 0,86 0 ,7 1 1 ,2 6 1,2 0 C .V . % 15 ,62 1 7, 96 1 7, 06 2 7, 17 3 0 ,7 1 m 3.5 28,7 4.505,7 3 .0 2 6 ,1 3.19 8,5 3.6 16 ,6 Neu trófilo s s 1.12 4,7 2.80 1,8 9 4 7 ,3 1.96 5,2 1 .8 1 6, 3 T o ta is s( m ) 29 0,4 7 2 3 ,4 2 44 ,6 507 ,4 469,0 C .V . % 31,87 62 ,18 3 1 ,3 0 6 1, 4 4 50 ,22 m 625,7 7 3 4 ,5 803,9 925 ,3 6 05 ,3 s 520 ,5 554,9 48 6, 5 8 3 7 ,1 426 ,3 E o sin ó fil o s s( m ) 1 3 4 ,4 1 4 3 ,3 1 2 5 ,6 2 1 6 ,1 1 1 0 ,1 C .V . % 83,18 7 5 ,5 5 6 0, 5 2 90,47 7 0 ,4 5 m 0 1 5 ,3 3 3 ,6 2 2 ,1 19 ,7 s 0 5 9 ,4 7 0 ,2 58,4 56,6 B a fil o s t( m ) 6 1 5 ,3 18 ,1 1 5 ,1 1 4 ,6 C. V . % 0 3 87 ,3 0 2 08 ,8 8 26 4,7 7 2 8 7 ,6 1 m 11 .67 3, 6 12 .89 4, 3 12 .06 7, 8 13. 514,6 10. 650.2 s 1.9 69 ,0 3.719 ,9 2.650,8 4.19 8,3 4.0 55,3 Linf óci to s s(m ) 508 ,4 9 60 ,5 . 6 8 4 ,4 1.08 4,0 1 .0 4 7 ,1 C .V . % 16 ,87 28,85 21,97 31,07 38,0 8 m 351 ,0 281,9 20 9, 0 366 ,3 261,5 s 3 28 ,3 265 ,8 15 7 ,1 292 ,2 25 4,5 s(m ) 84,3 6 8 ,6 4 0 ,6 75 ,5 65 ,7 C .V . % 9 3, 52 9 4 ,2 6 7 5, 1 7 79, 79 9 7 ,3 1 C o n tr a st es s ig n if ic a n te s a nív el d e 5 % Linfócitos IV x V 15

(6)

Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 14(1):11-21, 1977. T A B E L A 3 R e su lt a d o s m é d io s d o s valo res re la ti v o s de n e u tr ó fi lo s to ta is , e o si n ó fi lo s, b a fi lo s, li n c it o s e m o n ó c it o s, o b ti d o s de b o v in o s, m e a s da ra ça hol and es a b ra nc a e p re ta , vaz ia s, e m va ria s fa se s d a g es ta çã o e n o p u e rp é ri o t criad as n o E sta d o d e o P aul o C a ra ct er íst ic as e st a sti c a s. 16 G R U P O S I II II I IV V (V a zi a s) (0 -3 m ese s (4 » 6 m e se s ( 7 9 m ese s P u er p ér io V A R I Á V E I S ^ " E st a st ic a s d e ges ta çã o ) d e g es ta çã o ) d e g es ta çã o) m 2 1 ,7 2 4 ,3 1 9 ,1 1 8 ,0 2 4 ,8 N e u tr ó fi lo s s 5,7 13,1 6 ,0 8 ,5 1 1 ,8 T o ta is s( m ) 1 ,5 3 ,4 1 ,5 2 ,2 3 ,0 C .V . % 2 6 ,3 2 5 3 ,6 9 3 1 ,4 4 4 7 ,1 4 4 7 ,5 7 m 3 ,9 3 ,9 4 ,9 4 ,9 4, 1 3 ,3 2 ,6 2 ,6 3 ,8 3 ,0 E o si n ó fi lo s s( m ) 0 ,9 0 ,7 0 ,7 1 ,0 0 ,8 C .V . % 8 3 ,1 9 6 6 ,9 0 5 2 ,7 8 7 7 ,5 5 7 3 ,0 8 m 0 0 ,1 0 ,2 0,1 0 ,1 s 0 0 ,3 0 ,4 0 ,4 0 ,4 B a fi lo s s( m ) 0 0 ,1 0 ,1 0,1 0 ,1 C .V . % 0 3 8 7 ,3 0 2 0 7 ,0 2 2 6 3 ,9 0 2 6 3 ,9 0 m 7 2, 4 6 7 ,9 7 4, 5 7 4 ,9 69 ,1 8 ,4 1 5, 4 7,0 11,1 1 2 ,0 L in c it o s s( m ) 2 ,2 4 ,0 1 ,8 2 ,9 3 ,1 to ta is C .V . % 1 1 ,6 4 2 2 ,7 4 9 ,3 7 1 4 ,8 0 1 7 ,4 0 m 2 ,1 1 ,7 1,3 2 ,0 1 ,8 1 9 1 ,8 1 ,1 1 ,3 1 ,6 M o n ó c it o s s( m ) 0 ,5 0 ,5 0 ,3 0 ,3 0 ,4 C .V . % 9 0 ,4 6 1 0 5 ,5 6 8 3 ,4 5 6 5 ,4 7 8 7 ,0 8

(7)

dos, utilizando-se a técnica preconizada por ROSENFELD14 1 5 (1947). A contagem foi feita sobre 100 células. Calculamos, além dos valores percentuais, os números totais para os diferentes tipos de leucócitos, em função da contagem global.

As verificações da influência da gesta­ ção foram inicialmente testadas pela análise de variância (teste F), seguindo-se o modelo de SNEDECOR18 (1956) e os contrastes en­ tre as médias foram verificados pelo teste T de Student, conforme recomenda GOMES6 (1963).

RESULTADOS

Os valores obtidos para a contagem de hemácias, os teores de hemoglobina, os valo­ res de hematócrito, do VCM, do HCM, do CHCM, bem como para a contagem de leucó­ citos totais e para a contagem diferencial de leucócitos, nas várias fases da gestação e du­ rante o puerpério estão consubstanciados nas tabelas 1, 2 e 3. Além dos resultados médios obtidos para as variáveis estudadas nos dife­ rentes grupos experimentais figuram nestas tabelas as características estatísticas repre­ sentadas por : s (desvio padrão), s(m) (desvio padrão da média), c.v.% (coeficiente de va­ riação de Pearson).

DISCUSSÃO

Ao se fazer uma apreciação dos resul­ tados referidos pelos vários autores consulta­ dos, verifica-se que as conclusões apresenta­ das estão fundamentadas em amostragens in­ suficientes, deficientes ou mal definidas. Em vista disso, no planejamento da presente pes­ quisa, uma série de cuidados foram tomados, para apresentarem-se valores populacionais representativos do quadro hemático de vacas em gestação.

A homogeneidade da amostragem foi conseguida através da padronização da coleta do material, feita à mesma hora, após o exa­ me clínico dos animais, sendo os mesmos só incluídos definitivamente no experimento depois do exame parasitológico das fezes, que os revelasse isentos de endoparasitoses, além de escolhermos animais numa faixa etá­ ria o mais estreita possível, além da vigilância

para que houvesse uma constância quanto à alimentação e manejo durante todo o expe­ rimento.

No pertinente aos valores do número de hemácias, os nossos resultados não mos­ traram significado estatístico. Entretanto não concordam com os de MORRIS10 (1944) e ELECKO5 (1967), que verificaram, no puerpério uma diminuição do número de hemácias, bem como aos de CONNER et alii4 (1967), que observaram uma diferença significante, devido à diminuição do número de hemácias com o decorrer da gestação.

No tocante aos teores de hemoglobina, em gramas por cento., nossos resultados nâío foram estatisticamente significantes, sendo a ssim , s e m e lh a n te s ao s a c h a d o s de PATTERSON et alii12 (1960) e ELECKO5 ( 1 9 6 7 ) e discordantes dos achados de MORRIS10 (1944). Para os valores do hema­ tócrito constatam os um aum ento significan­ te durante todo o período de gestação para no puerpe'rio diminuir de forma acentuada. Nossos resultados concordam com os VAN SOEST & BLOSSER20 (1954) e LANE & CAMPELL9 (1969) que salientaram que o hem atócrito aum enta a partir do 6? mês de gestação e que no puerpe'rio seus valores são menores. Nossos achados discordam dos de REYNOLDS1 3 (1953) que em vacas primí- paras, verificou não haver variações do volu­ me globular durante toda a gestação.

Os resultados obtidos para os índices hematimétricos absolutos, volume corpuscu­ lar médio (VCM) e concentração hemoglobí- nica corpuscular média, revelam que houve influência sistemática e significante dos fato­ res de variação por nós estudados. Tendo em vista, nao encontrarmos na literatura especia­ lizada, alguns resultados que pudessem ser comparados com os nossos, dificultando assim um estudo crítico, nos limitaremos apenas a descrever o com portam ento destes índices, nas condições de experimento por nós utilizadas.

O VCM aumenta com o progredir da

gestação, sendo seu valor no final desta fase significantemente maior do que o observado nas fêmeas vazias. Este aumento explicaria fato similar já descrito para o hem atócrito. No puerpe'rio houve uma diminuição eviden­ te do VCM, tendendo o resultado a se igualar

(8)

ao observado nas novilhas não prenhes. Com­ portam ento diverso apresenta o CHCM pois há diminuição significante de seus valores no final da gestação.

Para o HCM, apesar de nao apresentar significado estatístico observamos que os animais no terço inicial de gestaçtfo apresen­ taram valores maiores do que os observados no puerpério.

Apesar de não apresentarem um estu­ do com pleto e sistemático a influência da gestação sobre o leucograma de fêmeas da espécie bovina foi ressaltada por Moberg ( 1 9 5 5 ) citado por SCHALM17 (1964), STRAUB et alii19 (1959), OTSUKA &

N A K A JIM A 11 ( 1 9 6 1 ) , KHAJURIA &

R A Z D A N 8 ( 1 9 6 6 ) ELECKO5 (1967), CONNER et alii4 (1967) e BOSTEDT & BERCHTOLD3 (1968).

D a mesm a forma que ressaltaram CONNER et alii4 (1967) o número global de leucócitos, no presente experimento, não so­ freram a influência da gestação e do puerpério, pois as diferenças encontradas nos diferentes grupos não foram estatisticamente significan- tes. Os nossos resultados foram semelhantes aos obtidos por STRAUB et alii1 9 (1959) e ELECKO5 (1967), por serem maiores, dis­ cordam dos resultados apresentados por

K H A JU R IA & R A Z D A N 8 (1 9 6 6 ) e

CONNER et alii4 (1967). Convém destacar ainda que os menores valores obtidos para a contagem global de leucócitos foram obtidos no puerpério, dados estes concordantes com os de STRAUB et alii19 (1959V

Para os neutrófilos, no que se refere à contagem relativa, a análise de variância não mostrou diferenças estatisticam ente signifi- cantes entre os 5 grupos estudados. Nossos valores, quando comparados com os dados constantes da literatura, se assemelham aos encontrados por KHAJURIA & RAZDAN8 (1966) e CONNER et alii4 (1967). Por outro lado discordam das de Moberg (1955) citado p o r S C H A L M 1 7 (1964) que verificou aum ento dos neutrófilos até o 6? mês de gestação,, para depois haver uma diminuição para novamente aum entar próximo ao parto, f a to tam bém verificado por ELECKO5 (1967).

Os eosinófilos apresentaram ligeiras oscilações no decorrer de nossas observações,

a análise estatística não revelou significância para os valores absolutos e relativos, nos 5 grupos estudados, fato que tambe'm foi com­ provado por Moberg (1955) citado por SCHALM17 (1964) e CONNER et alii4 (1967). No entanto, STRAUB19 (1959),

O T S U K A & N A K A JIM A 11 ( 1 9 6 1 )

BOSTEDT & BERCHTOLD3 (1968) obser­ varam uma eosinopenia no momento do par­ to, para voltar a níveis normais no puerpério, fato este n3o constatado por nós.

No que se refere aos basófilos, verifica* mos que os autores não se preocuparam em estudar este elemento da série branca, prova­ velmente devido a sua baixa freqüência, de fato obtivemos os seguintes valores médios: para a contagem relativa 0,1% e para a abso­ luta 18,2/m m 3.

Os resultados obtidos para os linfóci- tos também não mostraram diferenças esta* tisticam ente significantes. Concordando com as nossas observações, CONNER et alii4 ( 1 9 6 7 ) n ã o o b s e rv a r a m modificações substanciais, durante a gestação. KHAJURIA & RAZDAN8 (1966) encontraram em novi­ lhas prenhes, valores ligeiramente inferiores aos nossos.

A média dos valores relativos e absolu­ tos de monócitos nao mostrou diferenças significantes entre os grupos estudados, fato esse também comprovado por STRAUB et alii19 (1959), CONNER et alii4 (1967), e ELECKO5 (1967), discordando entretando dos valores obtidos por KHAJURIA & RAZDAN8 (1966).

CONCLUSÕES

O estudo do quadro hemático de fê­

meas jovens, da espécime bovina, da raça ho­ landesa branca e preta, em várias fases de gestação e durante o puerpério/ permitem as seguintes conclusões:

1 — 0 delineamento experimental proposto permite verificar que a gestação influe sobre o volume globular e volume cor­ puscular médio (VCM), havendo au­ mento estatisticamente significante do volume médio das hemácias, responsá­ vel direto pelo maior valor hematócrito no final da gestação. De maneira

(9)

Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 14(1):11-21, 1977. I II II I IV V n o v il h a s v a zi a s n o v il h a s 0 3 m . n o v il h a s 4 6 m . n o v il h a s 7 9 m . a 3 9 s e m . d e g e st a ç ã o d e g e st a ç ã o d e g e st a ç ã o d o p u e rp é ri o H e x 1 0 6 m m 3 6,01 ± 0 ,7 3 5 ,8 9 ± 0 ,7 9 5 ,9 5 ± 0 ,8 3 5 ,9 5 ± 0 ,8 6 6 ,3 9 ± 0 ,9 8 H e m o g lo b in a g% 9 ,6 3 ± 1 ,0 6 1 0 ,2 2 ± 1 ,1 1 1 0 ,2 4 ± 1 ,2 5 9 ,8 5 ± 1 ,8 9 9 ,5 8 ± 1 ,1 0 H e m a c ri to % 2 7 ,5 2 ± 1 ,9 4 2 8 ,7 9 ± 2 ,2 2 2 9 ,0 5 ± 3 ,4 4 3 1 ,6 2 ± 5 ,8 7 2 8 ,9 3 ± 4 ,5 9 V.C.M . H 3 4 6 ,4 3 ± 6,71 4 9 ,4 1 ± 5 ,9 3 4 9 ,1 7 ± 5 ,2 6 5 3 ,5 7 ± 9 ,6 9 4 4 ,6 3 ± 6 ,5 3 H .C.M. 77 1 6 ,2 7 ± 3 ,0 0 1 7 ,4 7 ± 1 ,9 7 1 7 ,2 8 ± 2 ,0 4 1 6 ,8 2 ± 3 ,9 0 1 5 ,1 8 ± 2 ,2 2 C .H.C .M. % 3 4 ,6 3 ± 2 ,9 3 5 ,1 5 ± 3 ,2 4 3 5 ,2 0 ± 3 ,5 7 3 1 ,1 3 ± 5 ,9 9 3 3 ,0 3 ± 3 ,4 3 L e u c ó c it o s x 10 m m 1 6 ,1 7 ± 2 ,5 3 1 8 ,4 5 ± 3,31 1 6 ,1 4 ± 2 ,7 5 1 8 ,0 3 ± 4 ,9 0 1 5 ,1 5 ± 4 ,6 5 N e u tr ó fi lo s 1 m m T o ta is % 3 5 2 8 ,7 ± 1 1 2 4 ,7 2 1 ,7 ± 5 ,7 4 5 0 5 ,7 ± 2 8 0 1 ,8 2 4 ,3 ± 1 3 ,1 3 0 2 6 ,1 ± 9 4 7 ,3 19,1 ± 6 ,0 3 1 9 8 ,5 ± 1 9 6 5 ,2 1 8 ,0 ± 8 ,5 3 6 1 6 ,6 ± 1 8 1 6 ,3 2 4 ,8 ± 1 1 ,8 Im m 3 E o si n ó fi lo s 6 2 5 ,7 + 5 2 0 ,5 3 ,9 ± 3 ,3 7 3 4 ,5 ± 5 5 4 ,9 3 ,9 ± 2 ,6 8 0 3 ,9 ± 4 8 6 ,5 4 ,9 ± 2 ,6 9 2 5 ,3 ± 8 3 7 ,1 4 ,9 ± 3 ,8 6 0 5 ,3 ± 4 2 6 ,3 4, 1 ± 3 ,0 B a fi lo s1 % 0 0 1 5 ,3 ± 5 9 ,4 0,1 ± 0 ,3 3 3 ,6 ± 7 0 ,2 0 ,2 ± 0 ,4 22,1 ± 5 8 ,4 0,1 ± 0 ,4 1 9 ,7 ± 5 6 ,6 0,1 ± 0 ,4 , 3 L in c it o s 1 m m T o ta is % 1 1 6 7 3 ,6 ± 1 9 6 9 ,0 7 2 ,4 ± 8 ,4 1 2 8 9 4 ,3 ± 3 7 1 9 ,9 6 7 ,9 ± 1 5 ,4 1 2 0 6 7 ,8 ± 2 6 5 0 ,8 7 4 ,5 ± 7,0 1 3 5 1 4 ,6 ± 4 1 9 8 ,3 7 4 ,9 ± 1 1 ,1 1 0 6 5 0 ,2 ± 4 0 5 5 ,3 6 9 ,1 ± 1 2 ,0 1 3 M o n óc it o s1 m m % 3 5 1 ,0 ± 3 2 8 ,3 2,1 ± 1 ,9 2 8 1 ,9 ± 2 6 5 ,8 1, 7 ± 1 ,8 2 0 9 ,0 ± 1 5 7 ,1 1 ,3 ± 1 ,1 3 6 6 ,3 ± 2 9 2 ,2 2 ,0 ± 1 ,3 2 6 1 ,5 ± 2 5 4 ,5 1 ,8 ± 1 ,6 19

(10)

trária, por permanecerem inalteradas as taxas de hemoglobina observou-se uma diminuição estatisticamente significan- te da concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) no final da gestação.

2 — 0 número de hemácias e os teores de hemoglobina não sofrem influências es­ tatisticam ente significantes da gestação e do puerpério.

3 — 0 quadro leucocitário não sofre influ­ ências estatisticam ente significantes da gestação e do puerpe'rio.

4 — Os valores dos elementos que consti­ tuem o hemograma para fêmeas bovi­ nas da raça holandesa branca e preta não prenhes, em várias fases da gesta­ ção e no puerpério, expressos em valo» res médios e desvio padrão da média são os seguintes:

RFMV-A/1

D’ANGELINO, J.L.; ARAUJO, L.M.; BIRGEL, E.H.; ARAUJO, W.P.; REICHMANN, C.E. Influence o f pregnancy and puerperium on the blood picture o f white and black Dutch breed bovines. Rev. Fac. Med. vet. Zootec. Univ. S.Paulo, 14(I): 11-21. 1977.

SUMMAR Y: The variances in the blood picture o f bovines in gestation were studied in 75 black and white Dutch breed heifers. At the end o f the gestation period there was observed a significant increase oj the MCV responsible fo r the increase o f the PCV. Because the hemoglobin values were unaltered a significant decrease o f MCHC was noticed at the end o f gestation period. The leucocytes and differential couting showed no variations during gestation period and recent puerperium. The results obtained fo r the group o f em pty heifers, animals in their initial gestation phase, between 4 and 6 months o f gestation, heifers at the end o f their gestation and fo r cows during their puerperium period were respectively as follow : Erythrocytes (millionlcu mm) — 6,01; 5,89; 5,95; 5,95 e 6,39 Hemoglobin (gmlIOOcc) — 9,63; 10,22; 10,24; 9,85 e 9,58 PCV (%) - 27,52; 28,79; 29,05; 31,62 e 28,93 MCV (cu/U ) - 46,43; 49,41; 49) I 7; 53,57 e 44,63 M CH (yygm ) - 16,27; I 7,47; 1 7/28; 16,82 e 15,18 MCHC (%) - 34,63; 35,15; 35,20; 31,13 e 33,03 Leucocytes (thousand/cu mm) — 16,1 7; 18,45; 16,14; 18,03 e 15,15. neutrophil <%) ~ 2 / ’7* 24'3: ” ,U 18,0 e 24,8 (cu m m ) - 3528,7; 4505,7; 3026,1; 3198,5 e 3616,6 eosinophil, (%) , " (cu m m ) - 625.7; 734,5; 803,9; 925,3 e 605,3 basophil, <*> — 0 , 0 1 ; 0,2; 0,1 e 0,1 ( c u m m ) ---- 0; 15,3; 33,6; 22,1 e 19,7 ly m p h o c y te , 4; 6 7,9; 74,5; 74,9 e 69,1 (c u m m ) - 11673,6; 12894,3; 12067,8; 13524,6 e 10650,2 m o n o c y te , " *’] ’ ! ’3’ 2’° e 1’8 (c u m m ) - 351,0; 281,9; 209,0; 366,3 e 261,5

UNITERMS: Puerperium *; Pregnancy, bovine *; Hematology *; Blood picture.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - BIRGEL, E.H. Métodos de diagnóstico

e m h e m a to lo g ia c lí n ic a . In :

BIRGEL, E.H. et alii, ed. Meios e

métodos de diagncfstico em medicina veterinária. São Paulo; 1969. p,9-33. (Multilitado)

2 - BOROVICZENY, G.H.G. Comentos on

the decision to standardize

haemoglo-b in o m e tr y in r e y t r o c y t o m e tr ic m e t h o d s a n d t h e i r s t a n d a r ­

dization. In: CONGRESS OF THE

E U R O P E A N S O C I E T Y O F H A E M A T O L O G Y , 9 . L is b o n ,

1 9 6 3 . P r o c e e n d in g s . Basel,

S.Karger, 1964. p .l 12-18.

3 - BOSTEDT, H. & BERCHTOLD, M.

(11)

od glucose and eosinophile count cow

during and after parturition. Berl.

Munch, tierarztl. Wschr., 81: 243*45, 1968.

4 - CONNER, G.H.; LABELL, J.A.; EYSTER,

J.; WONNACOTT, V. Effects o f

pregnancy and age on hemograms of Holstein friesian in herd w ith no

evidence o f leukemia. Amer. J. vet.

Res., 28:1303-12,1967.

5 - ELECKO, J. Changes in the blood picture

o f cow before, during and after p a r t u r i t i o n . F o lia vet., 11(2): 139-49,1967.

6 - GOMES, F.P. Curso de estatística experi­

mental. 2.ed. Piracicaba, 1963.

7 - K A M PEN , E .J .v a n & Z IJ L S T R A , W.G. Standardization o f haemoglo- b in o m e tr y . In: CONGRESS OF T H E EU R O PEA N SOCIETY OF H A E M A T O L O G Y , 9„ L i s b o n , 1 9 6 3 . P ro c e e n d in g s . B asel, S.Karger, 1964. p.68-72. 8 - K H A J U R I A , R .R . 8. R A Z D A N ,

M.N. Hematological studies in dairy

cattle. II. Leucocytic picture under d i f f e r e n t p h y s i o l o g i c a l

states. Indian vet. J., 43: 886-92,

1966.

9 - LANE, A.G. & CAMPELL, J.R . Rela­

ti o n s h i p o f hematocrit values to selected physiological conditions in

d a ir y cattle. J. Animal S d ., 4:

508-11, 1969.

10 - MORRIS, P.G.D. The blood picture o f a

cow during a normal pregnancy and

p a rtu ritio n . Brit. vet. Sci., 100:

225,1944.

11 - OTSUKA, J. & NAKAJIMA, T. Changes

in circ u la tin g eosinophiles during growth and pregnancy in cattle. Bull. Nat. Inst. agr. Sci., Tokio, 6(20): 263-67, 1961.

12 - P A T E R S O N , T .B .; SH RO D E, R.R.; KUNKEL, H.D.; LEIGHTON, R.E.;

RUPEL, I.W. Variations in certain

blood components o f holstein and Jersey cows and their relationship and

to daily range in nectal tem perature and to milk and butterfat produc­

tion. J. Dairy Sci,, 43: 1263, 1960.

13 - REYNOLDS, M. Measurements o f bovine

p lasm a and blood volume during

pregnancy and lavtation Amer. J.

Physiol., 175:188, 1953.

14 - ROSENFELD, G. Método rápido de colo­

ração de esfregaços de sangue. Noções práticas sobre corantes pancrômicos e

estudo de diversos fatores. Mem.

Inst. Butantan, São Paulo, 20: 315- -29, 1947.

15 - ROSENFELD, G. Corante pancrômico

para hematologia e citologia clínica. Nova combinação dos componentes do May-Grunwald e do Giemsa num só c o r a n t e de e m p re g o r á p i­

do. Mem. Inst. Butantan, São Pau­

lo, 20:329-34,1947.

16 - ROSENFELD, G. Etilenodicmina

tetraçí-tica dissodica (EDTA) como anti- coagulante para técnica hematológi­

ca. Rev. clin. São Paulo, 31: 65-71,

1955.

17 - SCHALM, O.W. Veterinary hematology.

2.ed. Philadelphia, Lea & Febiger, 1964.

18 - S N E D E C O R , G W. Statistical me­

th o d s . 5 .ed , Iowa, Iowa State

College Press, 1956.

19 - STRAUB, O.C.; SCHALM, O.W.; HUGHES,

J .P .; T H E IL E N , G .H . Bovine

hematology, II. Effect o f parturition and retartion o f fetal membranes on

blood morphology. J. Amer. vet.

med. Ass., 135: 6 1 8 ,1 9 5 9 .

20 - VAN SOEST, P.J. & BLOSSER, T.H. A

detailed study o f levels o f certain blood constituints in normally calving dairy cows and in dairy cows with

parturient paresis. J. Dairy S d ., 37:

185, 1954.

21 - WINTROBE, M.M. Clinical hem atolo­

g y . 5 .e d . Philadelphia, Lea &

Febiger, 1962.

Recebido para publicação em 5-5-77 Aprovado para publicação em 3-8-77

Referências

Documentos relacionados

Os resultados deste trabalho mostram que o tempo médio de jejum realizado é superior ao prescrito, sendo aqueles que realizam a operação no período da tarde foram submetidos a

Este trabalho tem como objetivo contribuir para o estudo de espécies de Myrtaceae, com dados de anatomia e desenvolvimento floral, para fins taxonômicos, filogenéticos e

ajuizada pelo Ministério Público Federal em favor de FRANCISCO ELDER PINHEIRO, ERINALDO DE VASCONCELOS SILVA, WILLIAN GOMES DE MIRANDA e JOSÉ ALBERTO DE

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o

Contemplando 6 estágios com índole profissionalizante, assentes num modelo de ensino tutelado, visando a aquisição progressiva de competências e autonomia no que concerne

Crisóstomo (2001) apresenta elementos que devem ser considerados em relação a esta decisão. Ao adquirir soluções externas, usualmente, a equipe da empresa ainda tem um árduo

Ainda nos Estados Unidos, Robinson e colaboradores (2012) reportaram melhoras nas habilidades de locomoção e controle de objeto após um programa de intervenção baseado no clima de