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MANUSEIO, CONTROLE E DESCARTE DE PRODUTOS BIOLÓGICOS. CLAUDIA PINHO HARTLEBEN

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Academic year: 2021

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MANUSEIO, CONTROLE E DESCARTE

DE PRODUTOS BIOLÓGICOS

CLAUDIA PINHO HARTLEBEN (hartlebenclaudia@gmail.com)

(2)

GRUPO DE RISCO 1

Riscos: individual e comunitário baixos

# Microorganismos que têm probabilidade nula ou baixa de provocar doenças para o homem e que não constituem risco para o meio ambiente.

Ex. Lactobacillus

(3)

• Os Lactobacilos constituem um importante grupo de bactérias ácido láticas, estando amplamente difundidos na natureza.

• Muitas espécies têm aplicações na indústria de alimentos sendo utilizadas como culturas iniciadoras em leites fermentados, queijos, soro de leite, entre outros

(4)

GRUPO DE RISCO 2

Riscos: individual moderado e comunitário limitado

# Organismos patogênicos, porém geralmente não apresentam um perigo sério para os indivíduos. Pode provocar infecções graves, porém já se conhecem medidas profiláticas adequadas com risco de propagação limitado ou reduzido.

Ex. Leptospira

(5)

TAMANHO

-0,1 a 0,2 m de diâmetro -6 a 20 m de comprimento • Zoonose

• Agente etiológico: Leptospira sp. • Infecta diversos animais e humanos

• Infecção através de contato direto ou água ou solo contaminado com urina • Doença febril aguda

(6)

GRUPO DE RISCO 3

Riscos: individual alto e comunitário limitado

- Organismos patogênicos que costumam provocar

doenças graves, propagada de um hospedeiro

infectado ao outro. Não existem medidas profiláticas e de tratamento bem estabelecidas.

Ex. Bacillus anthracis, HIV, M.tuberculosis

(7)

Bacillus antracis

LETALIDADE

(ANTHRAZ RESPIRATÓRIO) 86-97% sem tratamento

(8)

BIOTERRORISMO

B. antracis

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 50 kg de esporos, disseminados numa área urbana com 5 milhões de pessoas, provocariam 250 mil casos de infecção com cercade 100 mil mortos”

(9)

Mycobacterium tuberculosis

(10)

• GRUPO DE RISCO 4

Riscos: individual e comunitário elevados

- Agentes infecciosos patogênicos que geralmente causam doenças graves, sendo facilmente transmitidas e na maioria dos casos não se conhece tratamento eficaz e as medidas profiláticas não estão bem estabelecidas.

Ex. Vírus Ébola

(11)

VÍRUS ÉBOLA

• Febre hemorrágica ébola (FHE) é uma doença

infecciosa grave muito rara, freqüentemente fatal, causada pelo vírus ébola.

(12)

ÉBOLA

Até o presente, 4 epidemias de febre hemorrágica produzida pelo Ebola entre seres humanos são conhecidas: as duas primeiras em 1976, no Zaire e no Oeste do Sudão, resultando em mais de 550 casos e 340 mortes, a terceira em 1979 no Sudão foi menor com 34 casos e 22 óbitos e a quarta em 1996 no Zaire.

(13)

• GRUPO DE RISCO 5

Riscos: alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente

- Agentes de doença animal e que embora não sejam patógenos de importância para o homem, podem gerar grandes perdas econômicas e na

produção de alimentos.

Ex. Vírus da Gripe Aviária e Vírus da Febre Aftosa (Gado bovino)

(14)

Gripe aviária causada por uma variedade do vírus Influenza

(H5N1) hospedado por aves, mas que pode infectar diversos

mamíferos.

VÍRUS DA GRIPE AVIÁRIA

"A rapidez é essencial quando se trata de um vírus que vive no ar e tem ação rápida como o influenza. É provável que as autoridades não tenham a menor chance de barrar o avanço de uma pandemia nascente se não conseguirem contê-la em 30 dias."

(15)

Alguns microorganismos que infectam o ser humano, o número (carga infectante) e as vias de entrada,

segundo Hirata e Mancini Filho, 2002

Doença /Agente

infeccioso Carga / Nº de organismos Inoculação Via de

Malária 10 Intravenoso

Sífilis 57 Intradérmico

Febre Tifóide 105 Ingestão

Sarampo 1 Inalação

Poliovírus 2 Ingestão

(16)

NÍVEIS DE

BIOSSEGURANÇA

# Nível de Biossegurança 1 (NB1) # Nível de Biossegurança 2 (NB2) # Nível de Biossegurança 3 (NB3) # Nível de Biossegurança 4 (NB4)

(17)

• Nível de contenção laboratorial que se aplica aos

laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a

classe de risco 1.

• Não é requerida nenhuma característica de desenho estrutural, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de

Boas Práticas Laboratoriais.

(18)

• Lactobacilos

• Microorganismos não patogênicos

(19)

Prática Microbiológica

Padrão

– Reduzir derramamentos e aerossóis

– Descontaminação diária da superfície de trabalho – Descontaminação do lixo

– Manter programa controle de insetos/roedores

(20)

Barreiras Secundárias • Laboratório com porta

• Pias para lavar as mãos

• Superfícies fáceis de limpar • Bancos impermeáveis à água • Mobiliário resistente

• Janelas fechadas e com telas protetoras • Construção normal, sem ventilação

(21)

NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 1 (NB1)

FÁCIL DE LIMPAR E DESCONTAMINAR

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(23)

• Supervisão

– Pesquisador com treinamento geral em microbiologia ou ciências afins

• Pessoal de Laboratório

– Com treinamento específico em procedimentos laboratoriais

(24)

• Diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2.

• Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras

físicas primárias (cabine de segurança biológica e

equipamentos de proteção individual) e secundárias

(desenho estrutural e organização do laboratório).

(25)

• Chlamydia pneumoniae, C. trachomatis

• Escherichia coli e outros coliformes fecais

• Helicobacter pylori

• Staphylococcus aureus • Leptospira

• Treponema pallidum

• Helmintos e protozoários intestinais

• Diversos fungos

• HVA, HVB, HVC, Herpes, Rubéola

(26)

Barreiras Secundárias

• Laboratório com portas trancadas • Pia para lavagem das mãos

• Superfícies de trabalho de fácil manutenção • Bancos impermeáveis e Mobiliário resistente • Cabine de segurança instalada

• Iluminação adequada e lava-olhos disponível • Ar do Laboratório não deve circular em outras

áreas

(27)

• Janelas fixas com tela protetora

• Acesso restrito durante o trabalho • Disponibilidade de autoclave

• Localização separada de área pública • Ventilação bi-direcional

• Construção e estruturas normais

NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 2 (NB2)

(28)
(29)
(30)
(31)

Equipamento de segurança (Barreiras Primárias)

• NB1 MAIS:

• Uso de Cabines de biossegurança (classe II) para trabalhar com agentes infecciosos envolvendo:

– Aerossóis e derramamentos – Grandes volumes

– Altas Concentrações

(32)

Práticas Especiais

• Supervisor

– Cientista especializado, com mais

responsabilidades do que para o BSL-1

• Acesso limitado aos imunocomprometidos • Acesso restrito a não imunizados

• Pessoal de Laboratório

– Deve estar ciente do perigo em potencial – Deve ter habilidade e prática nas técnicas

(33)
(34)

• Indicado para trabalho com agentes infecciosos que possam causar doenças graves, potencialmente letais, como resultado da exposição por via de inalação

(35)

• Destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de organismos da classe de risco 2.

• Para este nível de contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais.

• Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico

sobre procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos.

(36)

• Bacillus anthracis

• Clostridium botulinum

• M. bovis

(todas as cepas, exceto a BCG),

M. tuberculosis

• Fungos: Histoplasma capsulatum

• HIV

(37)

Barreiras Secundárias

• NB1 e NB2, Mais:

– Prédio separado ou em zona isolada – Dupla porta de entrada

– Escoamento do ar interno direcionado – Passagem de ar única

– 10 a 12 trocas de ar/ hora

(38)

Barreiras Secundárias

• Proteger equipamentos geradores de aerossol • Ante-sala do Laboratório, fechada

• Paredes, pisos e tetos resistentes à água e ser de fácil descontaminação

• Todo material de trabalho colocado dentro da capela de segurança

• Tubos de aspiração a vácuo protegidos com desinfetante líquido ou filtro Hepa.

(39)

Barreiras Primárias

• Práticas especiais para NB2 mais:

– Utilização de capela de fluxo laminar Classe II ou III para manipular material infeccioso

– Uso de equipamentos para proteção respiratória (máscaras com pressão de ar negativa e filtro)

(40)
(41)

• Práticas especiais para NB2 mais:

– Trabalhar em capela BS certificada

– Usar equipamento de contenção de bioaerossol

– Descontaminar imediatamente áreas onde ocorreram derrame de material contaminado

(42)
(43)

Práticas Especiais

• Supervisão

– Supervisor:cientista competente/experiente no trabalho com estes agentes que:

• Estabelece critérios para entrada da amostra • Restringe o acesso

• Controla procedimentos e regulamentos • Treina pessoal antecipadamente.

(44)

Práticas Especiais • Pessoal de Laboratório

– Seguir as normas de forma estrita – Demonstrar habilidade

– Receber treinamento apropriado – Relatar acidentes

– Participar da vigilância médica

(45)

• Laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4 e 5.

• Onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas.

• Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho e equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança.

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• Somente Vírus

• Agentes de febres hemorrágicas

• Vírus da aftosa

• Vírus Ébola

• Vírus da Gripe aviária H5N1

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(52)
(53)

Barreiras Secundárias

• Mesmas condutas de Classe 1,2,3 mais: • Prédio separado ou em zona isolada

• Dupla porta de entrada

• Escoamento interno do ar uni direcional • Passagem de ar individual

• Sistemas altamente aperfeiçoados para suprimento, exaustão de ar, formação de vácuo e descontaminação

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Barreiras Secundárias

• Fechar hermeticamente os equipamentos geradores de aerossóis

• Obrigatório utilizar autoclave de dupla porta • Ante-Sala de entrada fechada, com pisos,

paredes e teto vedados de forma a se obter espaço lacrado.

• Abertura e fechamento de portas eletronicamente programado de forma a não permitir aberturas simultâneas.

(55)

Barreiras Secundárias

• Eliminação de líquidos - deve passar por um método de descontaminação aprovado e antes do descarte deve haver a certificação

• Instalação de sistema seguro de comunicação da parte interna com externa do Laboratório • Manter ligados a geradores, os equipamentos

responsáveis pelo insuflamento de ar e abertura de portas.

(56)

Barreiras Primárias

• As já utilizadas nas Classes 1,2e 3 mais:

• Cabine de Segurança II ou III para manipulação de agentes patogênicos

• Utilização de máscara facial com pressão +

• Descontaminação, por produtos químicos ou vapor em temperaturas elevadas, de todo líquido eliminado (até água de banho) e resíduos sólidos

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Práticas Especiais

• Acesso controlado. Pessoal entra na primeira sala. Depois passa a sala onde troca a roupa, sala de banho (necessário só na saída) e por fim o Laboratório.

• Todos os suprimentos laboratoriais saem através autoclave de porta dupla ou câmara de fumigação.

(59)

Práticas Especiais

• SUPERVISOR é cientista competente, treinado e com larga experiência para trabalhos com agentes infecciosos que:

• Fiscaliza critérios rigorosos de acesso restrito • Exige o cumprimento de regulamentos e

procedimentos

• Treina com rigor o pessoal do Laboratório

(60)

Práticas Especiais

• Pessoal de Laboratório:

• Deve seguir rigorosamente as normatizações • Demonstrar eficiência

• Receber treinamento altamente especializado • Relatar todo e qualquer tipo de acidente

• Receber imunizações

• Participar de vigilância médica

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TRANSPORTE DE MATERIAL

BIOLÓGICO

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“Em uma época em que dar as mãos já não é suficiente...unamos os pés pode ser que resulte”

(64)

CTNBio: segurança para saúde

humana, animal, agricultura e meio

ambiente

Exame caso a caso, considerando:

• Estudo do gene inserido;

• Característica reprodutiva da espécie;

• Condições climáticas e ambientais do local de liberação do OGM;

• Possibilidade de transferência do gene;

• Condições experimentais.

(65)

Como atua a CTNBio frente às

instituições que manipulam OGMs?

• Atua com rigor e critério científico no estudo, acompanhamento e vistoria de todos os experimentos;

• Certificados de Qualidade em Biossegurança (CQBs);

• Constituição de Comissões Internas de Biossegurança (CIBios);

• Relatórios Anuais.

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CLAUDIA PINHO HARTLEBEN (hartlebenclaudia@gmail.com)

Referências

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