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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO WILSON MARTINEZ JÚNIOR

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

WILSON MARTINEZ JÚNIOR

ANÁLISE DA DESADAPTAÇÃO MARGINAL VERTICAL EM

COROAS DE CERÂMICAS FELDSPÁTICAS

CONFECCIONADAS ATRAVÉS DO SISTEMA CAD/CAM,

PELA TÉCNICA DIRETA E INDIRETA:

ANÁLISE EM MICROSCOPIA ÓPTICA

BAURU 2016

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WILSON MARTINEZ JÚNIOR

ANÁLISE DA DESADAPTAÇÃO MARGINAL VERTICAL EM

COROAS DE CERÂMICAS FELDSPÁTICAS

CONFECCIONADAS ATRAVÉS DO SISTEMA CAD/CAM,

PELA TÉCNICA DIRETA E INDIRETA:

ANÁLISE EM MICROSCOPIA ÓPTICA

Tese apresentada à Pró-reitoria de pesquisa e Pós-graduação como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em biologia oral, área de concentracão: Implantologia, sob orientação Prof. Dr. Hugo Nary Filho

BAURU 2016

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M385a MARTINEZ JÚNIOR, Wilson

Análise da desadaptação marginal vertical em coroas de cerâmica feldspática confeccionadas através do sistema CAD/CAM pela técnica direta e indireta: análise em microscopia óptica / Wilson Martinez Júnior. – Bauru, SP, 2016.

27 f.: il.

Tese (Doutorado em Biologia Oral) – Universidade Sagrado Coração, 2016.

Orientação: Prof. Dr. Hugo Nary Filho

1. Cerâmica feldspática 2. Sistema CAD/CAM. I. Título. II. Universidade Sagrado Coração.

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WILSON MARTINEZ JÚNIOR

ANÁLISE DA DESADAPTAÇÃO MARGINAL VERTICAL EM COROAS DE CERÂMICA FELDSPÁTICA CONFECCIONADAS ATRAVÉS DO SISTEMA

CAD/CAM PELA TÉCNICA DIRETA E INDIRETA:

ANÁLISE EM MICROSCOPIA ÓPTICA

Tese apresentada à Pró-reitoria de pesquisa e Pós-graduação como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em biologia oral área de concentração: Implantologia sob orientação Prof. Dr. Hugo Nary Filho

Bauru: ____ de __________ de 2016.

BANCA EXAMINADORA:

___________________________________________ Prof. Dr. Hugo Nary Filho

Universidade Sagrado Coração

___________________________________________ Prof. Dr. Thiago Amadei Pegoraro

Universidade Sagrado Coração

___________________________________________ Prof. Dr. Joel Ferreira Santiago Junior

Universidade Sagrado Coração

___________________________________________ Prof. Dr. Francisco Orlando Giraldi Neto

Associação Paulista de Cirurgião Dentista – Guarulhos ____________________________________________

Prof(a). Dr(a) Mariza Akemi Matsumoto Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Unesp

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Dedico esse trabalho a minha mãe, pessoa ímpar, que me ensinou a acreditar em meus sonhos.

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Hugo Nary Filho, meu orientador, por todo o incentivo, paciência e aprendizados, essenciais durante estes anos de doutorado. Foi muito válido tê-lo ao meu lado nesta experiência profissional.

Ao Prof. Dr. Thiago Amadei Pegorado. Foi um grande prazer ter convivido com o senhor durante esses anos. Agradeço muito o carinho, a prestabilidade e todo o ensinamento.

Ao Prof. Dr. Joel Ferreira Santiago Junior. O meu muito obrigado por ter realizado a estatística desta pesquisa. E a Dra. Luciane Solange Arevalo Osorio pela prestabilidade e disponibilidade para realização da MO desse trabalho.

Ao Prof. Dr. Estevam Augusto Bonfante, por contribuir com os seus conhecimentos na elaboração desse trabalho.

À minha esposa Waleska, meus filhos Vinícius, Ariane e Arthur, por terem entendido o motivo de minhas frequentes ausências, durante a realização do Doutorado.

A Deus por permitir a conclusão deste doutorado, me guiar nos meus trajetos de vida e me abençoar.

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RESUMO

O estudo avaliou a desadaptação marginal vertical de coroas totais de cerâmica feldspática fabricadas pelo sistema CAD/CAM CEREC AC, frente a 2 métodos de obtenção dos modelos virtuais, moldagem direta (MD) e moldagem indireta (MI)). A partir da divisão em dois grupos, as coroas foram confeccionadas pela moldagem direta em pilares protéticos personalizados, em metal, previamente confeccionados através de sistema CAD/CAM com jateamento de uma fina camada de dióxido de titânio e réplicas dos mesmos pilares em gesso tipo IV. Foram fresadas 20 coroas de cerâmica feldspática utilizando Cerec Blocks (Sirona dental systems GmbH Bensheim, Alemanha), sendo 10 para cada grupo. Utilizando um microscópio óptico, analisou – se a desadaptação marginal vertical em 6 pontos distribuídos de maneira equidistantes com 3 mensurações para cada ponto, as mensurações foram feitas em uma magnificação (50x) em um software de medições microscópicas (SCapture VERSION 3.7.8, xintu phototonics, tucsen China). Os resultados demonstraram que o grupo de MD (24,06 ± 8,54 µm) e MI (24,85 ± 7,44 µm) não apresentaram diferença significante estatisticamente (p=0,345). Baseados nos resultados, pode-se concluir que, não houve diferenças significativas entre as duas técnicas (MD E MI) em relação a desadaptação marginal vertical (24,06 ± 8,54 µm, 24,85 ± 7,44 µm, respectivamente). O jateamento com dióxido de titânio não interferiu no grau de desadaptação marginal vertical.

(8)

ABSTRACT

This study evaluates the marginal vertical mismatch of feldspathic ceramics manufactured by the CAD/CAM CEREC AC system, with two differences virtual kinds of methods, direct and indirect way. Given the two methods, the crowns were manufactured by the direct way in metallic encasings, laminated by a thin layer of titanium dioxide and plasterboard replicas in the same way in IV kind. Twenty feldspathic ceramics crowns were milled having the Cerec Blocks (Sirona dental systems GmbH Bensheim, Germany), 10 for each group. Using an optical microscope, the marginal vertical mismatch were examined in 6 handed out points in equidistante steps, for each one was given 3 measurement, they were done in a magnification (50x) in a measurement microscope software (SCapture VERSION 3.7.8, xintu phototonics, tucsen China). The results show that the MD direct group (24,06 ± 8,54 µm) and the indirect MI (24,85 ± 7,44 µm) do not have any statistically difference (p≥0.05). According to the results, the difference were not big, direct (MD and MI) and indirect according to the marginal vertical adaptation. The titanium dioxide laminated; do not interfered in the marginal vertical mismatch

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Confecção dos modelos para MI... 14

Figura 2 - Grupo MI, procedimentos de moldagem dos pilares com polyether (Impregnum, 3M, ESPE, Seefeld, Alemanda) ... 14

Figura 3 – Réplicas dos pilares em gesso pedra tipo IV... 15

Figura 4 - A) Aquisição da imagem com Bluecam. B) Modelo virtual…………. 15

Figura 5 - A) Ambiente de trabalho do software CEREC SW 4.2.4, delimitação... 16

Figura 6 - A) Pilares em metal, pulverizados com fina camada de dióxido de titânio... 17

Figura 7 – A) Dispositivo para procedimento de cimentação. B) Aplicação da força padronizada no centro da coroa... 18

Figura 8 - Dispositivo utilizado para determinar os locais de medição... 19

Figura 9 - Medição da desadaptação vertical……… 20

Figura 10- 3 medições para cada ponto estabelecido... 20

Figura 11 -

Análise de desadaptação marginal: métodos direto e indireto. Letras iguais (a, a) indicam que não houve diferença significativa entre os grupos. (p≥0.05) ...

(10)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……….. 10

2 PROPOSIÇÃO……….. 12

3 MATERIAL E MÉTODOS……… 13

3.1 CONFECÇÃO DAS COROAS DO GRUPO DE MI……… 13

3.2 CONFECÇÃO DAS COROAS DO GRUPO DE MD………... 16

3.3 PROCEDIMENTO DE FIXAÇÃO DOS ESPÉCIMES 18 3.4 PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO……….. 18

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA... 20

4 RESULTADOS... 22

4.1 ANÁLISE DO SISTEMA DE CONFECÇÃO DE COROA DIRETO OU INDIRETO... 22

4.2 ANÁLISE DAS COROAS... 22

5 DISCUSSÃO………. 24

6 CONCLUSÃO……… 26

REFERÊNCIAS………. 27

(11)

1 INTRODUÇÃO

Grandes avanços na odontologia restauradora começaram a ser deslumbrados nas décadas de 50 e 60, com a introdução dos sistemas de CAD (computer-aided design) e CAM (computer-aided manufacturing) na indústria. Fato este, que veio a ser concretizado no início dos anos 80 com o surgimento do primeiro sistema comercialmente viável disponibilizado ao cirurgião-dentista (CEREC), desenvolvido por Werner Mormann e Marco Brandestini em 1985. Sistema que após a segunda década do ano 2000, vem ganhando força entre os profissionais e pacientes que buscam no sistema uma maneira mais rápida, de fácil confecção, resistente e que reestabeleça a estética e a função perdida. (KAYATT; NEVES, 2013; NEVES et al, 2014). Contudo, os avanços conseguidos do sistema nas últimas décadas nos quesitos, estéticas dos restauros, resistência e adaptação marginal são pilares para propagação da técnica pelo mundo. Dentre estes quesitos, a adaptação marginal é de suma importância para a longevidade das peças, pois as desadaptações de peças cerâmicas levam a dissolução do agente cimentante, à microinfiltração, à retenção de biofilme e a lesões cariosas adjacentes, o que leva ao insucesso da restauração. Alguns estudos sugerem que uma adaptação de 120µm é aceitável (MCLEAN; VON FRAUNHOFER, 1971) e outros descrevem como 100µm um valor adequado. Ainda outros destacam como 75µm um valor clinicamente aceitável, tendo como meta de 25 a 40 µm, valores estes raramente alcançados.

Fasbinder (2006) procurou avaliar em seu trabalho a eficácia do sistema CEREC, ao longo do tempo, no que se diz respeito a sensibilidade dentinária, adaptação marginal, resistência a fratura e estabilidade de cor, concluiu-se que: sensibilidade pós-operatória tem sido relatada, mas que ao longo prazo não tem significância; baixas taxas de fratura são relatadas; correspondência de cor ao dente natural perfeitamente aceitável, com alterações ao longo do tempo geralmente associados a mudança de cor e translucidez do remanescente dental; a adaptação marginal é boa para as restaurações realizadas no CEREC, apresentando pouca descoloração marginal e cáries secundárias ao longo do tempo. Apresentando taxas de sucesso à longo prazo de 97% para 5 anos e 90 % para 10 anos.

Na perspectiva de Contrepois et al (2013), os níveis de adaptação marginal dos sistemas CAD/CAM, invariavelmente apresentam índices inferiores a 120µm, o que são perfeitamente aceitáveis do ponto de vista clínico, tanto para técnicas de

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dupla camada como de camada única. Conforme descrito por Kim et al (2013), com valores médios para os coopings procera de 72,2 ±7 µm, coroas procera 89,6 ± 9,5 µm e coroas Cerec 3D 94,4 ± 11,6 µm. Todas assentadas em matrizes de metal, com ausências de desgaste e preparação padronizada.

Carneiro (2013) analisou em seu trabalho diferentes métodos de obtenção de modelos virtuais no sistema CAD/CAM CEREC. Quatro Grupos foram definidos; escaneamento da boca, escaneamento do molde, escaneamento do modelo de gesso, escaneamento do modelo de gesso submetido a aplicação do dióxido de titânio. Tomando como base os resultados de seu trabalho em que 71,5%,69,6% e 71,2%, respectivamente, dos trabalhos escaneados na boca, modelo de gesso e modelo de gesso submetido a aplicação de dióxido de titânio estavam no grupo com desadaptação até 75µm eram superiores ao grupo de escaneamento do molde com 49,2% no grupo de até 75µm de desadaptação. Concluindo que os escaneamentos de boca e modelo devem se preteridos em relação aos de molde.

Neves et al (2014) compararam em seu trabalho a adaptação marginal de 2 sistemas CAD/CAM e a técnica de prensagem a calor, para a confecção de coroas de dissilicato de lítio, e obteve resultados significantemente melhores na adaptação marginal vertical para a técnica de prensagem a calor e sistema CEREC com médias de 36,9 ± 13,9 µm e 39,2 ± 8,7 µm, respectivamente, quando comparados ao sistema E4D com médias de 66,9 ± 31,9 µm. Na adaptação horizontal das margens, o grupo do CEREC e da técnica de prensagem a calor produziram menos margens sub e supra estendidas, quando comparados ao E4D.

Em função do exposto, o objetivo de nosso trabalho foi analisar a adaptação marginal vertical em coroas de cerâmica feldspáticas, confeccionadas através da técnica direta e indireta, confeccionadas através do sistema CAD/CAM por meio de análise de microscopia óptica.

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2 PROPOSIÇÃO

A proposta de nosso estudo foi analisar o grau de desadaptação marginal vertical em coroas de cerâmica feldspática, confeccionadas através do sistema CAD/CAM pela técnica direta e indireta na obtenção dos modelos virtuais, por meio da análise em microscopia óptica.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Para a realização deste estudo, foram confeccionadas 20 coroas de cerâmica feldspática através do sistema CAD/CAM Cerec AC (Sirona Dental Systems GmbH Bensheim, Alemanha), sobre intermediários metálicos, simulando preparo de molar inferior, preparados livre de reentrâncias, termino em ombro com ângulos arredondados e as paredes cônicas de 8 graus para a superfície oclusal, previamente usinados. Foram divididos nos seguintes grupos experimentais, de acordo com o método de obtenção do modelo virtual:

Grupo MD (Moldagem direta) e grupo MI (Moldagem indireta). Para o grupo MD, 10 moldagens foram realizadas com o Cerec scanner 3D Bluecam (Sirona dental systems GmbH Bensheim, Alemanha) com os intermediários pulverizados, utilizando uma fina camada de dióxido de titânio, obtendo assim as imagens ópticas Grupo de MI, 10 moldagens foram realizadas com o Cerec Scanner 3D Bluecam (Sirona Dental Systems GmbH Bensheim, Alemanha) de réplicas dos intermediários confeccionadas em gesso pedra classe IV (Snow Rock 3D Scan Stone, DK MUNGYO) obtendo assim, as imagens ópticas sem pulverização de dióxido de titânio.

3.1 CONFECÇÃO DAS COROAS DO GRUPO DE MI

Dez moldagens dos pilares de titânio foram feitas com poliéter (Impregum, 3M ESPE, Seefeld, Alemanha) com o auxílio de moldeiras individuais, confeccionadas de material termoplástico (luxaform, DMG, Hamburgo, Alemanha) (Figura 1 e 2). Em seguida, os moldes foram vazados com gesso pedra tipo IV, (Snow Rock 3D Scan Stone, DK MUNGYO) conforme indicação do fabricante (Figura 1). O mesmo investigador realizou todas as moldagens, e todo o fluxo de trabalho foi realizado no mesmo laboratório.

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Figura 1 – Confecção dos modelos para MI.

Fonte: O autor, 2016.

Figura 2 – Grupo MI, procedimentos de moldagem dos pilares com polyether (Impregnum, 3M, ESPE, Seefeld, Alemanda)

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Figura 3 – Réplicas dos pilares em gesso pedra tipo IV

Fonte: O autor, 2016.

A digitalização dos modelos foi realizada através do Cerec Scanner 3D Bluecam (Sirona Dental Systems GmbH Bensheim, Alemanha), sem jateamento de uma película de dióxido de titânio, procedimento este realizado sempre pelo mesmo operador.

Figura 4 – A) Aquisição da imagem com Bluecam. B) Modelo virtual

Fonte: O autor, 2016.

Todos os projetos das coroas e delimitações do término cervical foram feitos pelo mesmo operador experiente, no software específico Cerec SW 4.2.4 (Sirona Dental Systems GmbH Bensheim, Alemanha). As seguintes configurações das coroas foram aplicadas: espaço de fixação adesiva fixado em 80 µm e espessura de

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margem em 0 µm, conforme especificação do fabricante. O projeto final foi enviado a unidade de fresagem inlab MC XL (Sirona Dental Systems GmbH Bensheim, Alemanha) que foi utilizada para o processamento e usinagem de todas as coroas, utilizando Cerec Blocks (Sirona dental systems GmbH Bensheim, Alemanha) uma mistura de partículas cristalinas feldspáticas incorporadas em uma matriz vítrea (Figura 5). Importante salientar, que apenas um operador experiente obteve todas as coroas e que o scanner e a unidade de usinagem foram calibrados pelo respectivo fabricante, anteriormente a pesquisa.

Figura 5 – A) Ambiente de trabalho do software CEREC SW 4.2.4, delimitação de bordos. B) Vista vestibular do projeto. C) Ajuste da coroa para fresagem. D) Brocas

utilizadas para a usinagem do bloco de cerâmica, cylinder pointed bur 12s e step bur 12s. E) Bloco de cerâmica feldspáticas utilizado (Cerec blocks, sirona dental systems GmbH Bensheim, Alemanha. F) Bloco pronto para a usinagem na fresada inlab MC XL. G) Vista da coroa após usinagem.

Fonte: O autor, 2016.

3.2 CONFECÇÃO DAS COROAS DO GRUPO DE MD

As digitalizações dos 10 espécimes em metal foram realizadas através do Cerec Scanner 3D Bluecam (Sirona Dental Systems GmbH Bensheim, Alemanha), com jateamento de uma película de dióxido de titânio, procedimento este realizado sempre pelo mesmo operador, a uma distância padronizada de 3 cm durante 5s em

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movimentos oscilatórios de vestibular para lingual e mesial para distal, para aquisição das imagens.

Todos os projetos das coroas e delimitações do término cervical foram feitos pelo mesmo operador experiente, no software específico Cerec SW 4.2.4 (Sirona Dental Systems GmbH Bensheim, Alemanha). As seguintes configurações das coroas foram aplicadas: espaço de fixação adesiva fixado em 80 µm e espessura de margem em 0 µm, conforme especificação do fabricante (Figura 6). O projeto final foi enviado a unidade de fresagem inlab MC XL (Sirona Dental Systems GmbH Bensheim, Alemanha) que foi utilizada para o processamento e usinagem de todas as coroas, utilizando Cerec Blocks (Sirona dental systems GmbH Bensheim, Alemanha) uma mistura de partículas cristalinas feldspáticas incorporadas em uma matriz vítrea. Importante salientar, que apenas um operador experiente obteve todas as coroas e que o scanner e a unidade de usinagem foram calibrados pelo respectivo fabricante, anteriormente a pesquisa.

Figura 6 – A) Pilares em metal, pulverizados com fina camada de dióxido de titânio. B) Distância preestabelecida para para a pulverização de 3 cm. C) Aquisição da imagem com a BlueCam. D) Modelo virtual. E) Vista vestibular do projeto.

Fonte: O autor, 2016.

Vale ressaltar que, para a fresagem de cada grupo utilizou-se de um conjunto de brocas novas, sendo estas desprezadas após o termino da fresagem dos grupos. Para a determinação do espaço de fixação adesiva, foram realizados grupos com 0 µm, 30 µm, 70 µm e 80 µm. O valor estabelecido para este trabalho foi de 80 µm,

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pois os demais grupos apresentaram dificuldade de assentamento passivo, nos intermediários em metal, para análise.

3.3 PROCEDIMENTO DE FIXAÇÃO DOS ESPÉCIMES

Cada espécime foi assentado e suavemente pressionado sobre seu respectivo pilar, sem ajuste prévio. No interior de cada espécime foi colocado com o auxílio de uma ponta misturadora especifica um silicone de adição leve (Virtual, Ivoclar Vivadent AG, Schaan/Liechtenstein). Com o objetivo de padronizar a força aplicada sobre as peças cerâmicas, utilizou-se um dispositivo metálico com uma base fixa, onde foi posicionado o pilar e sua respectiva espécime, e outra móvel, em que foi aplicada uma de força de 50N como no trabalho de Beuer et al (2008), direcionado exatamente no centro da coroa de cerâmica, o qual se aguardou o período de presa do material indicado pelo fabricante. (Figura 7).

Figura 7 – A) Dispositivo para procedimento de cimentação. B) Aplicação da força padronizada no centro da coroa.

Fonte: O autor, 2016.

3.4 PROCEDIMENTO DE MEDIÇÃO

Os espécimes foram observados em relação à desadaptação marginal vertical em 18 pontos para cada espécime, os 18 pontos selecionados foram uniformemente divididos em 6 locais, de maneira equidistante, com o auxílio de um dispositivo de assentamento dos espécimes sobre uma rosca e cada lateral da rosca um local para análise foi definido (figura 8): A,B,C,D,E e F conforme trabalho de Balkaya, Cinar,

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Pamuk (2005), marcação em microscopia óptica usando o Stereo microscópio (SZX9, Olympus Japão), com magnificação de 50x, o microscópio é calibrado com um conjunto de câmera digital (Opton, Tucsen China) e software de medições microscópicas (SCapture VERSION 3.7.8, xintu phototonics, Tucsen China) que permite realizar capturas de imagens e medições padronizadas. A mensuração foi realizada sempre pelo mesmo operador calibrado e treinado nas imagens ópticas.

Figura 8- Dispositivo utilizado para determinar dos locais de medição.

Fonte: O autor, 2016.

As medições foram feitas a partir do ponto mais externo na margem do preparo do pilar para a margem da coroa. (CARNEIRO, 2013). (Figura 9). Para cada ponto 3 medições do gap marginal vertical foram realizadas com o software de imagens (SCapture VERSION 3.7.8, xintu phototonics, Tucsen China), e posteriormente estabelecida a média estatística. (Figura 10).

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Figura 9- Medição da desadaptação vertical.

Fonte: Carneiro, 2013.

Figura 10 – 3 medições para cada ponto estabelecido.

Fonte: O autor, 2016.

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados provenientes das mensurações foram organizados em tabela em formato Excel (Microsoft Office Excel, Redmond, WA, Estados Unidos) e submetidos ao software SigmaPlot (SigmaPlot, San Jose, CA, EUA) versão 12.3 e analisados em relação à distribuição normal (teste Shapiro-Wilk e igualdade de variância) e,

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posteriormente, foi adotado o teste de análise de variância a dois critérios (Fatores: Sistema direto ou indireto para obtenção da coroa e Grupo Regiões: A a F). O pós-teste adotado para indicar as diferenças entre grupos foi o pós-teste de Tukey. Adotou-se um nível de significância de 5% para as análiAdotou-ses.

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4 RESULTADOS

4.1 ANÁLISE DO SISTEMA DE CONFECÇÃO DE COROA DIRETO OU INDIRETO

Em uma análise comparativa da desadaptação marginal nos dois diferentes grupos analisados de confecção de coroas (direto ou indireto), foi identificada que não houve diferença significativa na comparação das desadaptações marginais dos grupos (p=0,345), observou-se que os valores mais inferiores para desadaptação foram encontrados para as coroas confeccionadas pelo método direto (média = 24,06 µm), porém, apresentando um valor próximo do método indireto (média = 24,85 µm), conforme pode ser analisado na figura 11.

Figura 11 - Análise de desadaptação marginal: métodos direto e indireto. Letras iguais (a,a) indicam que não houve diferença significativa entre os grupos. (p≥0.05).

Fonte: O autor, 2016.

4.2 ANÁLISE DAS COROAS

Em uma análise comparativa de cada região analisada nos grupos estudados, identificou-se que os maiores valores de desadaptação marginal foram para o grupo de coroas obtidos pelo método indireto, conforme tabela 1. Em uma análise específica do método direto não foi encontrada diferença significativa na

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comparação entre as diferentes regiões analisadas (A, B, C, D, E e F), p≥0.05. A análise comparativa das regiões para o método indireto indicou uma diferença significativa apenas para as regiões D (média: 28,28 µm) comparado com região E (22,02 µm), p<0.05, as demais regiões não indicaram uma diferença significativa quando comparadas entre si, p≥0.05, conforme tabela 1.

Tabela 1 - Análise da média de desadaptação marginal (µm) para os diferentes grupos analisados de coroas.

Grupos/Métodos Região Média de desadaptação marginal

(µm) Desvio Padrão Direto A 24,50533333 8,766168012 B 23,55033333 9,045625532 C 24,20133333 11,55970222 D 26,06166667 8,225669696 E 23,13166667 7,874557057 F 22,95466667 4,636962244 Indireto A 26,21 7,052598445 B 24,91466667 7,648498944 C 25,18 8,358361496 D* 28,28033333 7,878449648 E* 22,029 5,371763565 F 22,54033333 6,718077765 Fonte: O autor, 2016.

(25)

5 DISCUSSÃO

A longevidade das restaurações de cerâmica passa certamente pelo quesito adaptação marginal, visto que, a principal causa de troca de restaurações totais de cerâmica é devido a problemas na interface dente/cerâmica. Restaurações de cerâmica com desadaptação marginal superior a 120 µm tenderão em longo prazo a falhas, com consequente dissolução de agente cimentante, microinfiltração e cáries adjacentes. Em contrapartida, coroas com grau de desadaptação marginal e interno muito baixo em torno de 20 µm são tidos como desfavoráveis do ponto de vista da eficácia do agente de cimentação resinoso, conforme descrito por Molin, Karlsson, Kristiansen (1996), tendem a ser menos resistentes a carga de compressão e tensões de flexão quando comparados com gaps mais espessos com maior área de contato (cimento resinoso/dente/cerâmica), reportando que gaps na ordem de 50 a 100 µm poderão otimizar o desempenho das restaurações cerâmicas.

Outro aspecto bastante discutido na literatura diz respeito ao método utilizado para medição dos desajustes verticais entre a coroa e o preparo. Selecionamos em nossa pesquisa a MO porque, além de apresentar baixo custo, ser de fácil manuseio e não ser destrutivo, ela apresenta precisão na leitura dos dados, como demonstrado por Grotem, Girthoper e Pröbster (1992) que realizaram uma análise comparativa entre a discrepância marginal de coroas utilizando MEV e MO, e observaram que os valores obtidos pelo microscópio óptico foram confirmados pelo MEV. Através de um estudo de revisão sistemática sobre adaptação marginal em coroas de cerâmica, concluíram que o exame de micro-tomografia computadorizada permite uma identificação precisa das distâncias críticas bem como um número suficiente de medições dos gaps marginais, sugerindo a trabalhos futuros sua utilização. (CONTREPOIS et al, 2013).

Na literatura, não parece haver um consenso na quantidade de pontos para a mensuração da discrepância marginal (DM). Em nosso trabalho, adotamos a marcação de 18 pontos de medição conforme descrito no trabalho de Balkaya, Cinar, Pamuk (2005), algo perfeitamente aceitável para trabalhos feitos in vitro. Contrepois et al (2013), Grotem, Girthoper e Pröbste (1992), relataram em seu trabalho a necessidade de 50 pontos de medição de desadaptação marginal. Neves et al (2014) relataram 52 pontos para a análise de desadaptação marginal vertical e Keith

(26)

Variações nos valores de desadaptação marginal de coroas de cerâmica são observadas na literatura para a técnica de camada dupla na confecção de coroas de porcelana com aumentos dos gaps marginais, devido ao grau de contração das massas de porcelana durante a queima conforme descrito na literatura por Lee et al (2008), Contrepois et al (2013) e Balkaya, Cinar, Pamuk (2005). Algo evitado em nosso trabalho, com a utilização de coroas camada única fresadas pelo sistema cad/cam, excluindo essa variável.

O método de obtenção dos modelos virtuais podem apresentar influência nos resultados obtidos no quesito adaptação marginal dos trabalhos realizados com sistemas CAD/CAM, escaneamento em boca, modelo de gesso, modelo de gesso pulverizado com fina camada de dióxido de titânio e escaneamento de moldes foram relatados por Carneiro (2013), com os melhores resultados para os grupos em que os escaneamentos realizados em boca e escaneamento em modelo de gesso e modelo de gesso jateado com dióxido de titânio tinham 71,5%, 69,6% e 71,2%, respectivamente, dos espécimes no grupo com desadaptação marginal inferiores a 75 µm contra 49,2% para o grupo de escaneamento de moldes. Kim et al (2013), compararam a fidelidade na obtenção de modelos trabalho, através das impressões digitais e métodos convencionais por moldagem com silicone e observou diferença significativa entre os grupos, com médias de diferença dimensional entre os grupos de 23,9 ± 17,6 µm para as impressões digitais contra 17,6 ± 45,6 µm para o grupo das moldagens silicone, mas ambas dentro de padrões clínicos aceitáveis. Com obtenção de valores repetidamente mais uniformes para o grupo de impressão digital concluíram que os modelos fabricados pela técnica de impressão digital fornecem precisão suficiente para aplicação clínica.

Dentro do presente estudo, e sabedor das limitações de nosso trabalho, pudemos observar que, o grau de desadaptação marginal não foi influenciado pelo método de obtenção do modelo virtual (Moldagem direta e indireta), com valores para o grupo de MD de 24,06 ± 8,54 µm e no Grupo de MI de 24,85 ± 7,44 µm, de desadaptação marginal vertical, e evidenciando que o fato de realizarmos o escaneamento de superfícies metálicas, e sua necessidade de ser opacificado com fina camada de dióxido de titânio, possa ter compensado o grau de distorção do gesso no grupo de MI, devido à proximidade nos resultados.

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6 CONCLUSÃO

Dentro das limitações do presente estudo em vitro, as seguintes conclusões podem ser tiradas:

 Não houve diferença estatística significante entre as duas técnicas (MD E MI) em relação a desadaptação marginal vertical (24,06 ± 8,54 µm, 24,85 ± 7,44 µm, respectivamente);

 O sistema de CAD/CAM utilizado foi adequado para restaurações totais sobre intermediários metálicos sobre implantes, uma vez que valores baixos de desajuste foram verificados.

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REFERÊNCIAS

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MCLEAN, J. W.; VON FRAUNHOFER, J. A. The estimation of cement film thickness by an in vivo technique. Br. Dent. J., London, v. 131, n. 3, p. 107-111, Aug. 1971.

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Referências

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