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Academic year: 2021

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Português

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Curso Objetivo de Língua Portuguesa –

Pronomes Relativos

Os pronomes relativos representam nomes já mencionados anteriormente (chamados de referentes) com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. O bom uso dos pronomes relativos nas provas de concursos públicos, normalmente, demanda conhecimentos na área da regência.

Regência?!? Como assim?

Observe o emprego do pronome relativo “que” na música “Amor de Índio” (composição de Beto Guedes e Ronaldo Bastos).

Abelha fazendo mel Vale o tempo que não voou

A estrela caiu do céu O pedido que se pensou O destino que se cumpriu De sentir seu calor e ser todo

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Pronomes Relativos

Nos versos da canção da página anterior, em todas as ocorrências do relativo “que”, os verbos (regentes) utilizados na oração introduzida pelo pronome dispensam o uso da preposição. Se, porém, o regente da oração introduzida pelo pronome relativo exigir preposição, ele (pronome) virá após essa preposição. Veja o caso abaixo:

E na parede do meu quarto Ainda está o seu retrato Não quero ver pra não lembrar

Pensei até em me mudar Lugar qualquer que não exista

O pensamento em você

Nessa música gravada por Tim Maia (composição de Edson Trindade), a preposição “em” deveria aparecer antes do pronome relativo destacado. É aí que entra a questão da regência: se esse pensamento existe, existe EM algum lugar. Não é difícil entender o assunto; difícil é sentir falta da preposição, pois o regente que a exige só aparece depois do pronome relativo. Numa peça publicitária, certo fabricante de veículos se exibia como “a marca que o mundo confia”. Ora, se alguém confia, confia EM algo ou alguém. O certo é “a marca em que o mundo confia”.

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Pronomes Relativos

O pronome que é o relativo mais utilizado, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o qual,

a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.

O texto que li refere-se às duas guerras mundiais. (o qual) A música que ela cantou emociona os sensíveis. (a qual)

Os textos que li referem-se às duas guerras mundiais. (os quais) As músicas que ela cantou emocionam os sensíveis. (as quais)

O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para

verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. São usados como referência a pessoa ou coisa, por motivo de clareza, ou depois de determinadas preposições:

Analisei o projeto da vereadora o qual me deixou encantado. (o emprego de “que” provocaria ambiguidade) Essas são as questões sobre as quais pairam muitas dúvidas. (em tese, não se usa “que” depois de sobre)

O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.

Encontraram o assaltante sobre quem havíamos falado. É um professor a quem devemos muito.

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Pronomes Relativos

Por último, vamos ao pronome relativo mais problemático: cujo. Praticamente restrito à língua escrita, ele é o queridinho das bancas. E o que ele tem de tão especial? Basicamente duas características. A primeira é o fato de repelir artigo (antes ou depois). A segunda é o fato de estabelecer a conexão entre dois substantivos que guardam entre si uma ideia de pertinência. A concordância em gênero e número será sempre com o substantivo subsequente.

Este é o filme cujos atores foram premiados.

Este é o filme de cuja trama gostamos. (se gostamos, gostamos DE algo ou alguém)

Adriana Calcanhoto compôs uma bela canção chamada “Esquadros”. Logo no início, surge uma construção na qual caberia o emprego do pronome “cujo”. Ficaria perfeito do ponto de vista gramatical:

Eu ando pelo mundo prestando atenção Em cores que eu não sei o nome

Cores de Almodóvar Cores de Frida Kahlo

Eu não sei o nome das cores, não é isso? Então, “Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores cujo nome não sei”. Dona Gramática ficaria feliz, mas nossos ouvidos...não! Sábia Adriana Calcanhoto!

É importante perceber que os pronomes relativos são peças fundamentais à boa articulação de frases e textos: sua capacidade de atuar como pronomes e conectivos simultaneamente favorece a síntese e evita a repetição de termos. Recapitulando o que vimos: todo pronome relativo faz referência a um antecedente (chamado de referente) e introduz uma oração subordinada adjetiva. Nessa oração, verifique se o regente (verbo ou nome) exige preposição. Caso isso ocorra, a preposição deve ser inserida antes do pronome relativo.

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Pronomes Relativos

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1. “As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas de objetos”. Nesse período, o pronome relativo está precedido da preposição “em”, devido à regência do verbo “passar”. A frase abaixo em que a preposição está mal-empregada em face da norma culta tradicional é:

(A) O cargo a que aspiramos deve ser ocupado urgentemente. (B) Os assuntos sobre que discutimos não eram tão sérios. (C) O grande trabalho em que isso implica deve ser avaliado. (D) A obra a que se dedicou foi bem construída.

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Pronomes Relativos

2. Uma mensagem no Facebook dizia o seguinte: “Consumismo é o ato de comprar o que você não precisa, com o dinheiro que você não tem, para impressionar pessoas que você não gosta, a fim de tentar ser uma pessoa que você não é”. Boicote o consumismo!!!

Esse texto mostra desvio da norma culta:

(A) na acentuação gráfica de uma palavra; (B) na indicação errada de uma forma plural; (C) na ausência de preposição;

(D) na conjugação de uma forma verbal; (E) no mau emprego de uma vírgula.

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3. O segmento, retirado dos pensamentos anteriores, que mostra o vocábulo QUE com a classe de pronome relativo, ou seja, em substituição a um termo anterior, corretamente indicado, é:

(A) “Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda”; antecedente: “força”;

(B) “O que chamamos democracia começa a assemelhar-se tristemente ao pano solene...”; antecedente: “o”; (C) “O grande problema do nosso sistema democrático é que permite fazer coisas...”; antecedente: “sistema”;

(D) “A maior ameaça à democracia, à justiça socioeconômica e ao crescimento econômico neste país é que predomina a ideia de controle monopolista”; antecedente: “país”;

(E) “assemelhar-se tristemente ao pano solene que cobre a urna onde já está apodrecendo o cadáver”; antecedente: “urna”.

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4. Assinale a opção que indica a frase em que houve a troca indevida de onde por aonde.

(A) “O bom não é bom onde o ótimo é esperado.”

(B) “Não olhe onde você caiu, mas onde você escorregou.”

(C) “Felicidade é um lugar onde você pode pousar, mas não pode fazer seu ninho.” (D) “Não importa onde você vá, você estará lá.”

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5. A construção da frase “tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum – um conhecido, uma cidade da qual gostam”, está correta em relação à regência dos verbos possuir e gostar.

De acordo com a norma padrão, assinale a alternativa que apresente erro de regência.

(A) Apresentam-se algumas teses a cujas ideias procuro me orientar.

(B) As características pelas quais um povo se identifica devem ser preservadas. (C) Esse é o projeto cujo objetivo principal é a reflexão sobre a brasilidade. (D) Eis os melhores poemas nacionalistas de que se tem conhecimento. (E) Aquela é a livraria onde foi lançado o romance recorde de vendas.

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6. Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se emprega o pronome relativo precedido de preposição?

(A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova forma de pensar. (B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa vida.

(C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante o discurso.

(D) As provações ________ estamos expostos são importantes para descobrirmos novas oportunidades. (E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram a atingirmos o sucesso.

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7. Assinale a frase em que se verifica uma transgressão ao registro culto e formal da língua no que se refere ao emprego do pronome relativo.

(A) O resultado a que chegaram confirmou sua intuição.

(B) Os colegas de trabalho com quem não simpatizava foram excluídos do processo. (C) Recebi o relatório de um gerente de cujo nome não me recordo.

(D) São várias as reivindicações por que estão lutando os trabalhadores. (E) O funcionário o qual me referi não tem nenhuma dose de carisma.

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Pronomes Relativos

8. A frase Compramos apostilas que nos serão úteis nos estudos está reescrita de acordo com a norma-padrão em:

(A) Compramos apostilas cujas nos serão úteis nos estudos. (B) Compramos apostilas as cujas nos serão úteis nos estudos. (C) Compramos apostilas a qual nos serão úteis nos estudos. (D) Compramos apostilas as quais nos serão úteis nos estudos. (E) Compramos apostilas às quais nos serão úteis nos estudos.

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Pronomes Relativos

9. Está correto o emprego do elemento sublinhado na seguinte frase:

(A) Os debates da Assembleia Nacional, à que se refere o autor, foram calorosos. (B) As casas dos nobres de cujas se lançaram os revoltosos foram saqueadas.

(C) O tempo com que frequentemente nos importamos não é o passado, mas o futuro. (D) Há no passado muitas lições históricas em cujas podemos aprender.

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10. Após a conquista de Bizâncio, em 1453, sábios e religiosos levaram para a Itália alguns textos de Platão, Aristóteles e outros autores gregos, que ainda eram desconhecidos...

Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:

(A) cujos (B) nos quais (C) os quais (D) aos quais (E) para os quais

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Gabarito

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Referências

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