Cromatografia
Fundamentos, Instrumentação e Aplicações
Martha Adaime
(UFSM)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Departamento de Química
Programa de Pós Graduação em Química
Programa
Fundamentos Gerais da Cromatografia - Fundamentos e Classificação Geral
- Principais mecanismos de separação
- Principais Parâmetros Cromatográficos: tR, n, Rs, α e relação entre eles
Cromatografia Gasosa (GC)
•Fundamentos Teóricos;
•Instrumentação (Injetores, Colunas e Fases Estacionárias, Fase móvel, Detectores) •Aplicações;
•Estado da Arte e Tendências.
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC)
•Fundamentos Teóricos;
•Modos de Separação: adsorção, partição, troca iônica, exclusão;
•Instrumentação (Bombas, Injetores, Colunas e Fases Estacionárias, Fase móvel, Principais Detectores);
•Aplicações;
•Estado da Arte e Tendências.
Cromatografia Acoplada à Espectrometria de Massas
•GC-MS/MS •LC-MS/MS
Por que usar CROMATOGRAFIA ? ? ?
HISTÓRICO
M. TSWEET (1903): Separação de misturas de
pigmentos vegetais em colunas recheadas com
adsorventes sólidos e solventes variados.
éter de petróleo CaCO3 mistura de pigmentos pigmentos separados
Cromatografia =
kroma [cor] + graph [escrever]
Princípio Básico
Separação de misturas por interação diferencial dos seus
componentes entre uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou
sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás).
Classificação da Cromatografia
Cromatografia
Planar
Coluna
FM Líquida
C.Camada
Delgada
C.Papel
FM Gasosa
FM Líquida
C. Gasosa
CCC
CLAE
CCC-Cromatografia em Coluna Clássica.
Cromatógrafo a Gás
1
2
3
4
6
5
1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / Pressão.
2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra.
3 - Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna.
4 - Detector.
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal. 6 - Registro de Sinal (Registrador ou Computador).
Fase Estacionária
• Sólida
- é constituída por adsorventes sólidos (pó),
tais como Sílica, Alumina, Carvão ativo, Zeólitos
sintéticos, etc.
A base para a separação, neste caso, é a
Adsorção
.
• Líquida
-
é constituída por uma película delgada (de
líquidos orgânicos de alto ponto de ebulição) que
impregnam o sólido (pó) inerte ou a parede interna
da coluna capilar.
A base para a separação, neste caso, é a
Partição
da amostra dentro ou fora da película líquida, devido
a solubilidade seletiva dos compostos
.
Fase Móvel
Gasosa - Na Cromatografia Gasosa a Fase Móvel é o
próprio Gás de Arraste cuja função é transportar os
analitos através do Sistema (Injetor /Coluna
/Detector).
Os principais Gases de Arraste são o Hélio,
Nitrogênio, Hidrogênio e o Argônio.
Líquida – Na Cromatografia Líquida emprega-se uma
mistura de solventes, denominada Eluente, como Fase
Móvel. Os principais são: metanol, acetonitrila e água.
Mecanismos da Cromatografia
apolar
Fluxo
polar
polar
apolarFluxo
11Mecanismos da Cromatografia
TEORIA BÁSICA
Constante de Distribuição, K
COcorre um equilíbrio de distribuição do
analito entre a FE e a FM.
MS CA
A
K
K
C= Constante de Distribuição
[A]
S= concentração do analito na FE
[A]
M= concentração do analito na FM
MENOR RETENÇÃO !!!
Volatilidade
[A]
TEORIA BÁSICA
Quantificação da Eficiência
Cada “estágio” de equilíbrio é
chamado de
PRATO TEÓRICO
Coluna mais
eficiente
t
Rw
bn
Número de pratos teóricos (n)
n = 16 (t
R/ w
b)
2n = segmento da coluna onde se atinge um equilíbrio entre
fase móvel, estacionária e analito
quanto > n
> rendimento da coluna (picos mais finos)
Injeção
Tempo de Retenção / Largura Pico
t
R= tempo de retenção
t
o= tempo de volume morto
w
b= largura da base
Injeção
Tempo
t
RSeletividade
(
)
= k
2´/k
1´
= posição relativa de 2 picos
Ideal:
> 1
Tempo
Resolução (Rs
)
Rs = 2 (t
R2– t
R1)
2/ w
b1 +
w
b2Rs = separação real dos picos
Rs = 0 (sem separação),
Rs = 1 (separação parcial),
Rs = 1.5 (separação na linha base)
Injeção W W
t
Tempo
A migração um analito pela
coluna provoca
inevitavelmente o
alargamento da sua banda.
TEMPO
Efeitos do alargamento excessivo de picos:
Separação deficiente de analitos
com retenções próximas
Picos mais largos e menos
intensos = menor detectabilidade
EFICIÊNCIA: Capacidade de eluição com o mínimo de dispersão do analito.
INTRODUÇÃO A
CROMATOGRAFIA GASOSA
Martha Adaime
Depto de Química-CCNE
CROMATOGRAFIA GASOSA
Aplicabilidade
Quais misturas podem ser separadas por CG ?
Misturas cujos constituintes sejam
VOLÁTEIS
(=“evaporáveis”)
(para uma substância qualquer poder ser
“arrastada” por um fluxo de um gás ela
deve ser dissolver pelo menos parcialmente
-nesse gás)
DE FORMA GERAL:
CG é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes tenham PONTOS DE EBULIÇÃO de até 300 oC e que termicamente estáveis.
O Cromatógrafo a Gás
1
2
3
4
6
5
1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / Pressão.
2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra.
3 - Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna.
4 - Detector.
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal. 6 - Registro de Sinal (Registrador ou Computador).
INSTRUMENTAÇÃO
Gás de Arraste
Fase Móvel em CG:
NÃO
interage com a amostra - apenas a
carrega através da coluna. Assim é usualmente referida como
GÁS DE ARRASTE
Requisitos
:
INERTE
Não deve reagir com a amostra, fase estacionária ou
superfícies do instrumento.
PURO
Deve ser isento de impurezas que possam degradar a
fase estacionária.
Impurezas típicas em gases e seus efeitos:
oxida / hidroliza algumas FE incompatíveis com DCE
Curvas de Van Deemter para diferentes Gases de Arraste
1.2 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2Velocidade linear média (cm/seg) u
He
H
N
2 2 C at 175 °C k = 4.95 Vidro W.C.O.T. OV.101 25m x 0.25 mm 17 HETP (mm) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 25FASE MÓVEL ou Gás de Arraste
Requisitos
:
CUSTO
Gases de altíssima pureza podem ser muito caros.
COMPATÍVEL COM DETECTOR
Cada detector demanda um
gás de arraste específico para melhor funcionamento.
CUSTO PUREZA A B C
A
= 99,995 % (4.5)
B
= 99,999 % (5.0)
C
= 99,9999 % (6.0)
LINHA DE GÁS
Componentes necessários à linha de gás:
controladores de vazão / pressão de gás
dispositivos para purificação de gás (“traps”)
1
2
3
4
5
6
1 - Cilindro de Gás2 - Regulador de Pressão Primário
3 - “Traps” para eliminar impurezas do gás 4 - Regulador de Pressão Secundário
5 - Regulador de Vazão (Controlador Diferencial de Fluxo) 6 - Medidor de Vazão (Rotâmetro)
Dispositivos de Injeção de Amostra
Os dispositivos para injeção (
INJETORES
ou
VAPORIZADORES
) devem prover meios de introdução
INSTANTÂNEA da amostra na coluna cromatográfica
Injeção instantânea:
Injeção lenta:
t = 0
t = x
Injeção
Split
(com Divisão)
Considerando a geometria dos injetores split-splitless, a razão de divisão
normalmente é ajustada variando-se a vazão total de entrada de gás de arraste:
CONTROLE DE
VAZÃO TOTAL
Deve ser regulado até o SR desejado
CONTROLE DE PRESSÃO
Altera pressãovazão na coluna (NÃO DEVE SER MODIFICADA VISANDO REGULAGEM DE SR !!!!!)
Injetor “on-column” Convencional
1
2
3
4
1 - Septo (silicone)
2 - Alimentação de gás de arraste)
3 - Bloco metálico aquecido
Injeção “on-column” de líquidos
2
3
1 - Ponta da agulha da microseringa é introduzida no início da coluna.
2 - Amostra injetada e vaporizada instantâneamente no início da coluna.
3 - “Plug” de vapor de amostra forçado pelo gás de arraste a fluir pela coluna.
1
Parâmetros de Injeção
TEMPERATURA DO INJETOR Deve ser suficientemente elevada para que a amostra vaporize-se imediatamente, mas sem decomposição
Regra Geral:
T
inj= 50
oC
acima da temperatura de
ebulição do componente menos volátil
VOLUME INJETADO Depende do tipo de coluna e do estado físico da amostra
COLUNA
AmostrasLíquidas AmostrasGasosasempacotada = 3,2 mm (1/ 4”) 0,1 ml ... 50 mL 0,2 L ... 20 L capilar = 0,25 mm 0,01 L ... 3 L 0,001 ml ... 0,1 mL
Microsseringas para Injeção
LÍQUIDOS
Capacidades típicas: 1, 5 e 10
L
êmbolo
corpo (pirex)
agulha (inox 316)
Microseringa de 10
L:Microseringa de 1
L (seção ampliada): corpoguia
êmbolo (fio de aço soldado ao guia) agulha
Colunas: Definições Básicas
EMPACOTADA = 3 a 6 mm L = 0,5 m a 5 m CAPILAR = 0,1 a 0,5 mm L = 5 m a 100 mINSTRUMENTAÇÃO
Colunas: Definições Básicas
Coluna empacotada e capilar.
Empacotadas analíticas: - Aço inoxidável; - 1 – 4 mm (d.i.) - 1 – 3 m Capilares: - Sílica fundida; - Poliimida; - 0,32 mm (d.i.) - 10 – 100 m 35
TEORIA BÁSICA
Quantificação da Eficiência
ALTURA EQUIVALENTE A UM PRATO TEÓRICO (H)
“Tamanho” de cada
estágio de equilíbrio
Valores típicos de H e N:
dC df H N 0.10 0.25 0.081 370370 0.25 0.25 0.156 192308 0.32 0.32 0.200 150000 0.32 0.50 0.228 131579 0.32 1.00 0.294 102041 0.32 5.00 0.435 68966 0.53 1.00 0.426 70423 0.53 5.00 0.683 43924 2.16 10% 0.549 3643 2.16 5% 0.500 4000Capilares, L = 30 m
Empacotadas, L = 2 m
Valores de H para colunas capilares e empacotadas são próximos, mas como
(L = comprimento da coluna)
Temperatura da Coluna
PRESSÃO DE VAPOR
(p
0).
p
0
= f
Estrutura química
do analito
Temperatura
da coluna
Temperatura
da
coluna
Pressão
de
vapor
Velocidade
de
migração
ANALITO ELUI MAIS RAPIDAMENTE
Temperatura da Coluna
TEMPERA
TURA
DA
Programação Linear de Temperatura
Misturas complexas (constituintes com volatilidades
muito diferentes) separadas ISOTERMICAMENTE:
T
COLBAIXA:
T
COLALTA:
Programação Linear de Temperatura
A temperatura do forno pode ser variada linearmente durante a separação:
TEM PERA TURA
T
INIT
FIMR
Programação Linear de Temperatura
Possíveis problemas associados à PLT:
VARIAÇÕES DE VAZÃO DO GÁS DE ARRASTE
A viscosidade
de um gás aumenta com a temperatura.
viscosidade
vazão
DERIVA
(“DRIFT”) NA LINHA DE BASE
Devido ao aumento
de volatilização de FE líquida
FASES ESTACIONÁRIAS
LÍQUIDOS
Depositados sobre a superfície de: só-lidos porosos inertes
(colunas empacotadas) ou de tubos finos de materiais inertes (colunas
capilares)
FE líquida SUPORTE Sólido inerte poroso Tubo capilar de material inertePara minimizar a perda de FE líquida por volatilização, normalmente
ela é:
Entrecruzada
Quimicamente ligadas
FASES ESTACIONÁRIAS
SELETIVA
Deve interagir diferencialmente com os
componentes da amostra.
A FE deve ter características tanto quanto possível próximas das
FE Seletiva: separação
adequada dos
constituintes da
amostra
FE pouco Seletiva: má
resolução mesmo com
coluna de boa eficiência
FASES ESTACIONÁRIAS
Substituintes Nomes Comerciais Observações
- - SE-30 OV-1 OV-101 SP-2100 mais apolares da série pouco seletivas
carborano ? - Dexsil 300GC similar a PDMS
estável até > 400oC fenil 5 % - SE-52 SE-54 OV-3 OV-5
OV-73
pouco polar
cianopropil 7% fenil 7% OV-1701 SPB-7 CP-Sil 19CB moderadamente polar
fenil 50 % - OV-17 SP-2250 HP-50+ SPB-50
moderadamente polar retém aromáticos
trifluoropropil 50% - OV-210 QF-1 moderadamente polar retém compostos carbonílicos
cianopropil 50% fenil 50% OV-225 SP-2300 CP-Sil 43CB
polar
retem doadores de elétrons
cianopropil 100% - SP-2340 SP-2330 Silar-9 CP altamente polar
Diferenças entre FE de composição similar provenientes
de fornecedores diferentes:
pureza
,
viscosidade
.
FASES ESTACIONÁRIAS
Famílias de FE Líquidas
Separação de pesticidas - FE = 100 % PDMS
1 - TCNB 2 - Dichloram 3 - Lindano 4 - PCNB 5 - Pentacloroanilina 6 - Ronilano 7 - Antor 8 - pp’-DDE 9 - Rovral 10 - Cypermetrin 11 - Decametrin Coluna: CP-Sil 5 (25 m x 0,32 mm x 0,12 m) TCOL:195 oC (6,5 min) / 195 a 275 oC (10 oC min-1)Gás de Arraste: He @ 35 cm min-1 Detector: FID
FASES ESTACIONÁRIAS
Famílias de FE Líquidas
Separação de piridinas - FE = 100 % CNpropilsilicone
1 - piridina 2 - 2-metilpiridina 3 - 2,6-dimetilpiridina 4 - 2-etilpiridina 5 - 3-metilpiridina 6 - 4-metilpiridina 3 min Coluna: CP-Sil 43CB (10 m x 0,10 mm x 0,2 m) TCOL: 110 oC (isotérmico)
Gás de Arraste: N2 at 16 cm min-1 Detector: FID
FASES ESTACIONÁRIAS
Famílias de FE Líquidas
Separação de fenóis - FE = fenilmetilsilicones
50% Ph
50% Me
5% Ph
95% Me
FASES ESTACIONÁRIAS
FE Quirais
Separação de isômeros óticos:
FÁRMACOS
Em muitos fármacos apenas um dos isômeros óticos têm atividade farmacológica.PRODUTOS BIOLÓGICOS
Distinção entre produtos de origem sintética e natural (natural = normalmente substâncias oticamente puras; sintético = muitas vezes são misturas racêmicas).Propriedades físico-químicas de isômeros óticos são MUITO SIMILARES
FE convencionais não interagem diferencialmente com isômeros óticos
Separação de misturas de isômeros óticos só é possível
com FE oticamente ativas =
FE Quirais
ANÁLISE QUALITATIVA
Conceitos Gerais
Fontes de Informações Qualitativas
RETENÇÃO
Uso de dados de retenção de um analito para sua identificaçãoDETECÇÃO
Detectores que fornecem informações estruturais sobre assubstâncias eluídas
Identificação individual das espécies contidas na amostra
Determinação da identidade da amostra propriamente dita
Aplicações
Qualitativas de
ANÁLISE QUALITATIVA
Tempos de Retenção
t’
R
= f
Interações analito / FE
Pressão de vapor do analito
Condições operacionais (T
COL, F
C...)
Fixas as condições operacionais, o tempo de retenção ajustado de
um analito é uma constante
AMOSTRA
PADRÃO
ANÁLISE QUALITATIVA
Tempos de Retenção
Identificação por t’
Ré muito pouco confiável:
Dependência com F
Ce T
COLVariações nestas condições
afetam sensivelmente os t’
RVARIAÇÃO DE 1% NO t’R
D
TCOL = 0,1%D
FC = 1%Sobrecarga na coluna
Aumento excessivo na massa de
material eluido deforma o pico cromatográfico e altera o seu t
RMAS
ANÁLISE QUALITATIVA
Tempos de Retenção
Comparação de t’
Rusando dopagem (“spiking”) da amostra com
o analito suspeito: aumento da confiabilidade de identificação.
DETECTORES
Definições Gerais
Dispositivos que geram um sinal elétrico proporcional à
quantidade eluida de um analito
~ 60 detectores já usados em CG
~ 15 equipam cromatógrafos comerciais
4 respondem pela maior parte das aplicações
DCT TCD Detector por Condutividade Térmica DIC FID Detector por Ionização em Chama DCE ECD Detector por Captura de EM MS Detector Espectrométrico de
INSTRUMENTAÇÃO
Detectores
Mais Importantes:
DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE
OU
ECD)Supressão de corrente causada pela absorção de elétrons por eluatos altamente eletrofílicos.
DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (
DCTOU
TCD)
Variação da condutividade térmica do gás de arraste.
DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC
OU
FID) Íons gerados durante a queima dos eluatos em uma chama de H2 + ar.REGISTRO DE SINAL ANALÓGICO
Registradores XY
DIGITALIntegradores
Computadores
55DETECTORES
Detector por Condutividade Térmica
PRINCÍPIO
Variação na condutividade térmica do gás quando da
eluição de um analito.
Cela de Detecção do DCT:1
2
3
5
4
i
1Bloco metálico (aço)
2Entrada de gás de arraste
3Saída de gás de arraste
4Filamento metálico (liga W-Re) aquecido
5Alimentação de corrente elétrica para aquecimento do filamento
DCT: Aplicações
Coluna: CP Sil 5CB (50 m x 0,32 mm x 5 µm)
Gás de Arraste: He, 3 ml min-1
T
COL:
4
0 °CDetector:
DCT
1 N2 2 CH4
3 CO2 4 n-C2
5 NH3 6 n-C3
7 i-C4 8 n-C4
Separação de Gases e Hidrocarbonetos
:
Detector por Ionização em Chama
O efluente da coluna é misturado com H2 e
O2 e queimado. Como numa chama de H2 +
O2 não existem íons, ela não conduz corrente elétrica.
Quando um composto orgânico elui, ele também é queimado. Como na sua queima são formados íons, a chama passa a
Detector por Captura de Eletrons
Um fluxo contínuo de eletrons lentos é estabelecido entre um anôdo (fonte radioativa
b -emissora) e um catodo.
Na passagem de uma substância eletrofílica alguns eletrons são absorvidos, resultando uma supressão de corrente elétrica.
Características Operacionais do DCE
SENSIBILIDADE :
QMD = 0,01 pg a 1 pg (organoclorados),
10 fg Lindano (C
6H
6)
-ECD HP-6890
PESTICIDAS 1 tetracloro-m-xileno 2 - BHC 3 Lindano 4 Heptachlor 5 Endosulfan 6 Dieldrin 7 Endrin 8 DDD 9 DDT 10 Metoxychlor 10 decaclorobifenila ~250 fg cada analitoDCE: Aplicações
Contaminantes em ar atmosférico - detecção paralela DIC + DCE
DIC
DCE
1, 2, 3 - Hidrocarbonetos aromáticos
4, 5, 6 - Hidrocarbonetos clorados
DETECTORES
Parâmetros Básicos de Desempenho
QUANTIDADE MÍNIMA DETECTÁVEL
Massa de um analito que gera um pico
com altura igual a três vezes o nível de ruído
SINAL (S)
RUÍDO (N)
= 3 S
N
RUÍDO
Qualquer componente do sinal gerado pelo detector que não se
origina da amostra
Fontes de Ruído
Contaminantes nos gases
DETECTORES
Parâmetros Básicos de Desempenho
LIMITE DE DETEÇÃO Quantidade de analito que gera um pico com S/N = 3 e wb = 1 unidade de tempo
Mesmo detector, nível de ruído e massa de analito MAS diferentes larguras de base:
w
bQMD = f
Detector (sinal gerado, ruído)
Largura do pico cromatográfico
Definindo limite de detecção como:
LD é independente da eficiência do sistema cromatográfico !
[QMD] = massa (ng, pg ...) [LD] = massa / tempo (ng.s-1, pg.s-1 ...) 63
DETECTORES
Classificação
Detector Tipo Gases Seletividade Faixa
Detecção
Faixa Dinâmica
Ionizaçao de Chama (FID)
Fluxo de Massa Hidrogenio e ar Maioria dos compostos organicos.
100 pg 107
Condutividade Térmica TCD
Concentração Referencia Universal 1 ng 107 Captura de
Eletrons ECD
Concentraçao Make-up Haletos, nitratos, nitrilas, peroxidos , anidridos, organometalicos. 50 fg 105 Nitrogenio-fosforo (NPD) Fluxo de Massa
Hidrogenio e ar Nitrogenio, fosforos 10 pg 10
6
Fotometrico de Chama (FPD)
Fluxo de Massa Hidrogenio e ar possivelmente oxigenio
Sulforados, fosforados, tin, boro, arsenico, germânio, selenio, cromo
100 pg 103
Fotoionizaçao (PID)
Concentração Make-up Alifaticos, aromaticos, cetonas, esteres, aldeidos, aminas,
heterociclicos, organosulforados, alguns organometalicos
2 pg 107
Condutividade Eletrolitica
Fluxo de Massa Hidrogenio ,
ANÁLISE QUALITATIVA
Métodos de Detecção Qualitativos
Cromatografia Gasosa com Deteção
Espectrométrica por Absorção no Infra-Vermelho
(CG-EIV)
Cromatografia Gasosa com Deteção
Espectrométrica de Massas (CG-EM)
Cromatografia Gasosa com Deteção
Espectrométrica por Emissão Atômica (CG-EA)
Identificação muito confiável quando combinados a técnicas de
identificação baseadas em retenção
ANÁLISE QUALITATIVA
Espectrometria de Massas
1
Moléculas da amostra são bombardeadas por elétrons (electron impact = EI) ou íons (chemical ionization = CI):ABCDE + e
-
ABCDE
.
++ 2 e
-2
O íon formado se fragmenta:ABCDE
.
+
AB
.
+ CDE
+ABCDE
.
+
AB
++ CDE
.
ABCDE
.
+
A
++ BCDE
.
3
Os fragmentos iônicos formados são separados magneticamente de acordo com suas massas moleculares e contados:ABUNDÂNCI
ANÁLISE QUALITATIVA
Espectrômetro de Massas
1
2
3
4
1 Câmara de Ionização Eletrons gerados por um filamento aquecido bombardeam a amostra. Os fragmentos ionizados (carga +1) são repelidos pelo eletrodo positivo e conduzidos ao separador magnético.
2 Saída de Vácuo Todo o interior do EM deve estar sob alto vácuo (natm).
3 Separador Magnético A ação do campo magnético deixa apenas íons com determinada razão Massa / Carga atravessar esta área do equipamento.
4 Detector Uma válvula fotomultiplicadora ou um fotodiodo gera um sinal elétrico proporcional ao
ANÁLISE QUALITATIVA
Espectro de Massas
m/Z = 118 m/Z = 80 m/Z = 79 - CO - (CO + H) 20 40 60 80 100 120 0 m / ZANÁLISE QUALITATIVA
CG-EM: TIC x SIM
Aroma de polpa industrializada de cajá após extração por SPME
TIC
Aparecem os picos correspondentes a todas substâncias eluídasSIM (m/z = 149)
Cromatograma construido a partir dos mesmos dados acima, mas apenas usando fragementos com massa = 149(ftalatos: plastificante)