BS&C4D* :
VIA DA PENÍNSULA EUROPEIA AO BEM COMUM GLOBAL
Jorge Braga de Macedo
Jorge Braga de Macedo
CG&G/NOVASBE, Academia das Ciências de Lisboa
CG&G/NOVASBE, Academia das Ciências de Lisboa, ,
Académie
Académie Royale de Royale de BelgiqueBelgique, , CenterCenter for for InternationalInternational GovernanceGovernance InnovationInnovation
IV Encontro Ibero
IV Encontro Ibero--americano de Cascais
americano de Cascais
Magalhães/
Magalhães/Elcano
Elcano
–– uma agenda de interesses comuns
uma agenda de interesses comuns
Hotel Miragem, 25 de Novembro de 2019
No Period Ruling Power Rising Power Result
1 Late 15thcentury Portugal Spain No war
2 First half of 16th
century France Hapsburgs War
3 16thand 17thcenturies Hapsburgs Ottoman
Empire War
4 First half of 17
th
century Hapsburgs Sweden War
5 Mid-to-late 17th century
Dutch
Republic England War
6 Late 17
thto
mid-18thcenturies France
Great
Britain War
7 Late 18thand early 19thcenturies
United
Kingdom France War
8 Mid-19thcentury France
and UK Russia War
A “armadilha de Tucídides” à escala global:
EUA vs. China +16 exemplos históricos
No Period Ruling Power Rising Power Result
9 Mid-19thcentury France Germany War
10 Late 19 thand early 20thcenturies China and Russia Japan War
11 Early-20thcentury United
Kingdom United States No War 12 Early-20thcentury United Kingdom supported by France, Russia Germany War 13 Mid-20thcentury Soviet Union, France, UK Germany War
14 Mid-20thcentury United
States Japan War
15 1940s–1980s United States Soviet Union No War
16 1990s–present UK and
France Germany No War
G&G p/ Objectivos de Desenvolvimento = BS&C4D
• A abordagem BS&C4D decorre dos OD Milénio/Sustentável e
supõe um ciclo virtuoso entre globalizaçãoe governação (G&G).
•Segundo FMI, a boa governação alavanca reformas (anexo 2), mas a
má obrigou a 3 programas de ajustamento do FMI, cada vez
mais severos, em Portugal comparado com Espanha (anexo 3).
• A 1ª estrofe lusíada antevê um espírito traduzível em
espanhol mas não em inglês ou mesmo francês:
Øedificaram novo reino, que tanto sublimaram (1572) Øedificaran nuevo reyno, que tanto sublimaran (1580) Øforc’d their way to the fair kingdoms of the rising day (1776)
Øont sur ces bords lointains établi leur domaine (1842)
• Assim até o timorense se sente ocidental…
•
Desde Centesimus Annus (1991), o apelo ao
“bem
comum global
” visa tornar a governação nacional e regional
mais cooperativa no contexto da 3ª globalização (anexo 4).
Antevendo aliança euroafricana
• O relatórioda ELO continha45 propostas aprovadas no Consellho Estratégico para a Internacionalização da Economia para ultrapassar constrangimentos, monitorizar medidas e sua potencial abertura às plataformas, declinadas por setores como energia, comunicações, financiamento, educação, em 2015. • Também complementaridade económica entre membros da
CPLP e suas 6 organizações regionais (ASEAN, CEAC, CEDEAO, UE, MERCOSUL, SADC) não tem sido explorada, mau grado
esforços de Confederação Empresarial da CPLP e Fórum de Macau para a cooperação entre China e países de língua portuguesa. • Permanecem esquecidas 6 plataformas e 45 propostas enquanto se
reforça aliança euro-africana para presidências alemã e portuguesa da UE.
Esqª Forum 2003, onde representei OCDE Dtª Sede da ELO, 2004: A Africano, presidentefundadora de CECPLP, assina acordo com IICT.
Crise de olhos azuis e carta à Rainha
1. De todas as perguntas acerca da surpresa da crise aberta com a falência de Lehman Brothers, fica a da Raínha Isabel II na
London School of Economics: “como é que ninguém reparou?”.
2. Gordon Brown, no Brasil quando presidia ao G20, ouviu Lula falar-lhe da “crise branca, de olhos azuis” (FT, 27/3/09, p.2). 3. Nessa linha, a Academia Britânica escreveu uma
Carta à Rainha Isabel II a denunciar “políticos para os
quais os banqueiros são engenheiros”.
Ø Guardian sugeriu encarregá-la da supervisão financeira (FSA). • Espargatada entre antropologia e economia, GillianTett
citou vários Nobel (Kahnemann 02, Phelps 06, Shiller 13):
“The big drawback of behavioural finance and economic anthropology -is that it often seems so vague that creating strategy from it can feel like chasing soap in the bath (FT, 23/11/19, p. 8)”.
• No seu livro de 2015, lembrava que não chega acordar para “silos” no saber e no fazer, até porque o “dieselgate” já deu lugar a procedimentos judiciais (FT, 25/9/19, p. 11).
Educação amiga dos Negócios?
• Em 2012, durante o resgate, leu-se na Monocle que o
mundo precisava de
“a bit of lusophilia”.
• Ainda escrevendo a rainhas (W2Q como BS&C4D),
criou-se uma Lusófona, e a carta foi evocada em
homenagemao Papa Francisco em Fátima (anexo 4).
ØO“conhecimento mútuo” dos países, recomendado pelaCPLP
relativamente aos ODM, é extensível a CoN, OIF e SEGIB nos termos da declaração sobrehumanismouniversalde2017(anexo5).
Ø SugeremmaiscooperaçãocomCPLPeOIFacimeiradaSEGIBemAndorra, além deBrexiteGuinéEquatorial(anexo6).
• Em 2018, a Cimeira de Cabo Verde acolheu mais observadores
associados, incluindo uma Organização de Estados Ibero-Americanos,
comsedeemMadrid:dedicada à Educação, Ciência e Cultura.
• Para agilizar BS&C4D, venham mais
Confederações Empresariais!
Anexo 1: PIB em ppc (total $tri e %)
30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 2004 2014 2024 China EUA 61Fonte: Dados apresentados por Graham Allison em “Are the US and Chinese Interests Fundamentally Compatible?” , Comissão Trilateral, Paris 14/6/19
Anexo 2: G&G magnifica ganhos das
reformas no crescimento (WEO 10/19)
Anexo 3 Do ancien régime à eurozona
• No ancien régime, Portugal estava entre Espanha/ França e
Inglaterra em capacidade fiscal e reputação financeira mas as
monarquias constitucionais ibéricas fracassaram e França não!
• Na eurozona, apesar da estabilidade financeira ser enteada de
Maastricht, Espanha tem muito melhor supervisão.
Impostos
p/capita
Nº Bancarrotas Nº Bancarrotas
£ tournois
1763
1300-1799
1800-1899
França
15
8
1
Espanha
15
6
8
Portugal
22
1
6
Inglaterra
37
2
0
Anexo 4: Carta à Rainha Lusófona
Com o Papa Francisco no centenário de Fátima, a lusofonia, diversa no espaço e no tempo, aproxima-nos do “bem comum global”.
Ao contrário da Carta a Isabel II, centrada na Inglaterra e EUA, Escrevendo a Rainhas enquanto Crises Prosseguem (2015) salienta o potencial da lusofonia se tornar global, graças à fluidez do “conhecimento mútuo” a que alude a Declaração de Bissau sobre os Objetivos de Desenvolvimento (2006) ou as Declarações de Lisboa e Maputo sobre Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Global (2008).
Ocorre citar cartas inspiradoras, como a que o Papa Pio II enviou a Maomé II a seguir à queda de Constantinopla, ou a que o Bispo Jerónimo Osório enviou a Isabel I
durante o Concílio de Trento.
Mesmo que estas cartas não
tenham sido atendidas, a sua
Anexo 5: Por um humanismo universal
• No painel de encerramento do 23º Fórum Económico Internacional das Américas, realizado em Montreal em 2017, moderado por Gabriela Ramos, sherpa da OCDE, aprovou-se um apelo ao “humanismo universal”, assinada pelas dirigentes de organizações com sede em Londres (1931), Paris (1970), Lisboa (1996) e Madrid (2005):
ØPatricia Scotland, Commonwealthof Nations;
ØMichaëlle Jean*, Organisation Internationale de la Francophonie; ØMariadoCarmoSilveira**,ComunidadedosPaísesdeLínguaPortuguesa; ØRebeca Grynspan, SecretaríaGeneral Iberoamericana.
• Em Dezembro, OIF reuniu de novo em Paris com CPLP e SEGIB, já sem CoN.
•As mesmas três reuniram no Estoril um ano depois, a convite da CPLP, por ocasião dos 70 anos da declaração universal dos direitos humanos.
• OIF agora dirigida por Louise Mushikiwabo e CPLP por F. Ribeiro Telles.
Ver História financeira dos 4 países no anexo 3
Anexo 6: Aspirações da península europeia
Fevereiro 2009 nº 33 “Entrevista con el presidente del
Parlamento Europeo (sic), Durao Barroso”
Outubro 2015 nº 85 Antecipa sondagem BRIE (2016) ; propõe “cooperação institucionalizada” entre CPLP e SEGIB Junho 2017 nº 99
Cita sondagem segundo a qual 68% dos portugueses são a favor de uma “união política ibérica” (p.4);
considera que Andorra facilitaria.
Outubro 2019 nº 123 “Es una realidad que en GE no se habla portugues” (p.3) Nota: GE aderiu à OIF em 1989 e à CPLP em 2014.
• Continuar cooperação com CPLP e OIF, indo além Pirenéus.
• CoN não inclui EUA mas continuará a ser essencial no acompanhamento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e na ligação aos negócios.