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A VERSATILIDADE DAS ARDÓSIAS EM REVESTIMENTOS

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A VERSATILIDADE DAS

ARDÓSIAS EM

REVESTIMENTOS

O que são Ardósias?

Revestimento em ardósia cinza - Europa

Ardósias são materiais rochosos naturais altamente duráveis, historicamente utilizados para revestimento de pisos, paredes, telhados e peças de mobiliário. Seu uso como telha, em vários países da Europa, é noticiado desde o século X. Mais recentemente, sua aplicação foi também muito disseminada para o revestimento de pisos, paredes e fachadas, bem como para elaboração de mobiliário.

Do ponto de vista geológico, ardósias são classificadas como rochas metamórficas, de origem sedimentar e granulação muito fina. Sua principal característica é a presença de planos preferenciais de clivagem, que permitem a delaminação de placas notavelmente lisas e uniformes, até de grandes dimensões.

Os principais constituintes das ardósias incluem minerais como a mica branca (sericita), quartzo, clorita, grafita e/ou material carbonoso, que são bastante estáveis e resistentes a agentes químicos agressivos, garantindo grande durabilidade aos revestimentos aplicados. A variação desses constituintes mineralógicos determina a existência de diferentes padrões cromáticos, destacando-se as ardósias cinzas, grafite, negras, verdes e vinho, além das

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denominadas ardósias ferrugem ou multicolor. Quando são mais espaçados os planos de clivagem, define-se ardósia do tipo “matacão”.

Todas as variedades cromáticas permitem ótimas combinações estéticas com madeira e metal, bem como com outras rochas mais claras (p.ex. mármores e quartzitos), pois as ardósias possuem superfícies não refletivas e homogêneas que valorizam os materiais a elas associados nos revestimentos. Os próprios rejuntamentos, quando mais espaçados e preenchidos com argamassas claras, valorizam o efeito estético do revestimento aplicado, simulando a composição de mosaicos e montagens do tipo “palladianas”.

Sobre as Ardósias Brasileiras

Piso combinado de seixos e lajões de ardósia cinza - Brasil

As ardósias lavradas no estado de Minas Gerais representam cerca de 95% do total da produção brasileira, que em 2008 totalizou quase 1 milhão t. Também em 2008 foram exportadas 214 mil t de produtos de ardósia, para 75 países em todos os continentes, incluindo principalmente telhas e lajotas calibradas.

De fato, o Brasil figura entre os maiores produtores e exportadores de ardósia. A denominada “Província de Ardósia de Minas Gerais”, que abrange 7.000 km2

e tem a cidade de Papagaios como referência mínero-industrial, representa um dos maiores jazimentos mundiais atualmente conhecidos, dispondo de reservas suficientes para 10 mil anos de exploração contínua.

Reino Unido, Espanha, EUA, Holanda, Alemanha e Itália estão entre os principais destinos das exportações brasileiras de ardósia. Estes países são, eles próprios, produtores tradicionais e altamente exigentes com os materiais consumidos, o que atesta o alto padrão de qualidade das ardósias brasileiras. Destaca-se, a propósito, que as ardósias brasileiras são vocacionadas tanto para a elaboração de telhas quanto para lajotas e placas de revestimento. Tal característica transformou-as em um material de largo emprego e muito valorizado na construção civil, utilizado em obras importantes na Europa e nos

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EUA. A possibilidade de elaboração de chapas com dimensões métricas tornou as ardósias brasileiras um material preferencial para tampos de sinuca.

Índices Tecnológicos de Referência para as Ardósias de Minas Gerais

Tipo de Ardósia

Índices Físicos Resistência à Flexão (ASTM C-880) Desgaste Abrasivo Amsler Coeficiente de Atrito (ABNT NBR 13818/97) Densidad e Porosidade Aparente Absorção d’Água (kg/m3) (%) (%) MPa mm/1000 m Superfície Seca Superfície Molhada Ardósia Verde 2.740 1,12 0,41 46,11 5,17 0,88 0,85 Ardósia Roxa 2.753 1,10 0,40 42,91 5,55 0,84 0,83 Ardósia Cinza 2.744 0,52 0,19 47,61 4,20 0,84 0,82 Ardósias Grafite e Negra 2.746 0,70 0,25 42,57 3,50 0,87 0,82 Ardósia Ferrugem 2.696 1,43 0,53 24,47 3,42 - -

Fonte: Ensaios realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT S/A para o Catálogo de Rochas Ornamentais do Brasil – ABIROCHAS/CETEM, 2002. Ensaios de Determinação do Coeficiente de Atrito foram realizados pelo SENAI Mário Amato/SP para o APL de Ardósia, 2004.

Aspectos Tecnológicos de Interesse

As rochas ornamentais e de revestimento são basicamente subdivididas em granitos e mármores. Os granitos abrangem um grande conjunto de rochas

silicáticas e os mármores englobam várias rochas carbonáticas

metamorfizadas. Os outros materiais importantes do setor de rochas ornamentais incluem justamente as ardósias, além de quartzitos, serpentinitos, travertinos e calcários (limestones).

Os mármores, travertinos, calcários e serpentinitos são em geral menos resistentes ao desgaste abrasivo e quimicamente mais reativos que os granitos e quartzitos, exigindo alguns cuidados de manutenção quando especificados para fachadas, pisos e áreas de serviço. Os granitos e quartzitos podem ser mais sensíveis à infiltração de líquidos e manchamentos, sobretudo pela percolação de umidade residual, excesso de água nas argamassas de fixação e rejuntamento e presença de oleosidade nestas argamassas.

As ardósias têm um padrão de resistência intermediário entre granitos e mármores, quanto ao ataque químico e abrasão, superando-os no quesito de resistência à flexão. Quando posicionadas em uma tabela geral de qualificação tecnológica para rochas de revestimento, as ardósias são identificadas como materiais de baixa absorção d’água, baixa porosidade, médio a alto coeficiente de dilatação térmica, média resistência ao desgaste abrasivo, alta resistência a impactos, média resistência à compressão e altíssima resistência à flexão. Pela granulação fina dos constituintes mineralógicos, as superfícies polidas das ardósias não desenvolvem refletividade e brilho intenso, o que constitui fator de valorização para grande parte dos revestimentos especificados em edificações. O denominado acabamento escovado, quando aplicado em ardósias, confere aspecto acetinado bastante peculiar às superfícies tratadas.

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Proposta Geral de Qualificação Tecnológica das Rochas Ornamentais e de Revestimento

Parâmetros Tecnológicos de Referência

Sentido Crescente da Qualidade Absorção d’Água (%) Porosidade Aparente (%) Coeficiente de Dilatação Térmica (mm x 10-3) Resistência ao Desgaste Amsler (mm) Resistência ao Impacto (m) Resistência à Compressão (kg/cm2)* Resistência à Flexão (kg/cm2)* 3 Pontos 4 Pontos Muito Alta > 3,0 Muito Alta > 6,0 Muito Alto > 12 Muito Baixa > 6,0 Muito Baixa < 0,30 Muito Baixa < 400 Muito Baixa < 60 Muito Baixa <45 Alta 1,0 – 3,0 Alta 3,0 – 6,0 Alto 10 – 12 Baixa 3,0 – 6,0 Baixa 0,30 – 0,50 Baixa 400 – 700 Baixa 60-100 Baixa 45-75 Média 0,4 – 1,0 Média 1,0 – 3,0 Médio 8 – 10 Média 1,5 – 3,0 Média 0,50 – 0,70 Média 700 – 1300 Média 100-160 Média 75-115 Baixa 0,1 – 0,4 Baixa 0,5 – 1,0 Baixo 6 – 8 Alta 0,7 – 1,5 Alta 0,70 – 0,95 Alta 1300 – 1800 Alta 160-200 Alta 115-150 Muito Baixa < 0,1 Muito Baixa < 0,5 Muito Baixo < 6 Muito Alta < 0,7 Muito Alta > 0,95 Muito Alta > 1800 Muito Alta > 200 Muito Alta > 150 (*) 10 kg/cm2 1 MPa. Fonte: Chiodi Filho, C. & Rodrigues, E. de P. Guia de Aplicação de Rochas em Revestimentos (2009). Valores em verde ()referem-se ao posicionamento das ardósias.

Telhado em ardósia ferrugem – Brasil.

Orientações de Assentamento

Em função das características físico-mecânicas das ardósias, e tendo em vista sua utilização em revestimentos, deve-se observar algumas questões importantes, como as espessuras mínimas aceitáveis para pisos, o espaçamento das juntas em ambientes externos, a correta especificação das argamassas de assentamento e a aplicação de selantes e impermeabilizantes hidro-óleo-repelentes.

Revestimento de Pisos (1) e Paredes (2) com Ardósia: Espessuras Mínimas Recomendadas(3)para Lajotas Padronizadas(4)

COMPRIMENTO (cm)

LARGURA (cm)

ESPESSURAS (cm)

Áreas Internas Áreas Externas

30,0 30,0 0,8 1,0

40,0 20,0 0,8 1,0

40,0 40,0 0,8 1,0

50,0 50,0 1,0 1,2

(5)

60,0 40,0 1,2 1,5

60,0 60,0 1,2 1,5

70,0 70,0 1,5 1,8

80,0 80,0 1,8 2,2

100,0 100,0 2,0 2,5

(1) Assentados sobre base rígida de concreto, para tráfego de pedestres, em áreas

residenciais. (2) Até 3 m de altura, a partir do solo, fixadas com argamassa colante. (3)

Lajotas preferencialmente calibradas (verso/tardoz levigado ou fresado). (4) Sem

reforço estrutural. Nota: a ASTM recomenda espessura mínima de 2 cm para pisos de ardósia em áreas comerciais com tráfego intenso de pedestres (commercial floors ou

commercial foot traffic). No mesmo sentido, a ASTM recomenda que a resistência à

abrasão das ardósias, pela norma ASTM C241/C1353, seja 8 para pisos sujeitos a tráfego normal de pedestres, e 10 para pisos sujeitos a tráfego intenso de pedestres (áreas públicas e comerciais). Fonte: Chiodi Filho, C. & Rodrigues, E. de P. Guia de Aplicação de Rochas em Revestimentos (2009).

As espessuras mínimas das lajotas/placas recomendadas para pisos e paredes é de 0,8 cm em áreas internas e 1,0 cm em áreas externas. Estas espessuras podem variar até 2,0 cm e 2,5 cm com o aumento da dimensão individual das placas, tanto em pisos quanto em paredes.

Revestimento externo com lajotas de ardósia multicolor e filetes de ardósia cinza.

Em pisos convencionais, assentados sobre base rígida de concreto e submetidos ao tráfego de veículos, as espessuras exigidas chegam a 5,0 cm. Pela alta resistência à flexão, as ardósias podem ser inclusive consideradas como materiais bastante adequados para pisos flutuantes.

Espessuras Mínimas Sugeridas para Pisos em Geral – Granitos, Mármores, Quartzitos e Ardósias

DIMENSÃO DAS PLACAS (1)

COMPRIMENTO / LARGURA

ESPESSURAS

Pisos Convencionais (2) Pisos Elevados/Flutuantes

Tráfego de Pedestres e Bicicletas (3)

 Até 50 cm 1,0 cm 3,0 cm

 Entre 50-100 cm 2,0 cm 4,0 cm

(6)

Tráfego Misto (4) - Pedestres até Veículos Leves (6)

 Até 50 cm 2,0 cm 4,0 cm

 Entre 50-100 cm 3,0 cm 5,0 cm

 Entre 100-150 cm 4,0 cm -

Tráfego Misto (5) - Pedestres até Veículos de Passeio (7)

 Até 50 cm 3,0 cm 5,0 cm  Entre 50-100 cm 4,0 cm 6,0 cm  Entre 100-150 cm 5,0 cm -

(1) Para placas rochosas sem reforço estrutural. (2) Para pisos assentados ou apoiados sobre base rígida (concreto). (3) Rochas com resistência à flexão* 70 kgf/cm2 ou 7,0 MPa. (4) Rochas com resistência à flexão* 100 kgf/cm2 ou 10,0 MPa. (5) Rochas com resistência à flexão* 120 kgf/cm2 ou 12,0 MPa. (6) Até 600 kg/eixo, à velocidade reduzida. (7) Até 900 kg/eixo, à velocidade reduzida. * Valores relativos ao método de três pontos (ASTM C99 e ABNT NBR 12.763). Nota: Degraus devem ter espessura mínima de 2 cm, assentados sobre base rígida (concreto), e de 4 cm quando flutuantes (vão livre entre apoios não superior a 50 cm), com profundidade não inferior a 20 cm. Fonte: Chiodi Filho, C. & Rodrigues, E. de P. Guia de Aplicação de Rochas em Revestimentos (2009).

O espaçamento sugerido para as juntas dos revestimentos em ardósia é de 3 a 5 mm nos ambientes internos. Nos ambientes externos a espessura do rejuntamento pode variar de 6 a 8 mm, quando as placas têm individualmente até 0,5 m2, e de 8 a 10 mm quando as placas têm de 0,5 a 1,0 m2.

As argamassas de assentamento e rejuntamento, indicáveis para revestimentos em ardósia, devem ser preferencialmente colantes e flexíveis. Isto permite melhorar a aderência das placas ao emboço ou contra-piso e prevenir o seu descolamento, acomodando os esforços diferenciais de dilatação do sistema rocha/argamassa/estrutura, bem como evitando a infiltração de líquidos pelas juntas e eliminando a possibilidade de manchamento ou delaminação na borda das placas.

No teste de coeficiente de atrito (norma ABNT NBR 13.818/97) exige-se um valor mínimo de 0,4 para qualquer tipo de material utilizado em pavimentos horizontais onde se requer resistência ao escorregamento de pedestres. O valor mínimo sugerido para superfícies molhadas de pisos inclinados aumenta para 0,8. Os testes efetuados em faces naturais de ardósias de Minas Gerais revelaram resultados superiores a 0,8, atendendo, portanto, com folga às especificações da norma.

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Telhados residenciais em ardósia multicolor – Chile.

Mesmo em pisos polidos, também para qualquer material com superfície lisa, o risco de escorregamento e queda de pedestres pode ser minimizado pela redução do tamanho individual das placas/lajotas e aumento da largura/espessura das juntas de colocação, bem como pela aplicação de produtos antiderrapantes já disponíveis no mercado. No caso das ardósias, pode-se ainda optar pelos acabamentos mais rugosos, como os escovados que, além disso, proporcionam um interessante efeito estético.

Revestimentos Horizontais: Procedimentos Indicados para Assentamento e Rejuntamento de Ardósias

TIPOS DE ARGAMASSAS PISOS CONVENCIONAIS (1) INTERNOS EXTERNOS Molhagem Eventual Molhagem Frequente Umidade Ascendente Molhagem Frequente Umidade Ascendente ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO(2)

Cimentícia Convencional

Semi-seca Aplicável Aplicável

Não

recomendado Aplicável

Não

recomendado

Colante(3) Aplicável Preferível Preferível Preferível Preferível

Adesiva (Supercola) Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável

ARGAMASSAS DE REJUNTAMENTO

Calda Cimento + Pó Xadrez Aplicável Não

recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado

Cimentícias Industrializadas(3) Preferível Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável

Acrílicas Aplicável Preferível Preferível Preferível Preferível

Epóxi(4) Aplicável Aplicável Aplicável Não

recomendado

Não

recomendado

(1) Assentados sobre base rígida de concreto. (2) Visando à otimização de desempenho, recomenda-se que as argamassas de assentamento sejam aditivadas com melhoradores de aderência e que o verso/tardoz das placas e lajotas tenha superfície áspera (calibradas e/ou fresadas). (3) Observar indicação de uso interno ou uso externo, grafada pelo fabricante da argamassa na embalagem do produto (as argamassas de uso externo devem ser flexíveis). (4) Segundo fabricantes, não utilizar em locais com temperatura ambiente inferior a 10°C. Fonte: Chiodi Filho, C. & Rodrigues, E. de P. Guia de Aplicação de Rochas em Revestimentos (2009).

Revestimentos Verticais: Procedimentos Indicados para Assentamento e Rejuntamento de Ardósias

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PAREDES INTERNAS FACHADAS CONVENCIONAIS Molhagem Eventual Molhagem Freqüente Umidade Ascendente Molhagem Freqüente Umidade Ascendente ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO Cimentícia

Convencional(1,2) Aplicável Aplicável

Não recomendado Não recomendado Não recomendado

Colante(2,3) Aplicável Preferível Aplicável Preferível Aplicável

Adesiva (Supercola) (2,3) Aplicável Aplicável Preferível Aplicável Preferível

ARGAMASSAS DE REJUNTAMENTO(4) Calda cimento + Pó Xadrez Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Cimentícias

Industrializadas Aplicável Aplicável

Não

recomendado Aplicável

Não

recomendado

Acrílicas Preferível Preferível Preferível Preferível Preferível

Epóxi(5) Aplicável Aplicável Aplicável Não recomendado Não recomendado

Silicone ou Poliuretano Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável

(1) Recomenda-se que as argamassas cimentícias convencionais sejam aditivadas com melhoradores de aderência. (2) Para revestimentos posicionados entre 3 m e 15 m de altura, recomenda-se reforço com o uso de grampos (de cobre ou arame galvanizado), fixados em telas metálicas, preferencialmente eletrossoldadas (conforme norma ABNT NBR 13707). (3) Observar indicação de uso interno ou uso externo, grafada pelo fabricante da argamassa na embalagem do produto (as argamassas de uso externo devem ser flexíveis). (4) Os espaçamentos recomendados para juntas de colocação, que separam os ladrilhos entre si, em paredes e fachadas de ardósia, devem ser superiores aos das rochas mais claras, sugerindo-se 3 mm a 5 mm para interiores e, para fachadas convencionais, 4 mm a 6 mm (placas até 0,3 m2), 6 mm a 8 mm (placas até 0,6 m2), 8 mm a 10 mm (placas de 0,6 m2 a 1,0 m2) e 10 mm a 12 mm (placas individuais superiores a 1,0 m2). O rejuntamento de fachadas convencionais deve ser sempre efetuado com argamassas elásticas / flexíveis e impermeabilizantes. (5) Segundo fabricantes, não utilizar em locais com temperatura ambiente inferior a 10°C. Fonte: Chiodi Filho, C. & Rodrigues, E. de P. Guia de Aplicação de Rochas em Revestimentos (2009).

Piso interno em ardósia multicolor - Canadá

Observa-se que a impermeabilização do tardoz (verso) das placas e da base dos revestimentos (emboço ou contra-piso), para prevenção de manchamentos

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isolados e alterações cromáticas produzidas por umidade ascendente, é tão ou mais importante que a aplicação de selantes na face das placas. No caso das ardósias, a impermeabilização da borda das placas de revestimento também é mais importante que a impermeabilização da face. Deve-se, neste caso, recorrer a argamassas qualificadas de rejuntamento, que promovam a impermeabilização desejada, recomendando-se aquelas colantes e flexíveis de base acrílica ou epóxi.

Piso e escadas em ardósia cinza – Canadá.

Limpeza e Manutenção dos Revestimentos em Ardósias

Assim como para os demais materiais rochosos naturais, a manutenção dos revestimentos em ardósia recomenda trabalhos sistemáticos de limpeza, prevenindo-se assim a impregnação de sujeira, perda do lustro (no caso de superfícies polidas) e outras alterações estéticas nas peças aplicadas.

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Piso em ardósia verde com aplicações de ardósia grafite - Chile.

A limpeza precisa ser efetuada com a regularidade possível, utilizando-se esfregão de pano umedecido com água ou apenas com pequena diluição de detergentes de pH neutro ou sabões puros. É importante evitar o excesso de água, bem como os produtos abrasivos (tipo sapólio) ou quimicamente agressivos (ácidos, soda cáustica, querosene acetona, removedores e outros solventes).

Piso em ardósia cinza e grafite com detalhe em ardósia vinho - Brasil

Deve-se ainda evitar o contato do revestimento com óleos, graxas, tintas e materiais ferruginosos oxidáveis (pregos, palhas de aço e escovas metálicas, além de recipientes, suportes e peças de mobiliário elaboradas com ferro), bem

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como com pós, fragmentos de madeira e outros materiais decomponíveis e pigmentantes.

Qualquer substância potencialmente manchante, derramada sobre o revestimento, deve ser limpa com a rapidez possível. Os revestimentos também demandam proteção contra o desgaste abrasivo e riscamento por metais, vidros e outros materiais pontiagudos ou cortantes de dureza elevada. Os trabalhos de limpeza não devem ser efetuados com escovas de cerdas rígidas, palhas de aço e similares, pois tais utensílios podem riscar as superfícies lustradas e prejudicar as argamassas de rejuntamento. As ceras convencionalmente especificadas e utilizadas para ardósias alteram as características cromáticas e texturais dos materiais aplicados.

Referências

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